14 de julho de 2022

ERAM OUTROS TEMPOS

 



     - Tais Luso de Carvalho



Nada tão curioso como comparar gerações. O passado não volta, o presente se transforma rapidamente, e o futuro… deixa ele chegar!

As recordações fazem parte das nossas vidas. Sejam boas, ou nem tanto. Não voltaremos às enciclopédias, nem às bonecas, nem mais aos carrinhos de madeira, às brincadeiras de quitanda ou brincadeiras de polícia e ladrão, quase no breu da noite, com as casas da rua todas iluminadas. A geração atual é dos internautas. Dos joguinhos de celular. Da solidão.

Nas gerações anteriores as crianças já tinham uma noção exata de certas coisas. Sabiam que, os quem corriam atrás de criminosos era a polícia. Nas nossas brincadeiras, não tínhamos o tal "Habeas Corpus Preventivo".

Daqui para frente, a vida será cada vez mais informatizada, mais vulnerável e, mesmo assim, muitas coisas se tornarão logo obsoletas, e outras coisas não entenderemos, mesmo fazendo uma forcinha extra. Mudamos nós; e a educação dos filhos mudou.

Foi observando uma criança no shopping, tomando sorvete ao lado da minha mesa, que automaticamente comecei a lembrar como era o comportamento da minha geração num lugar público. A coisa mudou tanto que penso ter a cabeça da Idade Média.

O menino batia o pé e berrava alto por uma enorme taça de sorvete. E a mãezona dominada oferecendo o Smartphone para o "fofinho" se acalmar. Meu olhar era discreto para que a mãezona não me perguntasse alguma coisa com seus olhos agressivos.

Lembro que a minha geração não teve espaço para muito trololó: tínhamos disciplina e havia hierarquia e respeito. E não morremos por causa de um pulso mais forte. Meu pai e meu irmão, quando iam para o jogo de futebol - aos domingos -, minha mãe e eu íamos almoçar com tia Dulce e primos. Foi uma época muito boa. Não era raro as mães daquela época juntarem os lábios e baixinho,  olho no olho dizerem:

Coma tudo, não suja o vestido, não senta no chão e te comporta na casa da tia Dulce, e não mexa nas coisas da mulher!!

Já falou, Mami !!

Lógico que minha vontade era ver a tia Dulce esticada ao lado de suas hortaliças, vagens, chuchus, brócolis, quiabos… e ao lado daquela galinha ao "molho pardo". Mas comia um tiquinho para não fazer desfeita para a tia que era só sorrisos - a querida. Mas quando a tia Dulce fazia uma "A lá minuta" para nos esperar, eu levitava de contente. Bife na chapa, batatas fritas, ovos, arroz e feijão! E uma salada de maionese.

Hoje, existe uma geração muito queixosa, os “Traumatizados Contemporâneos”. Queixam-se do passado, do presente e do futuro! Talvez seja uma carência inconsciente do respeito pela hierarquia familiar, em que os filhos tinham um porto seguro. Criança quer ser cuidada!

Quando os pais soltaram as rédeas para uma educação mais liberal, não deu muito certo. Foi-se o respeito e a discussão em família começava. Criança, além de pedir amor, também pede alguém que lhe dê limites. Eu lembro bem da época dessas mudanças, não poderia se dizer "não" à uma criança sem dar mil explicações – era uma nova psicologia.  Notei muito isso, mas passei a meus filhos a minha educação. Educamos nossos filhos com os mesmos valores que fomos educados. Mas isso a gente aprende muito é na estrada, caminhando milhas, encontrando pedras... É um novo olhar que desponta.

A educação não pode ser complacente e frouxa. Tem de ser aplicada com amor, disciplina e respeito pelas crianças. Sem isso, não acredito…

Por hoje, fica essa conversinha informal.









