- Tais Luso de Carvalho
Nas conversas do dia a dia, com familiares, amigas, vizinhas, e observando bastante a vida da nossa sociedade, dá para ir pegando alguns temperos que servem para aplicar na minha vida. É melhor aprender vendo os erros dos outros do que sofrer na própria pele. Dá menos trabalho.
Examino o tal custo-benefício: o que vale a pena? Tudo complica quando a cobiça e a ostentação se fazem presentes, essa praga que gera a insatisfação humana e que revela o tamanho das diferenças sociais. O ser humano gosta de ostentar, mas paga por isso. Vê-se nas redes sociais um exibicionismo exacerbado de um mundo real.
Bem, moro num bairro em que as pessoas ainda têm o hábito de baterem papo quando se encontram nas calçadas, vão chegando e se encaixando na conversa. Os animais de estimação se encontram e seus donos se aproximam. Enquanto os bichinhos reforçam seus laços sociais, os donos falam das últimas notícias: falam do mundo, da vida, de futebol, dos seus condomínios, da segurança, saúde, das eleições, de política: quem roubou o quê, agora!? Os noticiosos estão aí, mostrando todos os dias o lixo do mundo – aqui e acolá. Coisa que nos preocupa bastante.
São nessas conversas que observo que todos nós, ao amadurecermos, também vamos tomando consciência como é bom, a certa altura da vida, podermos ficar um pouco de papo pro ar. Desacelerar e partir pra outra...
Li, em ZH, de Porto Alegre, há algum tempo, sobre o "Clube do Nadismo": dizia a nota, que o Nadismo representa uma importante transformação cultural, significa tomar consciência de que o tempo de fazer "nada" também é valioso. Aprendendo a aproveitá-lo, se vive melhor. Taí! Simpatizei com o "Clube do Nadismo". Não confundam com o "Clube do Nudismo", pelo amor de Deus!
Conversando com minha vizinha, aposentada recentemente, soube que ela abrirá uma boutique. Está aposentada, mas já está se coçando, sente uma certa culpa por não produzir alguma coisa. O desacelerar, o diminuir as atividades, ainda numa idade produtiva, causa insatisfação. E pode gerar uma culpa do cão. Milhões de pessoas não conseguem aprender o que fazer com elas mesmas numa tarde chuvosa e livre. Ficam paranoicas, infelizes. Loucas pelo dia seguinte para voltarem à vida, ou seja, ao trabalho! Pois é, enquanto uns pensam na sua aposentadoria, outros querem trabalhar até o último fôlego. Mas é a vida.
A vida? Mas o que é a vida? É uma resposta difícil. Antônio Abujamra sempre encerrava seu programa - Provocações - com essa pergunta: o que é a vida pra você? E os entrevistados pensativos mostravam dificuldades em responder. Pois é, a vida… difícil isso.
Eu também não sei o certo, mas me arrisco a dizer, que a vida é um longo percurso que nos desafia a ultrapassar o maior número de obstáculos com garra e coragem, mas parar quando tiver de parar, sem sentir culpa, buscar novos caminhos, ser feliz.
Amir Sater - 'Tocando em Frente'
Osservazioni interessanti sulla comunicazione della collettività, e la vita in genere e le sue mete...
ResponderExcluirMolto bello leggerti, buon fine settimana e un caro saluto,silvia
Tempos houve em que pensei muito nos quês e porquês da vida. Hoje em dia, já não penso. Vivo o dia a dia como a natureza vai impondo. Gostei muito da música que aqui nos oferece. Elogio o seu bom gosto musical.
ResponderExcluir.
Feliz fim-de-semana
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Adoro essa música! E a vida e pensar nela e sobre ela...
ResponderExcluirGostei do clube do NADISMO, mas pra desfrutá-lo, temos que saber descansar nossas mentes também,senão, ficamos sempre procurando "sarnas pra nos coçar",rs...
Lindo fds!
beijos, tudo de bom,chica
Olá, Tais!
ResponderExcluirA vida, é o nosso dia a dia, e as suas vicissitudes.
Umas vezes, tristes, outras felizes, tentando gerir da melhor maneira e feitio o nosso quotidiano.
Excelente crónica, como sempre!
Feliz fim de semana, com muita saúde!
