24 de abril de 2019

AINDA HÁ TEMPO PARA MUDAR !?




       - Taís Luso
         
José – homem de estatura pequena, magro, mas conservava algum resquício de quem já tivera um porte atlético. Suas mãos grandes, fortes e viris eram ainda bonitas. Seus cabelos brancos e lisos eram um tanto revoltos, acentuando mais a sua personalidade rebelde e contestadora.

Não era uma pessoa fácil de trato, mas na igual medida em que era rebelde e contestador, com a mesma intensidade era terno, educado e doce. Suas conversas sobre política, sempre carregadas de indignação, geravam um pouco de desconforto pelo tom impositivo e alto da sua voz. Mas apesar da bagunça que nos desnorteava um pouco, saía em defesa dos pobres,  das desigualdades  e  tantas outras questões sociais. Era um defensor dos oprimidos,  dos humilhados. Seus sonhos o mantinham feliz e jovem,  as vésperas de completar seus 85 anos.

Assim era José. Levava uma vida plena, gostava de falar das belezas e dos encantos da vida. Vivia para a esposa, filhos, netos e amigos.

Transcorrido algum tempo José precisou submeter-se a uma cirurgia, um pouco arriscada para sua idade. E com muita tristeza e emoção a família foi tomada pelo desespero da perda. O sentimento de perda é visceralmente arrasador. A despedida, a eterna separação é um sofrimento indescritível.

Pois bem, até agora narrei maravilhas desse personagem, do José, não foi? Mas nem sempre é assim. O comportamento humano é variável e complexo. Nossos corações podem não ser tão generosos para o perdão, para a admiração, para os afetos individuais. Mas comovem-se diante das tragédias coletivas ou das catástrofes causadas pela Natureza. E essa grande solidariedade coletiva é admirável, emociona. Seria uma dádiva vê-la, também, na individualidade de cada ser, nos colegas, nas escolas, no trabalho, nas famílias. Naqueles mais próximos. 

Por que odiamos tanto?   Por que não amamos mais nossos semelhantes? 
É a pergunta que fica. E o mundo que deixaremos.


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52 comentários:

  1. Quem me dera ser sábio e saber responder a tão aparentemente fácil questão.
    Sei apenas que não odeio ninguém.
    Bjs

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  2. Bela crónica, querida Tais.
    Gostei do modo doce que imprimiste à narrativa, para chegar ao final inesperado, amargo e embaraçoso (todo sabemos... nada fazemos).
    As respostas às perguntas, tu as dás mais acima: «O comportamento humano é variável e complexo.»
    Ainda há tempo para mudar? Claro que sim! Queiramos todos, pois sempre que o Homem quer... a magia acontece!
    AMEI!
    Beijo, querida amiga.


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  3. Bonito texto que da mt que pensar sim pois a vida ela corta e por vezes nem damos conta so mesmo quando perdemos quem amamos adorei bjs feliz semana

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  4. Lindo e certo teu questionamento. Temos que também ver as grandes bondades e olhares solidários que tantas vezes só vemos para o que está FORA, também para os de DENTRO!... Gostei de refletir aqui! beijos, tudo e bom, ótimo fds! chica

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  5. Duas palavras com intensidades diferentes e que fazem parte do viver!
    Eu escolho o amar!!!
    Bj

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  6. Tras la muerte todos recibimos honores, amiga Tais. Bien dicen que no hay muerto malo.
    Todos tenemos virtudes y defectos. Si en vida apreciáramos más las virtudes de los demás, la convivencia sería notablemente mejor.

    Un beso.

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  7. Como sempre, adorei esta magnífica crónica sobre a vida e como ela se vive e sente.
    Como sempre, também, não direi apenas que 'adorei', embora isso seja verdade. Gosto de deixar algo mais sobre o meu próprio pensamento e ponto de vista.
    Assim, direi o que penso sobre a pergunta final.

