- Taís Luso
Abro
esta crônica com infinito pesar, incalculável vergonha
diante da tragédia ocorrida no nosso Museu Nacional, a mais antiga
Instituição científica do país, que abrigava 20 milhões de itens
catalogados sobre a História do Brasil, vinculada com tantos outros
países. Esse Museu, que era um Patrimônio da Humanidade, guardava
nossas origens mais remotas através de estudos, pesquisas, provas e
documentação da Antropologia Biológica. Através dela sabemos
sobre os primeiros habitantes do país, de onde vieram. Mas todo o
acervo exposto foi perdido.
O
Museu criado por D. João VI, em 1818, abrigava coleções de Geologia,
Paleontologia,
Botânica, Zoologia,
Antropologia Biológica,
Arqueologia e
Etnologia. Perdemos
imensuráveis relíquias históricas - irrecuperáveis.
Há
muitos anos que o Museu
não recebia verbas
para sua manutenção. Lá, em
2004, especialistas já
tinham dado o 'sinal de alerta' sobre um possível
incêndio, pois sua fiação elétrica era muito antiga. O paraíso dos cupins! A deterioração das aberturas, teto, pisos
de madeira, infiltrações nas paredes, rebocos
em péssimo estado de
um palácio onde
residiu a Família
Imperial – belíssimo. Perdemos a construção de
nossa memória. Parte
importante de nossa História foi
tratada
com desleixo. Foi queimado um
Patrimônio da
Humanidade.
Controlado o fogo, o povo invadiu os jardins do Museu, pessoas indignadas queriam chegar
perto, chorar, deixar marcado em suas retinas aquela cena dantesca
do descaso. Não choramos por um museu a menos, mas não queremos
ser subestimados com explicações mirabolantes. Choramos pela imensa
perda, lá estava a conexão com o tempo, com a documentação do
nosso passado. Todos sabem que não existe História sem
documentação.
Como
estarão hoje os
outros Museus,
Bibliotecas,
Fundações, Unidades de Pesquisa, Sociedades
Científicas?
É
a pergunta que deixo juntamente com minha dor.
Está difícil de ser brasileiro.
Está difícil de ser brasileiro.
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Ainda custa acreditar.
ResponderExcluirComo já comentei noutros espaços, recordei o que aqui aconteceu há um ano com o tufão Hato.
O espólio da biblioteca Ricci, que tinha sido doado à Universidade de São José e ainda não tinha saído dos caixotes, ficou todos destruído com a fúria das águas.
São perdas irreparáveis :(
Beijo
Pois é mesmo mt triste o post é mt bem escrito bjs
ResponderExcluirQuerida amiga Tais, dava tudo para te confortar com um abraço logo que terminei a leitura desta crónica/desabafo sobre a perda do Museu Nacional do Rio de Janeiro.
ResponderExcluirQuando será que os políticos brasileiros - ignorantes, incompetentes, incendiários, desconhecedores do verdadeiro sentido da palavra HISTÓRIA - vão enxergar que verbas gastas na preservação do espólio dos museus garantem o futuro do país?
Como este brutal incêndio, anunciado, não foi só o Brasil que ficou mais pobre, foi a HUMANIDADE.
Desculpa se me excedi.
Beijo.
A dor atinge brutalmente todos os que prezam memórias que à humanidade pertencem. E neste caso" Perdemos imensuráveis relíquias históricas -irrecuperáveis."
ResponderExcluirUm abraço sentido.
Foi com imensa tristeza e indignação que li a notícia e vi as imagens. Um património do Brasil e da Humanidade. Uma Memória irrecuperável. Uma perda irreparável. Junto o meu sentimento de luto a todos o povo brasileiro.
ResponderExcluirUm beijo minha Amiga Tais.
Foi realmente uma tragédia e parece que só agora ouviram falar em segurança, cuidados e prevenções e em VERBAS que, de repente jorram aos borbotões...Mas o acervo, esse não volta...Indignação total! beijos, chica
ResponderExcluirSem maiores comentários... Isso é o resultado do "varrer pra debaixo do tapete" o ontem, o hoje e o amanhã... Total descaso! Retrato de um país abandonado!
ResponderExcluirAbraço.
Uma tragédia de prejuízos enormes e irrecuperáveis.
ResponderExcluirNos orçamentos anuais para a cultura, infelizmente, os governos colocam lá apenas alguns trocos e, mesmo assim, muitas vezes nem esses trocos gastam...
