- por Tais Luso de Carvalho
Meus álbuns poderão fazer parte de museus. Hoje é um cerimonial folhar um álbum, ver fotos da juventude, formaturas, casamentos da família, festas... Mas a luta é inglória, o pessoal só quer saber de fotos clicadas pelo Smartphone; dos últimos acontecimentos sociais em "Selfie". Nunca vi tanto autorretrato. Tantas caras e bocas. Eles e elas nas fotos!
Minha geração (longe de ser do período paleolítico) ainda teve o privilégio de tirar fotografia. De manusear uma máquina profissional. De tentar fazer Arte fotográfica. Ao ler uma entrevista na revista ISTOÉ, com o genial mineiro Sebastião Salgado, me bateu a nostalgia de um adeus. Cedo ou tarde teremos a despedida - segundo ele. A fotografia está no seu final. Ele fala em fotografia profissional que passa por uma técnica própria, por processo especial de impressão, edição, um manuseio especial em laboratório. E uma técnica aprimorada. Já tive o prazer de entrar num estúdio de revelação e ver o processo, a elaboração de uma fotografia.
Em seu último trabalho, o fotógrafo coloca o planeta à nossa disposição; os lugares mais fascinantes da Terra, difícil de chegar, difícil de fotografar, emocionante de ver. Oito anos de trabalho intenso para compor a obra Gênesis.
“Descobri que 46% do planeta ainda está como no dia do Gênesis” - relatou Sebastião Salgado.
Interagiu ao longo de 40 anos com culturas fantásticas, registrando pessoas, fauna, flora e contribuindo para preservação do planeta. Pelo menos tentando. Seus trabalhos são, também, sobre as tribos indígenas brasileiras – grupos antigos, remotos e intocados pela civilização – ainda.
Mas, para não dizer que só falei de flores e não coloquei uma pimentinha no texto, pergunto se algo bem contemporâneo não ficará registrado nos Anais da História da Fotografia - dita imagem: falo do horroroso, deselegante e cafona "pau de selfie para celular". É uma invenção sui generis. Até em casamento já foi usado, e pelo padre! Não há dúvida que ficou exótico.
Porém, está com seu uso proibido em vários parques temáticos dos Estados Unidos, da França e Hong Kong, o que alegam representar um perigo para a segurança de seus visitantes e empregados. Essa medida se estende, também, a vários museus. O que é óbvio.
Li um artigo (14/6/2015 ZH), escrito por um especialista em ciência de computação, o qual percebe-se a despreocupação das pessoas a respeito do seu resguardo. Não há dúvidas que não se dão conta do grande risco que correm com a exposição de tantas fotos nas redes sociais. Pela facilidade de uma selfie, o ato se torna inconsequente. E como já virou uma paranoia, ninguém pesa as consequências. Mas pode virar um incômodo tamanho família. A vaidade humana não tem limites, está por demais escrachada.
Também já existem, nos Estados Unidos, estudos com jovens que já se encontram doentes e insatisfeitos porque a tal selfie não lhes agrada nunca! E tais fotinhos precisam ser aprovadas nas redes sociais. Esses estudos mostram que pessoas entre 16 e 25 anos dedicam 16 minutos e sete tentativas, em média, para fazer o selfie perfeito. É um dilema que virou obsessão. Enfim, os tempos são outros.
Mas a arte, a criação e a emoção são coisas diferentes. Ficarão para sempre como relato da história da humanidade.
Protesto na Praça da Paz Celestial |
Um jovem durante o protesto na Praça da Paz Celestial, na China, que fez parar uma fileira de tanques de guerra. A identidade do jovem é desconhecida até hoje. Caso fosse hoje daria uma ótima selfie, a criatura em frente aos tanques, mas seu rosto em primeiro plano. Em 2000, o mesmo jovem foi eleito pela revista Time uma das pessoas mais influentes do século XX.
Solidariedade |
A foto revela um gesto de solidariedade de um missionário em Uganda - 1980. A foto ficou registrada como a melhor foto daquele ano, sem que o fotógrafo soubesse.
