Cerrado Brasileiro |
___Taís Luso de Carvalho___
Numa época, lá nos meus 14 anos, que já vai longe, eu achava 'chique' uma amiga de minha mãe dizer que estava em crise existencial. Logicamente que eu não sabia avaliar a dimensão de uma crise existencial. Era complicado para minha cabecinha. Lembro que a coitada da mulher, quando chegava em nossa casa, o ambiente logo virava um festival de lágrimas. Mais para tempestade. Era triste. Minha mãe tentava entender, ouvia a amiga, mas nada adiantavam as suas palavras de apoio ou de consolo.
Desvendar todos os 'porquês' que atormentavam as pessoas era sempre uma descoberta penosa para mim e para as amigas adolescentes do saudoso colégio de freiras.
Amadureci, e dentro do nosso romantismo queríamos fazer alguma coisa por um mundo melhor. A juventude da minha época era muito ativa para se engajar em ideais. Fazíamos muito 'barulho'!
As conversas filosóficas sobre a vida sempre encantaram os adolescentes de mais idade e principalmente aqueles com ideias de vanguarda. Conhecer-se através de uma terapia era 'maneiro' - diziam os jovens.
Minha adolescência não foi conflituosa. Fui praticar esporte (hipismo) onde aprendi cedo a ter muita disciplina e responsabilidade. Ter o foco no que me propunha a fazer bem.
Mas a vida muda: já bem mais madura eu sentia a complexidade do ser humano, vi que pouco adiantava o meu empenho em ajudar alguém. Há pessoas que querem mudar seu modo de enfrentar a vida e se empenham nessa tarefa; outras, mesmo sofrendo, não querem. Dizem estar em perfeita sintonia com a vida. É nesse ponto que gera o stress para aqueles que se prontificam em ajudar seus semelhantes.
No Brasil dizemos que uma crise ‘tamanho família’ é coisa para cachorro grande, ou seja, para especialistas da área, para psiquiatras e psicólogos. Não podemos, nós, os leigos, virar bengala emocional de alguém.
Atualmente o mundo inteiro vive uma crise pandêmica, muitos países, como também o Brasil, estão com os hospitais em colapso, e além disso, o povo brasileiro está à beira de um ataque de nervos. (estou sendo leve...).
Além dessa pandemia, vivemos também uma crise Institucional muito perigosa para a nossa democracia. Uma crise de difícil entendimento. Pesada e preocupante.
Percebe-se que as pessoas só mudam quando querem, e são nesses momentos, quando as palavras se esgotam, é que prefiro sair à francesa e continuar o meu andar. Sinto que nesse ponto, a luta torna-se ingrata.
São nesses momentos que temos mais motivos para chorar do que para sorrir.
Jamás pensé a estas alturas de mi vida que, viviría tiempos tan convulsos como los que estoy viviendo, si a ello, sumamos el problema de la maldita pandemia que acecha a toda la humanidad, una gran y profunda reflexión tiene que hacerse el ser humano si queremos seguir habitando este maravilloso lugar llamado Tierra.
ResponderExcluirHa sido todo un placer leerte.
Un abrazo y buen resto de semana.
É,Taís! Incrível como colocas perfeitamente os nossos sentires e nossas lembranças... Preferível mil vezes as crises existenciais de outrora a essas crioses de hoje...Afff. Não dá mais pra aguentar! Por isso ,saio de fininho, pra não deixar minha lingua destrambelhar,rs...bjs, lindo dia! chica
ResponderExcluirOla Tais,
ResponderExcluirGostei muito deste sua crônica! Eu também lembro-me de na minha adolescência gostar de pensamentos filosóficos e existenciais! Tive uma adolescência saudável também! Fui escuteira, tinha uma vida social feliz!
Nem sonhava com o paradigma que hoje vivemos!
Beijinhos e saúde!
La filosofía siempre sirve de consuelo.
ResponderExcluirNo conocía tu blog, me quedo de seguidora y te invito a que te pases por el mío si te apetece.
Un abrazo fuerte.