Taís, continuação de boa semana.
Beijo.
Tua crônica mais-que-perfeita fala por nós todos, indignados pelo descaso que grassa no poder público de Patropi. Tristes estamos, e incapazes de fazer. Só podemos compartilhar a tristeza e a vergonha disso tudo. Lembro que o primeiro museu que visitei no Rio quando lá fui pela primeira vez em 1968. Parabéns Taís, você é, muitas vezes, nossa porta voz.
ResponderExcluirMaus um brilhante texto. adorei
ResponderExcluirHoje... O teu sussurro.
Bjos
Votos de uma óptima Quinta-Feira
Realmente um descaso total com a humanidade. Acredito que o Brasil inteiro ficou de luto.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário no meu blog. Estarei por aqui agora.
Bom restante de semana!
Jovem Jornalista
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Até mais, Emerson Garcia
Bom dia, amiga Tais
ResponderExcluirHoje sua magnífica crônica nos faz derramar lágrimas, ficamos impotentes diante de tanto descaso.Trabalho que demorou duzentos anos, foi destruído em pouco tempo. A mais importante Instituição da América Latina se foi nas labaredas do fogo.Infelizmente nada a recuperar e muito da história do mundo se perdeu.Lamentável. Grande abraço, Tais.
É sempre a ignorância e a estupidez de quem governa que leva a estes acidentes, que poderiam ser evitados. É uma grande perda. Tenho imensa pena.
ResponderExcluirNem sequer acredito que tenham aprendido a lição, porque aí, como aqui os erros repetem-se e nada muda.
Beijinhos:)
Una gran tragedia difícil de reparar. Toda una historia, de un valor incalculable, que ha desaparecido y que era fuente de consulta y estudio en ese gran Museo Nacional de Río de Janeiro.
ResponderExcluirUn fuerte abrazo amiga Tais.
Ei Tais! Que lástima minha querida. Infelizmente grande parte do pais só ouviu falar do museu nacional agora que ele está morto. Até então, era apenas um fantasma de nossa rica historia a morar num dos terreiros do Brasil; Uma pena. Esse e´o pais do descaso e da imoralidade. Nosso patrimônio é enxovalhado e jogado por debaixo dos tapetes todos os dias. Por falar em Patrimônio;Morreu nossa M.P.B? NOSSA HISTORIA SOFRE. Grande beijo. Como sempre, um colosso cultural de postagem.
ResponderExcluirPartilho a revolta Tais,
ResponderExcluirnão deveria nunca acontecer, nem ai, nem aqui, que a incúria deixe queimar o património que nos desejaríamos deixar aos nossos filhos e netos e outras futuras gerações,
as nossas raízes são mais fortes se temos história, a veracidade dos factos é comprovada por museus e monumentos, por isso sentimos que se trata de uma traição cada vez que uma tragédia destruidora acontece, e ficamos tristes por verificar a falta de proteção que existe e que permite que isso aconteça!
deixo aqui a partilha de uma proposta que foi feita neste blogue:
http://mil-hafre.blogspot.com/2018/09/proposta-mil-de-carta-aberta-cplp.html
abraços, amiga
Angela
uma vergonha que deveria cobrir todas as sociedades modernas que, em graus diferentes, tem uma atitude geral de menosprezo perante os bens culturais.
ResponderExcluirum abraço solidário, minha amiga Tais
e de muito apreço pela crónica
Pois e. Imagina que eu nunca tive a oportunidade de visitar esse museu? Nem eu nem as próximas gerações poderão ver com os próprios olhos as coleções incríveis que haviam lá. Tudo está retrocedendo, investimentos para a educação e cultura não são prioridade neste governo.
ResponderExcluirBom dia querida Taís
ResponderExcluirQuê tristeza. Isso mostra o descaso de pessoas que deveriam preservar e cuidar de cada local que guarda a história do nosso Brasil que está entregue a ruína. Fico imaginando quantos museus não estão preste a pegar fogo. Triste realidade. Feliz feriadão. Lembranças a Pedro. Abraços.
Perdidas que no se remplazan, en el fuego se fue la historia.
ResponderExcluirUn abrazo.
Olá, perdeu-se quase 20 milhões de itens catalogados, foi uma tragédia que não tem recuperação, a historia ficou mais pobre.
