-Tais Luso de Carvalho
Estou aqui, sentada em frente ao monitor, escutando Soy Como Toda Mujer - de Maria Martha Serra Lima – certas músicas me emocionam. Meu objetivo era desenrolar o assunto sobre os animais por outro ângulo, indo por outros caminhos, mas estou mudando de rumo. Talvez a música esteja me fazendo pensar mais com o coração; e esteja me dando mais indícios para entender a alma humana, tão complicada, quase indecifrável.
Só posso ver a dimensão da bondade de um ser humano se olhar como este ser humano trata os animais. Aqueles seres, de coração duro e de alma fechada, que se sentem mal ao afagar um cachorrinho ou gato, que acham que aqueles que lutam pelos direitos dos animais não passam de babacas... Bem, estes não precisam ler este texto; este texto é para aqueles que amam, que curtem e que cuidam dos outros seres que habitam este planeta.
Em geral, quem tem um animal de estimação tem para onde canalizar afetos e vários sentimentos. Têm um companheiro fiel. Amar não tem limite: ama-se as pessoas, ama-se animais, ama-se plantas. Somos uma espécie que herda tudo de bom e tudo de ruim de nossos pais, avós e do meio em que vivemos.
Os outros seres não nos ofendem, muitas vezes nos mostram o quanto nós, os humanos, somos mal resolvidos ou mal intencionados. Eles matam para comer; nossa espécie mata por prazer, por maldade, por ambição, por doença mental.
Muitos idosos no fim de suas vidas são agraciados com um único conforto, um animalzinho de estimação. Muitos deles, abandonados por não terem mais o que oferecer, encontram nestes frágeis animais o seu mais forte amparo. Estão ali, junto a eles, aos seus pés ou ao lado de sua cama. Só pedem afago e comida, nada mais. E dão em troca um amor imenso. E nesta troca é que notamos a importância deles em nossas vidas.
Vejo como é difícil viver e se equilibrar num mundo cheio de arrogância, egoísmo, doença, crueldade, mentira, hipocrisia, carências e falcatruas. Quando pensamos em amizade e amor, muitas vezes somos traídos por aqueles que estão bem próximos.
Não dá pra ser muito feliz, se somos vistos como loucos por sermos diferentes; se somos chamados de intrometidos por tentarmos ajudar os outros; se somos vistos como egoístas por cuidarmos da nossa vida; se somos vistos como por levarmos a vida com mais leveza.
Não dá pra ser muito feliz, se para sermos amigo temos de ser cúmplices de atos ilícitos ou emprestar nossos ouvidos para servirem de receptáculo, apenas. Amizade é troca de afeto, é respeito e solidariedade. É chegar na hora certa. Até ficar calado - pois silêncio não magoa. Em certos momentos é bom ter um ombro amigo, silencioso. Mas isso é difícil.
E eu aqui, escutando esta linda música, abro minha alma na ânsia de obter respostas para uma vida tão efêmera... E para onde irei quando minha alma deixar sua morada? Ah, se eu soubesse a resposta....
Não dá pra sermos muito felizes, se vivemos insatisfeitos; convivemos com a violência gratuita e com a falta de perspectivas. Vivemos um caos: matamos pelo simples ato de matar; vivemos num mundo de revoltados cujas causas sociais são visíveis. Temos momentos de felicidade.
Olho para o tapete: ao pé de minha cadeira está meu amigo dormindo... Eu preciso de silêncio, e ele me dá. Levanto-me e ele me segue.Sinto-me feliz; ele também está feliz. Este é um dos meus momentos.
1 de maio de 2011
NOSSOS ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO
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Lindo querida!
ResponderExcluirAinda hoje fi o filme "Águas para Elefantes" e tem anumais tão especiais. A elefante sofre maus tratos..... triste!
Lindo o filme, como o que escreveu acima.
Beijos e boa noite!!!
Carla
"Eu preciso de silêncio, e ele me dá. Levanto-me e ele me segue. Sinto-me feliz; ele também é feliz."
ResponderExcluirTaís, muito linda esta passagem.
O homem é o único animal do reino natural que faz uma seleção artificial das espécies.
ResponderExcluirJá houve quem disse : "quanto mais eu conheço a alma humana, mais eu admiro meus cachorros".
Meu sonho, minha utopia irrealizável era que o homem não precisasse substituir o relacionamento com seus iguais pelo animal. Seria uma convivência harmoniosa, tal como é nosso estado de integrantes da natureza. Mas diante de tanta barbaridade esta parece ser uma tendência inexorável, Taís.
Abraço grande e uma ótima semana. paz e bem.
Linda crônica e esses animaizinhos que temos perto de nós sabem o básico: nos respeitar...
ResponderExcluirCoisa que muito humanos nem chegam perto...beijos,lindo dia e semana!chica
Olá Tais
ResponderExcluirAcho que estamos nos acostumando com a violência e o desamor. Num país onde todo dia se joga uma criança no lixo, como vamos falar em amor por animais?
