- Tais Luso de Carvalho
Existem conversas muito curiosas, muitas vezes lembram uma sessão de psicoterapia. A verdade, é que a vida é feita de coisas simples e rotineiras. A exceção não pesa. Mas parece pecado falar em rotina para alguns; a vida tem de proporcionar sensações como se estivessem numa Montanha Russa! E o passado está sempre presente. É interessante como todos nós gostamos de falar do nosso passado. Jamais esquecemos do lugar em que crescemos, de nossas raízes. Gostamos de lembrar do cheiro da terra molhada; da nossa casa, da igreja, da escola, da praça e do botequinho que vendia um pouco de tudo. Inclusive picolé. O nosso passado está sempre presente; sempre será referência para algum papo. Tudo o que envolve o ser humano, como suas reações e seus sentimentos me interessa. As pessoas me interessam. E as que passam por mim, ficarão no registro da minha história.
Sempre aprendo ao ver os dramas alheios e algumas coisas mal resolvidas. E isso não deixa de ser enriquecedor. Acho que aprendemos muito com os outros; com seus acertos e com seus erros. E, também, com nossos próprios erros.
Há dias, eu e Pedro ficamos de papo com um homenzinho gentil, educado e rodeado por livros raros. Na verdade é um enorme Sebo. Mas a conversa era sobre os tantos livros que ali havia. Certamente existiu confiança, e acabou abrindo sua vida pessoal para nós, dois estranhos, praticamente. Penso que pelo fato de não fazermos parte de seu círculo de amigos ou de parentes, é que abriu suas comportas, pois quem não é próximo é esquecido. E muitas vezes queremos isso: desabafar e o assunto ser esquecido.
Muita intimidade incomoda; tira nossa liberdade, nos expõe sem necessidade. E os assuntos que deveriam ser reservados, vazam para outras bandas; se espalham pela Aldeia. O fato se dá porque gostamos mais de falar do que ouvir.
O homenzinho contou que seu sonho era, na sua aposentadoria, retornar à Terra Natal. E mostrou um saudosismo que dava pena. Deu pra ver que vive uma vida presa ao passado, saudoso das suas raízes, um tanto frustrado. Falou do campo, dos animais e de sua dor por não poder mais voltar por causa dos filhos, dos netos e da sogra - com 90 anos, que mora junto. Aposentou-se e foi premiado com mil problemas. E por aí foi nos relatando o nó que estava sua vida. O que o salvava de entrar em depressão era o amor pelos livros; era conviver diariamente cuidando de algo que lhe dava prazer: os seus companheiros ricos, cheios de mistérios, de mil histórias, mas silenciosos. Ah, os livros...quanto bem fazem!
Sua vida se fez longe de sua terra. Sua adaptação foi difícil; largou tudo o que tinha para seguir a família na década de 70. Nada do que fez foi o que almejava. Enquanto nos contava sua história, seus olhos brilhavam, mas não de felicidade. E ali, naquele momento, tive a certeza de que nunca seremos completamente felizes. Vamos caminhando e deixando marcas que se tornam irreversíveis.
Ficamos com pena. E sentimos que foi ótimo termos ficado na escuta e fazer parte das ansiedades do homem da livraria. Ouvir e conversar com quem precisa é um ato solidário, e isso não nos arranca a pele.
E lembrando do homem da livraria, e daquela nossa pequena escuta - que parecia algo tão simples -, é que vejo o valor de pequenas coisas. Escutamos o que ele precisava falar. Quem dera pudesse eu voltar ao passado e recomeçar: falar e calar na hora certa. Não me incomodaria mais com coisas aparentemente grandes e com pequenas pessoas. Saberia descartá-las sem agredir os meus sentimentos.
A conversa estava boa, mas já era tarde e nos despedimos do homenzinho que sempre nos recebe com alegria; uma alegria meio inocente, oriunda do campo. E não perguntei seu nome e nem ele perguntou o nosso. Isso era o de menos. O importante, na verdade, não nos custou absolutamente nada. Saímos com uma sensação muito boa.
Não precisamos de uma Montanha Russa e suas sensações malucas para termos um dia diferente.
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En ocasiones abrimos nuestra vida a personas que no conocemos de nada y nos puede servir como desahogo, que no podemos hacer con gente de nuestro circulo.
ResponderExcluirSaludos.
Boa noite de domingo, querida amiga Taís!
