31 de agosto de 2023

OS MORADORES DE RUA

 





                       - Taís Luso de Carvalho


      Os desprovidos de sorte, filhos de uma vida sem futuro, passam o dia caminhando, comendo as sobras que encontram nos lixos. É dureza caminhar tanto, suplicar tanto para no fim do dia conseguirem comer as sobras do lixo. E os responsáveis por isso, por este péssimo quadro de horror, passam sem olhar. Não interessa olhar para desgraça. Todos querem ver uma cidade bonita, limpa, arborizada e florida; quanto mais florida, melhor! Esconde o horror.

O que mais se vê pelas esquinas dos países em desenvolvimento, é gente dormindo pelos cantos, enfiados em buracos ou em caixas de papelão, num canto debaixo de qualquer coisa que se pareça com teto. Vivem como ratos, mas são os moradores de rua: um dia aqui, outro ali... Caminham e procuram por um canto até terem a certeza do sossego. E contam com a sorte de não serem importunados por gente sem piedade.

E nós, os mais afortunados, damos de cara com este mundo cão, um mundo que saltou da condição de pobreza, para a indigência, porém, muitas vezes ainda botamos banca, achando que ver isso é desagradável. Desagradável é pouco: é desumano tanto descaso. Mas a solução não está em nossas mãos: o brasileiro trabalha, paga todos seus impostos e o que vemos é isto. De nada adianta a população sair a distribuir uns trocados; isto nós fazemos. E não soluciona, nem minimiza nada. O problema está lá  no topo! Na Ilha da Fantasia.

Pelas ruas, mãos humilhadas se estendem, nos tocam e suplicam. Já conhecem o que é desprezo, o que é fome, o que é sede, o que é martírio. Conhecem um lado da vida que nós não conhecemos. Banheiros e chuveiros não existem para os moradores de rua. E como é que fica? Algum político já deu alguma solução?

Então vem a pergunta que não cala: por que esta gente não arruma um emprego? Por que ficam pedindo, em vez de trabalharem? Ora, ora! Como resolver este problema se esta gente é solitária, doente, desamparada e sem escolaridade alguma? Não há interesse político voltado para eles; não temos uma ação social eficaz e outras coisas mais. O dinheiro é para outros fins. Temos um país com muitas riquezas, mas com uma parte do povo com grandes dificuldades. Só não dá pra entender o motivo que um país continental como o nosso,  com tantas riquezas, ainda há muita gente morando nas ruas e  passando fome. Não resolvem e nem minimizam tamanho problema. 

PORÉM...

É um espanto que, de uma hora para outra, surgem bilhões de nossas reservas para mandar para fora do país... e fazem bonito com o sacrifício de nossa população de indigentes. Sei que é um enorme problema social, mas seguindo o bom senso teríamos de resolver, primeiro, o problema da nossa gente: dar comida e teto para o Brasil. Mas não é bem assim: existem as negociações! E, enquanto os "homi" ficam trocando figurinhas pelo mundo, nossa gente que espere, que continue a comer porcarias e a dormir debaixo de marquises.



          (2ª edição)

                  




      

                                   



35 comentários:

  1. Boa noite de paz, querida amiga Taís!
    Nunca vi tantas pessoas dormindo na rua como após Pandemia.
    Uma tristeza imensa e não só em periferias que nem ando pois quase não saio de casa. Eles estão por aqui pela orla, bem no nariz de onde moramos e dizia-se ser seleto.
    Só há uma coisa que me entristece ainda mais: os dependentes químicos.
    O que diz sobre pequeniníssimas 'caridades' nem podemos fazer mais indistintamente. Não há certeza se é para um pão ou para drogas... Não dá mais para se definir.
    Sabe, nem vou me estender, o último parágrafo da sua crônica demonstra razões suficientes para causar nossa indignação.
    Tenha dias abençoados e de menos decepções e espantos!
    Beijinhos


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  2. Um grande e difícil problema esse! Aqui onde estou, vemos tantos e tantos dormindo sob árvores, sob as marwquisescde bares, etc... Muito triste!
    Até quando? Nem imagino, mas é preciso uma solução!

    beijos praianos, tudo de bom,chica~(não vais acreditar: os 2 velhinhos em férias no Nordeste e...arrumamos PNEUMONIA...Sim! Mas em tratamento, já melhorando,graças!