51 comentários:

  1. Que leitura deliciosa ofereces aqui,Taís!
    Eram mesmo outros tempo e comparações não podem existir. Podemos até lembrar mas era tudo muito diferente. Bastava um olhar X3 43 e ficávamos quase como mortas, apáticas aguentando as visitas que tínhamos que juntos fazer. Lembro de um avô cujo verbo existia apenas a 1ª pessoa singular... Nem bola dava para nós e lá imóveis, não podíamos nos atrever a mexer em nada. Ainda bem, pelo menos ao banheiro podia ir e lá, nem imaginas o que fazia: mexia em tuuuuuuuuuuudo, xereteava, passava perfumes, abria gavetas, matava a curiosidade e também aproveitava para ali me exercitar, antes de ir pra sala de tortura novamente... Affff.
    Aquilo não era legal, mas não morri...
    E acho que o melhor modo, não é nem tanto ao céu, nem tanto à Terra... Equilíbrio, muito amor, carinho, conversas e tudo dá certo. Isso, claro, nunca esquecendo que CADA um dos filhos é diferente do outro e o que pra um deu certo, pode com o outro nem cócegas fazer. Aí entra nossa perspicácia...
    Mas vamos que vamos!
    Adorei! beijos, chica

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  2. Creio não haver comparação possível entre os tempos idos de uma educação austera e pouco permissiva, com os tempos actuais em que - felizmente há excepções - a maioria dos pais, para se pouparem ao trabalho de educar com regras e afecto, dão toda a liberdade aos filhinhos para vê-los entretidos e calados.
    No entanto, creio que também outrora havia os filhinhos de papai como sói dizer-se.
    Tudo depende da educação que se teve e se passa de geração em geração, independentemente de todas as evoluções tecnológicas que vão surgindo e surgirão.
    Como sempre a amiga Taís nos traz uma excelente crónica. Gostaria era que essa tal 'mãezona', ou outra idêntica, a lessem e aprendessem a reflectir sobre a forma de educar os filhos em exagerar nas doses. Nem tanto ao mar nem tanto à terra...

    Beijinhos e muita saúde, querida Taís.

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  3. It was the best of times, it was the worst of times.
    Quem escreveu?
    Beijo, bfds

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  4. Estoy totalmente de acuerdo contigo en esta estupenda crónica que dejas, sobre como han cambiado las cosas, ¡tanto! que no se reconocen en estas nuevas generaciones de tanta información buena y mala por medio de las redes y donde tienen acceso los niños, que en vez de estar jugando con los amigos, como se hacía antes, solo están inmersos en sus aparatos electrónicos desde muy temprana edad.
    La educación está visto que no es la misma que antes, por eso el respeto se ha perdido bastante. Los jóvenes tienen más oportunidades para tener una buena cultura, pero la educación brilla por su ausencia, aunque gracias a Dios no todos son iguales.
    Me encantó leer lo mismo que yo pienso, pero escrito de maravilla por ti.
    Un abrazo y buen fin de semana.

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  5. Gostei do texto e concordo plenamente com a minha amiga a educação tem que ser feita com amor e não pode ser frouxa.
    Um abraço e bom fim-de-semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    O prazer dos livros

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  6. Pois é. No meu tempo de criança se fizesse birra levava uma palmada no rabo e seguia. Atualmente num lugar público se uma mãe ( ou um pai ) der uma palmada no rabo de uma criança é um Deus nos acuda. Mete polícia e tudo. Uma palmada - chamada de educativa - dada por mãe ou pai não mata ninguém.
    Enfim... cada vez a educação, o respeito pelos pais será menor, infelizmente.

    Cumprimentos respeitosos
    .
    Feliz fim de semana.
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

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  7. Bom dia de toda paz, querida amiga Taís!
    Tive muita rigidez na educação familiar, nem podia brincar se estivesse vestida para algo familiar. Sujar a roupa nem pensar, era uma boneca imóvel. Não foi nada bom e, para azar meu, era obediente. Não aprendi a andar de bicicleta, a subir em árvores, coisas que criança do interior faz...
    Por outro lado, ética e valores não me faltaram como exemplo.
    O regime rigoroso do colégio de freiras deu bom resultado também pelo meu temperamento. Era a queridinha delas.
    Nunca fiz birra como já vi em shopping outras crianças fazerem.
    Nem filhos e netos...
    Até aqui, mesmo com a modernidade das outras gerações minhas, não temos tido problemas, graças a Deus!
    Que seja assim até sempre!
    Tão bom é ternos nossa família dentro da normalidade que se espera!
    Meninos meus e os deles brincaram, leram e são informatizados como é devido, sem vícios.
    Ótima crônica!
    Viva a modernidade natural sem delinquência!
    Tenha um dia abençoado!
    Beijinhos com carinho fraterno
    😘🕊️💙💐