ResponderExcluir"... daquela nossa pequena escuta - que parecia algo tão simples -, é que vejo o valor de pequenas coisas. Escutamos o que ele precisava falar."
Você nos apresenta algo muito essencial: o valor da escuta.
Tem vezes que só queremos falar, mas não tem quem nos ouçacom ouvidos atentos e ternos...
A pressa das pessoas, hoje em dia, faz perder os melhores momentos da nossa vida.
Um olhar atento, os ouvidos a postos e já fazemos toda diferença em nosso círculo. Entretanto, não estamos dispostos a ouvir, como diz aqui, o falar se torna imperioso e, atualmente, as figurinhas e sinais substituem um bom papo olho no olho.
Algo extraordinário fechou com chave de ouro sua crônica:
"O importante, na verdade, não nos custou absolutamente nada. Saímos com uma sensação muito boa."
A atenção sincera faz o outro muito feliz, sem afobação, com toda atenção que ele merece.
Nada paga um momento como o que tiveram.
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos ternos de paz e bem
«Somos a memória que temos»,
ResponderExcluirdepois
ou falamos dela a quem nos escuta,
ou acabamos por desvalorizar a vida que tivemos
Podia ser eu esse homem
pois falo pelos cotovelos
Que livros compraste?
Oi, Rogério, "somos a memória que temos", sim, sem dúvida. E a vida que levamos.
ExcluirOs melhores passeios são em livrarias ou "Sebos" - sebos são livrarias de livros antigos e usados, encontra-se maravilhas. Colocam poltronas, cafeteria... tarde de rainha.
Comprei no dia:
1 - Lincoln, romance de Gore Vidal
2 - Novelas Completas - de Mérimée (tradução de Mário Quintana)
3 - Tunc, de Lawrence Durrell (autor de "O Quarteto de Alexandria").
4 - Os Anos, de Virginia Woolf
E outros 2, bem antigos:
5 - Galeria de Homens celebres - pelo prof. Raul Villa Lobos
6 - Vida de Grandes Cientistas - por Henry Thomas
Abraço, uma ótima semana!
Desabafou sem receios.
ResponderExcluirNo dia 11 serão expostos na Universidade de Macau uns livros que lhes emprestei para esse efeito.
Fico feliz por isso.
Beijos, boa semana
Tais,
ResponderExcluirSeu texto me fez viajar
sem sair do lugar.
Vivo essa experiência de ouvir
aqui no jardim que cuido.
Antes da pandemia eu não era tão assídua por aqui.Eis algo que o mundo precisa: " alguém pra ouvir".
Porque na verdade todos querem
falar e falar.
Acho difícil alguém viver
totalmente longe de seus ideais.
A gente se desvia, mas volta, pois um rio não pode ser desviado de seu curso para sempre.
Adorei ler Vc nessa manhã que a pouco deu lugar ao mês de novembro.Sabe, um dia quero com meu esposo conhecer Vc e o Pedro.
Haja conversa!
Bjins
CatiahoAlc.
Gostei dessa livraria
ResponderExcluirCom um ser conversador
Que fala para depor
Problemas que pagaria
A psiquiatra, creio.
E vocês foram o meio
Do velho desabafar.
Será que deu tanto azar
Na vida e de onde veio?
A maioria das pessoas são felizes aonde não estão e quando chegar onde seriam felizes seriam ainda felizes ao estiveram. Entenda a humanidade... Belíssima tua crônica, amiga! Abraço. Laerte.
Conversazioni intense, e piacevoli, per dare colroe alla vita che scorre
ResponderExcluirUn caro saluto,silvia
Interessante ,Taís, como quando estanmos abertos a ouvir, aparecem as pessoas que precisam falar... E falam mesmo, sem papas na língua, sem medos. Tão lindo de ver e quando saímos dessas conversas, ainda que aparentemente tenhamos sido atolados de tantos fatos de vida estranha, mais ricos ficamos em vivências. Lindo isso. Essa troca, esse tempo "perdido" que tão bem faz! Adorei a conversa aqui trazida...Ótimo NOVEMBRO e tudo de bom! beijos, chica
ResponderExcluirSaber escutar os outros. É bem importante o que fizeram com o homem da livraria. Ele ficou a sentir que a vida dele tinha um passado e um presente que interessava a alguém. Excelente a sua crónica minha Amiga Taís.
ResponderExcluirContinue a cuidar-se.