Bem-vinda ao Blog, amiga, irei conhecer o seu, sem dúvida.
ExcluirMuito obrigada,
grande abraço!
Para além do que cada um passa, neste contexto de desgraça, só há pouco tempo deixei de acompanhar a realidade brasileira, mas tenho a ideia de aí (como por todo o mundo) passou a ter uma actualidade tremenda este discurso, que data de 1654:
ResponderExcluir«Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos. Se fora pelo contrário, era menos mal. Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande.»
Sermão de Santo António aos Peixes",
Padre António Vieira,
pregado na cidade de São Luís do Maranhão em 1654
Otro gran relato tuyo que nos hace pensar. En la actualidad que os voy a decir sobre algunos lideres dejan mucho que desear por aquí ahora que estamos sacando un poco la cabeza algunos lideres regionales están por abrir la mano para Semana Santa después de lo pasado en Navidad.
ResponderExcluirSaludos.
Bom, eu nasci e cresci num país sem liberdade e num ambiente de miséria. Na minha adolescência, vi desaparecer vizinhos por lutarem por uma vida melhor. Alguns reapareceram velhos e doentes após a revolução, outros não. As pessoas tinham medo de fazer qualquer comentário sobre a vida, e olhavam uns para os outros com desconfiança, pois nunca se sabia se o outro não era um agente da polícia secreta. Às vezes penso que nunca fui adolescente. Já maior, casei com um militar e fui para África. E lá vivi na guerra. Vi bairros inteiros queimados, vi pessoas mortas, e pessoas com a fome no ventre e o medo nos olhos. Sofri muito, a determinada altura deixei de dormir o que quase me levou à loucura, até internamento psiquiátrico tive.
ResponderExcluirIsso me endureceu. Hoje estamos noutra guerra. Uma guerra diferente, mas que não deixa de trazer a fome, e a morte. E tento proteger-me. Com os cuidados que a DGS indicam, para proteção do vírus, com as brincadeiras com as netas, tento não lembrar, que não vejo irmãos, cunhados e sobrinhos há quase um ano. E não menos importante o amor e a cumplicidade com o marido que nos fortalece aos dois.
Abraço e saúde
Minha amiga Taís,
ResponderExcluirÀ francesa. É isso que faço agora. Esquivo-me a qualquer comentário em relação às minhas expectativas para o que se desdobra da crise em estamos mergulhados. É dramática a realidade brasileira em todos os aspectos. Nunca nos vimos tão perdidos.
Epa! Disse que ia sair à francesa e estou mais dentro que água no coco. Deliciosa crônica, os pingos nos iis e pontuando o que deve ser pontuado para que possamos encontrar os próprios caminhos.
Já troquei duas palavras com o Pedro hoje!
Um beijo, minha amiga Taís!
Olá Taís, com uma bela lembrança viva de um tempo, uma dissecação do que vivemos e que nos maltrata numa inercia irremediável, que nenhum azeite consegue lubrificar para fazer a roda girar. Estamos mesmo mais para chorar e o choro é audível em todos os cantos da nação. Perfeito olhar sobre a sociedade e do momento pandêmico que vivemos, como numa barco à deriva, pois o comandante parece perdido.
ResponderExcluirE neste caminho de formação de nossa têmpera vamos nos cuidando amiga.
Beijo e paz que a semana esteja leve.
E no meio de tantas preocupações a música angelical de Ennio Morricone para nos alegrar.
ResponderExcluirBjs
Gosto muito do seu texto Taís e o som é muito bom!!! Bj
ResponderExcluirNinguém muda ninguém, querida Taís.
ResponderExcluirDemorei para entender isso.
Gostei imenso da sua crônica.
Estou aqui curtindo o seu lindo vídeo.
Um beijinho carinhoso
Verena.
Olá Taís
ResponderExcluirOhhhh eu nessa idade não ouvi nada sobre isso
comecei a ouvir sim, já com os meus 40 anos
"crise existencial"
Coincidência, tbm eu estudei num colégio de freiras.