ResponderExcluirFeliz fim de semana,
AG
Comprendo tu justificada angustia, Tais, por la tragedia. Ella se agrava cuando, como lo explicas, hubo previamente desidia, desinterés y poco compromiso con un verdadero templo histórico.
ResponderExcluirAbrazo austral.
Realmente, como é triste assistir a deteriorização, em todos os sentidos, do nosso Brasil que não está sendo cuidado por seu povo. Fica aqui este seu registro precioso do descaso. bjs
ResponderExcluirQuerida Vizinha/Escritora, Taís Luso !
ResponderExcluirNossa imagem, no exterior, já estava péssima.
Agora, muito pior.
Que coisa lamentável, Amiga...
Feliz final de semana, e um caloroso abraço.
Sinval.
Olá Taís eu que vivo numa cidade antiga, primeira capital do Brasil, onde a história escorre em cada rua, beco e ladeira, sinto medo do que pode vir a acontecer com este belo e importante palco de nossa história. Constantes maquiagens são feitas com cores vivas para os olhos turísticos, mas bem sei que o mais importante fica por desejar. A irresponsabilidade é grande e contentemente temos incêndios de um casarão. Nesta semana tivemos um com quatro casas consumidas onde funcionavam lojas.O uso destes casarões voltados aos materiais plásticos e couros e afins me assusta, quando por lá estou.Nosso museu estava com morte anunciada e o medico relaxou criminosamente.Perda irreparável.
ResponderExcluirAbraços amiga e bom fim de semana em meio à turbulência no país com fatos de violência também imaginada, porque uma chama a outra.
Que possamos ter paz e que não façam disso comoção para enganar o povo.
Às vezes canso de pensar que vamos mudar este país.
Beijo amiga.
Nada pode ser mais triste para um povo do que ver parte de sua história e de sua cultura ser aniquilada desta forma. Não há nada que conforte tamanha perda.
ResponderExcluirSua crônica está perfeita, falou tudo minha querida, infelizmente é real e como sempre no Brasil nada vai mudar, nunca muda, só piora. abraços querida
ResponderExcluirBom dia, querida amiga Taís!
ResponderExcluirUma bela crônica escrita uma vez mais onde as palavras já me calam de tão tristes que meu coração fica por mais uma... 'só' mais uma das imensas calamidades que nos tem assolado, amiga.
É incrível como pode ter sido deixado ao descaso tão nobre patrimônio da humanidade.
Creio que, psicologicamente falando, este abandono assassino seja um reflexo do bombardeio que estamos sendo vítima todos os dias, como nação.
Estamos todos de luto... e os responsáveis na pizza do 'feriadão' , na certa.
Tenha dias felizes e abençoados (apesar de)!
Bjm fraterno e carinhoso de paz e bem
Minha amiga lamento muito esse trágico acontecimento, um incêndio terrível, que levou a perdas irreparáveis.
ResponderExcluirBom fim de semana
Beijinhos
Maria
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Queria amiga, quantas e quantas vezes visitei aquele museu, com filhos em época escolar, com uma turminha de crianças do prédio onde morava, e no meu tempo de escola primária. Predio com bela arquitetura, na Quinta da Boa Vista, mas tudo ia se deteriorando pouco a pouco, foi mesmo uma morte lenta...
ResponderExcluirE agora vem o Temer de mão estendida pedir ajuda do povo, para fazer o que nada do que foi queimado pode ser recuperado, que tipo, que tipo de pessoa é este homem? Caramba estou farta desse fingimento, desfaçatez!!!
Bela reportagem, amei.
beijinhos
Ha sido una gran tragedia. Me conmueve pensar los miles de documentos que hablan de la historia de Brasil y que ya están perdidos para siempre. Un pueblo sin historia es vulnerable.
ResponderExcluirEspero que parte de los documentos estuvieran microfilmados y se pueda restaurar en parte. Si no, es para decirle algo a los responsables. Algunos no saben ni lo que llevan entre manos. Eso sí que es una desgracia. Lo siento enormemente.
Recibe un fuerte abrazo.
Querida Taís.
ResponderExcluirVoltar a dizer que lamento muito é muito pouco.
Fico condoída e emocionada pela imensa tragédia.
Uma coisa que me deixou estupefacta foi o facto
de nem sequer haver bocas de incêndio.
O desempenho dos políticos tem de ser avaliado
de dois em dois anos, porque os contribuintes
têm o direito de saberem por andam os impostos.