Uma boa semana.
Um beijo.
Has descrito muy bien uno de los mejores instantes de la vida, con tan poco y que felicidad compartida. Aquel hombrecillo quedaría encantado por poder compartir con vosotros aquello que lleva dentro y que, de una forma u otra quería contar y ser escuchado, ¡nada más y nada menos que, parte de su historia!
ResponderExcluirUn gran abrazo y feliz mes de noviembre Taís.
Partilhar memórias e afetos é reviver, é sentir que somos pessoas com capacidade para nos darmos em gotas de empatia. Ganhamos uns e outros. Grande sensibilidade, querida Taís! Excelente cónica!
ResponderExcluirBeijinhos, minha amiga.
Querida Taís
ResponderExcluirCrónica estuante de vida, esta. Vida passada que incide na do presente. Encontramos pessoas que têm essa necessidade, realmente. De falar de si próprias e do que foram e do que são no presente.
Nas paragens do autocarro, nos hospitais, já me tem acontecido. Penso que uma vez falei sobre isso, no Xaile de Seda, uma senhora que me contou as suas preocupações enquanto esperávamos pela consulta. E noutras situações, há sempre uma palavra, uma frase, como que a pedir ajuda contra a solidão.
Adorei o seu texto, minha amiga. Sempre temas que vêm ao nosso encontro, com o que há de mais importante na nossa passagem por este mundo: o relacionamento entre as pessoas.
Beijinhos
Olinda
Quantas vezes não desejamos voltar atrás no tempo e emendar erros que cometemos, Taís? Eramos jovens, sem a experiência de vida que temos hoje e falavamos, interferiamos, davamos palpites na vida dos outros ; eu era assim, com a " lingua perto da boca ", como se costuma dizer, mas aprendi com o passar dos anos e fui ficando mais sensata e equilibrada nos meus argumentos. Fiquei comovida com os desabafos do senhor da livraria que não conseguiu ter a vida com que tinha sonhado e que, agora, aposentado, continua a não poder realizar o seu desejo de regressar à terra natal; a vida troca-nos as voltas e não vale a pena fazer muitos projectos, porque de repente tudo muda . Aqui na minha autarqui e em muitas outras existe um projeto chamado " Palavras e afectos" que se destina a angariar voluntários dispostos a fazer companhia a pessoas idosas que vivem sozinhos; durante uns três anos fui uma dessas voluntárias e visitava duas vezes por semana uma senhora de 90 anos, ainda bastante autónoma e com uma lucidez impressionante. O meu papel era unicamente o de " escutar "e nem imaginas o tanto que essa senhora tinha para contar; era muito bem disposta e adorava piadas " picantes " o que nos proporcionava boas gargalhadas Ao contrário do senhor da livraria, a Da Lurdes, não guardava mágoas do passado; não tinha filhos e por isso não sofria, como muitos, pelo abandono deles; tinha tido uma vida confortável com o marido e os poucos parentes que tinha, aqui na cidade, visitavam-na com frequência. Era uma senhora feliz com o seu passado e o único lamento que fazia era o da idade avançada e as saudades do marido, Foi um periodo muito bom na minha vida, Tais, porque, acredita, muitas vezes saia de lá muito mais bem disposta, não só pela sensação do bem que estava a fazer à senhora, mas também e, principalmente, pela oportunidade que ela também me dava de conversar e de fazer os meus desabafos; também me escutava, a Da Lurdes e, quantas vezes não lhe abri o meu coração...
ResponderExcluirInfelizmente, tive que a deixar, porque, entretanto nasceu a minha neta mais nova e tinha de cuidar dela para a minha filha poder trabalhar Poderia ir lá de vez em quando, poderás dizer tu? Claro que posso, mas não como voluntária desse projecto: quando se faz parte de algum tipo de voluntariaado tem que se cumprir o combinado, porque, em casos como estes, as pessoas ficam à espera desses momentos de convivio e, não aparecer é estragar-lhes o dia, Entendo muito bem a vossa sensação Taís, a felicidade de terem proporcionado uma alegria a uma pessoa que só necessitava de ser escutado, um gesto que não vos custou nada mas que, para ele. foi de extrema importância. Atrevo-me a dizer que para vós também o dia ganhou outra cor e não foi preciso aventurar-vos numa montanha russa.sabes, Tais, que sinto muita falta dos momentos passados com a minha senhorinha tão alegre? Mas...a vida troca-nos as voltas e outras prioridades aparecem. Fiquei encantada com a crónica, mas nada espantada com a vossa atitude, pois sempre vos achei capazes desses pequenos gestos, querida Amiga ! Obrigada pelo tema, sempre muito pertinente, que nos deve levar a uma reflexão importante; dar afecto não custa nada e " não tira pedaço ", como se costuma dizer. Amiga, querida, um beijinho aos dois e continuem assim...pessoas que dão valor ao que relamente importa.
