Desde o começo do mundo as mulheres se queixam dos homens e vice-versa. Claro, deve haver muitos motivos, já que somos tão diferentes. As nossas atenções são direcionadas para polos diferentes. Mesmo assim, homens e mulheres sempre se procuram, querem estar juntos porque se completam. Pensei nisso enquanto lia a matéria da duquesa de Alba - 85 anos – e de seu casamento com um homem 25 anos mais jovem – 60 anos. O amor é lindo, faz milagres. Então tá.
Mas lendo os jornais me pergunto: pra que tanto espanto se todos nós temos o mesmo pensamento quando vemos certas esquisitices? E por que a tal duquesa - dona de um patrimônio de 3,5 bilhões de euros (8,6 bilhões de reais) iria ficar tricotando e regando as flores? O que deveria fazer com esta grana toda? Que sonhe com o amor, se assim achar; se for bom pra ela, deveria ser bom pra nós - que nem conhecemos a pobrezinha. Só dá pra ver que não tem mais tanto tempo pela frente. Mas ela sabe dos seus motivos.
E como uma coisa puxa a outra, pensei em algumas pessoas públicas que têm muita dificuldade em aceitar o passar dos anos. Mas a diferença da duquesa para outras que conhecemos, e que casam com garotões, está no dote da querida octogenária. E com essa grana ela pode optar por qualquer coisa. Claro que muitas de nós, pobres sobreviventes, pensaríamos diferente. Aliás, nem sei o que eu pensaria com este dinheiro na minha conta. Teria medo de enfartar, ter um AVC...
Pois é, muitos sabem envelhecer; outros saem da casinha e não enxergam coisa alguma. Enquanto as mulheres fazem tudo para ficarem jovens para todo o sempre, os homens pensam que serão garanhões eternos. Assim a coisa fica meio difícil de manobrar. Mas diante da fortuna da duquesa, a beleza, a idade e outras diferenças nem contam. Então... Viva a duquesa! Que durma bem e acorde melhor ainda.
Toda essa riqueza mostrada pela mídia e o luxo do castelo não são suficientes para abrandar as ácidas críticas, pela grande diferença de idade. O que sobra para as plebeias? Mas pode ser que com o tempo essas críticas abrandem. E cada um faça o que achar melhor. E se alguém não achar, que importância terá? Coisas assim não impedirão nosso destino: de ir pro brejo, alegres ou tristes.
Pra nós, pobres plebeus, com dinheiro contado, sem títulos de nobreza, sem dote milionário só nos resta levar a vida numa boa e conformados com nosso dinheiro controlado, outro jeito não tem.
Se o nosso amanhecer for lindo e ensolarado, nosso crepúsculo poderá ser agradável, com nebulosidade, mas ainda com um pouco de frescor. Mas, como diz Fernando Pessoa, tudo vale a pena quando a alma não é pequena!
Nascimento: 28 de março de 1926, Madrid, Espanha
Falecimento: 20 de novembro de 2014, Palácio das
Donas, Sevilha, Espanha.
Taís,
ResponderExcluiressa excelente crônica chama a atenção para um tipo muito curioso de preconceito. Existem os preconceitos clássicos e populares como o racial, o religioso e o social. Mas o que atinge a duquesa e aos muitíssimos bem sucedidos é um dos piores. Ter dinheiro é ter liberdade e poder, certo? Não, errado! Quem tem muito dinheiro e fama vive perseguido por caçadores de escândalos, por sequestradores, oportunistas... É aí que entra a duqueza, o "garotão" sexagenário que se casou com ela "deve ser um safado oportunista de olho na grana da velha". E daí? Compra um garotão quem pode! E a chance de não ser nada disso? Difícil? Não!!!
Um beijo de todos os seus admiradores do atelier
Tais,
ResponderExcluirComo não gosto de ser julgada, prefiro não julgar. Pelo jeito ele está fazendo o que deve ser feito para fazê-la feliz.Ele é um oportunista? Temos o direito de ser felizes. Eles não estão fazendo mal a ninguém. Um abraço, um ótimo domingo, bjs
Oi Thais,
ResponderExcluira sua crônica me leva a pensar no seguinte:
Sem dinheiro, com dinheiro, com dote, sem dote, casando, não casando, o mundo estará sempre de olho nas nossas atitudes e nós nas atitudes alheias.