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Não sei responder a esta pergunte e muito menos ao sentido que a vida tem, Tais. Há pessoas e não são poucas, que acham que tem de haver uma forte razão, um motivo muito especial para termos nascido e que tudo não pode acabar assim. Não penso nada assim, querida Amiga! O que digo sempre é que fomos postos aqui sem sermos consultados, que nunca pedimos para nascer, mas, o certo é que estamos cá para vivermos, na melhor das hipóteses, uns 80 anos e às vezes com muito sofrimento à mistura; alguns partem muito mais cedo e tantos outros, mal nascem, morrem, deixando uma dor que nunca mais acabará Esta música de Amir Sater que adoro, resume bem o que tem sido o meu percurso até aqui; ando devagar agora, tentando adaptar-me ao tal " nadismo " a que a idade me obriga, mas já tive muita pressa, já chorei bastante, ri também muito e agora vou tocando em frente, levando os sorrisos que puder, pedindo à vida que, já que me puseram aqui, não me apresente, para já, a sua amiga inseparável. Tenho tido saúde, o bem - estar tem sido o suficiente, as alegrias têm superado as dores e, portanto, gostaria de continuar mais um tempinho. Para que a vida não se zangue e não me considere chata, deixei de a questionar tanto e lá vou seguindo, trantando-a bem e prometendo-lhe que tentarei sempre ser uma pessoa cada vez melhor. Quem sabe assim, ela não atende o meu pedido? Estou confiante...vamos ver...
ResponderExcluirMuito interessante a tua crónica, querida Amiga, aliás, como sempre. 3scolher temas que nos levam a reflectir e isso é muito importante ; já bastam as redes sociais para tanta " tagarelice" que nada nos enriquece. Desejo-te um bom fim de semana, com saúde e boa disposição, embora estando ciente do momento dificil que estamos a viver e que nos deixa bastante apreensivos. Um beijinho aos dois grandes Amigos e obrigada!
Emilia 💝 ⭐ 🌲
Se procura aprender viendo lo que pasa en la vida de los demás, pero a pesar de eso siempre te encuentras dificultades, que tienes que resolver y alir de la situación por tí misma.
ResponderExcluirBesos
Gostei do Clube do Nadismo. É uma boa filosofia de vida. Afinal, o que é a vida? Uma iluminação no meio do nada? O artista cria sem saber que está criando. Fazer nada leva à criação contra o nada.
ResponderExcluirEstou falando bobagens.
Um abraço, Taís.
Querida Taís.
ResponderExcluirUma vez mais, lendo a sua excelente Crónica, não pude deixar de sorrir pela facilidade que a minha amiga tem em introduzir umas notas de aligeiramento, ou seja, de salutar sentido de bom humor, aqui e ali, tornando mais leve um tema que poderia ser pesado.
Afinal, definir o que é a Vida, não é fácil, não senhora. É tudo tão relativo às vivências de cada ser humano, que haverá sempre a tendência de expressarmos o sentido da Vida de acordo com a vida que levamos, né?
Existe no poema "A VIDA", do Poeta lírico e grande pedagogo João de Deus, que viveu no século XIX, autor da "Cartilha Maternal" que orientou muitos Mestre-Escola no processo do ensino da leitura, tudo o que entendo ser a Vida.
Como não quero ocupar-lhe muito espaço na caixa de comentários, peço à Taís que faça o favor de clicar AQUI, para ouvir a narrativa do dito poema.
Em virtude da Vida ser tal como o nosso Poeta a definiu, devemos tentar viver de acordo com a sua brevidade, logo, sem que a cobiça, o egoísmo e a vontade de ostentar riqueza, superioridade e poder, possa asfixiar a vida dos menos favorecidos, tal como tão bem a amiga Taís escreveu.
Resta-me agradecer-lhe uma vez mais estas lições de Vida que nos vai passando nas suas excelentes Crónicas. Muito Obrigada!
Com um beijinho muito amigo, desejo-lhe um agradável fim-de-semana, querida Taís.
Janita querida, que site fantástico 'O Mundo dos Poemas'!
ExcluirConheci mais poemas de João de Deus, que declamação linda do poema feita pelo site! Hoje faleceu uma vizinha no prédio, veio à minha mente o quanto a vida é breve, tem de ser vivida com intensidade e toda a verdade. Não podemos abrir as comportas para futilidades, não vale a pena o desgaste.
Obrigada, querida, por tuas palavras carinhosas. Essa resposta é para te agradecer o link que gostei muito.
