- Taís luso de Carvalho
Não
faz muitos dias que vi, por um canal de televisão, uma senhora
comprando alguns presentinhos para os seus netos. Num certo momento
uma repórter - que estava na loja - perguntou-lhe sobre sua
infância, o que costumava ganhar de presente no Dia das Crianças -
o 12 de Outubro.
Um
tanto tímida e com uma tristeza aparente, a senhora contou-lhe um
pouco de sua infância pobre: algumas vezes boa, outras nem tanto.
Porém contou que nunca havia recebido uma boneca de presente. Lógico
que isso lhe marcou, mesmo sabendo das razões. E calou-se com a
intenção de segurar algumas lágrimas.
Naturalmente
a repórter ficou emocionada diante do triste fato que até hoje
estava presente em sua vida. Abraçou a vozinha, pegou uma bonita
boneca da prateleira, embalada numa caixa com laços e fitas, e
presenteou essa senhora dizendo que aquela boneca era o presente que
nunca ganhara.
A
pequena senhorinha, ainda contida, abraçou ternamente a boneca em
seu peito. Porém não conseguiu segurar sua emoção que invadiu
suas lembranças, sua infância e suas mágoas. E chorou. Mas um
choro tão dolorido que afetou aos que a rodeavam.
Nesse
momento pensei em tantas coisas que semeamos, em tantas situações
impensadas que uns constroem aos outros e que ficam marcadas para
sempre. E lamento por não conseguirmos frear nossos ímpetos, muitas
vezes descabidos, desnecessários e que vão alimentando as duas
crianças que moram em nós: uma criança brincalhona, bagunceira e
feliz; e outra com magoas, frustrações e sofrimentos. E carregamos
as duas juntas pela vida afora...
E
assim a humanidade vai vivendo e sobrevivendo, entre suas dores e
alegrias; e poucas são as coisas enfeitadas com laços e fitas. Na
verdade, a vida não é nada cor-de-rosa. Nunca foi.
Taís a vida não é cor de rosa,muitos fazem que ela nos pareça ser,mas sabemos que por trás dessa cor tão linda existe a negritude da maledicência,a petulância daqueles que estão no pedestal e para eles não existem pessoas passando fome,crianças esmolando e sim um castelo repleto de seguranças e muita comida na mesa.
ResponderExcluirEssa é a vida infelizmente que vemos ao nosso redor.
Parabéns pela crônica.
Bjs-Carmen Lúcia.
Pois é, Tais, muitas vezes até com boas intenções as pessoas mais próximas nos magoam freando nossos sonhos e plantando um eterno vazio por nos privar de coisas e momentos que nos trariam felicidade e aprendizado. Penso que deveríamos deixar as pessoas errarem mais,se arriscarem na construção de suas vidas.
ResponderExcluirNo caso da senhorinha, muito comum nesse país cheio de desigualdades, cabe a nós prestarmos mais atenção nas necessidades alheias, principalmente das crianças. Belo texto! Que a sua criança seja sempre assim, cheia de sábias palavras para nos dizer.
Não é rosa na sua totalidade...por isso aproveitemos os momentos mais rosados!
ResponderExcluirGostei da sua escolha...bj
Limerique
ResponderExcluirAté não sendo glamurosa
Viva-a em verso e prosa
Ela não tem volta
É nó que não se solta
Não há vida cor-de-rosa
Cara amiga Tais, a vida realmente é dura. Um abração. Tenhas uma boa noite.
ResponderExcluirTais, Tais, Tais!!!... Parabéns! Eu morreria sem saber de teus dotes "escribísticos", diria o coronel Paraguaçu - não Utinguaçu, não fosse o reatamento de nossas antigas relações com Pedro Luso. Maravilho o teu texto, Tais. "Lindérrimo"! Ele é divino na forma e elegante na descrição. É perfeito no escopo e o seu conteúdo é digno de uma fábula melhor que as de Esopo. A moral ai é ética a elevar o moral do mais deprimido e a emocionar o mais empedernido dos corações humanos. Não cheguei às lágrimas por não ter experiências com bonecas, mas se versasse sobre cavalinho de madeira ou pião, eu iria ao pranto. Emocionei-me, juro! Consigno aqui o meu reconhecimento ao teu talento singular e maravilhoso. Mais uma vez, parabéns!