PS Não sei se a Mariazita, do blog, a Casa da Mariquinhas costuma vir aqui, mas, gostaria que viesse. Ela teve um gesto que muito apreciei e que nunca será esquecido. A Da Lurdes tinha vivido em África e a Mariazita teve a bondade de lhe enviar o livro que tinha escrito sobre as suas experiências nesse continente. Foi um gesto incrivel que não lhe custou muito, mas que alegrou o coração de uma apaixonada por Africa .Obrigada, Mariazita!
Emilia
Olá Tais!
ResponderExcluirÉ sempre reconfortante reviver boas memórias, muitas vezes elas são surpreendentes, como está crónica relata.
Excelente partilha, amiga Tais!
Votos de uma excelente semana, com muita saúde.
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Saber ouvir é uma grande virtude e para esse senhor da livraria, que tanto precisava de falar, foram certamente momentos especiais e agradáveis que o levaram de volta ao seu passado.
ResponderExcluirBoa semana e um feliz mês de Novembro.
Beijinhos
Es muy de agradecer que te escuchen porque es algo bastante difícil de conseguir.
ResponderExcluirMuy entrañable y gratificante tu relato.
Precioso.
Un beso, Tais. Feliz Noviembre.
La vida es un aprendizaje constante, que solo finaliza cuando esta se acaba.
ResponderExcluirBesos
os livros são inspiradores Taís, e essa conversa foi deveras muito boa
ResponderExcluire amigável,
enchendo a alma de paz para quem fala e para quem ouve!
votos de boa semana e muita saúde
Dispôr-se a ouvir é uma rara virtude e essa conversa com o homenzinho da livraria deixou-o com a sensação de leveza depois de desnudar para dois estranhos os seus sentires sem o receio de ser discriminado por revelar com simplicidade os sonhos que ainda acalenta no âmago de seu ser.
ResponderExcluirUma crônica muito interessante Taís
Beijos e uma abençoada semana
Feliz novembro!
afinal viver é coisa simples..., enfim, digo, um pouco fora de contexto-
ResponderExcluirgostei muito da sua crónica, amiga Tais
Beijos
Es genial cuando te conectas con alguien y mas por un tema. Te mando un beso
ResponderExcluirQuerida Tais, esos encuentros inesperados son enriquecedores, además de hacer el bien escuchando la historia, en este caso, del hombrecillo de la librería. Tienes razón, escuchar, saber escuchar es un arte.
ResponderExcluirBeijos e Abraços
Boa tarde Taís,
ResponderExcluirUma história que me comoveu.
Como esse homem necessitava de alguém que o pudesse escutar! Nem todos têm essa disponibilidade e dom de escuta como Taís e seu marido!
Decerto foram um enorme lenitivo para que o senhor dos livros pudesse viver mais uns tempos com o coração leve.
Excelente Crónica!
Beijinhos boa semana.
Ailime
Bela história!
ResponderExcluirObrigada pela partilha!
Bjxxx
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Acertadíssimas suas palavras, minha querida Taís, com especial enfoque para a figura do senhor rodeado de livros.
ResponderExcluirÉ bom escutar. Eu não sou muito faladora. Gosto mais de ouvir. Talvez por isso - por falar pouco - tenho esta grande paixão pela escrita. Não falo... escrevo!😀
E é bem verdade que todos gostamos de recordar o passado. E já reparou que os tempos passados são sempre "os bons velhos tempos"? A nossa memória é uma máquina maravilhosa! Consegue fazer uma selecção perfeita do que se passou, ignorando os maus momentos e preservando as horas felizes.