    Não creio, querida Tais, que odiemos 'tanto'. Ninguém odeia porque quer e porque sim. Somente por odiar. O que acontece, é que amamos menos do que aquilo que deveríamos amar. O egoísmo impera, quer seja entre colegas de trabalho, cada um a tentar subir na carreira sem olhar a meios, quer a nível de relacionamentos pessoais. A entrega total, sem nada esperar em troca, não existe. Todos queremos ver retribuídos os nossos afectos e paixões.

    Já uma tragédia colectiva e devastadora, quer aconteça por inclemência da mãe natureza, quer surja pela mão cruel do ser humano, levanta uma onda de compadecimento generalizado pelas vítimas, mas também de raiva e revolta pelo que ou quem a provocou. Porquê? Talvez porque, ainda que de uma forma inconsciente, nos colocamos no lugar das vítimas, mesmo sem as conhecer. Creio que a isso se poderá chamar solidariedade, mas, que me perdoe a Tais, não deixa de existir uns laivos de egoísmo. No fundo, todos nós pensamos: felizmente, nem eu, nem nenhum dos meus, estava lá...

    Beijinhos querida Tais, tudo de bom.

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  8. Porque amar... expormo-nos tanto... e de tal processo, sairmos desiludidos... é o derradeiro e supremo desencanto!
    Hoje em dia, creio, que já haverá muita gente, que passa pela vida, sem conseguir verdadeiramente amar... sentem-me bem mais protegidos assim... sem arriscar demasiado... e não arriscando grandes emoções... também crêem não arriscar grandes desilusões...
    E contudo... do amor ao ódio... por vezes, vai só um pequenino passo!... O que também dá que pensar!... E quando isso acontece... do que mais nos iremos arrepender?... De ter amado... ou de ter começado a odiar?...
    Mais uma crónica, por aqui... que nos faz reflectir...
    Beijinhos, Tais! Continuação de uma óptima semana!
    Ana

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    1. Oi, Ana, o amor que falo não é o amor entre um casal... o amor que falo é não odiarmos uns aos outros, sermos mais doces, mais tolerantes, mais condescendentes com as pessoas em geral. Um gostar, um respeito maior entre os humanos. O Ódio, as encrencas estão em todos os lugares, vem acompanhado de inveja, de muitos sentimentos negativos, de poder, de uma intolerância sem fim. Os católicos chamam de um amor mais cristão, esse amor acho que não desilude, quem o possui é mais saudável. Não falo em forçar a barra. Aí é melhor o afastamento, já entra para outro campo.
      Um beijinho, Ana!

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    2. Nem eu pressupus que se falasse de amor apenas entre um casal, Tais... tal seria muito redutor e limitador... em matéria de amor!...
      As relações amor/ódio... estão em toda a parte... nas relações de amizade, no meio laboral, familiar... e até nas relações de mera convivência...
      Assim que um nosso semelhante, tenha o condão de contrariar algo que façamos ou pensemos... é muito fácil, aquele sentimento tão humano de ressentimento, e desapontamento... começar a crescer... e a produzir... um sentimento contrário... cujo grau varia de intensidade... mas jamais de durabilidade... uma vez instalado um pensamento negativo sobre alguém... essa sementinha... continuará a produzir fel, para sempre... ficando-se sempre na expectativa... de que o outro venha a confirmar o pior que já se pensava sobre ele... :-D
      A natureza humana... é assim mesmo... em quaisquer circunstâncias... e este mundo continuar a ser uma ervilha... para sustentar tantos egos inflamados... sendo por isso tão fácil cultivar a intolerância, ao mínimo pretexto!...
      Beijinhos, Tais! Feliz Domingo!
      Ana