ResponderExcluir(rsss) Olá, LAERTE, que honra receber a visita de um ilustre poeta! Bem-vindo! Que bom que gostou, já de primeira.
ExcluirTambém tive o prazer de ler teus livros: Ilha De Idílios - Canoas, Ventos e Mares - Alfabeto Angelical. Adorei!
E deixo aqui o convite aos meus amigos para uma visita ao teu blog, ganhamos mais um amigo na Blogosfera!
- CLIQUEM NO LINK DA FOTO DE 'SILO LÍRICO'.
http://silolirico.blogspot.com.br/
Obrigada pela tua visita, amigo!
Grande abraço daqui dos pampas.
Tais, disse Lawrence Durrell que o homem é uma vaidade sobre um par de pernas. Se assim for, eu não sou bem homem, porém meus poemas são machos demais por serem vaidosos no sentido de serem conhecidos para o engenheiro construtor de versos ter o seu balizamento. Pelo processo divinatório chegastes ao interesse que não deixa de ser meu, e agradeço. Grato pela divulgação de meu endereço. Isso posto e voltando ao teu texto, reafirmo que o achei maravilho e fiz a ele um poemito para brindá-lo e exercitar o meu modus faciendi. Veja lá: Tais, o teu texto é lindo / Comoveu e fez-me atento / Por um processo mais lento / Sonhei e me vi sorrindo. / Sonhei com o clamor infindo / Por justiça, o advento / Do amor daquele momento / Que o presente foi bem-vindo. / Eu me senti no espaço. / Vi a caixa, vi o laço,/ Vi a boneca qualquer. / Senti na alma um abraço, / Senti no peito o que eu faço / Quando chora uma mulher. Grande abraço, Tais! Minha gratidão, e mais uma vez meus parabéns! Laerte (Silo).
ExcluirMeu texto ganhou um lindo poema!
ExcluirAdorei, Laerte! Obrigadíssima!
Bem-vindo à blogosfera.
Lindo e tão emocionante,Taís. É bem verdade...Já adultos ( e bem , no meu caso,rs) carregamos as crianças, as adolescentes, as mulheres que fomos...
ResponderExcluirUm beijo ,tudo de bom,amanhã será beijo salgado do mar que vou me atirar, rolar como um hipopótamos,rs Inté! bjs, chica
Chega um tempo, Taís, em que somos os pintores da nossa vida. Nada como tentar anular as cores menos favoráveis e com muita persistência seguirmos o nosso caminho. Sempre esbarraremos em pessoas que tentarão empanar nossa cor preferida. Nossa autoestima precisa ser forte e sublimar tais obstáculos. Minha cor rosa, às vezes derrapa no roxo, outras vezes fica desbotada, muito sem graça... Mas canto "levanta/sacode a poeira e dá volta por cima"...
ResponderExcluirAbraço.
Amiga Tais, quantas pessoas levam dentro de si tantas tristezas acumuladas, pois nem todos podem viver satisfatoriamente, uns por não terem aproveitado bem a fase em que se acredita ser a melhor, a infância!
ResponderExcluirHoje se diz, para consolo de muitos, que a melhor fase é a da "melhor idade", portanto nunca tudo é cor-de-rosa, nem na infância tampouco na velhice!
Amei ler seu belo texto, como sempre!
Abraços apertados!
Carregamos essa dualidade tatuada em nossa alma e hoje mais amadurecidas podemos pintar com cores mais suaves as durezas da vida mas jamais vamos eliminar do coração as mágoas da infância. Essas nunca vão cicatrizar
ResponderExcluirUm belo conto minha amiga
Beijo grande
Olá, Tais...bela a atitude da repórter para com a senhorinha...realmente, a vida nunca foi cor-de-rosa...e a pior dor é aquela que ninguém vê...
