18 de junho de 2022

O MENINO POBRE

 


O MENINO POBRE

                                       -  Para  Alexandre  Luso de Carvalho



                        -  Taís Luso de Carvalho

      

Ontem foi meu dia de aprender. Estávamos nós três, Pedro, Alexandre e eu numa cafeteria, quando entrou um menino, pequenino, devia ter uns 6 ou 7 aninhos e com uma pequena pilha de panos de prato (panos de copa) oferecendo nas mesas. Muito seguro e tranquilo, com postura de homenzinho, chamou muito a nossa atenção. Chegou na nossa mesa, ofereceu os paninhos: 3 por 20,00 - disse ele. Eu agradeci, pois mexer em dinheiro, tomando cafezinho e comendo os pãezinhos de queijo, não daria! Ele me fitou e disse:

– Mas aceito PIX!

Lógico que achamos muito engraçado, nunca tínhamos visto uma criancinha dizer que aceitava PIX – pagamento instantâneo ao Banco. E ali ficamos, olhando ele oferecer os panos em outras mesas. E nós ali, num momento de lazer e a criancinha negociando panos de prato, ajudando sua mãe que devia estar na calçada esperando. Crianças entram nos recintos com facilidade. Adultos não. Crianças não deveriam trabalhar, deveriam brincar e frequentar a Escola.

Quantas crianças trabalham vendendo coisas; quantas crianças trabalham na roça, ajudando os pais na colheita; quantas crianças ficam com a responsabilidade de cuidarem dos irmãos menores quando sua pobre mãe vai para o trabalho!? Quantas crianças fazem trabalhos pesados!

Sim, a causa é para colocar comida na mesa, para alimentar a família. E em muitos lugares não há outro jeito. Mas meu objetivo aqui não é discutir soluções políticas ou ideológicas e sim mostrar o contraste absurdo de filhos que vivem bem, mas reclamam de tudo,  se acham injustiçados, pensam só neles e por mais que ganham, sempre acharão pouco. 

A verdade, é que num cenário de crise, quem sofre são os pobres, as pessoas de classe média ainda têm gordura para queimar, como dizemos aqui no Brasil, e os filhos de ricos nem conhecem crise financeira.

Saímos da porta da cafeteria e lá fora estava o menino oferecendo os paninhos nas mesas que ficam debaixo dos guarda-sóis. Pensei em dar um dinheiro para ele sem pegar os paninhos, mas Alexandre me disse baixinho:

Compra, mãe, ele vai se sentir melhor, está trabalhando! Não tira a dignidade dele!

Comprei os paninhos, com dinheiro, sorri para a criança e dei um beijo no meu filho pela sensibilidade que eu não tive.

Foi um dia para não esquecer.







54 comentários:

  1. Ah! Mas aí tu acaba comigo com essa crônica!! Linda!! Nem tinha me dado conta que observaste isso!! Te amo! Beijo!

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    1. Também te amo muito, e quem diz que os pais não aprendem com os filhos?
      Tenho orgulho de ti.
      Beijinho

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  2. Pobre niño, la pobreza los convierte en adultos antes de tiempo. Te mando un beso.

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  3. Bom.fim.de sábado, querida amiga Taís!
    Foi exatamente assim que me ocorreu uma vez, há uns seis anos, em Cabo Frio, no RJ.
    Estava com um amiga também blogueira, degustando uns pastéis de nata numa padaria muito boa cujos donos eram portugueses.
    O menino era pequeno também, comprei os paninhos de prato e foi exatamente para ajudar. A mãe estava lá fora com outro filho, no colo, menor.
    Sua crônica fala de algo verdadeiro, quem não passou dificuldade de ordem financeira, quer sempre mais e não se contenta com nada. Só reclama tendo tudo.
    Trabalhar ou roubar? Claro que trabalhar! Ainda que doa nosso coração por tanta discrepância no mundo com os pequeninos sobretudo..
    Nada como dignidade restituída.
    Tenha um domingo abençoado, Taís!
    Beijinhos com carinho fraterno

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  4. Taís, que linda crônica, amei!
    Uma criança que desde cedo está aprendendo a ter responsabilidade e dignidade, mas é preciso que tenha tempo de ir para a escola e que tenha a hora do lazer.
    Nada possa atrapalhar os estudos!!!
    Creio que no futuro ele será um grande homem.