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  9. Boa tarde de Oitava pascal, querida amiga Taís!
    Gosto muito de suas considerações vivenciais, são ponderadas e vêm expressando verdades sem guerras... com delicadeza, como a postagem de hoje.
    Sabe, amiga, estou pensando também nisso (primeiro passo), como é fácil pregar bondade vivendo em comunidade, ou até no seio de uma família que seja de duas pessoas!
    Como é fácil viver quando se tem tudo!
    Como é fácil embrenhar-se numa causa comunitária, por exemplo, para se ter apoio, suporte e se ver doendo menos no coração solitário!
    Entretanto, quando se trata de apenas dois corações, fica mais difícil... tenho visto que é assim!
    Fico penalizada ao ver empatias por tragédias e, quando se trata de uma única que nos pise o calcanhar, damos o deprezo, caluniamos ou similares... sem termos motivo, basta a gente ter falta de empatia, simplesmente...
    Tenho meditado muito nisso e muitas vezes fico tristonha demais.
    Quisera ser diferente e que tudo fosse diferente!
    Meu padrinho falava comigo nesta semana que "poeta" vê tudo lindo e se nega a ver o desamor, é sonhador e crê nas pessoas, na bondade e tudo o mais... será isso? Haverá poucos poetas no planeta?
    Minha amiga, somos complexos sim, mas fomos criados para a simplicidade das pequenas delicadezas ao nosso redor e minimizar desafetos tenho falado disso e vou falar ainda mais neta semana também pois recebi pistas divinas para tal assunto para me polir e não perder a esperança com os seres humanos, pós como eu.
    Tenha dias felizes!
    Seus escritos me ajudam sempre.
    Bjm carinhoso, fraterno e pascal

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  10. "...Levava uma vida plena, gostava de falar das belezas e dos encantos da vida. Vivia para a esposa, filhos, netos e amigos."
    e mais não consigo escrever.
    Mas mesmo assim lhe agradeço muito esta sua crónica. Beijos Taís!

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  11. Uma pergunta pela qual tenho passado muitas vezes nesses meus últimos dias...

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  12. E será que a palavra ódio é aplicada? Adorei o texto. O ódio não mora em mim. Apenas gosto mais ou menos. :))

    HOJE, DO NOSSO GIL ANTÓNIO :-Meu amor: Eu estou aqui.

    Bjos
    Votos de uma óptima noite

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  13. Oi Tais! Ainda não tinha pensado a respeito, mas tem toda razão na comparação. Quando acontece uma grande catástrofe todo mundo se reúne numa só indignação e todos se esforção para fazerem o bem, se volutariando e se comovendo. Quando a coisa muda para apenas um individuo, tudo muda de figura e até o pão pedido, por muitas vezes é negado. Parece que necessitamos de um grande baque, para que o coração se abra em benevolências. Mas acredito queainda existem muitos que praticam esse tipo de bondade individual. Ainda não estamos devidamente perdidos...Gostei do assunto abordado. Grande beijo e ótimo fim de semana.

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  14. A vida é um sopro. E vivemos como fôssemos eternos, protelando, deixando de pedir perdão por orgulho, deixando... Nessa vida fugaz e frágil. A tempos que não vinha. Boa noite, Tais.

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    1. Que bom tua volta, Fábio! Fico feliz!
      Beijo, amigo!