Minha adolescência não foi conflituosa, nem a minha
O que hoje percebo é que ERA FELIZ na adolescência e não sabia
Não soube dar o valor da felicidade naquela fase
Mas a vida muda!
OH se muda, muda e muito...
Atualmente o mundo inteiro vive uma crise a todos os níveis
VERDADE:
Percebe-se que as pessoas só mudam quando querem!!!
Infelizmente é isso mesmo
Nos últimos meses tenho mesmo muito mais motivos para chorar do que para sorrir.
Gostei de ler
e fiz a análise comparando com o meu viver, está muito difícil
no último post que fiz no blog
http://orientevsocidente.blogspot.com/
gostaria que visse pois no último deles mostro as STUPAS
sabe o que é?
nem eu sabia,
só sabia que tinha feito aquelas fotos tão bonitas de algo bem pintado
e só no dia que fiz o artigo para o blog
é que fui pesquisar e fiquei a saber
assim, meses ou quase 2 anos após a minha viagem
ainda vou aprendendo sobre a mesma
é um mundo infinito de conhecimentos
daí o meu fascínio pelos BLOGUES
Um beijo e um abraço forte 😘
Cuide-se!
Olá Taís, as suas reflexões sempre muito a propósito !
ResponderExcluirconheci sim esse tempo de juventude quando as ideologias de um mundo mais fraterno, com mais justiça e igualdade social, se espalhavam pelo planeta,
mas que entretanto iam servindo para propagar guerras, fome, e sofrimento por tantos países onde se dizia que essas doutrinas iam acabar com a exploração do homem pelo homem! então isso dava pano para muitas mangas!
os desafios nos dias de hoje são outros, mas com as mesmas incógnitas,
estarão uns a explorar outros, ou estaremos todos a lutar para a nossa salvação em termos de sanidade mental e de conservação dos recursos do planeta terra ?!
Querida Taís,
ResponderExcluirTu és sabedora que comungamos de muitos pontos de vista parecidos. Temos estilos diferentes de crônicas, mas, que “namoram” em seu teor, pois, como diz uma das minhas frases:
“Na vida, não são os opostos que se atraem... Mas sim, são as diferenças que se completam!”
Ou como bem disse a gigante “Chaya Pinkhasovna Lispector - Clarice Lispector”:
“Dizem que a vida é para quem sabe viver, mas ninguém nasce pronto. A vida é para quem é corajoso o suficiente para se arriscar e humilde o bastante para aprender.”
Beijos, cuide-se bem, pois, é sempre bom “ancorar” aqui!!! ⚓ 😉
Bela sua crônica, relata muito bem os tempos vividos, nossa adolescência foi tranquila , a vida adulta que nos cansa, estressa mas por outro lado também nos completa com a formação da nossa família, estamos vivendo tempo difíceis os quais nunca imaginávamos passar e a irresponsabilidade humana dói muito em nós. que tudo isso passe logo , estamos perdendo momentos preciosos da vida por conta da irresponsabilidade dos outros. Que Deus cuide de todos nós.
ResponderExcluirInfelizmente há pessoas que parece terem prazer no sofrimento que vivem (ou dizem viver). E, quando assim é, nada se pode fazer.
ResponderExcluirExcelente crónica, como sempre.
Bom fim de semana, querida amiga Tais.
Beijo.
Belíssima crônica, Tais! E que escolha perfeita dessa música, demonstra uma tristeza imensa, depois a euforia como se um horizonte lindo se vislumbrasse...e novamente uma dor, morna, que parece sem fim. Amei seu post!
ResponderExcluirEm todas as gerações a juventude tem sua coragem relativa à época, aos acontecimentos da sociedade em seu tempo e também há os tolos, sem noção...mesmo com tanta informação como hoje.
Quando vejo a falta de união das pessoas contra a morte, quando vejo vejo desdém insensível dos governantes, quando vejo jovens achando diversão como atividade essencial...Só posso chorar de tristeza e fazer a minha pequena parte, nada mais, mesmo sabendo que precisamos do TODO.
Abração, bom final de semana!