    Um excelente fim de semana.

    Beijinhos

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  5. Que emocionante, querida Taís!
    Realmente é uma situação que se verifica muitas vezes, vezes demais.
    Muitas crianças trabalham nos mais variados serviços para ajudarem os pais, não
    tirando partido da infância que deveria ser, para todas, um tempo de lazer,
    sem responsabilidades para além de brincarem e fazer tropelias.
    Esta é uma Crónica que nos fica no coração, que nos abala, que traz
    uma lição de vida. Quantos de nós não virou já a cara, pensando "isto não
    é comigo", e vamos à nossa vida?
    E é bem verdade, os filhos ensinam-nos a cada passo, chamam a nossa
    atenção para coisas que, com a nossa distracção, não damos valor.
    Um grande abraço ao Alexandre, seu filho, pela sua sensibilidade.
    Bom domingo, minha amiga.
    Beijinhos
    Olinda

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  6. Taís,
    Criamos nossos filhos e
    nem nossa os conta no
    quão grande eles se tornam, inclusive maiores que nós seus pais.
    Sua crônica é sensível e
    real .
    Porém vale observar que
    as crianças de hoje tem senso
    de respinsabidade.
    Na minha época não tínhamos esse direito
    a senso, era obrigação mesmo e isso formou muitos adultos revoltados.
    Aqui em casa um certo período só trabalhávamos com eventos e todos trabalhávamos juntos
    e os meninos não tinham cachê e nem eu,
    pq o todo que entrava
    ia para as despesas da casa. Hoje minha neta de 11 anos já tem número no show e viaja com o Circo, ela tem cachê, porém
    faz questão de empregar todo cachê recebido na volta da viagem e levar os pais e a irmã para jantar ou almoçar fora.
    Eu fiquei emocionada lendo o comentário do seu filho. Então? Não fizemos e ainda fazemos um bom trabalho com nossas crias?
    Adoro ler Vc domingo assim bem cedinho como hoje.
    Bjins de afeto e gratidão
    Te gosto bem como a sua linda Familia.
    CatiahoAlc.

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  7. É mau o trabalho infantil. É feio uma criança andar a pedir. É MUITO mais bonito quando uma criança anda a vender seja o que for para arranjar algum dinheiro para dar de comer à família. Só que, infelizmente, muitos adultos se servem das crianças para que essas tragam dinheiro para matar os seus ( dos adultos ) vícios, como o álcool e as drogas. E eu sei do que falo. Conheço casos desses
    Mas a vida é composta de tudo. Inclusive de pobreza que grassa cada vez mais perante o olhar indiferente de alguns mais endinheirados e/ou remediados.
    .
    Um domingo feliz
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

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  8. Que coisa mais linda de ler! E claro, o fruto não cai longe do pé. A sensibilidade do teu filho te fez pensar...Mas ela no fundo, veio de vocês dois, pais... ADOREI! beijos e um abração especial ao teu filho! chica

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  9. Muitas das nossas crianças sofrem nas mãos de seus próprios progenitores.
    Infelizmente é um cenário muito comum hoje em dia!
    Que as nossas crianças sejam mais amadas!
    Um beijinho recheado de esperança!
    Megy Maia🌻🌼🌻

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  10. A Taís vai acreditar se eu lhe disser que aconteceu o mesmo comigo, no parque de estacionamento do supermercado onde me abasteço semanalmente?
    A diferença é que o "meu" menino vendia meias, tipo soquetes, grossas, que eu não uso. E eu estava sozinha...mas o olhar suplicante do menino comoveu-me quando lhe disse que não era artigo que usasse. Demasiado grossas para usar com as sapatilhas, disse-lhe.
    As meias, ainda estão na mala do meu carro... Um dia, vou dá-las a alguém que lhes dê uso.
    Orgulhe-se de seu filho Alexandre, sim, querida Taís. Recusar o artido da venda, seria como dar a esmola que o menino não estava pedindo...