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    1. Pneumonia, Chica? Os dois?
      Cuidem-se muito, menina... bah!
      Melhoras rápidas!
      Beijinho

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  3. Da mucha pena los desamparados y como nos hemos vuelto indiferentes al problema. Además la forma en la que los politicos se valen de los menos desvalidos para hacer campaña y negociados. Te mando un beso.

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  4. Felizmente é uma realidade totalmente estranha a Macau.
    Não se vêm sem abrigo aqui.
    Há sempre abrigos do Instituto de Acção Social para recolher quem necessita.
    Uma cama, comida, higiene, têm sempre.
    Beijos, bfds

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  5. Um texto muito inquietante. Assim é também por cá. Os interesses dos poderosos estão voltados para o que lhes trará retorno para os seus bolsos...
    Ainda vai havendo instituições com voluntários que vão dando algum apoio.
    Bom mês de Setembro!

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  6. Unas letras muy conmovedoras y, por supuesto, totalmente realistas.
    Un gran problema social que no debería de existir. Sin duda, es necesaria una solución urgente para acabar con la miseria.
    Es una gran tristeza.
    Te mando un beso. Que disfrutes de un hermoso Septiembre.

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  7. Efectivamente, vivimos en los países occidentales en una sociedad supuestamente avanzada, y aún existen estas personas afectadas de lo que se llama exclusión social, y si somos tan avanzados por qué nadie hace nada por ellos y no les ayuda. Por qué si somos países tan civilizados está situación no se arregla de una vez por todas. Hay mucho que pensar y reflexionar en todo esto. Y ojalá la sociedad avanzase y evolucionase más a nivel de conciencia para poder ayudar y resolver la situación de estas personas en la mayor medida de lo posible.

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  8. Olá, amiga Tais!
    É o grande problema das nossas sociedades, os sem abrigo. Há diversas razões para estas pessoas viverem na rua. Mas o facto, é que lá vivem à chuva e ao frio. É enorme tragédia que urge as sociedades resolverem.
    Crónica que retrata a realidade dos nossos tempos...
    Deixo os meus votos de um bom fim de semana, com muita saúde e paz.
    Beijinhos, com carinho e amizade.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

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  9. Son los olvidados y los invisibles de las ciudades.
    Feliz fin de semana.

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  10. Ahí está el detalle.
    En esas instantáneas que nos encogen el corazón cuando vamos por cualquier barrio de nuestras ciudades (siempre que no sean las zonas VIP donde residen nuestros gobernantes. Ahí los guardias impiden los asentamientos de homeless).
    En mi ciudad las puertas de los supermercados y las iglesias son lugares donde compiten durante el día estos compañeros de vida que un día bajaron un escalón que resultó ser el último, ese del que ya no puedes retroceder volviendo a escalar hacia el peldaño anterior.
    Sin olvidar que a veces nos vemos sobrepasados por realidades paralelas que nos desorientan. Como la de del personaje que lleva años en el mismo lugar, hablando todo el día sin parar por los dos teléfonos móviles que no dejan de recibir llamadas y de los que no se separa...
    Abrazo y buen Septiembre, Tais.

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  11. Aí no Brasil, tal como cá em Portugal, não é só a língua que nos toca: é todo o fingimento de que tudo vai bem... para quem dirige. Se o fingimento matasse, já não haviam políticos no mundo.
    Magnífico trabalho, Taís. Um grito vivo.


    Beijo
    SOL da Esteva

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  12. Amiga Tais, voçê tem tuda a ração na tão bem escrita crónica.
    Ha um grande problema, e não um só porque se falamos da gente que foge dos países de origem arriscando as vidas para acabar em campos de refugiados, se falar das vítimas da guerra, das pessoas que supirtam regímenes totalitarios e malvados...estamos a falar de meio mundo que não vive com dignidade. Mas os políticos invirtem em guerras, em coisas superfuas, malgastan o nosso dinhiro que não va para quem máis precisa.
    Noss não temos poder para trocar o rumo do mundo. Mas temos poder para noss expresar, para denunciar, para esixir de alguma maneira.
    Sempre sabe ponher o dedo na chaga.
    Um abraço

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  13. É tão inquietante, tão injusto que haja pessoas que nada têm um para alguns terem tudo. Causa tristeza e é chocante ver pessoas a mendigar, a dormir na rua, a comerem do lixo. Que mundo é este? Uma crónica perturbadora, minha Amiga Taís.
    Tudo de bom.
    Um beijo.