Beijos
Bonita reflexão...eu já tive cães..-hoje
ResponderExcluirnão dá para ter...para tratar mal...mais vale não ter..mas adoro cães e cavalos...
Sempre que posso...faço questão de fazer
umas festinhas..rsrsr
Beijo
bela crônica , amo os animais , principalmente felinos , que são desprezados e mal compreendidos por muitos.
ResponderExcluir"Os animais são pessoas, como nós somos animais. "
ResponderExcluirAbraço.
Tais, lindo teu texto. Como você adoro animais. A minha Baby ( uma pincher pretinha) me acompanha a 13 anos.É a minha companheira.
ResponderExcluirPude vislumbrar você sentada na tua mesa de trabalho, nesta rua poética e arborizada, escutando uma bela música, pensando e trabalhando as palavras para transmitir à nós tua reflexão sobre a vida e suas implicâncias e aos seus pés tendo teu fiel amigo de estimação.Quadro perfeito. Como não ser feliz neste momento? Adorei !Abraços
Quando criança, possuí um gatinho e ele tinha absoluto controle sobre minhas ações. Os seus miados plangentes dominavam-me, eu lhe dava tudo o que eu supunha que ele queria.
ResponderExcluirTivemos que mudar de casa e ele foi deixada para trás e ainda hoje sofro ao imaginar o quanto ele deve ter sofrido com o abandono a que lhe submetemos.
Tais. Se não fazemos nada somos tachados de crueis, se fazemos levamos com outro rotulo em cima, minha maneira de ser é ajudar os outros nem que seja só com palavras e um pouco de companhia. os animais tem direito a vida como as pessoas.
ResponderExcluirBeijos
Santa Cruz
Querida Tais..
ResponderExcluirAdorei sua escrita. Suas cronicas, independente do assunto, me prende ao texto do começo ao fim. As vezes esta tão gostosa a leitura, que nem quero que termine.
Minha cachorrinha, Jully ficou comigo 14 anos. Hj ja não esta mais.
Sinto muita falta dela. Quando chego com o carro, ela não está mais esperando no portão.
Sinto saudades...
Um dia eu estava dirigindo na rua perto de casa e vi um cachorro meio perdido. Parecia machucado.
Parei o carro. Quando abri a porta..ele entrou.
Eu não sabia o que fazer...levei no veterinário. Ele estava tava sujinho e meio machucado, mas não muito.
Liguei para o meu esposo contando e pedi se podia levar o cachorrinho pra casa, provisoriamente. Levei.
Nossa convicencia foi dificil. Ele entrava embaixo de algum móvel e não tinha cristo que o fizesse sair.
Resolvi procurar um dono pra ele. Sai comentando com todos meus amigos.
Por sorte, a secretaria da clinica pediatrica onde eu levava minha filha, se interessou pelo bichinho. Fiquei aliviada. Ele ia ter um lar.
Um mes depois fui no consutório e perguntei do José, o nome que eu tinha dado a ele.
A menina me disse que ele tinha fugido.
Aceitei. Talvez fosse o destino dele.
Mas nunca me equeci do José, como nunca vou me esquecer da Jully. Ela me amava, eu a ela.
Agradeço imensamente suas visitas a meu blog, sempre com comentários que elevam e me incentivam.
Bjkas
Ma Ferreira
Taisamiga
ResponderExcluirPresente! Para o que for preciso, como se dizia na tropa.
Venho, qual Egas Moniz, de baraço ao pescoço, rogar a Vossa Insolência o perdão para o meu pecado da ausência. Sou portanto um amigo de Peniche, curiosa expressão pejorativa que por aqui se usa.
Mas, juro que continuo a ser amigo de tu (ou será???...) e do ilustríssimo teu dono Dom Pedro, o Luso. Mas, um tanto infiel, bem ao contrário daquele ao pé de minha cadeira está meu amigo dormindo... Eu preciso de silêncio, e ele me dá. Levanto-me e ele me segue. Sinto-me feliz; ele também é feliz.
Desculpas de mau pagador, por certo pensarás e, quiçá, dirás. Não gostava que fosse assim. E espero bem que não seja...
Qjs & abç ao Pedrão
"Neste momento olho para o tapete: ao pé de minha cadeira está meu amigo dormindo... Eu preciso de silêncio, e ele me dá. Levanto-me e ele me segue.
ResponderExcluirSinto-me feliz; ele também é feliz."
Era assim que acontecia comigo e a Zuka. Ela está internada numa clínica veterinária quase 21 dis...estou contando os minutos para sua volta. Tomara que volte!
mil beijos
Oi Taís ,como pode ver continuo lendo suas crônicas, nem sempre faço comentários, mas essa não poderia deixar de fazer, sou apaixonada por animais, tenho duas cadelas, uma é Husk Siberiano a outra uma Pinscher, amo chegar e ver alegria delas ao me receber.
ResponderExcluirSão minhas companheiras, quando estou digitando meus planos de aula elas ficam ao meu lado, quando levanto elas acompanham, muito gratificante.