    Um beijinho para a mãe e um abraço ao filho.

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  11. Que crônica linda e profunda! A vida é cheia de lições!
    Abraços fraternos!

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  12. Querida Tais
    Agora é a minha vez de ficar emocionada com a sua postagem.
    Que lindo gesto teve seu filho Alexandre.
    Aplaudo vocês de pé.
    Tenha uma abençoada tarde e uma feliz nova semana.
    Um carinhoso abraço para todos.
    Verena.

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  13. Suzana Caetano19/06/2022, 16:12

    Que linda crônica, Taís! Que maravilha a sensibilidade tua e do Alexandre, com percepções cuidadosas e generosas… um evento tão corriqueiro no nosso dia a dia, onde vemos crianças a todo momento pedindo ou vendendo algo em nossas ruas… transformando em crônica a tua visão sensível, mesclando com a real necessidade da família do pobre (sustento/sobrevivência) e alinhando com o que seria justo e humano para com aquele garoto, que deveria ter/ser uma criança de fato, com tarefas, deveres escolares e com o lúdico lindo da infância… e a do Alexandre, com o cuidado/zelo com este serzinho, para não causar mais um precoce trauma de tirar a dignidade do seu ato, no que pra ele, deve ser, só mais um dia! Ah, se os que tem tudo e reclamam pudessem, por um segundo que fosse, perceber a alma desta criança, como vocês fizeram, talvez tivéssemos um mundo mais fraterno!
    Meus parabens a vocês e obrigada por partilharem conosco este pedacinho de alma e ❤️! Bjo grande.

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  14. Estamos sempre esbarrando com essas lições de vida pelas ruas, Taís.
    E sua crônica emociona pelo seu olhar delicado sobre um momento que
    tem sido corriqueiro e na maioria das vezes passa despercebido, tal a frequência
    com que se repete. E o que falar sobre os filhos? são os nossos reflexos e tão bom quando podemos mostrar que nos orgulhamos deles.
    Parabéns pela delicadeza que acabo de ler, amiga .
    E tenha dias bons, junto da sua linda família.
    com abraços

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  15. Thais en España en la actualidad la edad legal para empezar a trabajar es de dieciséis años pero años atrás eran los catorce. Aunque con menos edad en especial en familias agrícolas o ganaderas se empezaba a ayudar antes.
    Me da la sensación que vuestro hijo ha tenido unos buenos maestros en casa.

    Saludos.

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  16. Nessa tarde, naquela cafeteria, eu não ouvi a observação feita pelo Alexandre sobre aquele menino, mas a cronista acostumada a colher do cotidiano os fatos mais interessantes para suas crônicas, não deixou passar em branco o que ele disse a respeito da dignidade da criança que vendia panos de prato: "Compra, mãe, ele vai se sentir melhor, está trabalhando! Não tira a dignidade dele!".
    Daí, então, inspirada por esse belo gesto do Alexandre, que é dotado de grande sensibilidade, tanto psicológica como social, nasceu uma de tuas mais belas crônicas, uma crônica sensível que emociona, e que me fez lembrar do Dr. Osmar, teu falecido pai, de quem tu herdaste esta tua sensibilidade para a escrita, que mexe com o coração dos leitores. Então, Taís, resta-me dar os parabéns para ti e para nosso filho , por mais um de seus belos gestos .
    Um beijo aos dois, daqui do escritório.

