Mário Quintana, o poeta das coisas simples!
O MAPA
Olho o mapa da cidade
Como quem examinasse
A anatomia de um corpo...
(E nem que fosse o meu corpo!)
Sinto uma dor infinita
Das ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei...
Há tanta esquina esquisita,
Tanta nuança de paredes,
Há tanta moça bonita
Nas ruas que não andei
(E há uma rua encantada).
Que nem em sonhos sonhei...)
Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha lavada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso
Que faz com que teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade do meu andar
(Deste já tão longo andar!)
E talvez do meu repouso...
Olho o mapa da cidade
Como quem examinasse
A anatomia de um corpo...
(E nem que fosse o meu corpo!)
Sinto uma dor infinita
Das ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei...
Há tanta esquina esquisita,
Tanta nuança de paredes,
Há tanta moça bonita
Nas ruas que não andei
(E há uma rua encantada).
Que nem em sonhos sonhei...)
Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha lavada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso
Que faz com que teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade do meu andar
(Deste já tão longo andar!)
E talvez do meu repouso...
Andei a passear pelo seu bog e descobri Mário Quintana. Curioso. É dos poetas brasileiros que eu mais aprecio. A verdade é que aprecio muitos...
ResponderExcluirAdorei este poema.
Beijos.
Tais, bom dia.
ResponderExcluirNão sou letrada, mas ao descobrir o seu blog meus dias tornaram-se bem mais felizes.Parabéns e muito obrigada.
Mas esse blog é para todos que amam ler!
ExcluirSeja bem-vinda, tenho o maior prazer em recebê-la! Pode deixar seu nome, gostarei de conhecê-la!
Grande abraço!