ResponderExcluirFeliz continuação da semana,belos dias,beijos!
Oi Amiga, Taís Luso, boa noite !
ResponderExcluirQue coincidência !
Ontem, presenteei uma senhora, bastante idosa,
com uma bonequinha, especialmente feita para ela.
Chorou copiosamente e, eu, também...
Lindo texto. Parabéns.
Um carinhoso abraço.
Sinval.
Olá Taís:Sei que existem mágoas que resistem por longo tempo em nossas lembranças, mas temos que analisar se vale a pena sofrer com o que passou e que não podemos consertar ou mudar. O que observo é que a melhor solução é perdoar a quem nos magoou, ou até mesmo entender que a vida nunca é cor de rosa, é um conjunto de alegrias e dores, o bom é valorizar tudo que há de rosa e esquecer os pontinhos negros.
ResponderExcluirMas seu conto foi rosa choque de tão lindo.
Beijinhos, Léah
Taisinha, essa tua crônica pode ser analisada sob dois aspectos, em duas partes, quando falas das duas crianças (uma dividida em duas); uma parte da crônica para sentirmo-nos emocionados com a pobre velhinha, e, a outra parte da crônica, para refletirmos sobre os valores que devem pesar para todas as pessoas. Temos então, na crônica, a emoção e a reflexão. Bom seria que todos pudessem ver que as coisas materiais não são importantes, como pensam tantas pessoas. E, também, seria bom se pudéssemos valorizar um pouco mais o que temos depositado no nosso banco das riquezas espirituais. É a lição que fica de tua crônica.
ResponderExcluirBeijinho daqui do escritório.
Acertou na mosca, querido, essa foi a minha intenção! Dividi em duas partes: emoção no início e a reflexão sobre nossos atos, tudo gera bons frutos ou péssimas reações. Mas é difícil, os homens andam a passos muito curtinhos, difícil sairmos do lugar...
ExcluirBeijinho daqui do lado.
E agora... tenho assistido a crianças que ganham tanto presente... de que nem têm tempo de usufruir... e mesmo assim... nunca estão satisfeitas...
ResponderExcluirAcho que o ser humano é insatisfeito por natureza... mas quando nos falta o básico... que todo o mundo parece ter... realmente é bem mais marcante...
A senhora talvez não tenha tido brinquedos em sua infância pobre... mas talvez tenha tido um bom ambiente familiar... hoje em dia tem criança que tem um mundo de presentes e um ambiente familiar por vezes caótico... pais separados... ausentes...
Tem razão, Tais! De alguma forma... a vida quase nunca é cor de rosa para ninguém... e para os que são mais pobres... nunca o foi mesmo!!!
Um belo texto... que nos faz reflectir... e que nos toca também...
Beijos! Continuação de uma óptima semana!
Ana
Penso exatamente igual, querida amiga Taís.
ResponderExcluirÉ interessante como temos visão muito assemelhada em diversos assuntos. Bom, isso!
Grande abraço.
Aunque tarde tuvo la muñeca que nunca había tenido, y se irá de este mundo agradeciendo lo inesperado.
ResponderExcluirUn abrazo.
Um momento de muita emoção que mostra que podemos levar carinho há uma pessoa com pequenos gestos de amor.
ResponderExcluirUm abraço.
Élys.
Querida Taisamiga
ResponderExcluirA vida não é nada cor-de-rosa é sobretudo madrasta; talvez seja uma mistura de uma e de outra; mas a madrasta pesa mais do que a outra.
E se dúvidas houvera sobre o que dizes e que eu também digo, bastaria atentar na estória que tão bem contas (aliás como sempre); um gesto como este mesmo sem ser embrulhado em papel colorido e sem qualquer fita deixa emocionado quem quer que seja. No caso presente esta velhinha que nunca teve uma boneca mas agora tem...