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  17. Que crônica bem bonita e emocionante, Laís. E ainda, estás dando exemplo de dignidade e cidadania. Os jovens têm mais sensibilidade com crianças, talvez por estarem mais próximos dessa fase da vida. Uma vez eu ia comprar uma boneca para uma menininha que me pediu, a criança era negra, e se não fosse meu neto eu daria uma Barbie loira, fui no automático mas ele me alertou que ela se identificaria mais com a outra, da mesma cor de pele. Ótima semana para ti, beijos ;)
    https://botecodasletras2.blogspot.com/

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  18. Lindo comentário do seu marido, todo feliz por ter um filho maravilhoso e esposa, pois a sensibilidade das almas sempre comovem!
    Seu escrito mostra que percebestes os problemas, a realidade de muitos nesse país, enfim, triste isso, então, além disso tivestes o prazer de perceber que lindo filho que tens( meu filho também se chama Alexandre) um nome que atrai sentimentos nobres, que bom!
    Amei ler aqui, abraços apertados em todos de sua linda família!

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  19. Olá Taís, fico sempre muito sensibilizada com histórias e vivências de crianças que passam por tantas dificuldades, sem a infância despreocupada que outros felizmente conhecem
    Eles são os desfavorecidos que deveriam brincar e que trabalham cedo de mais, com a infância e inocência roubadas por motivos identificados mas que não são postos em prática
    como escreveu o poeta
    Balada da neve de Augusto Gil
    Batem leve, levemente,
    como quem chama por mim..
    ...
    Que quem já é pecador
    sofra tormentos, enfim!
    Mas as crianças, Senhor,
    porque lhes dais tanta dor?!...
    Porque padecem assim?!...
    ....

    https://
    www.escritas.org/pt/t/2470/balada-da-neve

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  20. Parabéns para seu filho, Taís. Por vezes agimos assim. Já me ocorreu de comprar balas em um cruzamento e dizer ao garoto que podia ficar com elas. Ele as jogou dentro do meu carro e disse que estava trabalhando. Gostei de ler as palavras do Pedro e as do Alexandre. Não me sinto bem ao ver tantas crianças nas ruas e sabemos que muitas delas estão apenas sendo usadas pelos pais, notadamente quando pedem ajuda, alegando fome. As que vendem algo provocam outro sentir, como o que você demonstrou em sua linda crônica. Quanto àquelas que muito recebem e nada valorizam, penso que não estão recebendo uma educação satisfatória, capaz de transformar crianças em adultos produtivos e transformadores. Grande abraço.

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  21. Os pais educam os filhos.
    Mais tarde, sem percebermos, os filhos educam-nos.
    Essa a riqueza da FAMÍLIA.
    Beijo, boa semana

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  22. Que bonito gesto de tu hijo Tais, hermosa su forma de pensar.
    Es triste ver las diferencias que hay en cuanto a la situación de los niños, a unos que les sobra de todo, y mal criados por lo tanto, y otros que tienen que trabajar a tan temprana edad perdiéndose la vida que le corresponde por ser niños.
    Me ha encantado tu crónica.
    Un abrazo y que tengas una feliz semana.

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  23. Gostei da atitude de seu filho. Parabéns para ele e para os pais.
    A sua crónica é uma chamada de atenção para a situação das crianças desfavorecidas que trabalham em vez de estarem na escola ou a brincar. Há muita discriminação entre os que tudo têm e os que nada possuem. Custa muito ver crianças assim, que se fazem gente grande à custa de muito sofrimento e de muitas privações e, até, de alguma exploração.
    Uma boa semana com muita saúde, minha Amiga Tais.
    Um beijo.

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  24. Chocam-me sempre essas situações e geralmente até compro. E, sim, seu filho Alexandre tem razão: a criança não se sentirá tão humilhada.

    Uma vez era uma adolescente de 15 0u 16 anos solicitando dinheiro , coisa que eu evito. , então convidei-a a tomar o o pequeno almoço comigo e ela aceitou

    Essas situações e outras piores ainda cortam-me o coração pela injustiça da redistribiuição da riqueza e pela impotência face ao sofrimento e penúria das pessoas.