Beijinho, bom fim de semana.
Creo que, en esas ultimas notas del cantante queda bien explicito lo que es la vida. Siempre algo nada fácil de responder y muy fácil de olvidar.
ResponderExcluirUn abrazo Taís y buen fin de semana.
Fui atrás de Gonzaguinha, não, não fui lá no céu que não sou maluco, vai que alguém achava que eu devia ficar por lá e me segurava, o que ia fazer da minha vida, então? Nunca mais poderia cantar na terra "E a vida, e a vida o que é? / Diga lá, meu irmão / Ela é a batida de um coração / Ela é uma doce ilusão / Êh! Ôh!", só em dueto com o próprio Gonzaguinha, no céu. Mas eu nunca fiz dueto com Gonzaguinha, como é que me arranjaria? "Tõ" NESSA, Clube do Nadismo. Já preenchi formulário para associar-me. Aviso aos navegantes é livre de taxas. A associação é mental. E vamos aproveitando "as lições de vida que nos vai passando", como bem o disse Janita, que também sabe das coisas! E só bebendo essa água das duas fontes!
ResponderExcluirUm beijo, minha amiga Taís!
Uma pergunta que é uma das bases da Filosofia e que já preencheu tomos e tomos assinados por pensadores ilustres de todos os tempos... (Sorrisos...)
ResponderExcluirVamos vivendo, de acordo com o melhor que sabemos...
Abraço, querida amiga.
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Cada um tem a sua maneira muito pessoal de ver e viver a vida.
ResponderExcluirJá estou em casa há 2 anos, tenho sempre onde ocupar o meu tempo e adoro poder fazer o que quero e quando quero, mas conheço pessoas que ficam deprimidas por estar em casa, mesmo depois de uma vida de trabalho. Enfim, a vida é só uma e por isso, há que saber aproveitar o melhor que ela nos vai oferecendo no presente, pois o amanhã é uma incerteza.
Bom domingo
Beijinhos
Una gran canción.
ResponderExcluirDifícil describir lo que es la vida. Momentos tristes y otros alegres...
Y siempre intentando aprender para seguir caminando.
Un beso, Tais. Feliz domingo.
Levo o meu fardo mais leve
ResponderExcluirEmbora mais carregado
Com um novo aprendizado
Quando teu espaço se atreve
Em mero momento breve
Dar-me uma lição de vida
Que casa ser tem concebida
Em sua imaginação
Ou sentida no coração
Do que é a vida vivida.
Parabéns, amicíssima Tais Luso. Tuas crônicas são extraordinárias! Lembro do personagem do Chico – ..."o cara porreta!... Eu queria ter um filho assim"... Digo eu – queria escrever assim! Com desenvoltura, no ápice da simplicidade, sem arabescos laterais ou peninhas coloridas, chavões a recorrer dicionários... redundando no belo, simplesmente - poesia em prosa ou prosa poética. Parabéns, amiga! Que Deus nunca diminua a intensidade de tua luz para nos dar prazer em ler teus escritos. Abraços. Laerte.
Meu querido amigo, fiquei muito comovida com este teu comentário, quanta generosidade! Estou escrevendo do celular, deu uma pane num transformador dos prédios da rua e estamos sem computador, arriscando esse agradecimento para que não saia errado, mas tinha de fazê-lo! Tão generoso!
ExcluirMuito obrigada, Laerte, nosso amigo de tantos anos.
Abraços e beijos a toda família!
Tais, eu fico contente
ExcluirCom a tua gratidão.
Não é só meu coração
Ou alma que assim sente.
É todo meu ser, ciente
Junto ao teu ser, do prazer
Que é sentir – perceber
Que a tua literatura
É arte - é criação pura
De obras de um ente ou ser.
Taís, podes aceitar minha constatação de que escreves bem como uma verdade consensual de muitos leitores que por aqui transitam. Abraços. Laerte.
Olá, Tais!
ResponderExcluirPassando por aqui, relendo esta excelente crónica, que muito gostei, e desejar uma óptima semana, com muita saúde!
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Minha querida Taís,
ResponderExcluirA reciprocidade que se dá entre as pessoas, influenciam de certa maneira o nosso modo de emitir opiniões e também nas ações, atuações e inter-relações com a mutualidade daquilo que também recebemos de outras pessoas.
Como sempre, gostei muito do teu modo de explanar sobre as coisas da cotidianidade.