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  8. Olá, Taís...
    Pois não é, tanta coisa mudou e a educação dos filhos também. O quanto posso manter "os valores antigos", isso faço com toda confiança. No relacionamento com os netos mantenho os ensinos e brincadeiras, pincelando com a modernidade para que "o novo fique equilibrado", rsss. Sou uma vovó 22 com cautelas!
    Excelente a tua conversa nesta crônica.
    Bjs

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  9. Quando era criança, anos 60, e começava a pisar o risco a minha avó apenas abria os olhos e de imediato eu recuava:-)
    Por vezes me interrogo se um dia existir um apagão na net o que será que eles vão fazer?
    Gostei imenso do que li.
    Um abraço de Portugal!
    Muito boa tarde e bom fim-de-semana!

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  10. Boa tarde Taís,
    Nao posso estar mais de acordo com o que aqui partilhou.
    Houve uma mudança muito grande na educação das crianças, para pior, arrisco-me a dizer.
    Educação necessita de regras e não deixar as crianças soltas de tal maneira, que venham a ter sofrimentos por motivo de uma educação desregrada.
    Amor, muito amor, as crianças necessitam, mas não de cedências constantes por tudo e por nada.
    Beijinhos e um excelente fim de semana.
    Ailime

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  11. Bom dia, Taís
    Excelente postagem. Realmente eram outros tempos, na época brinquei muito no quintal de casa com os meus irmãos e a noite na frente de casa, de queimado, futebol, e tantas brincadeiras maravilhosas. Também tive uma tia chamada Dulce, ela já faleceu, na hora da visita, todos sentados no sofá e calados kkkk, momentos preciosos. Hoje é só tecnologia, as crianças precisam brincar. Bjs querida.

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  12. uma cronica muito bem escrita, e grande actualidade
    a amiga Tais não perde o pé e sabe que o acto de escrever é uma atitude
    de compromisso com a sociedade

    gostei muito Tais
    Beijo

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  13. A los niños desde pequeño, no se les contradice en nada y cuando llegan a mayores ya no pueden hacer carreras deellos...ya se les ha ido todo de las manos y mucho de ellos les ha llevado a malos caminos.
    Besos.

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  14. Boa noite, Tais,
    Eram de facto diferentes os tempos passados da minha geração.
    Vivíamos em ditadura, com medos e regras muito apertadas. Todavia, a educação era também diferente. Porque os pais daquela época tinham conceitos de educação bem diferentes dos de hoje. Não havia nem televisão nem telemóvel nem Internet. Logo aí, havia em relação aos nossos dias uma diferença abismal, para as crianças e jovens passarem os tempos livres.
    Outros tempos outras eras. Já dizia Camões, "mudam os tempos mudam as vontades".

    Excelente crónica

    Votos de um excelente fim de semana, com muita saúde.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

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  15. Boa noite muito boa essa reflexão bjs

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  16. Buena reflexion es que si no se le enseña a respetar y a trabajar la generación que viene la va tener muy dificil Te mando un beso.

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  17. Olà Tais, uma vez mais, seus relatos que poem o dedo na chaga trazendo uma das coisas mais importantes como é a trasmisão de valores no seu da familia.
    Tecnología e avances, sim, mas sem esquezer o fundamental.
    Eu tambem penso, as vezes, em fazer uma postagem no asunto das diferenzas geracionais em modo de nos criar e educar e de como muda tudo de uma geração para outra. Interesante tema!
    Beijinhos

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  18. Bem isso! Tive educação rígida demais para a época mas nem por isso deixei as coisas frouxas para meus filhos, apenas explicava tudo para eles e tinhamos também muita conversa, mas quando desobedeciam tinham que voltar aos eixos de novo, rsrs mudou tudo e muito, concordo contigo. Beijos ;)
    https://costuraerasga.blogspot.com/

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  19. Taís
    Bem no fim desta magnífica Crónica deixas a dica de ser informal. Eu encontro nela o saber das (verdadeiras) Enciclopédias do tempo, da ordem, da disciplina... do viver são.
    A sensibilidade vivida é o maior testemunho, como aqui é descrito.
    Parabéns, Amiga. Continua com Reflexões que nos deixem presos.