Não vou alongar-me mais. A crónica (excelente, como sempre) é sua, e a mim compete dar apenas um pequeno lamiré 😉
Se me permite, quero referir a "inconfidência" da nossa amiga Emília. Confesso que fiquei surpresa porque aquele meu gesto não teve nada de mais. A senhora gostava muito de ler - sobre África, especialmente - mas não tinha uma vida tão desafogada que lhe permitisse comprar livros. O que há de especial em eu lhe oferecer o "meu" livro? Enviei-lho e nem pensei mais no assunto. A senhora é que foi um amor: escreveu-me a agradecer. Essa carta, que guardo religiosamente, é que tem muito valor para mim! Sou bastante desapegada de bens materiais.
Muito obrigada pelas palavras generosas lá na minha "CASA".
Apertado abraço e bom mês de Novembro.
Continuação de boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Viver não custa. Saber viver sim. Na vida nem sempre se encontra quem nos queira ou saiba escutar. Feliz de quem o consegue. Gostei muito de ler este magnifico texto.
ResponderExcluir.
Deixando cumprimentos
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Ainda que voltássemos atrás, minha querida Taís, cometeríamos erros, porque não há como o ser humano não os cometa: não seriam os mesmos, mas seriam outros.
ResponderExcluirTem razão : é bom por vezes falar a quem não se conhece, o alívio acontece e não há o risco de indiscrição.
A vida desse senhor é triste, pois viveu insatisfeito sempre. E nem agora consegue realizar o seu sonho.
Forte abraço, minha amiga , bom resto de semana
Muitas vezes é muito mais fácil (e seguro) desabafar com estranhos. E, quando somos os estranhos, devemos ouvir. como o fizeram com o "homenzinho dos livros".
ResponderExcluirExcelente crónica, gostei de ler, como sempre.
Continuação de boa semana, querida amiga Taís.
Beijo.
Passando para desejar a continuação de uma boa semana!
ResponderExcluirBjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram | Youtube
Olá amiga, muitas vezes é bem mais fácil desabafar com estranhos do que com a família que não têm paciência para ouvir. Belo texto que amei demais. Boa semana amiga e beijos com carinho
ResponderExcluirNão há melhor ouvinte para quem precisa ,que um estranho. Gostei muito de ler .
ResponderExcluirBeijos
Es verdad que es más fácil contar nuestra vida a alguien extraño. Es una necesidad imperiosa de vaciar nuestro interior sin ser objeto de demasiados juicios que reprochen nuestra actitud.
ResponderExcluirHay muchas vidas encerradas en rutinas asfixiantes. De alguna manera hay que liberarse, y los libros son magníficos para ello.
Me ha encantado tu relato.
Gracias.
Abrazos.
Hola Taís, la vida esta hecha de cosas sencillas, con las que poder disfrutar, una de ellas es saber escuchar, que importante es tener con quien hablar y que te escuche.
ResponderExcluirDeseo que tengas un buen fin de semana.
Un abrazo.
Olá, Tais!
ResponderExcluirQue lindo gesto o de saber escutar sem julgar. Muitos de nós temos momentos que precisamos conversar, falar sobre algo para quem tem a humildade de escutar com atenção e respeito pelos nossos sentimentos.
Falo com propriedade de uma boa ouvinte.
Tenha uma boa noite e domingo de paz.
Beijinhos
Vizinha Escritora, Taís Luso !
ResponderExcluirUma linda crônica, sem sombra de dúvida.
Um ser humano, querendo retornar ao local em que viveu
e amou, mas compromissos familiares não oportunizam
a viabilidade das suas intenções.
Deve ser um sofrimento imenso.
O remédio são as visitas,para satisfazer as exigências da
saudade.
Na maioria das vezes, nunca estamos satisfeitos com o lugar
onde nos encontramos..
Parabéns, amiga, e uma ótima semana, com um fraternal
abraço !
Sinval.
Comovente, querida amiga. Comovente!
ResponderExcluirO meu tio materno -- tal como o nosso escritor Vitorino Nemésio -- tinha intensas saudades da sua ilha dos Açores e grande desgosto de não poder regressar após uma vida dedicada ao ensino escolar na área de artes plásticas... Pelos filhos, pelos netos, pela sogra...
A crónica está escrita com uma sensibilidade ao pormenor admirável... Sempre gostei de sentir o cheiro a livros numa papelaria... Nunca pensei que pudesse consolar uma vida mal resolvida...
Aplaudo a qualidade do seu trabalho. Abraço, querida amiga.
~~~~
Querida Taís.