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  14. Há pessoas a viver nas ruas em todos os países, incluindo nos mais ricos. Mas a quantidade varia.
    O clima é um fator que tem influência. Na maioria das regiões do Brasil, por exemplo, as amenas temperaturas noturnas não constituem problema para dormir na rua.
    Na verdade, os governos investem pouco ou nada nesta problemática. Pela simples razão que não dá votos...
    Mais uma excelente crónica, que muito gostei de ler.
    Boa semana.
    Um beijo.

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  15. Bom dia, Taís.
    A sua crônica é belíssima, precisa, e os seus sentimentos humanitários brilham como diamantes no magnetismo de sua admirável literalidade.
    O contexto me fez lembrar que, desde os tempos mais remotos, os ricos e nobres se banqueteiam, enquanto os pobres sofrem e a injustiça e falta de solidariedade ganha proporções assustadoras.
    Às vezes fico estarrecido com a realidade de tantas barbáries. E me entriste ainda mais saber o quanto estamos distantes de melhores expectativas.
    Meus efusivos parabéns, terno abraço, ótima semana e continue nos encantando com seus sentimentos que nos exemplam.

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  16. Olá Taís!

    Antes de mais, quero parabenizá-la por mais uma reflexão que me enche as medidas. De diversas formas. Não só pela forma como o tema em si é tratado, mas também pela forma como escreve. Amo, amo a forma como escreve!! É muito bom ler os seus textos, não tenha a menor duvida!

    Adiante...

    Este é um tema sensível e é algo que eu ainda não consigo perceber nos tempos de hoje. Com tantos avanços na tecnologia, condições de vida do ser humano e quantidades de comida boa deitada ao lixo todos os dias, eu não consigo entender porque ainda existem tantas pessoas a viver nas ruas e a passar fome. Não consigo mesmo entender e tenho muita muita pena de não poder fazer mais em relação a isso. Mas concordo consigo, acho que existe uma forte possibilidade de ser algo politico por detrás de tudo isto. Mas também me interrogo. Têm eles interesse em quê? Não consigo perceber. Deixa-me triste e a suspirar por tempos melhores! Onde todos possam, pelo menos, ter os mínimos básicos!

    Um beijinho para si Taís! Mais uma vez, gostei muito... 🤗

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  17. Bom dia, Tais
    Crônica reflexiva. Muito triste a vida dos moradores de rua, a desigualdade social é gritante. O grupo de missões da minha igreja, certa vez, fez uma campanha de lençóis e fomos entregar à noite, levamos a Palavra de Deus aos corações aflitos e também sopa, foi gratificante parar e escutar cada relato, o pouco que fazemos faz diferença na vida das pessoas, que Deus coloque sempre compaixão em nossos corações para ajudar o próximo, um forte abraço.

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  18. Olá, amiga Tais,
    Passando por aqui, relendo esta excelente crónica que muito gostei, e desejar uma excelente semana, com muita saúde e paz.
    Beijinhos, com carinho e amizade.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

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  19. Que gran articulo en el que nos narras lo que ves todos los días en las calles de tu ciudad extrapolable a todas de tu país y del resto del mundo. Cada una de esas personas tienen tras suyo una historia de mala suerte.
    Algunas de esas personas cuando están pidiendo limosna es mejor darles algo comida que monedas ya que las usan para adquirir bebidas alcohólicas.
    Aquí en España hay una ONG de la iglesia que suele proporcionar alojamiento con lugares donde asearse y comer gratis durante un tiempo. En una ocasión no coincidían los números que daban ellos con los del gobierno, siendo tachados casi de mentirosos. El gobierno se puede decir que tenía ideas afines con la ONG (Organización No Gubernamental).

    Saludos.