    Minha querida amiga, beijinho abraçado e boa semana

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  25. O seu gesto, ainda que a conselho do seu filho, foi acertado. Não podemos ferir a dignidade de uma criança.
    Claro que muitas vezes os pais não querem ter a maçada de trabalhar. Então servem-se dos filhos para angariar dinheiro, que muitas vezes nem é para o pão. Mas nunca sabemos qual é a história que está por detrás de uma criança que anda na rua a vender bugigangas...
    Gostei da sua crónica. É magnífica e põe-nos a pensar em tudo isto.
    Boa semana, amiga Taís.
    Um abraço.

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  26. Boa tarde Taís,
    Uma Crónica maravilhosa que muito me comoveu.
    Pelo conteúdo e pelo gesto de seu filho!
    Sim, os filhos ensinam-nos muito e é tão bom quando assim é!
    Obrigada, amiga, por esta partilha tão pertinente que faz pensar.
    Beijinhos e uma boa semana.
    Ailime

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  27. Tu hijo tuvo un lindo gesto.
    Tu relato es muy conmovedor. La verdad es que estas situaciones producen ternura y pena. Los niños deberían de tener siempre una bella infancia.
    Un beso, Tais. Feliz semana.

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  28. Querida Taís, cada vez que entro no mercado, lá estão as crianças pedindo leite e biscoito. Pelo menos este menino estava vendendo. Agora já vêm ao nosso lado com os produtos (caros) que querem no carrinho de compras. Os guardas não podem colocá-los para fora. Eles tentam o dia inteiro e até conseguem. Infelizmente, há casos em que vendem fora do mercado para comprar bebidas e drogas.
    Quando eu era jovem, nos anos 80, dava aulas particulares para comprar minhas coisinhas, assim que saía da escola; hoje em dia, as crianças faltam aula e vão para as ruas. E os pais ainda ganham dinheiro do governo por cada criança na escola pública... No futuro não haverá emprego para todos.
    Quantos venderão panos de prato?

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  29. Su hijo tuvo la sensibilidad de ponerse en el lugar del niño. El niño estaba trabajando y su dignidad humana se vió reforzada. Los niños conmueven y hay padres cuya miseria esa tan grande que no dudan en utilizar a los niños. Durante algunos años de mi vida, veíamos los españoles, mujeres acurrucadas en las calles con niños pidiendo limosna. Era muy duro ver esa escena y no dejar unas monedas. Se decía que hasta se pagaba por el alquiler de niños para la mendicidad. No sé si es verdad.
    La mendicidad está abolida, no es que no haya personas en condiciones pésimas, es que no está permitida. Es verdad que hoy en España nadie se muere de hambre pero hay personas que tienen carencias extremas y de eso se ocupan diferentes organizaciones y la Iglesia Católica. La verdad es que esa terrible estampa de los niños mendigos ha desaparecido de nuestras calles.
    La verdad es su historia me ha conmovido. Ha sido muy grato volver a verla comentando, también la he echado de menos. Un abrazo.

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  30. Muito comovente, amiga Taís. Estamos sempre aprendendo e as crianças nos ensinam muito.
    Beijos e boa semana!

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  31. Olá, amiga Tais!
    Crónica muito interessante e atual. Infelizmente, acontece um pouco por toda a parte. Muitas dessas crianças, são obrigadas a fazer isso para gangues organizados, tendo como reféns as famílias.
    Enfim...triste e lamentável!