    Beijo
    SOL da Esteva

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  20. Hola, Tais. Me ha hecho gracia tu expresión acerca de los "Traumatizados Contemporáneos", que por aquí podríamos equiparar a los "Ofendiditos", seres a los que hay que tratar cogiéndolos con papel de fumar y mucho cuidado para que no se dañen sus sentimientos, por lo que hay que permitirles cualquier bobada.
    Buena semana para ti.

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  21. Limites... importantes para tudo, para qualquer relação e, fundamentalmente, no campo da educação. A falta deles causa, de fato, sensação de desamparo para os filhos que, cada vez mais, passam a ousar em campos sem proteção. Quando começaram a traçar essa nova forma de se educar, abordando a ausência do "não", fiquei assombrada. Muitas e muitas vezes, quando crianças, ficávamos com raiva porque não podíamos fazer isso ou aquilo rss. E não adiantava perguntar o motivo. Aliás, nem ousávamos. E não temos, meus irmãos e eu, qualquer trauma por causa disso. Incorporamos os valores saudáveis de nossos pais que, em sua simplicidade, os colocavam acima de tudo, pois eram o mais preciosos presentes que nos podiam dar. Vejo essa turma de jovens insatisfeitos, sem motivações, presos à "solidão" da internet, e fico triste. O mundo mudou, de fato, e nem tudo é negativo, mas esse isolamento impede uma visão da realidade, onde todos devem pisar. Uma excelente abordagem, Tais!!!! Grande abraço.

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  22. Querida Taís
    Bom dia

    Há uma coisa que nós pais temos de aceitar e bem o refere: Limites. Há que impor limites. E estamos numa situação tal que o primeiro passo é impor-nos tais limites, pela permissividade com que educamos os filhos e que depois tem um efeito desastroso sobre eles. Toda essa tecnologia balança-nos. Nem nós sabemos bem como lidar com ela quanto mais transmitir contenção aos miúdos. Quantas e quantas vezes não vemos adultos à mesa, em restaurantes, completamente concentrados nos telemóveis e os filhos idem como é natural.

    Tem razão ao dizer que a educação era diferente e que havia uma escala de valores que passava de pais para filhos. Estaremos num caminho de não-retorno?Tenho esperança que ainda consigamos dar a volta por cima.

    Minha amiga, sempre actuais e cheias de interesse as suas Crónicas.
    Desejo-lhe um bom domingo.
    Abraço
    Olinda

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  23. Confesso que gostei dos “Traumatizados Contemporâneos”. Sempre muito interessantes as suas crónicas com aquele bocadinho de humor que as torna mais gostosas. É uma verdade que a educação mais liberal não deu certo porque os pais andam demasiado ocupados para olharem pelos filhos com a atenção devida. E eles tão entretidos com os smartphones... A disciplina e o respeito são extremamente importantes quando uma criança está a crescer. Gostei imenso de a ler.
    Uma boa semana com muita saúde, minha Amiga Tais.
    Um beijo.

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  24. Concordo consigo, é preciso saber dizer não à crianças quando isso se justifica.
    Educar não é nada fácil, mas se os pais forem assertivos, a coisa fica mais fácil. Mas não há receitas definitivas.
    Os tempos mudaram muito e continuarão a mudar. Para melhor e para pior. Por isso, o presente e o futuro pedem novas abordagens dos pais. Mas a disciplina e o respeito (mútuos) devem imperar no seio da família.
    Excelente crónica, gostei de ler.
    Boa semana, amiga Taís.
    Beijo.