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  15. Querida Tais, com certeza sabes que hoje, 25 de Abril, comemoramos o dia da revolução dos cravos, dia em que se deu o golpe de estado em 1974, felizmente, muito pacifico. Com esse golpe, as colónias portuguesas obtiveram a liberdade, tornando-se independentes e uma delas é Moçambique, hoje novamente fustigada por novo temporal. Todo o mundo se mobilizou em ajudas, todo o tipo de voluntários para lá se dirigiram ajudando em diversas áreas e, como tu, dou um enorme valor a essas pessoas; são os heróis anónimos que nos fazem acreditar que há mais pessoas a amar do que a odiar. Na realidade, é estranho que nos sintamos doīdos e solidários com esta gente que não conhecemos e não sejamos capazes de pequenos gestos, de gentileza, de ajudar um vizinho na comunidade onde vivemos. Confesso, Tais, que foi preciso avançar na idade para me convencer que amar o outro não é simplesmente não prejudicar esse outro; é necessário fazer mais, tentar ajudar, visitar os parentes e amigos que estão doentes ( tenho os dois casos ) e não esperar que morram para depois ir ao funeral. Acredita, agora faço isso, mas não costumava fazer! Tem sido bom e lamento muito o tempo que perdi, fechando-me no meu comodismo, dizendo: não odeio ninguém. ...gosto de toda a gente".. Não sei se leste o livro A menina que roubava livros, mas lá há uma citação que me faz reflectir sobre a complexidade do ser humano. A morte( narradora do enredo ), enquanto fazia o seu trabalho ( tratar dos mortos) dizia mais ou menos isto : " fico pasmada com o ser humano, capaz de actos tão maravilhosos e ao mesmo tempo capaz de acções horrendas ". É isso, Tais, somos mesmo capazes de tudo, mas creio que somos muitos maia a amar do que a odiar. Se assim não fosse não estariamos hoje, 45 anos depois, a festejar o dia da Liberdade, liberdade que ainda não está completa, porque, enquanto houver um português sem pão, sem paz e sem tecto não poderá haver real liberdade. Sabes o que digo às vezes? Se nao somos capazes de tolerar, de entender, de desculpar as atitudes de certas pessoas, por exemplo no prédio onde vivemos, como poderemos ambicionar a um mundo com paz?. Façamos a nossa parte espalhando amizade e afecto à nossa volta e tudo nos será mais fácil. Os primeiros beneficiados com essa mudança de atitude somos nós. Como é boa a sensação de amar, de ajudar, de simplesmente olhar o oitro com carinho. Obrigada pela crónica que me emocionou, não só por festejarmos o dia da Liberdade ( estava no Porto a estudar, nesse dia..), mas também por outras razões. Belo momento, Amiga! Beijinhos aos dois ( o Pedro que me perdoe a ausência...
    Emilia

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    1. Perfeito! Perfeitíssimo teu comentário, querida. nada a acrescentar, tudo está escrito aqui. Há países que as coisas estão bem mais calmas hoje, mas não é o caso do Brasil onde a vida política, ainda conturbada, muito a fazer, e a falta de segurança está influenciando muito e há anos, como sabes. Um país com mais de 210 milhões de habitantes não se resolve facilmente, pois violência gera violência. Quero crer que um dia as coisas mudem.
      Sim, sei do '25 de abril', uma mudança na vida dos nossos queridos irmãos. Desejo toda a felicidade do mundo para vocês, irmãos nossos.
      Beijo, querida, valeu!

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  16. OI TAÍS!
    LI TEU TEXTO, QUE TRÁS UMA MENSAGEM IMPORTANTE DE SOLIDARIEDADE E HUMANIDADE NEM SEMPRE COLOCADAS EM PRÁTICA MAS, AINDA NOS EMOCIONANDO. POR ISSO ACREDITO TAMBÉM QUE NEM TUDO ESTÁ PERDIDO.
    ABRÇS AMIGA

    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

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  17. É flor, as grandes catástrofes geram enormes mobilizações enquanto meu vizinho ou meu colega de trabalho passa por situações de perigo! Costumo dizer que a falta de empatia está dominando as pessoas, o individualismo está crescendo e elas estão se tornando cada vez mais arraigadas em seu umbigo.
    É um assunto muito bem abordado.

    Beijos.

    Deliciosa Ilusão

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  18. Se a solidariedade existisse, não haveria fome. Nem pobreza. Nem ditaduras. Nem tudo o que existe de mau na humanidade.
    Se a solidariedade existisse, haveria apenas uma moeda única para evitar a especulação.
    Se a solidariedade existisse, a maioria das catástrofes seriam evitadas ou, pelo menos, minimizadas.
    Se a solidariedade existisse, os lucros do capitalismo selvagem não seriam apenas financeiros, mas principalmente sociais.
    Se a solidariedade existisse, não haveria fronteiras e as pessoas poderiam deslocar-se para onde quisessem.
    Mas a solidariedade que existe, como no caso de Moçambique, é apenas pontual e não resolve os problemas de fundo.
    Parabéns pelo texto, é uma excelente reflexão que também nos obriga a reflectir.
    Taís, um bom fim de semana.
    Beijo.