Nem que seja apenas para aprendermos com elas!
Ótima reflexão!
Abraços
Ela tem o direito, a vida é sua e sempre vai haver quem queira ajudá-la a ser feliz...beijos,chica
ResponderExcluirBoa noite, querida amiga Taís.
ResponderExcluirEla sabe viver sua própria vida.
E o maridão ainda é um gato...
"Que seja eterno enquanto dure"
Imagino a inveja de muitas, que não podem comprar um igual.
Desejo-lhe uma linda semana de muitas alegrias.
Beijos.
(Muito obrigada pelo carinho)
Tais, como é que você vem falar do crepúsculo da vida no dia de meu aniversário de casamento, que eu espero que seja eterno (e não apenas enquanto dure)?! rsrsrsrs
ResponderExcluirBrincadeira, eu adorei o assunto.
Feliz da duquesa se ela encontrou o verdadeiro amor (como eu, há alguns anos). Se não, ela ainda assim fez sua escolha e provará as consequências do exercício de seu livre arbítrio. Problema dela. Não há como julgar nesses casos, vemos o que está diante dos olhos, e não o que realmente passa dentro do coração.
Melhor é cuidarmos do nosso amanhecer, e garantirmos que ele seja ensolarado, para, como você bem falou, vivermos um crepúsculo no mínimo agradável, e de preferência muito feliz.
Beijão!
Olá Taís,
ResponderExcluirO noivo deve só estar de olho na grana de sua "noivinha" mas
Cada um sabe de sí e afinal o amor é lindo!!
Tenha uma boa e abençoada semana
Beijinhos de
Verena e Bichinhos
Eu estou tentando me conformar com o fato de que o nosso parâmetro é mesmo o dinheiro , Taís. Sofro demais e me sinto frequentemente derrotado nas minhas angústias, mas não vejo saída. O dinheiro é o norte, guia, altar, pedestal, objetivo maior de todas as relações socias (todas não, a maioria imensa). Ou me conformo com a marginalidade etérea, tentando viver de outros sonhos (desapegados) ou arranjo uma dona bilionária que me queira daqui a uns anos? hahahaha! Abraços, minha querida. Uma ótima semana. Paz e bem.
ResponderExcluirPARA SUZY:
ResponderExcluirQuerida amiga, você não tem 85 anos, não tem 8,6 bilhões de reais, não casou com um marido 25 anos mais jovem... Portanto desejo muitas felicidades a vocês, que façam 85 anos de casamento e me convidem pra festa! Desejo felicidades, de verdade!
Grande beijo, amiga.
Tais,
ResponderExcluirBela crônica. Na verdade, o simbolismo do casamento de Duquesa com um "jovem", é história eterna da Cinderela, sempre procurando seu príncipe encantado e o encontrando no fim do túnel. Como você, fico torcendo para que a Duquesa seja feliz com suas escolhas e que nós paremos de nos preocupar com vida alheia e cuidemos da nossa. Abraços e parabéns, JAIR.
Taís, o grande Nelson Rodrigues dizia que o dinheiro compra até o verdadeiro amor. Quem sabe este não é o caso da duquesa? Muito pertinente sua crônica, viu?
ResponderExcluirO importante é ser feliz! Além do mais depois de uma certa idade, principalmente acima dos 80 anos, sem nenhum espelho por perto, tudo fica mais fácil. Desculpe a brincadeira, é que acordei de bom humor hoje, rsrs.
ResponderExcluirÓtima semana para você Taís.
Beijos
Taís, interesantes reflexiones sobre el amor, los años,las relaciones de pareja las expuestas en tu magnífica crónica.
ResponderExcluirMucho se ha escrito y debatido estos días sobre el casamiento de la duquesa de Alba.