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  25. Como é próprio do gênero crônica, tu trazes do cotidiano esse assunto relacionado com nossos costumes, não apenas de uma geração, mas de outras, também, começando a tua análise crítica, do ponto de vista sociológico, e também, do ponto de vista psicológico, com atitude da criança que tomava sorvete e com a mãezona dessa criaturinha que berrava no shopping mesmo tendo diante dele uma taça de sorvete menos. À partir desse ponto, dessa criança, e de sua mãe, fazes um voo no tempo, regressando à infância que tiveste para confrontar a educação daquela época com os tempos atuais.
    Uma crônica belíssima de grande profundidade e com a graça da tua escrita, fruto de teu talento inquestionável.
    Aplausos para minha cronista favorita.
    Um beijinho daqui do escritório.

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  26. Boa noite, Taís!

    Acredito que ordem, disciplina, obediência... caminham juntas com a beleza, inclusive, da educação. Sem elas... tudo se transforma na lástima que também observo por aqui nas minhas conjecturas.

    Haja luz para elevar-nos acima das circunstâncias...

    Seus escritos, Taís, queimam as impurezas sem perder a doçura das palavras.

    Beijo!

    Renata

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  27. Querida Taís, nem sequer é o pior ter que explicar à criança o "não".

    O pior é não haver limites e também começar por dizer "não" e quase logo depois passar-se a "sim ". Se é para consentir , que seja desde o início.

    Como profissional, sempre afirmei que a a Psicologia entrou em força na Educação deixando quase sem jeito nem lugar a Pedagogia.

    E, claro, existe - como em todas as áreas - a moda...

    Gostei muito do seu texto e identifiquei-me com o "tiquinho" comido por simpatia com a tia muito doce : no meu caso , era figo-da-Índia...

    Grande abraço, minha amiga , tudo de bom :)

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  28. Olá Tais,
    Passando por aqui, para desejar uma ótima semana, com muita saúde.
    Beijinhos, com carinho e amizade.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

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  29. Talvez nessa "modernosa" educação(?), esteja em grande parte a gênese dessa verdadeira epidemia de depressões, ansiedades, TOCs e outros tantos distúrbios de uma juventude fútil, vazia, mimada... Que não aprendeu a lidar com dificuldades e se fragiliza quando contrariada ou chamada a assumir responsabilidades. A psicologia, segue criando modismos, tentando reinventar a roda, vai atrás quem quer.

    Um abraço. Tudo de bom.
    APON NA ARTE DA VIDA 💗 Textos para sentir e pensar & Nossos Vídeos no Youtube.

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  30. Querida Taís,
    Que assunto maravilhoso e ousado.
    Oh, enquanto em uma longa viagem juntos, nosso último de tal comprimento, nós discutimos essas coisas.
    Nossas mães, avós e bisavós já usaram maquiagem ou exercício em certas máquinas?!
    Não, eles trabalharam duro e ainda conseguiram ser bonitos e graciosos com muito poucos meios, muito menos qualquer luxo.
    Tudo começou quando nossas escolas católicas habituais lentamente se afastaram da religião... Agora é até proibido orar ou ensinar sobre religião nas escolas.
    Com o desaparecimento da religião, os valores morais evaporaram. E lá você tem isso; todos os problemas da sociedade atual.
    Agora há tantos conselheiros necessários nas escolas e em todos os lugares. Tivemos nossos pais para nos mostrar como viver, como trabalhar e ser respeitoso e obediente.
    Agora é uma geração de gratificação instantânea...
    Problemas não podem mais ser superados e tempos difíceis não podem ser suportados...
    A religião também manteve o equilíbrio perfeito entre corpo e alma.
    Grandes abraços,
    Mariette

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    1. Maravilha recebê-los aqui, queridos amigos,
      sejam bem-vindos!
      Grande abraço daqui do Sul do Brasil!

