Obra Tormento - por Taís Luso |
- Taís Luso de Carvalho
Mais uma madrugada e mais outro amanhecer, sempre o mesmo ritual: a noite despedia-se enquanto surgia a tímida luminosidade do amanhecer.
Mariana
permanecia no sótão da casa entre telas e pincéis. Ali em seu
atelier, ela dava vazão às suas emoções, colocando em cada
pincelada um pouco de seu espírito, por vezes melancólico e
solitário. Os suaves e disciplinados acordes uniam-se em melodias
que lhe tocavam o coração: as Ave-Marias de Gounod, de Shubert, de
Donati...
Não
demorou muito para que ela largasse as telas e desse descanso aos
pincéis. Já cansada, debruçou sua cabeça sobre a mesa e passou a
refletir sobre sua vida, seus encantos e desencantos, seus afetos,
seus amigos, sua família.
Simpatizante
da filosofia budista questionava-se, também, sobre a reencarnação
e outros tantos caminhos. Mas até aquele momento não chegara a um
consenso. Ao mesmo tempo em que estava sintonizada com a estética,
estava em dissonância com seus valores e com sua espiritualidade.
E
ali viu-se só.
A
música inundava o atelier amenizando sua solidão. As tintas e os
pincéis, antes deixados de lado, agora testemunhavam os abafados
soluços de Mariana. O tempo foi cumprindo o seu percurso até que
Mariana levantou a cabeça como se estivesse emergindo de
profundezas. E fixou, ao acaso, seu olhar num quadro esquecido,
dependurado e coberto num canto do atelier, quase diante de sua mesa,
ao lado de objetos insignificantes.
Com
curiosidade, levantou-se e removeu um pano que encobria o quadro que
havia pintado há muitos anos. Um pouco surpresa, ficou a olhar
aquele rosto de expressão suave, olhos cheios de ternura e os
cabelos castanhos caindo sobre o belo rosto, numa suave harmonia.
Voltou
à mesa e dali ficou a observar aquela expressão tão singular: um
olhar que não recriminava e lábios que não acusavam. Talvez ela
tivesse descoberto, em algum recanto de sua alma, sentimentos de
generosidade e complacência. E pintara um retrato comprometido com
esses sentimentos e com suas carências.
Já
menos amargurada, levantou-se e substituiu a música: colocou
“Chanson d’enfance” e enterneceu-se como se buscasse um afago;
queria sentir apenas a alegria do momento, e ter uma paz que não
oscilasse. E assim ficou por bom tempo, recostada no sofá,
deixando-se conduzir pelos suaves acordes.
Mais
tarde aproximou-se do quadro e fixou seus olhos na pintura:
-
E agora Amigo? Estamos aqui sozinhos, frente a frente... Mas nada
ouso Te pedir, guardo na memória a tua Via-Sacra... Mas
procuro apenas alguém que me escute, que retorne comigo à infância,
e que compartilhe de meus projetos; ainda que pequenos projetos; e
que na solidão de minhas madrugadas esteja presente...
Sinuoso,
o sol invadiu o atelier deixando uma sensação de conforto. Mariana
caminhou em direção ao quadro, beijou o meigo rosto e encostou a
porta...
-
Até amanhã.
Ave Maria / Gounod
Perante tal beleza e sensível encanto que este mini-conto encerra, nem ouso tecer qualquer opinião, com receio de quebrar a magia que de mim se apoderou.
ResponderExcluirDigo-lhe apenas, querida escritora, que adoro todas as Avé-Marias, embora esteja mais familiarizada com a de Schubert.
Parabéns por este doce momento.
Um beijinho, Tais, com votos de excelente semana.
Belíssimo e tocante texto, Tais Luso.
ResponderExcluirBjs, boa semana
Oi Taís!
ResponderExcluirUm belo conto descrito que nos insere na cena.
Esta busca da paz, do reencontrar-se pela velha infância.
Bonita inspiração e construção Taís.
Boa semana de paz para vocês.
Beijo amiga.
Por vezes para desabafar não precisamos de uma pessoa e este conto demonstra_o com muita elegância...bj
ResponderExcluirHola Taís!menos mal que nos entra ese Sol por la ventana para iluminar nuestras dudas y ofrecernos ese confort tan necesario para llevar el día a día. Un nuevo día es un regalo.