    Continuação de excelente semana, com muita saúde.
    Beijinhos.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

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  32. No dia a dia vemos cenas assim e você nos trouxe esta linda crônica. Às vezes, adquirir os produtos oferecidos traz uma alegria enorme, como aconteceu com você. Ótimo foi o gesto do seu filho, Taís. Certamente aquela família foi abençoada e vocês também.
    Bjs

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  33. Boa tarde Tais
    Como sempre uma crónica muito bem escrita e que sensibiliza.
    Gostei bastante de como você escreveu e como o Alexandre achou a solução, que era diferente da sua mas também muito assertiva.
    Achei interessante pois comigo já me aconteceu algo no género e eu paguei o valor pedido, mas disse que ele podia vender o produto a outra pessoa!
    Fez-me pensar, que embora eu tivesse agido como pensava ser melhor, acho que o Alexandre está coberto de razão.
    Uma boa semana com saúde.
    Um beijo

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  34. Boa tarde, Taís!

    De um modo geral, numa sociedade embrutecida que sacrifica uns para promover outros, um refresco. Reconfortante a atitude do seu filho que alimenta-nos a esperança.

    Como é boa a palavra certa, no momento certo e pelo motivo certo. Saber se comunicar e se posicionar sem ferir ou magoar. Para as mães, no caso, um amparo. Uma sensação de dever cumprido. Parabéns pelo Alexandre.

    Beijo!

    Renata

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  35. É uma tristeza vermos crianças nesta situação quando deveriam estar na escola.
    Um abraço e continuação de uma boa semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    O prazer dos livros

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  36. Bom dia, Taís
    Linda postagem, parabéns para Alexandre, lembrei de um versículo biblico que diz: "um ajuda o outro e diz a seu próximo: seja forte". Isaías 41:6. Bjs querida.

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  37. Faz-me sempre doer o coração quando vejo crianças trabalhando e não usufruindo como deviam da sua infância. Tem toda a razão, quando há crise econômica e financeira são sempre os mais pobres que sofrem e o desiquilíbrio entre as classes sociais ainda se acentua mais. Enquanto existem crianças que lutam para ajudar as famílias a sobreviver, outras têm tudo e nada agradecem.
    Muito sensível e linda a atitude e pensamento do seu filho.
    Beijinhos

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  38. O menino pobre ,es un bello relato donde se expone la crueldad de este mundo tan mal repatido y que a medida que avanza los años va a peor ,buen gesto el de tu hijo , emocionante y emotivo cuadro de sensaciones que se plasman en la ilustración que lo encabeza , ha sido un placer leerte Tais gracias por compartirlo con todos tan sentido gesto en pro de los derechos de la infancia ,..te deseo Tais feliz fin de semana. jr.

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  39. Realmente, uma bela lição. Infelizmente, os abismos sociais dividem a humanidade, desumanizados "desgovernantes", deliberadamente não percebem nada, atidos na politicagem gananciosa e desatinada, enquanto a empatia, a solidariedade e toda forma de amor, é negligenciada, furtando de crianças pobres a ludicidade da infância, arregimentadas pela necessidade de trabalhar de alguma forma. E, quanto ao PIX, curiosamente hoje, até mendigo tem. Rs rs rs...

    Um abraço. Tudo de bom.
    APON NA ARTE DA VIDA 💗 Textos para sentir e pensar & Nossos Vídeos no Youtube.

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  40. por toda a parte, minha Amiga, existem "crianças que nunca foram meninos"
    desejo que esteja bem, asisim como sua distinta Família,

    abraços

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  41. Boa tarde Taís.
    A desigualdade social nos abala, mas também compro, as vezes pergunto quanto tens aí, as pobres crianças fizeram as contas e minha filha fez o pagamento, eram pastilhas e ao redor pessoas olhando com olhar de desdém. Não consigo mais entender as pessoas quê não tem sensibilidade em ver estes tipos de situações. Mas é uma triste realidade. Feliz São João para vocês.

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  42. Taís,
    Passando hoje para
    deixar um abraço.
    Bjins
    CatiahoAlc.