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  31. Disculpa amiga Taís por llegar tan tarde, a veces los días sin querer se nos complican.
    Estoy totalmente de acuerdo con tu maravillosa y acertada crónica, los niños de hoy que lo tienen todo y muchos de ellos no saben ni tan siquiera apreciarlo. A mi modo de ver y entender, todo radica en la educación y los padres en ese aspecto deben y mucho preocuparse de sus hijos y juegan un papel fundamental, la educación empieza en la propia casa y no como está ocurriendo que con tal de no oírles y molestar consiguen cualquier cosa de los padres. No concibo entrar a comer a un restaurante y estar la familia comiendo y los niños a su vez comiendo y trasteando el teléfono, o incluso en otros sitios comiendo y viendo la televisión e incluso si el niño habla el padre o la madre le dicen que calle que no oyen las noticias; actuando de esa forma y de tantas otras que tipo de educación pueden dar a sus hijos cuando muchas veces son los propios padres los que fallan.
    Un gran abrazo y buen resto de semana apreciada amiga.

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  32. Revejo-me em tudo o que falou no seu texto. As crianças agora não sabem o que são limites, não aprendem a lidar com a frustração e isso irá refletir-se no futuro quando estiverem sob pressão da sociedade.
    Beijinhos
    Coisas de Feltro

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  33. Tem muita razão no que diz nesta crónica.
    Vivemos numa sociedade pautada por regras e as crianças têm que aprender a viver com elas.
    Abraço amigo.
    Juvenal Nunes

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  34. Amiga Taís!
    Que boa reflexão.
    Aqui pensando a diferença na educação, em um passado não muito distante, quando os pais falavam os filhos ficavam calados apenas obedeciam, hoje em dia mudou muito, os filhos falam alto e os pais não podem reclamarem.
    As vezes me ponho a pensar como será o futuro da nação?

    Tenha uma boa semana.
    Beijinhos

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  35. Querida, há poucos dias estava no mercado, uma criança chorava muito e a mãe gritava, dava tapas, a criança só fazia gritar mais. A mãe se desesperava. As pessoas nas filas se entreolhavam sem saber o que fazer. Quem ia se intrometer? Como? E ela olhou para os lados e falou: "O que foi? O filho é meu e eu trato como quiser. Quem falar alguma coisa, vai levar também". Ninguém deu um pio. Mas podemos denunciar maus tratos. Procurar um guarda, um policial, o conselho tutelar.
    Realmente, o que acontece é que a mudança de geração está dando lugar a uma geração fraca, doente, carente, chamada por isso mesmo de "cristal". A nossa geração foi a de ferro. E nem sei se haverá planeta para outras gerações. Essa próxima geração talvez não seja capacitada para lidar com os problemas emocionais, ainda mais do planeta.
    Um beijinho, amiga.
    Ótimo restinho de semana.

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  36. Aplaudindo de pé a sua crônica, querida Tais
    Os meus filhos levavam uma palmada quando passavam dos limites.
    Não ficaram traumatizados. São bem sucedidos e brilham onde vão.
    Um beijinho carinhoso
    Verena.

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  37. Gostei muito desta sua "conversinha informal". Concordo plenamente com o que diz. Eu acho que não é nada fácil ser pai e mãe nos dias de hoje. As crianças são "muito à frente", aprendem rapidamente, e se não forem guiadas na direcção certa algo vai descambar.

    Beijinhos e tudo de bom.

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  38. I think my comment ended up in your spam box but anyways, I am stopping by again to follow your lovely blog via GFC.

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    1. Olá, Verônica, bem-vinda, amiga!
      Não há nada no spam, às vezes nem lá entram alguns comentários, mas muito obrigada pela sua gentil visita!
      Abraços daqui do sul do Brasil!

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    2. Parenting is so different these days. I grew up with very strict Catholic parents and studied in a convent school. I wouldn't dare talk back to my parents lest I get smacked!

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  39. Passei para ver as novidades.
    Aproveito para lhe desejar a continuação de uma boa semana, amiga Taís.
    Um beijo.

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  40. Está cada vez mais difícil a tarefa da educação dos filhos,Taís
    Brincar era um prazer simples, sem que fosse necessário tecnologia alguma_ fazíamos comidinhas de terra e casinhas de areia ,
    as bonecas de pano eram lindas .E as historinhas mágicas , contadas pelos avós.
    Hoje brincam sozinhos diante de um aparelho que nem sempre ensina o mais importante. E as mães elogiam a capacidade de manusear , de certa forma incentivando-os, até porque é a moda nao tem como fugir ...
    E ficamos todos felizes ... rs
    _ uma educação muito moderna , com resultados nem sempre os melhores.
    Ainda bem que o que sobrou de nós nos filhos ajuda amenizar o estrago . o respeito e as prioridades até que cresçam e façam suas escolhas.
    Um abraço, Tais .E bons dias.