Essa foto emocionou o mundo, pois retrata a calamidade da fome na África, causada pela guerra civil. A tomada da foto foi feita em uma aldeia no Sudão (1993) e mostra um abutre observando uma criança desnutrida que aparentava esperar a morte e viraria alimento da ave. A foto rendeu ao fotógrafo o Prêmio Pulitzer. Contudo foi muito criticado por não ter ajudado a criança. Pressionado pelo sentimento de culpa, Carter suicidou-se em 1994, aos 33 anos.
Sebastião Salgado
Autor de livros antológicos, como Trabalhadores (1996), Outras Américas (1999), Êxodos (2000) ou Gênesis (2013), Salgado acredita que a fotografia tem que passar pelo papel. A fotografia precisa se materializar, precisa ser impressa, vista, tocada, como quando os pais faziam antes com os álbuns de fotos de seus filhos”, afirma.
Ref: GLOBO.COM - ESTADO DE MINAS / CULTURA
Um dos mais importantes fotógrafos do mundo.
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Os tempos mudam demasiado depressa. Dez anos atrás a minha neta Mariana prestes a fazer três anos levava o tempo a pedir-me a máquina fotográfica pois adorava tira "carafias" às bonecas, aos cortinados, aos pés do avô, e a tudo o que lhe aparecesse pela frente. Hoje a irmã, quase a fazer três anos pede-me o "temóvi" para fazer uma séfi, e acredite já faz umas selfies muito nítidas da ponta da testa e cabelo. Rsrsrs.
ResponderExcluirPessoalmente não gosto de selfies. Mas adoro fotografar.
Abraço, saúde e bom domingo
Mereces conhecer Augusto Cabrita e, porque não, cá o je...
ResponderExcluirhttps://conversavinagrada.blogspot.com/2021/04/hoje-o-dia-convidava-ficar-numa-boa.html
As fotografias não podem acabar. Mas tens razão, cada vez mais e mais cliques de celulares são feitos! Belas fotos aqui, cheias de significados e Sebastião Leão é um mestre! beijos, ótimo domingo!" chica
ResponderExcluirProfunda reflexion ahora es mas importante sacar una foto que ayudar. La gente vive en mundo distintos a los que fotografía muchas de las fotos que publican no son realidad. Te mando un beso.
ResponderExcluirOlá Taís, gostei de ler sobre este tema e os alertas aqui expressos sobre a exposição excessiva de imagens familiares e pessoais em redes. Mas quando folheamos um Sebastião Salgado, a gente não pode imaginar o fim dos álbuns com aquelas fotos em P&B que caracterizam toda arte do Sebastião. Meu primeiro contato com Sebastião foi sobre uma visitas dele aos plantadores de cana e do pessoal envolvido em produção de carvão vegetal. E foi por elas, que veio as denuncias do trabalho infantil e as condições sub humanas nas carvoarias e pedreiras. O Sebastião hoje que labuta na revitalização do Rio Doce, devastado pelo acidente de barragem na cidade de Mariana-MG. Eu ainda tenho como relíquias duas maquinas fotográficas automáticas e uma super antigas dos anos 50.
ResponderExcluirA historia da fotografia é muito bonita, mas ainda tem muitos que militam nesta arte de fotografar em P&B, o que mantém uma esperança dos álbuns.
UM bom domingo de feliz semana para você e o Pedro.
Beijo de paz amiga.
Olá, amiga Taís!
ResponderExcluirAs fotos nunca irão acabar. Hoje em dia todos os telefones têm câmara fotográfica. Naturalmente, que as tradicionais com necessidade de revelação,essas acabam por ficar obsoletas. No entanto, ainda se fazem.
Crônica muito interessante esta que aqui nos traz.
Gostei de ler.
Votos de um bom domingo.
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Tais, impossível é um documento gráfico que permanece vivo e que o tempo não altera. O que sim muda é a técnica e o modo de conservação. Estão o tempo alterava a qualidade da aimagem hoje o risco está em perder aquilo que a memória armazena. O control deixou de ser o mesmo.
ResponderExcluirExcelentes documentos, os que trazes como exemplo e que todos temos presentes na nossa memória.
Bom trabalho!!!