ResponderExcluirUn placer siempre leerte.
Besos!!! y feliz lunes con sus rayos de Sol.
MARAVILHOSO,Tais! Belíssimo e esse amigo pelo menos não nos falha, nos compreende e não abre a boca pra recriminar pensamentos diferentes e coisas tais. LINDO te ler! Parabéns! bjs, chica
ResponderExcluirEscritora/Vizinha, Taís Luso !
ResponderExcluirÉ bom ter na mente, sempre, aquele quadro descerrado
por Mariana.
Apenas olhando, tão somente um Amigo, nos diz tudo,
aconselhando-nos em todos os momentos...
Parabéns pelo texto, tão belo e sempre real.
Um fraternal abraço e uma ótima semana !
Sinval.
Uau, amiga!!!
ResponderExcluirQue lindo conto, muito bem escrito!
Gostei de rever a Mariana.
Vi nos pincéis dela os meus - fechados, parados, secos - e entristeci!
Beijo e "colorida" semana.
(Ler este conto ouvindo "Ave Maria", de Gounod, foi bom demais!!!)
Um conto que dá gosto ler. Uma música maravilhosa.
ResponderExcluirFoi bom passar por aqui, minha Amiga Tais.
Uma boa semana.
Um beijo.
Querida Thais, já com saudade das suas crônicas, hoje me deparo com este maravilhoso conto.É bom ter como exemplo a garra e a vontade da mariana, sempre, aquele quadro descerrado com pinceis e tinta...
ResponderExcluirParabéns amiga pela produção que merece aplausos. Abraços, feliz semana.
Oi Taís,
ResponderExcluirTer paz sem oscilações é preciosidade almejada, mais ainda, vinda acrescida de momentos ternos em reflexões iluminadas; religação, contemplação, interação.A personagem transcorreu seus mundos em segundos. Muito belo!
Te desejo uma linda semana.
Bjo,
Calu
Boa Tarde, querida amiga Taís!
ResponderExcluirUm conto onde me fez algumas pontuações.
-desejo de voltar a pintar (em acrílico)...
"A música inundava o atelier amenizando sua solidão."
(Muito eu nas horas onde estou só, produzindo algo, querida).
A Ave Maria recebi-a e é lindíssima! Ouço-a no Hora do Ângelus, com carinho e embala minha oração vespertina diária.
Sua crônica está um retrato de muitos que passam por esta "Experiência de Ateliê", digamos assim... você bem me compreenderá, amiga.
Amei passar por aqui nesta hora onde estou já com ânimo de produzir bastante... de vez em quando, dou uma pausa, un 'off' em mim, rs...
Aqui, encontro uma também perfeita definição de amigo:
"... um olhar que não recriminava e lábios que não acusavam."
Que lindeza!
Tenha dias venturosos de alegria e aconchego!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
¡Extraordinario Ave María y gran cuento, Tais!
ResponderExcluirFelicitaciones y agradecimientos por el envío.
Bom dia, desconhecia Daniela de Santos, sem duvida que ela, atravez do que penso ser uma flauta, consegue transmitir um som que constrói a bela a melodia, de uma maneira encantadora.
ResponderExcluirContinuação de feliz semana,
AG
Olá Taïs, o seu mini conto é deveras muito emocionante :)
ResponderExcluirdoce nostalgia e poesia partilham esses momentos do nascer do dia, que se revelavam tristes e preocupados, mas depressa surgiu a esperança na proximidade do quadro com olhar calmo, como nossas lindas recordações e ações que deixamos para trás mas que nos fortalecem se elas forem no sentido da paz, da amizade e do amor !
feliz dia Taïs,
gostei muito de ler :)
e também de ouvir a melodia do video !
Angela
Um conto que me fez muito feliz pela ternura que ele traz falando sobre o lado espiritualista, pela belíssima interpretação da Ave Maria e por me lembrar que meus pincéis estão tristes por quase não mais usá-los.
ResponderExcluirFiquei emocionado...
Um grande abraço.
Élys
Gostei muito do texto.
ResponderExcluirBoa semana!