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NOVO TEXTÍCULO
CONTINUA A SAGA DA IMPOSSIBILIDADE – SABE-SE LÁ POR QUE MOTIVO… - DE ACTUALIZAR A INFORMAÇÃO SORE OS NOVOS POSTS COLOCADOS AQUI NA NOSSA TRAVESSA E QUE DEVERIA APARECER NO TEU BLOGUE MAS INFELIZMENTE NÃO APARECE.
POR ISSO CONTINUAREI ESTA METODOLOGIA PARA TE AVISAR SEMPRE QUE HAJA UM NOVO ARTIGO. É O CASO DE ONTEM EM QUE PUBLIQUEI UM TEXTO – VÊ LÁ O QUE MEU NA GANA – QUE É UMA “NOVA VERSÃO” DO “TRIUNFO DOS PORCOS” DO SR. ORWELL. QUE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO ME CUBRA DE BÊNÇÃOS… JÁ QUE NÃO ME PODE COBRIR DE OUTRA MANEIRA…
Henrique, o Leãozão
oi Tais, meu coração amoleceu já no início com a tela que ilustra a crônica. E depois de ler o texto inteiro, então, fiquei comovida e pensativa e com os olhos cheios de lágrimas sem nem perceber.
ResponderExcluirUma crónica com a qualidade a que estamos habituados, emotiva e reflexível.
ResponderExcluirEssa boneca parece ter lavado a alma da senhora que deve ter levado uma vida de privações...
Como ela, há tantas crianças! Mesmo agora, com plástico, não sei se chegarão às zonas interioranas...
A imagem das duas crianças que carregamos está por de mais interessante e é realmente importante discernirmos que aprender a lidar com frustações é assaz importante, porque de facto, é impossível vencer neste mundo sem elas. Pior que frustações, é não estar habituado a superá-las.
Gostei muito, querida amiga.
Dias primaveris deliciosos...
~~~~ Beijinhos, Taís ~~~~
Taís, sou filha adotiva e pedi como presente do papai noel uma bicicleta grande e,quando chegou o Natal fui procurar meu presente, era uma boneca de pano com cabeça de louça. No quintal rodopiei a boneca até jogá-la longe.
ResponderExcluirNão demorou muito tempo ele trouxe minha bicicleta grande. Abracei-o e pedi perdão, olhei os seu olhos lágrimas cairam, enxuguei suas lágrimas.
Sempre fui impulsiva.
Beijos
Minicontista2
Boa tarde, querida amiga, Tais!
ResponderExcluirQue bela tela para ilustrar sua crônica. Bem sabemos que a vida não é cor- de- rosa para ninguém, mesmo que a façamos parecer. Ao ler sobre a senhora na loja, me reportei a minha infância, mexeu com meus sentimentos e com a criança que vive em mim. A primeira boneca que ganhei de vestido com bolinhas azuis, linda, foi roubada e,aí, esperei muito para ganhar outra. Resultado, hoje tenho duas bonecas, presentes da minha filha que cansou de ouvir a minha história da boneca roubada.Eu, na época sofri muito, mas acabei guardando a frustração, hoje sei que só faz mal, por isso, tento viver com o que tenho e ser feliz. Grande beijo!
Tais,
ResponderExcluirEm resposta a minha postagem é apenas ficção.
Não tem nada com a minha vida
Eu sempre fui uma mulher muito bem resolvida, sou até manhosa e meu marido faz todas as minhas vontades e eu o amo demais.
Beijos
Minicontista2
Sim, Dorli, li como ficção e comentei como tal.
ExcluirBeijinho.
Más vale tarde que nunca querida amiga Tais.
ResponderExcluirBello es leerte.
Un gran abrazo y feliz domingo.