Grande abraço de vida
Nunca tive o prazer e nem a necessidade, diga-se, de manusear uma câmara fotográfica profissional, mas sempre adorei reter para a posteridade os breves instantes que marcaram uma data, um acontecimento, um encontro de amigas.
ResponderExcluirTudo muito antes da era tecnológica que trouxe até as nossas mãos os aparelhos que permitem fotografar tudo e mais alguma coisa.
Gosto de fotografar e a prova são os vários álbuns de fotografias que tenho da minha juventude e, mais tarde, da vida dos meus filhos.
O telemóvel só entrou na minha vida a partir de 1998 e era somente para receber e fazer chamadas. Só muito mais tarde tive um telefone 'inteligente'.
Curiosamente, criei há uns anos uma rubriga dedicada à Fotografia e Fotógrafos famosos, com o titulo "A Arte do Olhar". Escolhi para a primeira publicação justamente o fotógrafo Sebastião Salgado. Dele apenas expus uma foto, mas deixei um link a encaminhar os meus leitores para a sua exposição.
Se a amiga Taís tiver curiosidade pode aceder por este link:
https://francis-janita.blogspot.com/2019/08/a-arte-do-olhar-1.html
Relativamente ao fotógrafo que se suicidou não creio que alguém fosse capaz de assistir a uma cena destas e não ter dado à criança um pouco de leite ou outro alimento. Pelo que gostaria de acreditar terem sido outros os motivos que o levaram a terminar com a vida e não os remorsos. Remorsos deveriam ter as pessoas que tudo fazem para denegrir os demais. E mais ainda quem 'faz' a guerra e dá azo à morte do seu povo, por inacção.
Um grande beijinho e muita saúde.
É verdade, Taís!
ResponderExcluirAs fotografias guardadas nos álbuns vão ser expostas em museu de família, se não tiver, poucos querem guardar álbuns antigos!
A nova geração é da época moderna( digital).
Amiga, Desejo-lhe uma ótima tarde e feliz semana.
Beijinhos
Tais, sempre tive um amor especial pela fotografia. É certo que, na juventude, nós nos ligávamos na família e as fotos geralmente registravam situações e momentos especiais. Mais tarde, me apaixonei por paisagens, por detalhes, por situações incomuns. E tive várias câmeras, até chegar a uma profissional. O trabalho de grande fotógrafos acompanhava sensibilizada, encantada... e todos os adjetivos que se possa atribuir à arte deles. Essas que você nos trouxe são marcantes e fiquei chocada com o suicídio de Kevin Carter. Essa exposição nas mídias que mencionou é extremamente perigosa e de efeitos devastadores, mas se pode obter lindas fotos com o celular, sem foco em pessoas. Infelizmente, o que não se pode é andar pelas ruas com um equipamento fotográfico, sequer usar o celular na maioria dos lugares, porque, certamente, serão furtados. Não creio que a fotografia tradicional acabe, porque é arte ainda abraçada por muitos. Uma postagem que adorei ler. Bjs.
ResponderExcluirOLÁ TAÍS
ResponderExcluirpoderia dizer o mesmo...alguns dos meus álbuns poderão fazer parte de museus. Hoje é um cerimonial folhear um álbum, ver fotos da juventude, casamentos da família, festas... Verdade, cá os tenho mas ninguém quer saber...a luta é inglória!
A fotografia está no seu final. Pois... infelizmente
A vaidade humana não tem limites, mas eu posto fotos das minhas viagens não por vaidade, mas sim para partilha às pessoas que não viajam e assim podem conhecer outros locais do mundo que eu já conheci
ao fim de 3 meses e meio regresso aqui:
http://momentos-perfeitos.blogspot.com/
Beijos e uma excelente semana
Boa noite de domingo, querida amiga Taís!
ResponderExcluirTenho um filho que gosta de fotos como eu. Os outros, não.
Um belo dia, a filha começou a me perguntar se eu tinha foto dela na faculdade. E assim foi me pedindo, pedindo... Entendeu como é importante fotografar.
Sempre gostei e gosto de memórias, sem elas, a nossa falha para um monte de emoções que vivemos em momentos lindos da vida.