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  41. A Taís!
    Vim aqui hj para ler seu texto,
    mas não vou comentar, mas
    me encantar.
    Vim tbem para dizer que
    amo poder publicar no Espelhando
    especialmente quando penso
    que Vc Lê por lá.
    Atualizei o blog hj a tarde
    Bjins
    CatiahoAlc.

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  42. Olá Taís, passando pra te deixar um beijo. Bom fim de semana! ;)
    https://costuraerasga.blogspot.com/

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  43. Sim, levei uma palmada quando a Mãe achava que tinha sido malcriada. Porque temos que ter regras, limites, caso contrário, achamos que temos direito a tudo e somos arrogantes, intolerantes. A Mãe dizia sempre que temos que pensar que há sempre alguém que está pior que nós...
    Interessante a crónica, obrigada pela visita
    Beijos e abraços
    Marta

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  44. Olá :)
    Uma excelente viagem no tempo.
    Cada vez está mais difícil educar as crianças e tenho para mim que muito se deve à falta de disponibilidade dos pais .
    Não é falta de tempo é mesmo falta de vontade.
    Daí se deixar grande parte das vezes, os filhos fazerem o que bem querem porque em determinada altura dá jeito aos pais.
    É preciso tempo, paciência, diálogo, firmeza e muito amor.Grande parte das vezes isso não acontece
    Cada vez mais as crianças crescem " sozinhas" agarradas aos smartphones, tablets, consolas de jogos televisão...
    Sei de pais que durante a semana não veem os filhos ...
    Outros que não sabem como correu a escola...
    Outros que no restaurante, na praia estão agarrados ao telemovel em vez de brincarem com os filhos.
    Não havendo comunicação, não havendo cuidado e interesse em participar na vida dos filhos o resultado não vai ser bom de certeza.
    Não sou a favor de se bater, sou sim a favor de conversar, conversar e conversar.
    E de os fazer entender que se houver alguma coisa que eles não possam fazer, é porque eu sou adulta e sei que é o melhor...quer queiram quer não :)
    Criei 3 filhas assim...muitas vezes não foi facil...mas funcionou.
    No final acabasse o assunto como acabasse , dizia sempre : E já sabes a mãe ama te muito :)
    Alonguei me...peço desculpa.
    Adorei ler o seu texto.
    Brisas doces***

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  45. Muitas mudanças que nosdeixa um tanto entristecidos ao ver tantos eletrônicos e as crianças nos parques todos automatizados; ficam ali sentadas a mover olhos e dedos. Poucas são as brincadeiras de interações e sensitivas. Enfim, vamos caminhando... até onde nos for permitido estar neste mundo. bjs

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  46. Hoje em dia, estamos a criar uma geração sem a noção de limites... até porque não terão ninguém que tal os aponte para eles... para isso, teria de haver interacção... hoje em dia a mesma faz-se de olhos em ecrã, mergulhados em desinformação de jogos e redes sociais, pais e filhos cada um com as suas... desenvolvendo a infantilização, a desinformação, e a abstração total do mundo em volta...
    O progresso... está lentamente a embrutecer o ser humano. Quando falamos sobre a educação de crianças, uma grande maioria dos pais, se desvincula de tal, presentemente... achando que é função dos professores... e que seus filhos aparecem em casa, automaticamente educados... ao estilo de gadget, com a ultima actualização nele incorporada...
    Assim vai o nosso agradável mundo novo... me fazendo notar a sorte que tive em saber ainda, como eram... os outros tempos...
    Beijinhos, Tais! Tudo de bom!
    Ana

    Ando comentando em modo mais sucinto... pois o Blogger... anda fazendo o favor de tratar muitos dos nossos comentários, que nem peúga em máquina de lavar... dando-lhes um belo sumiço... E isto acontecendo um pouco por todo o lado!... :-))

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Muito obrigada pelo seu comentário
Abraços a todos
Taís