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  19. Tem tudo a ver com a insegurança, o medo e a angústia dos indivíduos, e todos estes fenómenos aos quais não nos conseguimos subtrair, geram sofrimento sistemático. Este tipo de sofrimento advém da vulgarização da omnipotência em detrimento do uso do pensamento; da negação das aprendizagens empíricas em favor de afirmações identitárias omniscientes; da assunção prepotente de posturas esquizóides inconsistentes, porque sonegam a dependência e a fragilidade humanas. Tudo isto gera confusão e ambiguidade, sem deixar de configurar estranhos mecanismos de defesa e readaptação às cada vez mais complexas condições de existência da sociedade actual (Bion, 1991; Zimerman, 2004, cit. in Wolff, 2011).

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  20. Uma narrativa excelente. Quanto à sua pergunta também me interrogo, minha Amiga Taís, sem encontrar resposta. A natureza humana é mesmo complexa…
    Um grande beijo.

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  21. amar em "abstracto" conforta e não compromete, não é verdade Tais? são óptimas em boas intenções! ...

    mas, no entanto, como por aqui costuma dizer-se, "de boas intenções está o Inferno cheio"...

    excelente crónica, minha amiga

    beijos

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  22. Como não se ter como uma grande crônica esta tua "Ainda há tempo para mudar!? Não preciso dizer que a crônica é um dos gêneros da literatura de minha preferência. Felizmente, tivemos nomes importantes da crônica, a começar por Machado de Assis, passando por Paulo Mendes Campos (também poeta), Rubem Braga, um dos mais importantes cronistas que tivemos, Antônio Maria, Moacyr Scliar, Ignácio de Loyola Brandão, Eric Nepomuceno e tantos outros. Não saberia dizer o porquê dessa plêiade de cronista, tantos no passado e no presente, mas arriscaria dizer que se deve ao espírito aberto para dizer o que é importante do cotidiano. Vivam, pois, os nossos cronistas, dentre eles a minha Taís, cronista de minha preferência por gostar de sua criação, pelo seu humor e graça.
    Parabéns, Taisinha, por esta tua crônica de grande beleza.
    Um beijinho daqui do escritório.

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  23. Oi Tais
    Muitas catástrofes existe no mundo. É um querendo sobrepor o outro.
    Sua crônica fala um pouquinho da natureza e do ser humano
    Beijos no coração
    Lua singular

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  24. De todo tu reportaje maravilloso por cierto intento buscar respuestas a tus dos ultimas preguntas y no las encuentro.

    Saludos.

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  25. A tua crônica traz verdades cotidianas. Quanto ao seu questionamento acredito que não obteremos resposta minha amiga. Mas vamos acreditar que o ser humano possa mudar
    Um grande beijo minha amiga

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  26. Boa noite querida Tais.
    Uma bela cronica. As pessoas deveriam amar mais e odiar jamais. Praticar o perdao e perceber que as vezes palavras sao ditas sem intensao de machucar,apenas mal colocadas
    Devemos sempre agradecer a Deus por ter bracos que acolhe, maos que sao entendidas em pro dos menos favorecidos e palavras de ince tivo para os desamimados. Enfim olhar uns para os outros com amor. Feliz semana amiga. Beijos.

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  27. Ainda é tempo minha amiga Tais, comeca por nós, antes até, dentro de nós...bela história do José, tão ricamente nos contada, sempre acertando no alvo minha amiga, escrevendo sempre com precisão, e reflexão, porque não sabemos porque odiamos tento, mas ainda é tempo de mudar...
    ps. Carinho respeito e abraço.

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  28. Bom dia querida
    Uma crônica que reflete a vida como ela é, desde de que temos acesso a tudo que traceja a história humana. Quem dera tivêssemos uma resposta.Penso que gosto de tentar me melhorar como ser humano, mas estou longe desta solidariedade incondicional. Temos muitas sombras que nos bloqueiam a expandir em luz ....Bjs. Grata pela sua atenção ao meu espaço.