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  20. Taís,
    Querida é realmente muito complicado
    ver a situação por todos os cantos.
    Mas pior que complicado, é
    triste não somente de ver, mas
    de saber de tantas histórias.
    Outro dia, havia chovido
    e estava frio, tocaram a campainha
    e atendi, era uma moça que sempre vejo
    dormindo aqui e eli aqui no bairro.
    Ela me pedoi algo para vestir, e constatei
    que ela estava molhada dos pés
    a cabeça e o cobertor que elava enrolada,
    pingava. Meu coração doeu duas vezes:
    uma pelo estado da moça e outra porque
    eu não tenho cobertores. Respirei fundo
    e disse a ela que eu não tinha vcobertor,
    mas tinha roupa. Ela disse que servia,
    entrei peguei mas pedi ameu esposo
    para entregar pq eu estava sem condição
    emocional para vê-la naquelas condições
    mais uma vez.
    Quanto ao Governo ajudar, infelizmente
    nunca haverá recurso suficiente...
    Grata por essa publicação que mais uma
    vez nos faz refletir profundamente.
    Feliz setembro para todos nós.
    Bjins
    CatiahoAlc.

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  21. Dá que pensar a vida dos sem abrigo. A verdade é que muitos negam ser ajudados pois a liberdade do silêncio e da solidão os consome e alimenta. Um problema humano sem dúvida alguma.
    .
    Saudações poéticas. Uma semana feliz.
    .
    Poema: “ O Homem e o Mar “
    .

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  22. Sempre muito triste testemunhar que essa situação é recorrente, aqui no nosso Brasil e pelo mundo afora. Quando viajo também vejo pedintes.
    Pior é perceber que entra governo sai governo a situação continua sem respostas para o que realmente importa.
    Um bom texto, Taís , como é habitual.
    Um abraço forte , amiga

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  23. No momento, dada a intensidade dos fluxos migratórios... esta poderia ser a descrição de qualquer país europeu, também!
    Estamos numa fase de clivagens, com o mundo conjecturando novas organizações de poderes... pelo que estas situações, terão tendência a agudizar-se, creio... pois o que não foi resolvido antes... quando o mundo não estava sob esta tensão climática e bélica de agora... continuará por resolver!
    Belíssima abordagem do tema, Tais! Voltando, depois de uns meses problemáticos, devido a uma situação de saúde aqui da minha mãe... mais controlada, mas ainda não totalmente ultrapassada!
    Um beijinho! Continuação de um feliz Setembro!
    Ana

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  24. Tais, também os vemos pelas ruas de Valência e em algum caso a pleno día. A maioria são educados, não sendo limpos.
    O problema é que não aceitam as residências que lhes são facilitadas, não querem disciplina só querem ser o que são.
    Excelente trabalho que nos trazes.
    Abraço de vida

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  25. Guerras por esse mundo fora, fome, secas, inundações, milhões gastos em viagens espaciais e o número de pessoas em situação miserável aumentando a cada dia tendo que procurar no lixo algo que lhes mate a fome. E aqui, precisamos de falar no desperdicio, na comida jogada fora tal é a abundância em muitas casas , coisa que acontece constantemente. . Andam os senhores do mundo a tentar conhecer outros planetas e não sabem cuidar do nosso, poluindo, desvastando, incendiando, sem o minimo respeito. Para quê? Sempre pensando no poder, no dinheiro, esse " vil metal "que é necessário, claro, mas que deveria ser usado para o bem das pessoas e não para a desgraça delas. E o que fazemos nós quando deparamos com um pedinte, com um sem abrigo que nos estende a mão? Ignoramos, mudamos de calçada para não termos de o encarar; não somos capazes de parar e perguntar se estão com fome, se precisam de algum agasalho, quando, em casa, os armários estão atolados de roupa de todo o tipo; temos de mudar a nossa mentalidade, Tais, porque, apesar de ser muito pouco e não resolver o problema, a nossa atitude faria com que essa pessoa, sorrisse, pelo menos nesse dia. Uma crónica pertinente, como sempre, querida Amiga, crónica que agradeço, pois, tenho consciência de que faço muito pouco e nunca é demais uma chamada de atenção ; olhar à nossa volta com " olhos de ver" é obrigação de todos nós se quisermos ser verdadeiros seres humanos; não há dúvida nenhuma de que somos seres racionais, mas onde está a tal humanidade?
    Não sei...anda perdida por aí...
    Beijinhos, querida Tais, e continua assim... " a dar um puxãozinho de orelhas " a cada um de nós. Aceitei o meu, mas foi leve...teria de ser mais forte para ver se aprendo
    Emilia 🙏 🌻

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  26. Oi Taís, boa noite amiga !