Um grande abraço
Magnólia
sobre essa sua frase ... "E para onde irei quando minha alma deixar sua morada? Ah, se eu soubesse a resposta...."
ResponderExcluirbem.. as vezes me questiono muito sobre isso. Gostaria muito de saber a resposta..
Nao conheço a musica mencionada.. vou ouvi-la.
Adoro os animais..
Texto lindo.
Querida muito obrigada!!
ResponderExcluirBeijos e boa tarde!
Carla
Melhor um cão amigo que um amigo cão.
ResponderExcluirOlá amiga, vim tbm convida-la a passear no meu hanukká, http://hanukkalado.blogspot.com/
beijos.
Chamo de virtude adorar Deus, ajudar e amar todos os nossos semelhantes e buscar o bem fazer sempre que se possa
Jean Louis Vives
Quando criança, morava no interior, e sempre tinha muitos animais na minha casa: cães, papagaios, coelhos, peixeis... até um tucano já teve lá...rs
ResponderExcluirDepois, foi a vez dos meus filhos criarem bichinhos que dava para se criar em apartamento: porquinhos da índia, tartaruguinhas, peixinhos...
Eu nunca tolerei foi passarinho na gaiola... fico pensando que ali não é o lugar dele, que ele nasceu pra ser livre.
Hoje em dia, meu filho caçula mora em uma casa com quintal grande, e já há 2 anos tem uma linda golden retriever que cria desde que nasceu. Amo ir lá, e passear com ela por todo o condomínio. Ela fica tão feliz quando nos vê, que até parece que vai ter um "troço"...rs
Realmente não da para entender uma pessoa não gostar de animais!...:(
Taís, muito lindo esse seu texto (assim como tudo que você escreve).
Abraço grande, e tenha um lindo e iluminado restante de semana.
Cid@
Olá Taís, desejo que tudo esteja bem contigo!
ResponderExcluirGostei demais de ler este teu belo escrito!
Mesmo sendo difícil ser feliz assim, jamais devemos pensar em não ser, assim vamos continuar tentando, se tudo que vemos e conhecemos é passageiro, temos a obrigação de passarmos junto e não observá-la passar, esta tão desejada e, no entanto tão efêmera vida! Mais fácil seria se parte dos seres humanos possuísse a devoção e a lealdade que tem um animal para com o ser humano!
Gosto de vir cá e ler teus belos e reflexivos escritos, não tão assiduamente, mas, sempre que esse tal de tempo me permite. Desejo a você e todos ao redor infinita felicidade, agradeço pela amizade, grande abraço e até mais!
Taís, acho importante,
ResponderExcluirprincipalmente quando há crianças e idosos em casa, ter animais de estimação por perto. Aqui em casa temos alguns amiguinhos. Meu mesmo, só um, que já está bem velhinho. Os outros foram chegando aos poucos, trazidos por minha filha, minha neta e meu genro.
Dá um trabalho danado cuidar deles, mas vale a pena. Companheiros sinceros. Estão sempre ali, e refletem em suas atitudes o estado de espírito de seus donos, - parecem saber quando estamos alegres ou tristes.
Eu também não consigo compreender essas pessoas raivosas que declaram ter horror à idéia de conviver com um cachorro.
Até porque cães só mordem seus inimigos...
Bjs, amiga. E inté!
Boa noite, querida amiga Tais.
ResponderExcluirNessa convivência com os animais, somos nós os beneficiados. O amor que sentimos por eles, já é uma dádiva.
O que recebemos deles, é mágico, é celestial.
Eu tenho gatinhos que são como filhos. Depois que alguns passaram a dormir comigo, a minha insônia foi embora.
Pela manhã, uma delas me acorda, chamando baixinho. Num dia eu estava com a cabeça coberta com o lençol, e ela foi descobrindo o meu rosto com o maior cuidado para não encostar a pata em mim.
O amor é tanto...
Um grande abraço.
Tais..
ResponderExcluirPassei pra te desejar um LINDO DIA ILUMINADO!!
bjkas
Ma Ferreira
Tais, amo os animais, principalmente os cães. Não me importo com as críticas dos outros, nem dos q se dizem amigos, faço o q acho justo. Tratar bem aqueles q nos rodeiam, sejam animais ou plantas, é um ato de respeito à Deus e a sua criação.
ResponderExcluirMuita paz!
Taís, minha querida e linda amiga!
ResponderExcluirSabes o quanto sou apaixonada pelos animais.
Este texto é maravilhoso e me emocionou. Vou levá-lo para a Confraria da Soninha, ok?
Beijos meus!
Oi SONIA, obrigada, querida. Podes levar o texto, sim. Muito obrigada por divulgá-lo mais ainda.
ResponderExcluirUm beijo
Tais
Taís,
ResponderExcluirBelíssimo texto!Através das suas palavras conheci Maria Martha Serra Lima, maravilhosa cantora argentina.
Obrigada pelos três presentes: sua palavras, o amor pelos animais e a voz de Maria Martha!
Parabéns!
Márcia