Gosto muito do jeito da Chica, ela tira foto de tudo e nos mostra. Não tem medo de nada, porque quem não deve não teme.
As fotos que você mostrou são inesquecíveis... Emocionam.
Muito bom seu post e vamos seguindo tirando nossas fotos para os descendentes saberem de onde vieram e como viveram.
Pessoas de má índole existem com ou sem fotos.
Nada como a consciência reta.
Deus tudo vê e nos protege de gente perversa.
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos com carinho fraterno
😘🕊️💙💐
Nunca fiz uma selfie.
ResponderExcluirTirar uma fotografia a mim próprio???
Para quê???
Gostava de saber fotografar bem.
Beijo, boa semana
The girl and the vulture photo is heart wrenching.
ResponderExcluirHave a great week ahead!
Obrigadão pelo carinho,Roselia. Adoro mesmo clicar, mas detesto ser clicada,rs...Paradoxos,r...bjs
ResponderExcluirAlgunas de estas fotos, son una gran denuncia. Es una injusticia lo que se ve en estas imágenes.mucha solidaridad, se debe de imponer entre los distintos países, para que no ocurra de nuevo otra cosa igual, como lo que se puede ver, en algunas de estas fotos.
ResponderExcluirQue tengas una buena semana. Besos.
Dearest Taís,
ResponderExcluirOh those SELFIES from the instant gratification generation and all about ME, ME, ME.
Hate them and what will they have to look at once reached old age; IF ever.
Both of us like my own invention; the WeFie. At least that includes your other half and embraces him/her.
Never will manage, nor perfect taking a selfie... NO DESIRE.
History so far has been delivered to us via professional photographs. Artists that manage to capture the moment, the raw emotions of the moment!
Great writing.
Hugs,
Mariette
Eu amo fotografia, tenho vários álbuns, mas não tenho mais conseguido, como antigamente, tê-los, a não ser de momentos mais significativos, como nos meus 70 anos.
ResponderExcluirConheço o trabalho de Sebastião Salgado e é realmente é maravilhoso.
Bjssss Bom dia
Yo no conservo muchas fotos en papel y menos propias ya que cuando mas me hice fue durante el servicio militar pero muchas de ellas me las cogieron familiares. Una de cuando era bebe la pude conseguir a la muerte de mis padres la que la conservaban.
ResponderExcluirSaludos.
A tecnologia avança, mas o álbum ainda é um importante e valioso tesouro. Belo post Taís. Parabéns!
ResponderExcluirAbraços e uma ótima semana para ti e para os teus.
Furtado
Um prazer enorme ler este post! Sou uma admiradora de Sebastião Salgado e de sua esposa. Também já o inclui no meu blogue. Beijo
ResponderExcluirOlá Taís, boa noite:) bela crónica com
ResponderExcluirreflexão muito a propósito do que se passa nos dias de hoje, a grande moda de as pessoas adorarem olharem para elas próprias,
além das fotos selfies, existe
até durante uma correria em que filmam imagens por detrás do seu rosto que fica sempre em primeiro plano, e cuja boca vai comentando, isso é uma selfie corrida?! ou algo do género?
não sei o que diga, só penso que a indústria irá em breve possibilitar outro tipo de equipamento para que as pessoas deem resposta ao seu desejo de brilhar e se imortalizar no espaço e no tempo, mas não sabemos ainda o que será!
mas irá chegar... há sempre novidades,
as nossas fotos, guardemo-las, mas nada garante que não irão para algum canto menos apropriado para essas nossas queridas memórias,
entretanto aproveitemos a alegria que nos dão!
beijinhos amiga, boa semana
Great history with good writing. I followed your blog now. Thx
ResponderExcluirBom dia, Tais
ResponderExcluirÓtima postagem, gosto muito de fotos, quando me aposentei, passei em cada setor para registrar os momentos com os funcionários e fiz um álbum. Tenho vários álbuns, recordar é viver. A selfie perfeita virou obsessão, o documentário "o dilema das redes" retrata bem esse assunto, não sei se você já assistiu. Um forte abraço.