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  29. Tais o facto é que todo o humano, primeiramente por força, tem de gostar de si. Como grande parte das pessoas, gostariam de personificar outro ser. Assim, como as pessoas não gostam de si, não fazem manifestações de apreço por alguém.
    Beijos

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  30. Na realidade, o ser humano nasce com instintos imperfeitos, que são modelados -- para o bem ou para o mal -- pela educação e ambiente social.
    Penso que li num texto de Isabel Allende (ou Luis Sepulveda) que os cientistas do grande observatório astronómico são capazes de cáculos complicadíssimos, de terem profundos conhecimentos filosóficos e discutirem e zangarem-se por um cubinho de marmelada...
    Mesmo a nível da blogosfera, existem pessoas que se condoiem com as vítimas de guerra e desastres ambientais e, pelo seu comportamento, revelam a mais ridícula e risível inveja. São sempre seres patéticos...
    E há tanto para fazer! Como prova a personalidade d Sr José...
    Muito bem focada esta faceta negativa do ser humano que não é capaz de dominar os seus instintos primários e participar na sociedade com uma solidariedade integral.
    Querida Amiga, aplaudo a reflexão sobre um assunto que é sempre da maior atualidade e u seu dom de comunicação.
    Abraço afetuoso,
    ~~~

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  31. Vizinha Escritora, Taís Luso !
    Esta é uma boa pergunta, para se pensar muito.
    Talves nem tenha uma resposta, além da hipocresia...
    Pode ser da essência humana, a manifestação de
    solidariedade, apenas, nas necessidades extremas...
    pode ser.
    Uma boa semana e um fraternal abraço.
    Sinval.

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  32. Bela e oportuna a tua crônica Taís. Realmente, ainda há tempo e as mudanças serão sempre bem-vindas. Também tenho muita FÉ que chegará o dia em que o homem se conscientizará de que somos todos irmãos, e priorizará o amor, a paz e a solidariedade para com o próximo.

    Beijos e uma ótima semana para ti e para os teus.

    Furtado

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  33. Oi Taís, seu texto me remeteu ao José bíblico no inicio e logo fui vendo um José da Silva, esquecido pela sociedade, pelo Estado. O amor desprendeu-se e voou e o ser se brutaliza numa velocidade estonteante. Temos mais feras soltas, que pessoas pelas ruas das grande cidades. Um mundo estranho que vivemos, onde o amor, desintegrou-se pela violência reinante.
    Mas o sonho teimoso de um dia se realizar a tomada de consciência de que somos irmãos.
    Muito boa sua postagem nesta reflexão.
    Uma semana maravilhosa para vocês.
    Beijo amiga.

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  34. Dr Jakel an Mr.Hyde....
    A sociedade e a lei vai pondo mao no Jakel.
    Belos textos Tais. Boa noite.

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  35. Bom dia querida Taís,

    Quanto a despedia eterna , a dor é mesmo dilaerante para quuem fica, a única cerez que temos na vida é realmente é a morte, um fado inevitáel que não isenta nenhum ser humano.
    Hoje o viver está complicado, ivvemos aterrorizados pelas mazelas que os malfeitosos provocam,as pessoas se fechando cada vez mais dentro do seu casulo, parece que estão a lapidar a indiferença.
    Parabéns pela crônica, fechou com chave de ouro com o tema que atinje em cheio um bom percentual de ser humano , ou desnumanos??

    Meus aplausos d epé e chappeu na mão!!

    Votos d euma óima semana.

    Bjss!

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  36. Taís, sempre nos traz uma bela crônica.
    O amor é o sentimento que todos deveríamos ter em nossos corações por todo ser e por tudo que existe, porém sabemos que assim não acontece. Tenho em meu coração que um dia o amor prevalecerá em nosso planeta e a futuras gerações serão muito felizes. Creio,tenho fé que assim será.
    Um terno abraço.
    Élys.