Deixo um convite para que a amiga visite minha página de frases, agora remodelada, com novo “design” e mais leve para “navegar”.
https://frases-dougblog.blogspot.com/
Beijos e boa semana!!!
A conversa que tenho muitas vezes com a minha mulher - ficar de pantufas à lareira depois de aposentados?
ResponderExcluirNem pensar!
Beijos, boa semana
Gostei da sua definição de vida. Só sabemos que a vida não é uma sequência de dias. Ela é aquilo que mais queremos para nós e para os nossos. E andar devagar porque já tivemos pressa, conjuga-se muito bem comigo. Que gosto que é ler as suas crónicas minha Amiga Taís.
ResponderExcluirContinue a cuidar-se bem.
Uma boa semana.
Um beijo.
No sé, querida Tais, si me irá mejor asociarme al Club del Nadismo o al del Nudismo. O quizá el que me convenga sea el del "Nanaynismo", por ser "Nanay" en español una forma rotunda, coloquial y sin fisuras, de decir "NO" a todo y en todo momento.
ResponderExcluirA ver:
¿Estoy de acuerdo con nuestros gobernantes?, Nanay.
¿Y con la oposición? Nanay.
¿Con formar parte de la CEE? Nanay
¿Y con dejar de estarlo? Nanay
¿Creo que las autoridades han descubierto qué es el Covid y como atajarlo? Nanay
¿Y que lo sabrán a corto plazo? Nanay
¿Nos convence aliarnos con EE UU y sus aliados? Nanay
¿Nos conviene aliarnos con China o Rusia? Nanay, Nanay.
Volviendo al inicio, Tais. Quizá mi futuro sea el Nudismo en una isla desierta.
Besos, amiga. Y Buenas Navidades.
Bella reflexion concuerdo contigo. Te mando un beso
ResponderExcluirTais, minha amiga
ResponderExcluirli com a atenção que as suas crónicas sempre mwrecem
e cheguei â cnclusãp sou feroz militante desse brilhante club de "Nadismo"
de uns anos a esta parta "escrevo poesia, que dizer não faço Nada !
beij0
peço desculpa das muitas gralhas no meu curto texto
ExcluirMV
Estoy de acuerdo contigo: "a vida é um longo percurso que nos desafia a ultrapassar o maior número de obstáculos com garra e coragem, mas parar quando tiver de parar, sem sentir culpa, buscar novos caminhos, ser feliz. "
ResponderExcluirY cada etapa tiene sus cosas bellas, por ejemplo yo, disfruto mucho de mi jubilación, Hija y cuatro nietas, amigos e intereses variados.
Beijos e feliz Natal
Decirte que cuando llegue mi jubilación aprovechare para conocer un poco mejor mi país.
ResponderExcluirSaludos.
Já partilhei esta canção num dos meus espaços porque ,além da boa voz, o conteúdo é muito bonito.
ResponderExcluirAdorei essa ideia do Nadismo!
Felizmente, trabalhei sempre no que era minha vocação e gosto , mas quando me aposentei não tive problemas com a situação.
A Vida é uma aprendizagem , penso eu, e nós devemos aproveitar ao máximo o tempo que nos coube.
Carinhoso abraço, querida Taís, alegre quadra festiva .
Boa tarde de muita paz, querida amiga Taís!
ResponderExcluirO nadismo meu tem sido muito fecundo.
Com toda calma do mundo, sem pressa alguma, vivo um dia de cada vez e não é que no final de cada ano, no balancete anual, vejo quanta coisa eu fiz, vivi, senti, sem correr, sem atropelar as pessoas e sentimentos meus e alheios.
A música da vez é meu lema de vida desde que me aposentei. Vale a pena!
Excelente post para o tempo que vivemos, com tanta correria e exaustão das pessoas. Para que?
Tenha dias pré Natal abençoados!
Beijinhos carinhosos e fraternos
❤️💚🌲😘
Olà Tais, obrigada por me visitar. Eu ja penssava em fazer o propio.
ResponderExcluirUm outro tema interesante, qué é a vida?
Concordo muito ca resposta que nos deija ao final.
Eu não me faría socia do clube que menciona em primeiro lugar mas se não fosse tanto frio ata pode que me enrolasse no segundo, rsrs
Envelheçer de forma activa é algo que practico.Sem pressa mas sem pausa. Depois de trabalhar parte da minha vida, não tive tempo
para os hobbies e agora quero e gosto de poder
te-lo.