Diariamente encontramos noticias de casamientos con diferencias de edad superiores a 25 años, pero siempre vemos estas diferencias en hombres con más de 60 años ¡Y hasta con más de 80! (padre de Julio Iglesias el que presumía de paternidad a edad tan avanzada) y en estos casos la sociedad los "admira". Cuando se trata de una mujer, todo son bromas y comentarios. Los motivos de la duquesa creo son debidos a la soledad, este hombre está a su lado y le dedica su tiempo, cosa que sus hijos no hacen.
Esta claro, de no tener una suculenta cuenta corriente y una posición privilegiada, ni unos ni otras encontrarían a esas personas dispuestas a compartir su vida.
Abrazos
Nem sempre as pessoas que entram nesses relacionamentos são incautas. Sabem bem as razões eventualmente motivadoras para o parceiro. Nada disso importa. Não garantimos a eternidade com dinheiro e aqueles que o possuem devem utilizá-lo( entre outras coisas, obviamente) para garantir momentos felizes.
ResponderExcluirBjs.
Taís, muito boa a sua abordagem sobre o tema. Uma perspectiva mais voltada para o nosso olhar do que para a coisa olhada.
ResponderExcluirParabéns pelo texto.
Já ficamos fã da tua escritura.
Abraços sempre afetuosos.
Fábio e Lu.
A gente não deve ter nada mesmo, com o "crepúsculo da vida" da vida de ninguém, mas que é esquito, casal assim formado, lá isso é...
ResponderExcluirMas vale à pena, confabular.
A crônica, tá ótima, Taís.
Um beijo
Lúcia
Boa noite, querida amiga Taís.
ResponderExcluirEu estava refletindo sobre isso.
Acho que depende muito da prioridade de cada um.
Essa prioridade é que dá força pra pessoa "pagar o preço" pelo que se quer.
Feliz feriado.
Beijos.
Se o dinheiro pode comprar a felicidade, por que não ser feliz nos últimos anos de vida? Acho que é bem melhor do que deixar para quem vive de olho nele, no dinheiro. Rsrs.
ResponderExcluirGozado que na hora da foto, enquanto a pobrezinha olhava para o padre, o caridoso estava de olho na câmera, na base do: oi eu aqui!
Bela crônica amiga. Aqui a gente sempre aprende.
Beijos e boa noite pra ti e para os teus.
Furtado.
Pela expressão do garoto na foto, podemos deduzir que ele está fazendo uma caridade à pobre velhinha.
ResponderExcluirMuito obrigado pela visita e o amável comentário. Volte sempre, pois será um prazer renovado.
Beijos e muita paz pra ti e para o amigo Pedro.
Rosemildo Furtado
Gente...
ResponderExcluirQue casal mais meigo, ela com uma carinha de "me enterra que eu já morri" e ele dizendo com os olhos " a primeira pá é por minha conta!"..rs brincadeiras a parte, dinheiro transforma sapo em príncipe, brega em chique e colega em melhor amigo. Eu, incluida na lista dos pobres plebeus, não tenho muita escolha, ou dou risada de tudo ou eu choro, rindo pelo menos esqueço do desconforto, e lágrimas é bom economizar, afinal, nunca se sabe quando se vai precisar...Morro de meedo de morrer seca! kkkkkkkkk
Tava numa saudade desse lugar!
Bju Taís!
Taís,passei para lhe dar um abraço.
ResponderExcluirFalar de amor parece simples, mas quando vem acompanhado de preconceito e o blá-blá da mídia, fica muito complicado.
Como disse Ivana,prefiro não julgar e acompanhar os fatos.A vida é "uma caixinha de surpresas".Quando pensamos que já vimos tudo,algo novo acontece.
Estou sentindo a sua falta...Apareça.
Emilinha
Se a duquesa, assim desejou, só nos resta torcer pela sua felicidade.
ResponderExcluirBeijos.
Que o casal seja feliz, e tenha um crepúsculo bem colorido, com todos os seus tons e nuances...
ResponderExcluirBjs.