Abraço grande, solidário com a sua tristeza.
~~~
Está difícil ser cidadão do mundo. O fogo incomoda-me, as guerras não me deixam dormir, as ambições destroem um pais e um povo...
ResponderExcluirAs casas também morrem quando os donos desaparecem, e vai-se a história. Negligencia de alguém.
Bjs e abraço.
Infelizmente ,um desastre que terá grande consequência para o futuro.
ResponderExcluirAbraço
Boa tarde Taís! Essa vossa grande perda também me afeta a mim como portuguesa,pois: "A sua história remonta aos tempos da fundação do Museu Real por D. João VI, em 1818, cujo principal objectivo era propagar o conhecimento e o estudo das ciências naturais em terras brasileiras".
ResponderExcluirE não mais se podem observar tantas maravilhas que ele encerrava!
Beijos
Triste....Muito triste...Um Museu, tem de ter um
ResponderExcluirsistema antifogo eficaz...Não é difícil...
Uma pena.
Beijo
Querida Taís, estamos todos indignados com tamanho descaso que transformou em cinzas toda uma história da humanidade, uma perda irreparável,e agora choram o liite derramado esbanjam tamanha hipocrisia, num minuto aparceu verba, e pq não antes da tragédia se era do conhecimento que o Museu estava com sua estrutura comprometida e nada fizeram. o que eles querem na verdade é gente aculturada... Não deram a menor importância a aquelas memórias tão significativas para nós e para o mundo. Parabéns pelo grito.
ResponderExcluirBjs amiga.
OI TAÍS!
ResponderExcluirÉ DE CHORAR SIM, MAS A INDIGNAÇÃO TOMA CONTA DO CORAÇÃO DE TODOS NÓS BRASILEIROS, PELO DESCASO COM NOSSA HISTÓRIA, PELA DISSIMULAÇÃO DE UM ESTADO QUE NÃO SE PREOCUPA COM PRECIOSIDADES COMO AS QUE ESTAVAM ALI GUARDADAS OU, NÃO PERMITIRIAM QUE CHEGASSE A ESTE PONTO, PORQUE NÃO FOI UM ACIDENTE POIS, A ESSE TODOS ESTAMOS SUJEITOS MAS, UMA TRAGÉDIA ANUNCIADA, A QUAL NÃO SE DERAM AO TRABALHO DE EVITAR.
ABRÇS AMIGA, IMPORTANTÍSSIMO TEU POST.
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
No solo es una gran perdida para Brasil aunque si sois los mas perjudicados.
ResponderExcluirLos políticos muchas veces solo miran lo que las cosas les son rentables en votos eso pasa en todos lugares.
El edificio se puede recuperar el contenido imposible.
Saludos.
Muito triste os registros históricos virarem cinzas, devido ao descaso com um patrimônio valioso, rico e relevante. Sua crônica expressou com perfeição o sentimento de todo brasileiro com esse lamentável e triste fato.
ResponderExcluirBeijos!
Ficámos todos muito mais pobres com esta perda irreparável minha amiga, isto só reflecte o que os nossos politicos fazem ou melhor não fazem pela cultura.
ResponderExcluirUm abraço e continuação de uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Tais, pobre Brasil, que precisa até de reformular o seu ensino, rumo a um: PAÍS DO FUTURO, mas como se os poderes instituídos, ainda há pouco, tinham deixado arder outro grande Museu em São Paulo. E são os museus a guardar as memórias, que estudiosos podem vir a elevar o País.
ResponderExcluirBeijos
É Taís,
ResponderExcluirNós brasileiros estamos sempre perdendo( lindo museu! ).
Dinheiro tem só para encher os paraísos fiscais no mundo dos nossos políticos(não todos, a maioria). Até o meio século nossa história de hoje desaparecerá, pois a tendência é piorar.