Olá, amiga Tais,
ResponderExcluirCrónica muito interessante, onde se realça imagens reais, dos nossos tempos. Muitas delas dramáticas infelizmente.
Gostei muito.
Votos de uma excelente semana, com muita saúde.
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Taís!
ResponderExcluirSua crônica me fez muito refletir e estou a olhar meus álbuns da época em que as fotos eram preto e branco, nostálgico saber que um dia nossas lembranças não mais existem!🤔
Beijinhos e boa semana.
E...por falar em FOTOGRAFIA
ResponderExcluirregressei aqui ao fim de 4 meses
que estive ausente,
mas a minha paixão pela fotografia continua
Venha espreitar:
http://pensamentosimagens.blogspot.com/
Beijo da Tulipa
Bom dia, Taís! Mais nada eu poderia dizer para além de outra das suas encantadoras crónicas. Gostei muito!
ResponderExcluirMas, sempre escrevo qualquer coisita...
As fotos durante a minha longa vida têm tido diferentes interesses. Para começar, em casa dos meus pais só havia uma camara fotográfica e claro que quem a usava era o meu Pai. Resultado: temos uma só foto dos meus Pais com nós os cinco. Ao principio ainda iam ao fotografo para registar a família, mas os filhos iam vindo e com o mais novo já não temos...
Depois o meu Pai foi comprando maquinas mais modernas, mas das viagens o que lhe interessava eram paisagens e monumentos.
O meu Marido gostava imenso de nos fotografar, fazer slides, filmes e videos, mas uma vez mais acontece que como era quase sempre ele com a maquina, também não há muitas de nós todos os 7. ( aí talvez tenham feito falta as selfies...)
Uma vez na praça de S.Pedro, uma senhora pediu-me: " pode tirar-me uma selfie para as minhas amigas verem que eu estive aqui'" ...
Quanto ao armazenamento de fotos: nós os dois dedicávamos muito tempo a organizar albuns e depois de o meu Marido falecer dediquei-me (e durante muiiiitos dias) a digitalizar slides (cerca de 3000) e negativos (cerca de 9000). Pode crer que não estou a exagerar. E tenho tudo organizado no computador em pastas por anos, por nomes de filhos e netos, por festas mais importantes, etc.
Como passo muito tempo com isto, e porque a memoria não me vai falhando muito, basta um dos filhos ou netos querer relembrar como era a sua primeira bicicleta, "sai" logo para o whatsapp as bicicletas da família...
E com esta recordações vou vivendo...
Beijos Taís
<Mais uma Crónica que, além da qualidade de escrita, foca um tema interessante e actual, com fotografias marcantes.
ResponderExcluirAdmiro muito Sebastião Delgado, de quem já vi várias Exposições.
Quanto à exposição de fotos nas redes sociais, pasmo como pessoas instruídas , inteligentes e algumas com actividades premiadas internacionalmente colocam fotografias actuais das suas crianças !!
E estou perfeitamente à vontade, porque coloco muitas minhas , mas sou adulta - assim como as pessoas com que estou e que me deram permissão para a publicação.
Minha querida amiga, desejo bom resto de semana e deixo carinhoso abraço.
Crônica fantástica sobre um tema atual, já que pipocam nas redes sociais todo tipo de fotografia , desde os famosos selfies. E sobre estes, a obsessão pela imagem perfeita. Conheço pessoas que fazem mil selfies, para "salvar" somente uma, apenas, tal a busca pela perfeição desejada. Que lástima!!!
ResponderExcluirSempre fui apaixonada por fotografia, e tanto é que tenho em minha sala de visitas um aparador repleto de porta-retratos , com fotos antigas e atuais, familiares e de amigos, que chama bastante atenção afinal , estão ali, sem precisar do celular e suas milhares de fotos perdidas umas entre as outras.
Serei repetitiva, Taís: sua escrita possui uma qualidade incrível. Parabéns pelos temas abordados. Te admiro, muito, muito bom , lê-la.
Grande abraço, amiga.
Vizinha / Escritora, Taís Luso !