Olá Taís, qué bo texto acabo de ler! E esa música, esa voz que é un instrumento ela mesma, eleva o esprito en mãos momentos que se están passando no mundo.
ResponderExcluirObrigada pola partilha e que tenha un feliz fin de semana. Beijinhos
Gostei do cerrado brassileiro
ResponderExcluirOlá, querida amiga Taís!
ResponderExcluirNo momento em que abri aqui para ler, acabo de ouvir e ver uma entrevista sobre os conflitos que vivemos todos que são de pessoas maduras e não de adolescente irriquieta.
Não podemos negar o que vemos,muito menos deixar de sofrer e chorar (é no mínimo)... Estamos entediados e intensamente doloridos, pois quem tem um coração tão duro para ver o cenário do mundo sem se abalar? Só se fôssemos monstros, desumanizados e cruéis.
Conflitos pessoais e mundiais nos assolam de forna a atingir nossas entranhas.
Ah! Amiga, dói muito tudo isso, além de termos na família casos graves e nos deixam ansiosas.
Crônica atual e que me deixa mais reflexiva.
Às vezes, poeto sobre lindíssimos momentos para conseguir sobreviver nesse caos. Uso a escrita como minha própria insulina contra conflitos internos.
Esteja bem, amiga, proteja-se;
Beijinhos, saúde, paz, preces
Estou neste momento a ouvir a bela voz do soprano Vásáry André e estou muito emocionada.
ResponderExcluirNinguém estava preparado para esta "crise" e se uns tentam se proteger , outros não fazem caso. Aí ficamos impotentes e lutamos com as nossas crenças mais profundas, o que fazer ?
Revi-me em tudo que tão bem descreveu, e confesso também, que não sei bem como lidar com tudo isto.
Pelo menos vamos desabafando e encontrando aqui, quem pensa como nós.
Um abraço apertado e amigo
Fê
Texto que gostei muito de ler. Em crianças/adolescentes onde tudo (parece ser) é cor de rosa não nos apercebemos dos "males" da vida que atormentam muitos adultos. Crescemos e, aí, entramos no reino das dificuldades.
ResponderExcluirQuem estaria preparado para esta Pandemia? Nem jovens, nem adultos, ninguém.
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Votos de um Domingo muito feliz
Cuide-se
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Vizinha/Escritora, Taís Luso !
ResponderExcluirA minha juventude, ao que tudo parece, não foi diferente
a dos jovens de hoje.
Sinto, apenas, que foi mais limitada.
Os meios de nos comunicarmos eram, infnitamente, menores.
Nossos gritos nao possuiam écos, e nossas imagens de
sofrimentos não ultrapassavam os limites dos nossos passos.
Mas as angústias permanecem. Doenças sem curas, crises políticas,
injustiças sociais, impunidades, corrupção, etc.
Por isto tudo, teu texto é atual e muito importante, socialmente.
Parabéns, amiga, e uma ótima semana, com cuidados especiais...
Abraço fraternal.
Sinal.
Excelente crónica, como sempre. Infelizmente mesmo perante tristes realidades, há pessoas que nunca mudam de atitude.
ResponderExcluirBoa semana
Beijinhos
Uma crónica excelente, cheia de motivos de reflexão. Gostei imenso de a ler e penso que não está fácil aceitar o mundo como está nem que o governa.
ResponderExcluirUm dia internacional da Mulher cheio de amor.
Uma boa semana a cuidar-se bem.
Um beijo.
Sinto que hoje está muito para baixo.....,mas o que lá vai....,lá vai.
ResponderExcluirNão fosse a intolerância de tantos irresponsáveis(com responsabilidades),
e hoje estaria o mundo bem melhor.Em todo o lado há gente assim.
Eu já estarei melhor que muitos, pois a vacina acalma e de que maneira.
Mais uma bonita cronica. Beijo.
Que música linda, mas realmente um lamento que toca fundo a minha alma. Realmente as mudanças pessoais estão totalmente vinculadas aos desejos de cada um. Como sempre trabalhei com o cuidado, a princípio como Assistente Social e posteriormente como psicóloga, o entendimento disto é fundamental para poder seguir o processo de ajuda. Boas suas reflexões, há momentos que nos sentimos impotentes. Boa semana, feliz dia. bjs
ResponderExcluirVizinha / Escritora, Taís Luso !