Tais, a vida não é cor de rosa e para alguna nem sequer tem cor, mas a atide desta senhora que deu a boneca à avó faz-nos acreditar que o sol está lá sempre, mesmo que as nuvens pesadas não o deixem aparecer. Sabes, eu nunca tinha tido uma boneca até ao dia em que um amigo do meu pai veio de Lisboa e me trouxe uma linda boneca. Fiquei fascinada, mas....nesse mesmo dia esqueci-a
ResponderExcluirnas escadas da minha casa e, sendo a boneca de papelão, com a chuva que resolveu cair, no dia
seguinte, para grande tristeza minha, estava desfeita. Lembro desta estória só quando vem a
propósito, porque não me deixou trauma, Eu não tinha brinquedos, mas tinha muito carinho e uma
familia pequena mas feliz e é este facto que recordo; o que era essencial, eu tinha, mas brinquedos
, os meus pais não podiam comprar; roupa também era só a necessária, pois o dinheiro tinha que
ser para alimentação e estudos e nisso, nada me faltou Tv seja esse o motivo de não guardar
mágoa. Hoje exagera-se na quantidade de brinquedos, na roupa de marca e em tudo o que é
superfulo e um dia, as crianças não vão lembrar nem dos brinquedos que tiveram nem do carinho e
atenção dos pais, pois estes,hoje, não páram um pouco para lhes perguntar: " então, filho, como
correu a escola?
Será que os nossos filhos um dia vão ter uma fita cor de rosa para amarrar o pacote das suas boas recordações? Os brinquedos que receberam já há muito desapareceram e temo que não haja nada onde colocar um laçarote de seda cor de rosa. Lindo e profundo! Como sempre, uma cronica que nos leva a refletrir. Obrigada, Tais. Um beijinho
Emilia
Tais, quando trabalho no tablet, acontecem coisas estranhas e " nódoa" como sou em novas tecnologias, não consigo evita-las. Tenho que perguntar à minha netinha de 7 anos como se resolvem. Pena que mora longe!!!! Beijos e prometo....vou treinar mais.
ResponderExcluirEmilia
Querida Emília, não vi nada de estranho, achei seu comentário lindo, minha amiga! Tenho o maior prazer em recebê-la, sempre, pois gosto muito de seus comentários, de sua leitura aqui. Gratíssima.
ExcluirBeijinho
Amiga Tais:
ResponderExcluirO mundo das crianças devia ser sempre cor-de-rosa e nós sabemos que tal não acontece, infelizmente.
A essa senhora isso não aconteceu e ela carrega essa dor consigo para sempre.
Um gesto bonito e sensível por parte da repórter que ultrapassou a mera função profissional.
Por coincidência estou a ver neste momento na televisão, uma reportagem dramática sobre os meninos do Gana.
http://sol.sapo.pt/artigo/72018/gana-todos-os-dias-ha-uma-familia-que-entrega-um-filho-por-30-euros
Um beijinho grato por mais um texto excelente.
Fê
Nunca foi cor-de-rosa. Cinza na maior parte do tempo e multicolorida de vez em quando.
ResponderExcluirBeleza de texto Tais! Um abraço, Loyde manda beijos!!!
E esses parágrafos for de lógica, alguns erros, etc, etc? Está certo... o que importa é o conteúdo e não a aparência, não é verdade? Estamos sempre a falar de aparências, de essência e venho eu agora preocupar-me com insignificâncias do meu comentário ; tens razão! De qualquer modo já ficas a saber das minha " azelhices " Não sei se conheces a palavra, mas facilmente descobres o significado. Obrigada, amiga! Bjos
ResponderExcluirEmilia
Boa tarde querida Tais.