Jovem Jornalista
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Até mais, Emerson Garcia
Un cuento siempre es un territorio para dejar aflorar la fantasía y los sentimientos. Este que hoy nos ofrece es uno muy bello y realista al mismo tiempo. Se impregna de la melancolía y de los recuerdos que duermen en el subconsciente y se apoya en la presencia de la música portadora de gran espiritualidad con la presencia de una voz femenina que ejecuta el sonido de una flauta: una maravilla. Creo que no es necesario que le diga que me ha gustado mucho pero lo digo.
ResponderExcluirUn abrazo.
A Ave Maria, de Gounod, na hora certa, Taís!
ResponderExcluirE a delicadeza do texto sublima o pote da vida, faz-nos pensar em quem enxuga nosso rosto em todas as horas? Quem nos ampara nos tombos? Quem sempre nos abraça?
Bela partilha!
Beijos,
Que conto lindo e emocionante!
ResponderExcluirAdorei!
E lê-lo ao som da Avé Maria Gounod, maravilhoso!
Obrigada por partilhar connosco
Beijinhos
Olá Taís
ExcluirDeixo aqui o convite para ler o novo Capítulo de Um Oceano entre nós - II
Beijinho
Um pequeno conto, mas grande na qualidade literária.
ResponderExcluirExcelente, os meus parabéns.
Taís, continuação de boa semana.
Beijo.
envolvente e bela "revisitação" da infância/adolescência
ResponderExcluiruma Mariana delicada e sensível, construindo seu casulo de solidão ou o seu jardim encantado, de que apenas ela detém a chave.
gostei muito, Tais.
beijo, minna amiga
Boa tarde, Taís
ResponderExcluirAo som de belíssima música amei ler o seu fabuloso conto.
Aplausos!
Deixo um beijinho e o meu carinho
Verena.
Um conto muito interessante, que gostei muito de ler.
ResponderExcluirApesar de ao longo da leitura se sentir uma grande nostalgia, o desfecho é de esperança no despertar de um novo dia.
Esta interpretação da "Avé Maria" é fabulosa. Já a conhecia (aliás, tenho-a entre os meus Favoritos do Youtube) e é sempre um prazer ouvi-la - como, aliás, qualquer das outras "Avé Maria's"
Continuação de boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
O ser humano não vive, saudavelmente, sem amigos. Basta um, se for uma referência constante, apaziguadora e anímica. No conto, esta é a mensagem a preservar... Lindo!
ResponderExcluirAgora, uma achega no que respeita ao meu blog: desde que estou com funções de direção numa academia de letras, o tempo para a blogosfera foi rareando; deste facto, fui dando conhecimento aos amigos e amigas. Este ano, tem sido pior. Por isso, quase não faço postagens, apesar de continuar a escrever. É, pois, natural que não recebas notificações. Sinto saudades das visitas virtuais, mas quando a vida nos exige outras coisas não há nada a fazer. Agradeço muito a tua presença, querida Tais. Bjinhos
Oi Taís,
ResponderExcluirLindo conto, a protagonista encontrava e cada pintura do seu ateliê seus amigos e, a cada dia reverenciava uma.
Linda inspiração, não sei nem pegar no pincel.kkk
Beijos no coração
Lua Singular
desculpe a demora, não estou bem de saúde
Como sabemos o conto exige do contista a observação de regras, quais sejam: poucas personagens, e que a história se passe num único momento, não importando que seja contado no passado, presente ou futuro, mas o que importa é que o momento seja um só. Pois o que vejo é que este belo e sensível conto que escreveste atendeu rigorosamente estas regras. Saliento ainda que a personagem central do conto foi muito bem delineada, uma artista plástica no seu atelier, varando a noite em meio as suas pinturas, sem conseguir, no entanto, fugir das suas aflições que a paralisaram no seu trabalho. Então surge no conto uma segunda personagem, Jesus Cristo, no quadro que se encontrava no Atelier, imagem essa que a levou a meditar profundamente sobre os valores e as dores da vida. Como pano de fundo ainda a Ave Maria de Gounod. Por último cabe o indispensável elogio à contista pela sua inspiração nessa arte literária, tão apreciada, que é o conto.
ResponderExcluirParabéns!
Beijinho daqui do escritório.
Isso é um conto?Que interessante, novidade é essa! Mandou bem , no entanto. Competente nos dois estilos. Mestrado o ar de mina graça, Tais,rs. Abraços!
ResponderExcluirOi, Fábio, quanto tempo, amigo! Pois é, lembras, quando falamos na diferença entre o conto e crônica?
