1 de março de 2008

OS RODÍZIOS DE COMIDAS

Obra de Fernando Botero


Tais Luso de Carvalho

Não sou vegetariana, até gostaria de ser, mas pela nossa cultura ainda consumo carne de gado, até pelo fato de ser gaúcha e de nossas raízes terem se formado ao redor de churrasqueiras.  

De vez em quando aceito um peixinho. Mas não me ofereçam carne de bezerro, coelho, javali, ovelha, porco ou o famoso patê de ganso (Foie Grass). Não como estes tipos de carnes. Frango? Vá lá... Apesar dos hormônios.

Particularmente não gosto de rodízios de pizzas, rodízios de carnes, de massas ou o que ofereça grande quantidade e variedade de comidas. Não acho saudável toda esta mistureba. O saudável é comer pouco e fazer uma seleção combinando coisa com coisa.

De que adianta nossos olhos pousarem numa variedade enorme de alimentos se nosso estômago aceita um centésimo da amostragem? Mas a gente vai! Aquela mesa nos liquida só na entrada, pelo olhar. A sensação e a certeza é que conseguiremos devorar tudo.


De três em três minutos aparece o garçom, alargando o sorriso generoso e oferecendo coração no espetinho, costela, maminha, picanha, salsichão, porco, vazio, filé, matambre, alcatra e por aí afora. Gente... dá pra comer assim?  Que agonia.

Com uma montanha de saladas, quilos de carnes  e mais um monte de doces, é difícil ter uma digestão tranquila e saudável. Acho péssimo: pagamos pelo que os olhos vêem, pela emoção  e não pelo tanto que conseguimos comer. Pobre
 do estômago.

Sobre os doces já se sabe: um pouquinho de cada coisa da mesa inteira transforma-se num terror. E o desfile desse pratinho, transbordando de alegria, faz a alegria e fecha o almocinho da semana. 

Depois... haja dieta, porque o médico já avistou nosso colesterol, num daqueles exames de rotina  tão agradáveis. Mas a carne é fraca!

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Taís