ResponderExcluirTem coisas pequenas que para as crianças marcam e elas levam para a vida toda. A sua historia foi tocante e nós levou a reflexão e a emoção. Emocionante ela receber de uma pessoa estranha um presente desejado e nunca recebido. Eu sempre tive tudo o que eu queria, tudo que era comprável. Infelizmente meus pais não me ensinaram que a vida não era cor de rosa e quando eu descobrir as outras cores, principalmente a cor preta da vida, quase não conseguir seguir em frente. Mesmo assim criei a minha filha da mesma forma, tendo tudo o que queria, nem preciso dizer que ela também teve que encarrar que a vida tinha outras cores, nem tudo o que desejamos pode ser comprado. Acho ate que as coisas realmente importante não tem preço. Eu saiu daqui emocionada, acho que pela coincidência. Sempre nos dias da criança dou presente aos pequenos. Como um dos ficou doente, eu quis lhe alegrar dado presentes, logico que não podia comprar para um só, então uns dias antes do dia da criança, dei as três tudo o que eles queriam. A minha sobrinha foi logo dizendo é já os presente dos dias da criança, eu interrompi e disse vem mais. Mas depois eu passei a sentir uma dor de cabeça bem forte, e fiquei de cama. No dia das crianças eles passaram com a mãe, mas ela teve aqui e eu pedir a minha filha para descer e comprar algo para eles, e assim a minha filha vez, mas foi coisas apenas o que eles gostam. Enfim esqueci sobre o tão presente dos dias das crianças. Hoje eles chegaram e o maiozinho, foi logo perguntando cade o presente dele, fiquei atônica e quis conversar explicar que eu ainda iria comprar mais que tinha ficado doente, mas ele ficou zangado e triste. Foi uma tarde toda dificil, mesmo eu fazendo todas as vontades. Depois de muito tempo, ele olhou para mim e com sentimento me disse mas você não comprou o meu presente dos dias da criança, eu me sentir de verdade com vontade de chorar, prometi que iria sair e comprar o que ele quis-se-se, ele escolheu o que queria e só assim voltou a ficar normal. Eu e as minhas historias rsrs, mas esse é um exemplo de como algo pequeno pode marcar uma vida para a vida toda. Todos os dias das criança eu vou velos, dou presentes, e esse ano não fui e pela emoção dele hoje eu sentir que ele me esperou. Não se pode mudar o passado, mas pode no futuro fazer diferente. Depois de ler a sua postagem então, vou acordar amanhá cedo e comprar o tão presente rsrs. Uma linda semana para você e o Pedro e toda a família. Enorme abraço.
Nunca foi e nunca será!
ResponderExcluirEu tive uma infância muito simples ... mas repleta de momentos inesquecíveis daí ter sido muito fácil cuidar dos meus velhinhos quando voltaram a ser "crianças"!!!
bj
Olhando bem fundo nos olhos daquele menino livre e solto que carrego comigo, acho que não é mesmo Taís, embora aquele menino não tenha vivido de sonhos frustrados lá naquela idade de sonhos. Talvez pela própria consciência de vida da família, naturalmente tenha abortado certos sonhos e desejos e vivia de bem com aquela simplicidade e liberdade.Hoje luta para manter esta criança ativa como escudo das coisas que os grandes fazem para lhe deixar para baixo.
ResponderExcluirA ilustração é incrível, parece que a boneca olha para dentro dos olhos da menina, que não parece feliz em ter nos braços a boneca, como as de hoje a querer um iphone de ultima geração.
Enfim é a vida sem retorno.
Um abração amiga.
Bju no coração.
Ao ler esta glamourosa prosa, confesso que senti vontade de chorar...Sendo ela uma pura realidade que nos rodeia... Eu diria:
ResponderExcluirÀs vezes sentimos que tudo está errado, e que o lugar onde nos encontramos na vida já não é o certo para nós. Esses são os momentos em que devemos repensar nossos objetivos e talvez optar por um recomeço.
Um novo início pode ser tudo que a vida precisa para voltar ao lugar, e nunca é tarde demais para um recomeço ou para iniciar a luta por um sonho novo. O tempo nos traz uma grande verdade, quando ele por si nos mostra que é tempo de recomeçar...
Bj de carinho minha grande amiga...Que Deus a preserve-a assim com tal real sentimento pelo dom da escrita...
Me afastei um pouco do meu blog.... Mas veem de bem longe me recarregar em suas cronica....linda!