    Isso é um dos reflexos da desigualdade social no Brasil e no mundo, seja por questões econômicas, de gênero, de cor, de crença, de círculo ou grupo social. Essa desigualdade prejudica e limita o status social dessas pessoas, além de seu acesso a direitos básicos, como direito à moradia, alimentação, entre outros. O assunto é delicado e extenso, começando pela má distribuição de renda, até nossa posição como protagonistas, no cenário da geopolítica.

    Abraços fraternos
    Dan
    https://gagopoetico.blogspot.com/2023/09/tributo-mae-natureza.html

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  27. Infelizmente uma dura e triste realidade que existe por todo o mundo.
    Os governos aplicam o dinheiro naquilo que lhes interessa e não em resolver os problemas sociais, aqui é a mesma coisa.
    Como sempre, uma crónica brilhante.
    Beijinhos

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  28. Sim, os homi ficam trocando figurinhas pelo mundo, querida Taís.
    Enquanto os problemas se agravam.
    Excelente crônica.
    Tenha uma abençoado fim de semana.
    Beijinhos
    Verena.

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  29. Olá, amiga Tais,
    Passando por aqui, para desejar um feliz fim de semana, com muita saúde e paz.
    Beijinhos, com carinho e amizade.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

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  30. Adoro atracar ao teu Porto. É um lugar seguro de bom senso e vida.
    Parabéns, Taís.



    Beijo
    SOL da Esteva

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  31. Triste sina, verdadeira chacina promovida pela indiferença e o descaso, a falta de empatia e o egoísmo. Enquanto isso, na ilha da fantasia politiqueira: blábláblá, trololó, disse que disse, faz que faz...

    Um bom e inspirado fim de semana, amiga Taís.

    Um abraço. Tudo de bom.
    APON NA ARTE DA VIDA 💗 Textos para sentir e pensar & Nossos Vídeos no Youtube.

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  32. Taís, tão necessário a tua crônica nos trazendo essa reflexão que incomoda, angustia, aperta o coração. É tão amplo e tão complexo a resolução dessa enorme ferida em nossas sociedades. Passa pelos governos, mas passa também por nós. Sabe, além de pensar na vultuosa quantia gasta para explorar outros planetas, como bem disse a Emília no comentário acima, eu penso em como conseguimos nos mobilizar para enchermos estádios para o futebol, para shows, penso no empenho de adultos na época de copa do mundo, para com os álbuns de figurinhas e somos incapazes de nos mobilizar para amenizar, enquanto soluções maiores não chegam. A fome, o frio, não se fazem esperar. Nas grandes tragédias sim, nos mobilizamos, mas essa tragédia que você bem retrata na tua crônica é silenciosa, é fácil de se fazer invisível, basta fecharmos os olhos. Só que os reflexos estão aí.
    Foi muito bom refletir com o teu texto e os comentários de teus leitores. Obrigada por isso!
    Beijo, ana paula

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  33. Querida Tais,
    Esse é um dos graves problemas sociais que temos aqui no Brasil, como você disse é desumano termos tantas pessoas nas ruas passando fome, frio, perigo, entregues a própria sorte e sem nenhum apoio dos governos, todos eles. Vejo com muita tristeza toda essa situação e como algo difícil de solucionar, pois se não há empregos e oportunidades para quem vive sob um teto imagina para quem mora debaixo dos viadutos e marquises? Esse país é muito injusto com os mais pobres, não oferece chances de um recomeço, de uma nova vida, não há esperança pra quem vive a margem da sociedade e também para aqueles que precisam voltar a ter dignidade porque não há interesse real de resolver qualquer problema.
    Seu texto reflete o pensamento de muitas pessoas, será que um dia vamos ter um país sem miséria, fome e moradores de rua? Só o tempo dirá.
    Um beijo!

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  34. Querida Taís
    Tema importantíssimo que nos traz nesta Crónica.
    É o espelho de uma sociedade que não se interessa pelos
    desvalidos. Tanta gente sem tecto, no entanto a constituição
    prevê habitação para todos. Um dos problemas maiores
    são os juros pagos na compra de uma casa, passa-se a vida
    quase toda a pagá-la para além dos impostos aplicados a
    quem se atreva a adquirir um sítio para morar. Os alugueres
    são proibitivos, pois é preciso um salário alto para isso.
    Sempre muito interessantes os seus textos e os problemas
    sociais que neles aborda.
    Tenha uma óptima semana, minha amiga.
    Beijinhos
    Olinda

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Muito obrigada pelo seu comentário
Abraços a todos
Taís