VENTANIA
- Pedro Luso de Carvalho
Da Patagônia,
esse vento
(esse frio
congelante)
veio rasgar
minhas veias
com garras
mortais.
Vi da vidraça,
assombrado,
o dia sumir –
escuridão repentina
noite no dia
e um gélido terror.
No telhado da casa,
às escuras,
barulho horrendo
de passos
de um ser estranho
de estranho mundo:
o fantasmagórico
vento com uivar
de fera faminta.
Preso à janela,
curvado de medo
ouvia zunir
o guerreiro feroz,
(entre casas
e árvores)
a dilacerar galhos
e destruir fios,
que agonizavam
no chão,
retorcidos.
Sempre há algo para nos assombrar, sendo que o seu texto me lembra quando era criança e morria de medo do escuro...
ResponderExcluirMas agora a noite me conforta.
Fique com Deus, menina Tais.
Um abraço.
taís se não for muita intrmomissão, quem é Pedro Luso de Carvalho? poema MARAVILHOSO,do jeito que gosto! bju querida
ResponderExcluirOi, Eucana, também gosto desse tipo de poema; um tanto forte...
ResponderExcluirPedro Luso é meu marido, na minha coluna estão seus blogs: Panorama e Quadrantes, é só clicar nos banners.
Obrigada pela tua visita, sempre carinhosa.
Beijão
tais
Muito bonito o poema. Ele automaticamente nos leva aos medos guardados, vistos no passado através de janelas.
ResponderExcluirParabéns pelo post e pelo marido poeta.
Um abraço,
Dalinha Catunda
Olha!!! Gostei da forma que o poema foi feito! Magnifico! Conseguiu com simplicidade me levar a imagem da fúria daquilo que não tem imagem...
ResponderExcluirObrigado pelo comentário deixado no blog!
Leia quando puder um texto que eu deixei ali, chamado "Ano Novo", o escrevi na passagem do ano, acho que vai de encontro com algumas de suas reflexões deixadas aqui no blog!
Bons dias aí pela Frente!!!
beijaum!
E. Lariucci
Minha querida amiga.
ResponderExcluirUma Páscoa feliz. Com muita paz, serenidade e até ventania.
Uma ventania serena.
Um beijo e um abraço ao poeta.
Victor Gil
Tenho uma forte influência devastadora: amo as ventanias, as tempestades, as chuvas, as trovoadas, sem falar nos poderosos raios elétricos rasgando os céus. Eu gosto é dos que uivam em noites claras!
ResponderExcluirEstive por aqui.
Oi Taizínha!
ResponderExcluirÉ realmente assustar! Não o poema, mas o que há por trás dele.
O tempo quando fecha tomado pela escuridão, o frio quando chega cortando a alma, a ventania gritando devastando tudo lá fora , é de apavorar como diz o poema - VENTANIA - que mesmo só escrito, tem vida, e nos faz sentir medo!
Parabéns ao poeta - Pedro Luso.
Bjs.
Walzinha.
Tais
ResponderExcluirO ritmo do poema e a profundidade qualitativa fascinaram-me, se bem que já apeciava a escrita do Pedro Luso, cujo nome já associava à Tais.
Parabéns a ambos!
Daniel
Cara Taís,
ResponderExcluirA poesia, que diga-se de passagem excitante, nas entrelinhas, sugere outros medos. Assim como o tempo pode ser agradável ao nosso bem estar, evidentemente, pode ser o fim da nossa própria existência. E, agora, já fazendo um paralelo, o tempo pode ser o homem, em algum tempo tão amoroso e noutros tão arrogante.
Com a palavra, o Poeta.
Abraços a todos e uma boa páscoa.
Roberto Ramos
Olá Tais...
ResponderExcluirVisitar seu blog e lhe desejar uma Feliz Páscoa, com Cristo em seu coração.
Abraços...
Edward de Souza
O poema nos faz lembrar que a natureza é mãe e madrasta, e ela sempre faz questão de nos deixar bem claro que é ela que dá as cartas.
ResponderExcluirLindo Taís. Adorei. Parabéns ao marido. Almas gémeas na arte da palavra e da imagem. maravilhoso!
ResponderExcluirOi Ave Rara, passando para agradecer o recadinho e...
ResponderExcluirdizer que ameiii a poesia, pois sou enamorada pela.
Beijos milll...
Priscila Cáliga