ExcluirQue bom que gostou!
Um beijo, vejo que está voltando a blogar...
Que belo conto, querida Tais! Um conto repleto de ternura, carregadinho de nostalgia e de saudades de tempos da nossa vida já passados e que só voltam em boas ou más recordações. Revi-me na pessoa de Mariana e, creio que todos os que aqui vierem se sentirão tocados pelas mesmas emoções. Olhamos à nossa volta, em nossas casas ou fora dela e há sempre um objecto que nos desvia o olhar para o nosso interior e de lá viajamos no tempo, recordando momentos felizes da nossa meninice ou mesmo só de alguns tempinhos atrás. Sabes, amiga, também já estive envolvida com pincéis, tintas e telas e hoje, são essas " obrinhas " que enfeitam as paredes da minha casa, acompanhadas de fotos de filhos, netos e outros familiares. Deves pensar " mas que casa esquisita...fotos por todo o lado, nas paredes, nos móveis e mais uns quadrozitos sem qualquer valor...." e talvez tenhas razão, mas....é assim que gosto,,, é assim que sinto a minha casa como um verdadeiro lar. Nāo me atreveria a consoderar estas minhas pinturas, " obras de arte ", pois são simples cópias de paisagens e flores ( adoro pintar flores e folhas ) que, com alguma habilidade reproduzi a óleo nas minhas telas; olho muitas vezes para elas e penso: " hoje conseguiria fazer melhor....", mas nāo sou capaz de os substituir por outros; Foram um entretenimento numa fase turbulenta da minha vida, ajudaram-me a fugir um pouco da realidade nas horas em que passava a pincelar a tela e portanto seria injusto substituir estes " amigos "; sim, considero-os amigos, os pincéis, as telas, as tintas tantas vezes com a cor que o meu momento nāo tinha; estão na parede, estão as fotos também nos móveis, todos amigos que de, alguma forma, me apoiaram em momentos dificeis e também nos inesqueciveis A vida é assim, leva-nos os amigos, ou porque chegou a hora de eles " abalarem " para o outro lado que, confesso, não sei para onde, ou, por outras circunstâncias fugiram do nosso convivio, deixando um vazio, deixando de ser o nosso " esteio, o nosso porto de abrigo, o nosso aconchego em tempos dificeis; estão no meu coração alguns deles e este teu post fez-me recordar de uns poucos que só por telefone me podem ouvir, Não é a mesma coisa! Tais, da velhice passas-te para este conto fabuloso ( foi bom conhecer mais esta tua veia artistica ), mas, se pensarmos bem, este e o outro têm muito em comum, nāo? Se chegarmos a velhos, com alguma lucidez o que faremos senão olhar, olhar e pensar com nostalgia e...talvez muita tristeza, nos amigos, nos que se foram, nos poucos que, infelizmente se dignam aparecer e naqueles todos que, de certeza " estarão no velório " ; Aí toda a gente arranja tempo de ir. É triste, mas pura realidade! Parabéns, querida amiga! Nāo faças como eu... nāo deixes que os teus pincéis se estraguem e as tuas tintas sequem. Continua com a tua arte para alegria de todos nós. Beijinhos
ResponderExcluirEmilia
Emília, minha querida, eu tenho num quadro grande, vidro e moldura, fotos antigas de meus avós, bisavós, de meus pais, eu pequenina, 3 anos e meu irmão. E em cima de um console tenho fotos (porta retratos) nossos, dos filhos, dos sogros. E nos álbuns centenas de fotos. Isso é lar, é vida!
ExcluirQuanto a esse conto, criei num dia em que eu estava pintando e ao mesmo tempo escutando música e notícias. Não demorou muito para entrar um noticioso muito triste e logo em seguida a Ave Maria. Isso me abateu muito, me sensibilizou, pensei na vida, pensei na família. E desse ponto para o conto - metade ficção -, foi um pulo. Mariana apareceu, que de Mariana todos nós temos um pouco.
Prometo trazer crônicas alegres! rss
Beijo, amiga.
Querida Tais, obrigada pela resposta, mas, o meu erro? Preciso que o publiques, pois a gramática portuguesa que tenho caiu da estante de táo grande que foi o susto. ... Por favor!!!!