ResponderExcluirParabéns e um fraternal abraço, pela
passagem do "Dia Internacional da Mulher".
Sinval.
Querida Taís
ResponderExcluirNa altura da adolescência temos sempre a veleidade de querer mudar o mundo.
São momentos mágicos, pois sentimos que tudo é possível. Quando começamos
a enfrentar o mundo em termos concretos, começamos a descrer e aí instala-se
a decepção.
Diz bem, é verdade, as pessoas só mudam se quiserem. Já a minha
dizia que "O que o berço dá só a tumba o leva".
Enfim, no meio de andanças e tropeços havemos de encontrar o caminho da
tolerância e boas vontades.
Beijos
Olinda
Parabéns pelo seu Dia, querida Taís.
ResponderExcluirFeliz Dia da Mulher!
Beijinhos
Verena.
Boa noite, querida Tais. Não quis deixar de passar ainda hoje, em seu blog para desejar a você um feliz dia da mulher, pois sei que amanhã e depois serão nossos os dias, portanto quis deixar meu registro ainda hoje.Crise existencial, ouvi muito e já passei por isso, ou passo agora, já nem sei. Suas colocações mexeram com minhas emoções, estou escrevendo e ouvindo esta voz maravilhosa, com a qual nos presenteia em tempos tão tristes. Aqui a situação está cada dia mais perigosa. Amigos pedindo orações, vizinhos entubados.O que fazer a não ser rezar e pedir ao Nosso Pai Eterno que nos proteja. Que sua noite seja tão harmoniosa quanto esta música que ouço repetidamente. Obrigada. Beijos!
ResponderExcluirDeve ler-se:
ResponderExcluirJá a minha avó dizia...
Bj
Por similitud con el título de la película de Pedro Almodovar (Mujeres al borde de un ataque de nervios), su texto me ha provocado una sonrisa. Para a continuación asentir, porque en el fondo, por muy perdidas que estuviéramos y que hoy critiquemos la adolescencia, nunca más en nuestra vida volveremos a ser tan idealistas ni voluntariosas. Y mucho menos, tendremos esa potente energía que empuja al heroísmo.
ResponderExcluirJeanne d'Arc tenía 19 años cuando se enfrentó a los ingleses. Con 40 se lo habría pensado mejor.
Un beso, Tais.
Dá que pensar na crise institucional pela qual o Brasil atravessa... mas... a democracia nas eleições funcionou... e o povo elegeu quem quis, como seu máximo representante... uma figura... que nunca escondeu sua verdadeira natureza... o homem não mudou... simplesmente mudaram as circunstâncias, e muito (uma pandemia das bravas, como não há memória, que se propagou em tempo record)... e isso foi tudo, para mostrar o quanto faz uma pessoa errada num cargo máximo... pouco faz... nada deixa fazer... e no processo, muitos continuam a morrer!... E com isto, não me alongo muito mais... o Brasil precisa reflectir muito bem, na sua próxima escolha representativa... se há algo que esta pandemia veio mostrar, é a necessidade de serviços públicos funcionarem, quando há um problema de saúde pública decorrendo, como hospitais para todos... (e pandemias, com alterações climáticas crescentes, até porque a Amazónia, pulmão do mundo, continua a desaparecer mais do que nunca... têm fortes probabilidades de continuarem a ocorrer)... e o valor de um líder e representante carismático, que saiba conduzir e unir o seu povo, em vez de o desorientar... A expressão, "E daí, poh?" Creio ter virado um meme mundial... sobre o descaso, falta de sentido de estado, falta de empatia, e o pouco valor dado às vidas humanas... e faço votos de que um passaporte para o Tribunal de Haia, com tal expressão, também tenha sido conseguido...
ResponderExcluirGostei imenso da crónica, Tais, em jeito de retrospectiva.
