7 de abril de 2009

VENTANIA / Pedro Luso



                      VENTANIA

                                    Pedro Luso de Carvalho


Da Patagônia,
esse vento
(esse frio
congelante)
veio rasgar
minhas veias
com garras
mortais.

Vi da vidraça,
assombrado,
o dia sumir –
escuridão repentina
noite no dia
e um gélido terror.

No telhado da casa,
às escuras,
barulho horrendo
de passos
de um ser estranho
de estranho mundo:
o fantasmagórico
vento com uivar
de fera faminta.

Preso à janela,
curvado de medo
ouvia zunir
o guerreiro feroz,
(entre casas
e árvores)
a dilacerar galhos
e destruir fios,
que agonizavam
no chão,
retorcidos.
                              

         
Pedro Luso
Blog Veredas

14 comentários:

  1. Sempre há algo para nos assombrar, sendo que o seu texto me lembra quando era criança e morria de medo do escuro...

    Mas agora a noite me conforta.

    Fique com Deus, menina Tais.
    Um abraço.

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  2. taís se não for muita intrmomissão, quem é Pedro Luso de Carvalho? poema MARAVILHOSO,do jeito que gosto! bju querida

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  3. Oi, Eucana, também gosto desse tipo de poema; um tanto forte...

    Pedro Luso é meu marido, na minha coluna estão seus blogs: Panorama e Quadrantes, é só clicar nos banners.

    Obrigada pela tua visita, sempre carinhosa.
    Beijão
    tais

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  4. Muito bonito o poema. Ele automaticamente nos leva aos medos guardados, vistos no passado através de janelas.
    Parabéns pelo post e pelo marido poeta.
    Um abraço,
    Dalinha Catunda

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  5. Olha!!! Gostei da forma que o poema foi feito! Magnifico! Conseguiu com simplicidade me levar a imagem da fúria daquilo que não tem imagem...

    Obrigado pelo comentário deixado no blog!
    Leia quando puder um texto que eu deixei ali, chamado "Ano Novo", o escrevi na passagem do ano, acho que vai de encontro com algumas de suas reflexões deixadas aqui no blog!

    Bons dias aí pela Frente!!!

    beijaum!

    E. Lariucci

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  6. Minha querida amiga.
    Uma Páscoa feliz. Com muita paz, serenidade e até ventania.
    Uma ventania serena.
    Um beijo e um abraço ao poeta.
    Victor Gil

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  7. Tenho uma forte influência devastadora: amo as ventanias, as tempestades, as chuvas, as trovoadas, sem falar nos poderosos raios elétricos rasgando os céus. Eu gosto é dos que uivam em noites claras!

    Estive por aqui.

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  8. Oi Taizínha!
    É realmente assustar! Não o poema, mas o que há por trás dele.
    O tempo quando fecha tomado pela escuridão, o frio quando chega cortando a alma, a ventania gritando devastando tudo lá fora , é de apavorar como diz o poema - VENTANIA - que mesmo só escrito, tem vida, e nos faz sentir medo!
    Parabéns ao poeta - Pedro Luso.
    Bjs.
    Walzinha.

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  9. Tais

    O ritmo do poema e a profundidade qualitativa fascinaram-me, se bem que já apeciava a escrita do Pedro Luso, cujo nome já associava à Tais.
    Parabéns a ambos!
    Daniel

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  10. Cara Taís,

    A poesia, que diga-se de passagem excitante, nas entrelinhas, sugere outros medos. Assim como o tempo pode ser agradável ao nosso bem estar, evidentemente, pode ser o fim da nossa própria existência. E, agora, já fazendo um paralelo, o tempo pode ser o homem, em algum tempo tão amoroso e noutros tão arrogante.

    Com a palavra, o Poeta.

    Abraços a todos e uma boa páscoa.

    Roberto Ramos

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  11. Olá Tais...

    Visitar seu blog e lhe desejar uma Feliz Páscoa, com Cristo em seu coração.

    Abraços...

    Edward de Souza

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  12. O poema nos faz lembrar que a natureza é mãe e madrasta, e ela sempre faz questão de nos deixar bem claro que é ela que dá as cartas.

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  13. Lindo Taís. Adorei. Parabéns ao marido. Almas gémeas na arte da palavra e da imagem. maravilhoso!

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  14. Oi Ave Rara, passando para agradecer o recadinho e...

    dizer que ameiii a poesia, pois sou enamorada pela.


    Beijos milll...

    Priscila Cáliga

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Muito obrigada pelo seu comentário
Abraços a todos
Taís