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  37. Um caminho que nos conduz à exortação inicial: é sempre tempo de mudar!

    Que ganhe o amor!

    Excelente crónica, amiga!

    Beijo.

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  38. Bom dia Tais.
    Seu texto reflete bem a Vida
    de uma forma geral.
    O enfoque está no Seu José
    e em suas características.
    Penso que temos nossas tendências.
    Quanto a perda, ela é sempre
    muito ruim. Viver sem alguem
    é irreparável.
    Quanto a mudar:
    devemos mudar e mudamos sempre,
    aliás o mundo muda constantemente.
    Adorei ler .
    Bjins
    CatiahoAlc.

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  39. Boa noite, querida amiga, Tais.
    Bela sua crônica com tema relevante.Tenho esperança de que um dia todos conhecerão o verdadeiro sentido do amor. Seu José, seu personagem nos leva à reflexão da vida e o sentido de morte, quando se pensa ou perdemos alguém a quem amamos.Interessante quando cita a solidariedade coletiva e nos faz pensar o porquê da não solidariedade individual, será mais difícil, sermos bons quando estamos sós?Vale a pena analisar.
    Estou trabalhando meio que direto em uma Instituição de caridade, e esta semana trabalharemos até sábado no Bazar, foi muito corrido para organizar tudo. Por isso, minha demora em vir aqui. Parabéns pela bela crônica, aliás, como sempre.Grande beijo!

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  40. Olá Taís, passei para ver as novidades.
    Aproveito para lhe desejar um bom fim de semana.
    Beijo.

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  41. Oi, Taís,
    Ando um pouco abafado com as minhas coisas, com o meu trabalho, por isso mais silencioso, nem mesmo assim mais produtivo, rss.
    Quem sabe as coisas que fizeram o homem ficar tão diverso. Quem sabe?
    Costumo brincar que solidariedade de um homem para outro, em sentido genérico, só no trânsito quando inadvertidamente deixamos uma porta aberta e o outro motorista é capaz de provocar um acidente de grandes proporções para avisar-nos que a porta não está fechada.
    Mas este gesto solidário é o bastante. É um grande sinal de que nem tudo está perdido... O que sabemos é que as estranhezas humanas são mesmo estranhas... rss
    Um beijo, Tais!
    Um bom final de semana!

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  42. Em poucas palavras "Olho por olho até que estamos todos cegos".
    Beijos

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  43. Há sempre tempo de mudar.




    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

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  44. Oi, Tais.
    Lamento ter perdido a hora mais adequada para um comentário sobre esse belíssimo texto. Ainda que tardiamente, gostaria de deixar algumas considerações.
    Notei a feliz coincidência de nosso protagonista chamar-se José. Irresistível, vem a lembrança de outro "José" e me leva a Drummond, plenamente dentro do tema dessa linda crônica: "E agora, José? / A festa acabou, / a luz apagou, / o povo sumiu, / a noite esfriou, / e agora, José? / e agora, você?..."
    Penso que são perguntas diferentes com o mesmo enfoque. Tanto faz ser "e agora", como ser "por que odiamos tanto?!", tudo redundará em: "e agora, que adiantou ter odiado tanto?!"
    A vida é curta para o amor, e desprezível para a ausência dele. Amemos.
    Um beijo, cara amiga.

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  45. Bom dia. Significativa reflexão. O ser humano, nós, seres pensantes e emocionais, não conseguimos, comumente, equilíbrio para poder usufruir do tempo com o sentido de aperfeiçoamento "humano". Penso que maturidade é isto ter cuidados consigo e com o outro; o ampliar da visão que possa fortalecer o lado melhor que podemos ter. A vida passa rapidamente. bjs

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  46. A cada dia, faço a mesma pergunta, sem resposta! E agora, no nosso imenso Brasil, esta divisão de direita e esquerda, parece que o ódio está mais potencializado. Perde-se amizades, momentos, boas conversas, carinho, etc... muito chato!

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Muito obrigada pelo seu comentário
Abraços a todos
Taís