ResponderExcluirEis uma bonita Crónica com o seu cunho humanista. Todos nos dizemos sentir enriquecidos com as experiências de vida alheias, porém, muito poucos têm tempo para ouvir os demais, a maioria gosta de falar das suas frivolidades, e, quando alguém aborda um tema mais sensível à tristeza, fogem a sete pés alegando pressa e montes de afazeres.
Quanto a falar nas coisas do passado...Eu gosto! Por exemplo:..." do lugar em que crescemos, de nossas raízes. Gostamos de lembrar do cheiro da terra molhada; da nossa casa, da igreja, da escola, da praça..., é isso aí, amiga, eu incluo-me nesse grupo saudoso, mas não saudosista. Sinónimo da velhice que me chega a galope? Talvez, mas é sinal de que a minha mente ainda está bem activa e o meu coração ainda não endureceu. Também sou uma boa ouvinte, não tenho é no meu círculo de amizades ouvintes atentos, de modo que falo no meu blog. :))
Adorei e desculpe se me repeti, mas eu sou assim e não há nada a fazer.
Beijinhos grandes e uma feliz semana, querida Taís.
Olá Taís!
ResponderExcluirQue riqueza de sua fala sobre essa escutar o homenzinho!
Poder escutar é bacana demais. Emprestamos nossos ouvidos para possamos entender as angústias, a dor, as alegrias e o DESEJO, com cara de esperança.., ele ainda quer voltar à terra natal, em busca de algo que ele nem sabe, ou seja, super inconsciente, mas está lá pedindo para ser descoberto.
Sou psicóloga, amo ouvir o outro, pontuar para o outro, ajudar esse outro de alguma forma encontrar-se nesse mundo.
Muito bom seu texto!
Grande abraço!
Estael
www.atelieprovence.com.br
Boa noite Taís!
ResponderExcluirMuito boa prosa crônica inspirada neste saudoso velhinho na sua humilde saudade se sentir ouvido respeitado. Muitas vezes o que precisamos é só que nos ouça, sem censura, sem inventivas de vida. Esta coisa do passado é um fardo real, que vamos levando pela caminhada e dele podemos retirar belos momentos e lições, que nos passaram desapercebidas.
Gostei amiga.
Uma feliz semana com paz.
Beijo amiga.
Olá Tais!
ResponderExcluirPassando por aqui, relendo esta excelente crónica, que muito apreciei, e desejar uma excelente semana com muita saúde.
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Livros, livrarias e bibliotecas é o meu mundo é onde eu me sinto bem e se travo conhecimento com alguém nestes lugares é para mim um prazer.
ResponderExcluirUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Um livro será sempre aquele amigo confiável, que nos distrai da nossa própria vida, e dos nossos problemas, e talvez seja o melhor instrumento, para nos ensinar a calçar os sapatos dos outros... e percorrer caminhos que jamais ousaríamos de outra forma conhecer, por vezes...
ResponderExcluirAdorei a sua crónica, Tais! Cada universo emocional... brinda-nos mesmo com uma infinidade de emoções...
Beijinhos! Feliz semana, com saúde, para todos aí desse lado!
Ana
Me emocionei com sua crônica, Taís.
ResponderExcluirQue bom que puderam dar atenção ao pobre velhinho.Ele precisava desabafar...
Gostei imensamente de ler.
Um beijinho
Verena.
Como se fosse um rosário de recordações. Bom de ler, caríssima Taís. Tudo a ver com as bibliotecas e livrarias.
ResponderExcluirBeijos,
Jorge
Te deseo una buena semana.
ResponderExcluirOi, Tais!
ResponderExcluirAlgumas pessoas são mesmo saudosistas e preferem lembrar de um lugar onde se iludem, enriquecendo lembranças e achando que ali foram felizes. Esquecem de zelar pela construção da vida atual. A vida passa e estão presos no passado.
Particularmente tenho almejado dias rotineiros (rs*)
Boa semana!
Beijus,
Li e reli. E treli porque me comoveu. E viajei.
ResponderExcluirQuanta sensibilidade revelada nesta crônica. E quanto é bom saber ouvir, sobretudo quando todos querem falar...
Um beijo, amiga!
Me emocionei ao te ler.
ResponderExcluirNem sempre temos a percepção do quanto saber ouvir - sem palpites, sem conselhos e julgamento - faz bem a quem precisa falar.
Um abraço!
Ótima crônica, podemos obter de pequenos detalhes da convivência uma profunda gratificação por atos simples, como a escuta, tão bem narrado por você. Bjsss
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