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  43. Uma cronica necessaria! Não podemos passar de largo, inhorando a pobreça coa que convivimos.
    Mas o remedio nos não temos na nossa mam que se abre bondadosa por caridade. Iso não é solucão ao problema.
    A muito derroche por parte de quem tem. A riqueça mal repartida. Gasto em armas, em festas e celebrações...
    Meninos sofrem duras consecuenças.
    A sua cronica é valiosa.
    Bom fim de semana, Tais

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  44. Ya de vuelta de ese corto período vacacional saludando a los amigos.
    Tienes un hijo maravilloso y muy solidario, debes estar orgullosa de él. Por desgracia, unos pocos no podemos arreglar esta maldita sociedad. Parece mentira que estemos en un mundo con adelantos increíbles y robotizados y existan niños que tengan que mendigar para sobrevivir. Una niñez que no merecen y que la sociedad se lo debía de pensar.
    Una triste pero hermosa crónica con un final muy solidario.
    Un gran abrazo amiga, Taís.

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  45. Vizinha/ Escritora, TAÍS LUSO !
    Que bela história de sobrevência, amiga.
    Senti um "nó na garganta". Fico muito
    sensibilizado...Parabéns ao Alexandre e
    a ti, pelo acolhimento.
    Um ótimo final de semana, e um fraternal
    abraço !
    Sinval.

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  46. Vivemos num mundo de desigualdades, em que os necessitados se esforçam por alcançar uma compensação que os reconforte.
    Abraço amigo.
    Juvenal Nunes

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  47. Magnífica Crónica. Tocou-me particularmente. Eu fui uma dessas crianças pelo que avalio ambos os lados. Seguramente também existiram "Alexandres" que seguraram a minha dignidade de criança.
    A minha Homenagem pessoal ao Alexandre que tão bem avaliou a situação.
    Parabéns, minha Querida Amiga.

    Beijo
    SOL da Esteva

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  48. Tienes que sentirte orgullosa del hijo tan maravilloso que tienes, tiene un buen corazón y hoy en día es algo que hay que valorar al máximo, pido para él que, en su larga vida, nadie lo lastime.
    En cuanto a tu relato tan real, es una pena que estos niños sean a veces explotados y otras tengan que contribuir con su trabajo al sostenimiento familiar.
    Te dejo un fuerte abrazo.
    kasioles

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  49. Triste realidade o relatado em sua crônica, crianças são exploradas pelos responsáveis, e como é bom confirmamos em nossas crias o sensibilidade humana

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  50. Olá Taís.
    Uma realidade infelizmente muito comum pelo mundo.
    Este momento fez me lembrar um que vivi faz muitos anos com a minha filha do meio.
    Sempre que ia buscar as minhas filhas no colégio, quando tinha de parar em determinado sinal vermelho, dava sempre uma ou duas moedas a um rapazinho de 6/7 anos que ali estava sempre.
    Naquele dia estava sem moedas e nao lhe dei.
    A minha filha ao contrário do normal foi calada todo o resto do caminho.
    Antes de entrar em casa perguntei o que se passava e ela muito triste respondeu me :
    Mãezinha nao deste nada aquele menino...se calhar vai chegar a casa com poucas moedas e os pais vão castigar ele .
    Ainda hoje quando vejo pequenas crianças a pedir, lembro sempre este episódio.
    Bonito este momento e ainda bem que existem assim crianças de coração generoso e atento.
    Abraço e brisas doces *

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  51. Olá Taís!
    Gostei muito da sua ternurenta crónica!
    Claro que com tal Mãe, o seu filho muito aprendeu.
    Abraço

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  52. Adorei sua crónica, Tais, que nos lembra, que perante certas situações... temos de colocar-nos na pele de outro, para não o melindrar por qualquer razão! Mas muitas vezes, somos pegos de surpresa, em certas situações, agimos por impulso... querendo consertar as injustiças do mundo pela via mais imediata... mas que pode ser dolorosa, por qualquer razão, para a outra parte...
    Saindo aos seus... seu filho teve uma grande sensibilidade social... mérito vosso, Tais... e seu filho mostrou toda a sua boa formação!
    Beijinhos! Tudo de bom!
    Ana

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Muito obrigada pelo seu comentário
Abraços a todos
Taís