ExcluirBeijo
Emilia
Meu Deus!!! Que erro terrivel eu dei!!! Ainda bem que vim aqui , PASSASTE e não como escrevi. Cruz credo!!! Beijoe e por favor, publica a minha correcção
ResponderExcluirEmilia
Belo conto de momento de introspecção que traz à tona sentimentos que foram redescoberto trazendo o almejado. Aplausos, Bom final de semana
ResponderExcluirBoa noite querida e sensível amiga.
ResponderExcluirDe Mariana todos nós temos um pouco. Não sou muito emotiva. Mas nos últimos tempos acho que me sentir como Mariana muitas vezes. E teve também um dia sozinha em casa com minha filha lutando em uma uti fria e sozinha. Quê fiquei a buscar sentindo para a vida é quando sentir que até Deus tinha me deixado olhei um quadro simples que salvou a minha vida. Era um quadro religioso onde tem escrito eu estou contigo. Assinando Jesus . Nunca chorei tanto na minha vida . Dormir ao relento na varanda em frente ao quadro. Nem Lila me quis. Era como se não me quisesse sem Santy. Foi o único dia que estive em casa na ausência da minha filha . Depois disso passava a noite no canto do hospital perto da emergência. Pois até a recepção geral era fechada. Mas foi nesses momentos quê percebi como era sozinha. Eu e minhas histórias rsrs. Seu conto me fez me emocionar ao pensar nos momentos que só nos resta a nossa própria companhia . Muita saudade de você minha querida Taís. Mas ainda não me sinto bem o suficiente para visitar meus amigos virtuais . Mas hoje a saudade venceu e aqui estou lendo o seu emocionante conto. Um grande abraço ao Pedro . É outro bem apertado para você . Se tiver erros me perdoe. Pois estou digitando no celular.
Ah Tais...
ResponderExcluirEu lendo seu c=maravilhoso conto
me vi nele, me vi não entre pinceis,
mas entre meus escritos que são muitos.
Não tenho uma tela para me lembrar da
familiaamigaeafilhada que amo, mas tenho a foto
de nosso primeiro encontro em um mes de novembro
de muitos anos passados. Como em seu conto
todos os dias Eu converso com a foto e refaço
minhas lembranças e renovo meu amor e saudade.
Seu conto lindo me fez muito bem.
Adorei vir aqui e voltarei pra reler.
Acabei de ler lá no Quase Cinderela,
foi um preparo...
Bjins
CatiahoAlc. do Blog Espelhando
As suaspalavras encheram tão fácil no ecrâ, muito agradável . Além disso a música gradiosa dei me arrepios nas costas
ResponderExcluirbjs
Bonito encontro consigo e com o Autor da vida... A pintura acalma e traz revelações infinitas... Mariana recebeu refrigério e forças novas para pintar dias melhores...
ResponderExcluirGostei, Tais!...
Abç
Hoy tu escrito tienen el arte por todos lados. El arte de la pintura a través de la persona protagonista. El arte de la música a través de escuchar esas bellas compesiciones y el arte de la literatura en ese bonito cuento.
ResponderExcluirBesos
Um conto muito bonito e uma excelente interpretação da Avé Maria.
ResponderExcluirGostei muito.
Um abraço e boa semana
Um belíssimo conto. Os períodos de solidão, poderão ser corrosivos para muita gente... mas creio que para muitos artistas, serão vitais... sendo os momentos de recolhimento, que lhe proporcionarão tantas vezes, a via para a idealização/concretização das suas criações... funcionando a sua arte, como a sua indissociável companheira de todas as horas...
ResponderExcluirAdorei a subtil ligação que o conto faz, entre criação e o criador... o próprio... e o divino...
Beijinho
Ana
Ei Tais. Belo e muito bem escrito, como sempre.Creio que essa é a via sacra de todos os artistas: uma solidão que proprciona novos contatos com a arte. ÀS vezes me deparo com escritos, ha´muito esquecidos por mim em meio aos diversos . Confesso que fez-me refletir sobre a minha propria solidão, mas é esse periodo do tempo que nascem as coisas da alma. Grande beijo. Obrigado pela bela leitura!
ResponderExcluirPintura, música e questionamentos existenciais são ingredientes que tornam este conto cativante. E o sol não poderia deixar de acender a madrugada no atelier.
ResponderExcluirGostei muito, Taís.
Beijinho.