Também os meus desejos de um feliz tempo de natal, aínda que eu não gosto dele.
Beijinho
Querida Taís,
ResponderExcluirO que é a vida?
Realmente fiquei um bom bocado a pensar o que responder.
Se há dias que penso que a vida é uma bênção, outros há que me interrogo, se a vida é só isto, esta correria para lado nenhum?
Este música e principalmente esta letra, é quase um hino para mim, pois a primeira vez que a ouvi, estava numa fase tão difícil que me tocou profundamente, e acredite que me ajudou de certa forma a "tocar em frente."
Para ler quando puder:
https://sotepeco5minutos.blogspot.com/2016/07/ja-fui-um-passarinho-colorido.html
Um beijinho grato por mais uma crónica que nos põe a refletir.
Olá, amiga Tais.
ResponderExcluirA vida, é um complexo e constante enigma, que dia a dia temos que desvendar.
Votos de um excelente fim de semana, com muita saúde.
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Hola Taís, por la vida hay que caminar despacio, para disfrutar de las cosas pequeñas, pero hay gente que dedica el tiempo, a observar como viven los demás para luego poder criticar, y con eso son felices.
ResponderExcluirFeliz fin de semana.
Un abrazo
Um texto bastante interessante de que gostei.
ResponderExcluirUm abraço e bom fim-de-semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Querida Taís
ResponderExcluirEsse "Clube de Nadismo" faz-me lembrar o "niilismo", mas só no significado "tout court" de "nada". Enquanto que esse clube defende fazer nada porque já se fez muito e mais do que suficiente no decorrer da vida chamada activa, o "niilismo" nega todo o princípio religioso, politíco e social. Convenhamos que nem tanto ao mar nem tanto à terra.:) Há princípios que têm de nos acompanhar para podermos viver em sociedade.
Já corri muito, gostava agora de parar um pouco, mas a vida apresenta-se muitas vezes não como a gente gostaria mas da forma como as coisas se vão desenvolvendo. Contudo, há compensações, há tempo para sorrir e dar mesmo umas boas gargalhadas, falar com os amigos, como agora, tomar o pulso ao que se passa à nossa volta, também no mundo real.
Portanto, a vida é isto. Uma luta, uma labuta, com momentos altos e baixos. E não dispenso ir buscar algumas das palavras da nossa querida amiga Emília. Não fomos tidos nem achados para nada quando nos puseram neste mundo, agora é tudo ao "molho e fé em Deus" :) Para a frente é que é o caminho.
"Tocando p'ra frente" como nos dizem essas vozes maravilhosas, num ambiente idílico, que nos faz pensar que a vida merece ser vivida e que há um Ser Superior que vela por nós. E cada um vai escrevendo a sua história, o melhor possível.
Obrigada, minha amiga. Um privilégio vir aqui e encontrar temas que nos tocam e nos diz respeito a todos.
Beijinhos
Olinda
Olá, querida Olinda, o Clube do Nadismo também é diminuir ou poder mudar o rumo das coisas, parar a correria, a angústia se assim acharmos, para poder encontrar o que nos faça feliz. Parar um pouco para podermos pensar o que fazer.
ExcluirSempre ótimo receber aqui mais uma das queridas amigas de Portugal, nosso país irmão.
Beijinho, amiga!
Leia-se:
Excluir...nos dizem respeito...
:)
Obrigada, querida Taís, por mais esta achega.
ResponderExcluirBeijinhos 😘
Querida Taís, somos sócios deste clube de 'nadismo', ou será que o ZH nunca publicou nada sobre um certo Jair Messias? Pois então! Ele é o chefe, digo presidente. Muito, muito divertido a postado no seu blog. Feliz fim de ano, e até o próximo.
ResponderExcluirBeijo
Jorge
oi Tais
ResponderExcluirUma crônica que já explica tudo_ a vida ? é um 'nadismo só rs então amiga ja dizia as escrituras sagradas 'há tempo para nascer, há tempo para viver' e digo eu 'vivendo
e aprendendo' _ nada como a vida para ensinar-nos., e ainda assim, morremos sem entende-la . Estou a filosofar barato aqui,Tais acho que muitos de nós ...