Beijinhos, Tais! Continuação de uma boa semana!
Ana
"Mundo pula a avança/como bola colorida...", diz assim um bela e conhecida canção de Manuel Freire (sobre poema de António Gedeão) nos meus tempos de Juventude, em que "mudar o Mundo" estava alí ao alcance de nossas mãos.
ResponderExcluirsabemos hoje que a vida vai mudando, com avanços e recuos, num ciclo de "longo prazo", prazo tão longo que permite a um velho amigo (genuinamente engajado na "mudança" do Mundo) dizer em "amargo optimismo" que "o Capitalismo não tem os dias contados - mas tem os séculos!..."
assim eu, a não querer "mudar o mundo", mas tão só dar um empurrãozinho...
gostei muito, Tais
sempre a atingir o alvo
Beijo. minha amiga
Crónica extraordinária, um tema bem pensado e explanado, a exigir reflexão.
ResponderExcluirE a escolha musical... amiga minha, é para ouvir, ouvir, ouvir e chorar de emoção.
Valha-nos a música para acalmar o coração.
Beijo querida, protege-te bem.
Conheci uma senhora hipocondríaca, correu mil médicos, nunca houve cura para ela...
ResponderExcluirAs manias são terríveis, como por exemplo, a de ser infeliz. Só mesmo para divã e psicanálise.
Concordo com as posições que tomou em relação ao tema... Quando sentimos que um apoio é inútil, o melhor que fazemos é poupar-nos.
Agradeço a leitura interessante, querida cronista.
Saúde e dias com a paz possível. Beijinhos
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¡Qué lindo leerte!, Tais. También practiqué equitación desde los 4 años a los 40. Aprendí con mi tío y tutor legal que había sido campeón de salto. Sobre la pandemia y la crisis institucional, pasarán y habrán cambios. No podemos dejarnos sumir en los acontecimientos y en el malestar de la gente. Reconocemos los problemas, pero mantenemos la calma en la tormenta, esta es la mejor actitud.
ResponderExcluirBeijos e abraços
Passei para ver as novidades.
ResponderExcluirMas gostei de reler a sua magnífica crónica.
Aproveito para lhe desejar um bom fim de semana, querida amiga Taís.
Beijo.
Uma fotografia tão linda
ResponderExcluirCada um tem de carregar a sua cruz
A sua leitura eloquente é um prazer para ler
Abraços
Taís,
ResponderExcluirO ser humano tem por costume achar
que Deus só tem que nos dr coisas boas
e que o problema individual é mais grave.
Tenho 58 anos, e não me engajei em questões
sociais até ir fazer/trabalhar com Teatro.
Assim memso minha arma era escrever textos
de drama para serem encenados nas igrejas
e praças, ou textos infantis para tentar
conscientizar crianças e profissionais
de educação das questões culturais.
Em seguida profissionalmente escolhi
a comédia para com os elencos sob minha supervisão
e direção ir para teatros grandes e cheios
e aí sim me envolvi as questões sociais
e passei a entender como autoridades por ex
preferem ser omissos. Meu autores preferido
para teatro são em realidade Nelson Rodrigues,
Em surrealidade Kafka. Nietzsche e Antonin Artaud,
e na comedia Martins Pena. Se os demais me faziam
refletir o Martins Pena me ativava e ativa a consciência
me levava a agir, pois não há um autor
que mostrou mais verdades sobre a sociedade que ele,
e era ainda 1800... Foi com ele que aprendi a fazer
o publico rir e em seguida a olhar para si mesmo e chorar.
Porque digo tudo isso?, para dizer que na verdade
o mund atual parece ter esquecido de rir e de sorrir,
e não é pelo covid, é porque é melhor apontar o
dedo praz mazelas alheias, mas é preciso lembrar
que a mão que aponta 1 dedo tem 3 dedos apontados
para si memso e 1 para o alto. O covid cara Taís
é somente um nocivo e letal grão nos olhos de toda
humanidade...
Adorei dialogar aqui nessa manhã de 2a feira.
Bjins e se cuida.
CatiahoAlc.