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Num Barzinho para conversarem e... os Smartphones |
___ Tais Luso de Carvalho___
Hoje quero falar daquele aparelho pequenino, que ninguém desgruda dele e conosco fica 24 horas - o separador de afetos.
Quanto mais ando nas ruas, nos shoppings, clínicas etc., mais me surpreendo com pessoas desligadas. Todas elas muito apressadas. Muitas atravessam as passarelas dos semáforos olhando para seus aparelhos, procurando algo importante nas suas redes sociais. A vida está cada vez mais acelerada, porém mais solitária. Mas esse “amigão’ está sempre presente.
Ontem vi uma jovem oferecer seu braço para uma moça cega atravessar a larga avenida e levá-la ao seu destino, aqui no bairro mesmo. Que lindo! É raro ver isso, não há mais tempo para gentilezas, até nas visitas para os parentes reinam os Smartphones. Esse pequenino objeto espalhou-se pelo mundo inteiro, e parece não haver vida sem ele.
Criancinhas, já com 1 ano, estão com Smartphones num tec, tec, tec, e são consideradas geniais pelos pais que dizem:
- Olhem como ela é inteligente!!
Crescem e manobram a informática com facilidade, sem dúvida, mas pouco acostumadas às gentilezas. Intoxicam-se com a vasta tecnologia e, enquanto crescem, seus celulares sabotam seus sonos e sonhos.
Há carência de afetos, e estou ciente que isso é irreversível. O mundo seguirá seu curso com as novas gerações, com novíssimas ofertas e com muito mais aplicativos. Teremos de nos adaptar a muitas coisas, inclusive à solidão.
Sentamos no computador, lemos, escrevemos, nos comunicamos, mas ao desligá-lo muitos sentem um grande vazio e pegam o Smartphone. Pronto! Vicio é isso. Não é assim no mundo inteiro?
Estamos quase colonizando o planeta Marte, mas os humanos pouco sabem sobre ‘Felicidade’. Mas um dia, com muita ajuda, chegaremos lá. Ou não. Os excessos nunca deram certo.
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Jovens descansando e... os Smartphones |
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Encontros de família e... os Smartphones |