Beijos no coração
Lua Singular
Beijos no coração
Lua Singular
Oi querida Taís
ResponderExcluirPobres somos... mais pobres ficamos pois grande parte da nossa história foi reduzida a cinzas por descaso do poder público. O que será de nosso país no futuro? Haverá um futuro para o nosso país? Difícil acreditar; Tragédias como essa mostra-nos com clareza o despreparo de nossos governantes e suas mirabolantes ideias em tempos de pleito eleitoral. É de chorar minha amiga
Beijinhos e muitos sorrisos
Boa tarde querida Tais, tempos difíceis, pessoas cada vez mais vazias , sem consciência, com lavagem cerebral em último grau, para mim foi mais um ato pra promover mais caos, cada um siga o lado e o partido que quiser, mas essa esquerda é um câncer neste país, corroendo o pouco que temos e somos, ou as coisas mudam ou não haverá um amanhã de bem bom e belo, bjs e feliz dia querida
ResponderExcluirFoi com grande pesar que vi a notícia e não adianta agora pedir ajuda e os outros paises colaborarem na recuperação. O edifício pode até ser recuperado, mas a história que continha virou cinzas e essas perdem-se para sempre. Uma perda que envergonha o pais, amiga e o descui das autoridades vê-se por todo o lado, nas ruas esburacadas, nas calçadas em pedaços, na sujeira em jardins e parques. Sempre que vou a Guaratinguetá fico com vontade de chorar, pois a diferença é enorme; uma cidadezinha bonita e arrumada está transformada num lugarejo sujo e esburacado. Nestes 27 em que cá estou, não teve nenhuma melhoria, só degradação. Tais, à tua pergunta não sei responder, mas parece-me que a negligência está por toda a parte enovas ddesgraças podem acontecer. Um abraço triste, amiga!
ResponderExcluirEmilia
Está difícil ser brasileiro sim, Taís. Um belo estudo você fez, mas desta feita para narrar uma desgraça. É pena...
ResponderExcluirBeijo, querida amiga.
Feliz domingo e semana,
ResponderExcluirAG
Uma boa noite amiga e feliz semana para vocês.
ResponderExcluirEstou vindo da sala de Pedro emocionado com o poema dele.
Que cosia linda!
Tudo d bom amiga.
Beijo de paz
Querida Tais, igual que le he escrito a tu marido, quiero transmitirte mi pena por esta tragedia cultural.
ResponderExcluirSi en algún momento crees que se podría ayudar en algo desde aquí, dímelo.
Un abrazo.
Infelizmente cada povo tem o que merece e propicia. Se para o comum brasileiro o museu era uma lixeira histórica e arqueológica se o orçamento valia menos que a lavagem dos automóveis dos deputados do congresso o mais fácil era puxar fogo e deixar arder. Espero que tenham apreendido alguma coisa com isto, até o mais básico da pressão de água nas bocas de incêndio falhou. O outro museu vivo de história natural que é o Amazonas continua a arder e ninguém liga um corno.
ResponderExcluirQuando vi na televisão as imagens do Museu pegando, me recusei a crer. Não pensei que moral e culturalmente meu país pudesse descer abaixo da linha d'água, mergulhar na escuridão do mar de lama que ameaça nos afogar.
ResponderExcluirIndignação é pouco para descrever o sentimento que tomou as pessoas que possuem um mínimo de senso de proporção. A tragédia é imensurável, o prejuízo material irreparável, os bens insubstituíveis, e constitui um perda para toda a Humanidade.
Essa desgraça resulta do desprezo pela História, pela Beleza, pela Cultura -valores que levaram o Homem a construir nossa civilização - sentimento que move toda ideologia de esquerda.
O fanatismo cristão levou à destruição da Biblioteca de Alexandria, a mando do Bispo Teodósio, no Século IV. A filósofa Hipácia, que tentou defender a biblioteca, foi martirizada a mando do Bispo Cirilo; com conchas do mar, suas carnes foram arrancadas até os ossos, que ficaram expostos para o
deleite do pupulacho.
Assim vejo o esqueleto do prédio centenário de nosso museu: ossos que jazem ao sol como um monumento à insensatez, à incúria, à ignorância, à corrupção e à falta de valores.
Muito oportuno seu texto. Parabéns.
Olá, amiga,
ResponderExcluirEstive ausente os últimos quinze dias. Férias, curtas e merecidas...
Por isso, só agora leio o seu texto.
Vi pasmo pela televisão, ainda em casa, o fogo consumindo o Museu.
Demorei a dormir pensando o que fazem com o dinheiro público neste país!
Pensei quantos museus serão consumidos ainda pelo fogo.
Pensei quanto dinheiro se gastou com os elefantes brancos de Brasília, Mato Grosso e Amazonas para abrigar duas ou três partidas de futebol.
Depois tanto... E impotente, acabei de arrumar as malas... E fui descansar!
Há muito tempo que sou um descrente deste país. Um país irremediavelmente perdido...
Um beijo,