Gosto de vir te ler__ sempre traz temas impactantes assim e faz a gente escrever como se cronistas fossemos rs
Um abraço e fica bem, amiga
e eis que chegamos ao célebre momento do 'Feliz Natal'
Olá Taís querida
ResponderExcluirAmei sua crônica como sempre
Mas li diferente hoje, debaixo pra cima, rsrsrs
Mas deu pra entender.
Então, a vida é uma caminhada, que temos que focar nosso objetivo, ter um foco, senão ela não tem sentido nela mesma.
Acredito que muitos não suportam ficar parados porque não sabem pra onde estão caminhando, então colocam sentido no trabalho.
Mas realmente é difícil ter um foco.
Precisamos de um guia nos dirigindo como numa cidade turística, que tem tanta coisa pra ver mas você não sabe direito como e por onde começar e sem o guia você perde muito tempo.
Assim é a vida, precisamos de um guia.
Um grande abraço a você querida.
Amo suas crônicas, me fazem pensar.
Olá Taís,
ResponderExcluirExcelente crônica.
Eu idenfico-me com esta parte de sentir culpa por não produzir nada.
Se às vezes estou cansada, e é normal que me sinta assim muitas vezes trabalhando numa creche, e não faço nada, sinto culpa, por perder tempo se nada fazer. É que o tempo passa rápido e não dá para fazer tudo o que quero, eu queria mesmo era nunca ficar cansada e trabalhar sempre.
Taís:
ResponderExcluires una lección que nunca terminamos de aprender, de vivir el presente, de gozar de momentos sencillos.
Obrigado.
Abraços.
Taís
ResponderExcluirQue bela crônica, ela explica tudo: o que é a Vida? É muito díficil achar uma explicação, é melhor viver o dia a dia.
"Nadismo" as vezes o corpo exige repouso e a mente quer trabalho, então fica aquela inquietação, é bem díficil lidar com os dois.
Taís, obrigada por interagir comigo em 2021, e espero estarmos presentes aqui em 2022.
BOAS FESTAS E PRÓSPERO ANO NOVO 2022.
Beijinhos com carinho.
A vida é de facto algo tão indefinível e abrangente... mas super preciosa... tanto mais quando alguns dos nossos se vão tão antes, do que esperaríamos! Quando o meu pai se foi, aprendi a relativizar muita coisa... e a correria da vida a favor de cultivar ostentação, com a correspondente dose de inveja, nunca me acompanhou... aprendi a dar muito valor à saúde, pois o meu pai perdeu-a bem cedo... e a mesma nem sempre combina, com muitos desgastes quotidianos, por conta de tantos objectivos sem sentido... usar a melhor marca, ter a melhor casa, andar no melhor carro, desfilar um role de viagens em conversa de circunstância... sempre gostei de permanecer... e de apreciar o melhor das pessoas e dos lugares, na sua simplicidade e autenticidade... faço/fazia férias sempre no mesmo lugar (antes da pandemia), porque era bom sentir-me em casa, e desfrutar realmente do tempo, com todos os seus nadas... e a piada, é que vejo tanta gente que persegue e cumpre todos os itens do imaculado estatuto social, num permanente rodopio... e continuam infelizes e insatisfeitos toda a sua vida... porque tudo sai fora de moda, tudo passa rapidamente, sem conseguirem desfrutar do que quer que seja verdadeiramente, e já com a preocupação de concorrerem e ultrapassarem outro alguém... numa corrida sem fim, até ao ultimo suspiro! Felizmente, sempre estive fora desse campeonato... pois sempre optei por ser feliz... e realmente dar por isso... e ser grata por isso, em muitos momentos do meu dia... com muitos períodos de nadismo pelo meio... aliás neste mês de Dezembro que passou, permite-me a tal... por uns dias, para repor o cansaço e o stress de volta a níveis aceitáveis... e a usufruir da presença possível, dos que me são importantes por perto... sem precisar de os impressionar com nada... a não ser com a minha ilustre presença, e a distância segura... já que a virose, não permite de outro jeito... :-))
ResponderExcluirAdorei a sua crónica, Tais, que tão bem abordou, algo com que sempre me identifiquei... tem algo de grandioso no nadismo... para aqueles que já descobriram que não precisam de realmente muito, para serem felizes e desfrutarem melhor do seu tempo e saúde, enquanto por cá vão andando nesta vida...
Um beijinho! Feliz semana, e bom ano, Tais!
Ana