ResponderExcluirO que diria Joseph Niepce ( Frances ), a respeito dos primeiros estudos,
que vieram possibilitar a fotografia ? Não sei mas, certamente, não
entenderia mais nada... E a evolução não vai parar por aqui. Muitas
novidades a caminho. Que se dane a Arte, dirão alguns. Eu digo: Que
saudade das fotos tradicionaismas, mas palmas para as atuais, sob o ponto
de vista da praticidade.
Parabéns, pelo belíssimot exto, Amiga !
Um ótimo final de semana, e um fraternal abraço !
Sinval.
Disculpa la tardanza, amiga Taís, el jardín en este mes de agosto me tiene bastante ocupado. Estamos viviendo unos momentos de sequía como hacía muchos años no se daba. Ya hay restricciones de agua por media España y encima faltaban los incendios. De esa agua que no para de caer en Brasil nos vendría muy bien un poco de ella. Las cosechas se están perdiendo casi todas.
ResponderExcluirTiene toda la razón del mundo el gran fotógrafo Salgado. Como la fotografía a papel no existe otra, se puede tocar, acariciar e incluso besar. Yo no llego a entender lo de los selfis en la gente joven y máxime si para realizarlo exponen sus vidas, es de locos. Las fotos con el teléfono móvil no las veo mal, pero para determinados momentos y ocasiones. Con el tiempo seguramente desaparecerán las cámaras, pero será un gran error.
Un fuerte abrazo amiga Taís y buen fin de semana.
Olá, querida Taís
ResponderExcluirO mundo mudou e as mudanças trazem novas mudanças de uma
forma estonteante. No campo das fotografias, com os telemóveis
é o que sabemos, todos temos à nossa disposição equipamento
para registar tudo e mais alguma coisa. Há pessoas que têm grande
jeito na captação de imagens, eu considero-me completamente
incapaz. Na hora de focar fica tudo tremido.
Penso que a Fotografia como arte terá alguns nichos de sobrevivência,
muitos apaixonados por todo esse processo que eu considero fantástico.
No geral, com as facilidades que há hoje em dia, os álbuns poderão
sobreviver se tivermos interesse em imprimir algumas das fotos que
tiramos em momentos especiais. Se assim não for, teremos
de ter o cuidado de organizar tudo em álbuns virtuais.
Admiro imenso o Fotógrafo Sebastião Salgado. Com a sua objectiva
tem registado momentos de grande relevância mundial, dando a conhecer
o que antes não era suspeitado sequer.
Grande Crónica esta, minha amiga.
Adorei.
Beijinhos
Olinda
Olá, amiga Tais,
ResponderExcluirPassando por aqui, relendo este excelente crónica que muito gostei, e desejar um feliz fim de semana, com muita saúde.
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Fotos emblemáticas! Não conhecia suas histórias. Uma pena que hoje em dia a fotografia esteja tão banalizada!
ResponderExcluirAbraços, bom final de semana!
E de então para cá, desde Genesis, a área do planeta ainda intocada pelo Homem, já se reduziu para 25%. Por isso as alterações climáticas estão... como estão! Em marcha a todo o vapor!
ResponderExcluirAdoro o trabalho de Salgado! Quanto à essência primordial da fotografia, creio que se tende a perder... antes os momentos registados não eram encenados, tão aprofundadamente como agora... e depois há toda uma problemática, que envolve a existência de toda a sorte de filtros nos telemóveis, para quem não está à vontade em mostrar a sua aparência ao natural... e tudo o que estará por detrás de tal.
Depois o Photoshop... faz milagres nas fotos... eliminando todos os inconvenientes das mesmas, que os profissionais, manobram como ninguém, para obter produções dignas de Hollywood. Note-se que as imagens dos últimos anos, perderam todas as características naturais e puras, que estas imagens aqui nos mostram. Passando a realidade... a ser "encenada" de alguma forma!
Gosto imenso de fotografia... mas sou maçarica nas artes de alterações fotográficas... nem faço questão de aprender, confesso.
Quanto a selfies... não tenho a menor paciência... nem uso um smart-phone! Uso um stupid-phone que só atende chamadas, para evitar perder o meu tempo em cada saída, de cabeça baixa... actualizando... actualizando... e actualizando... resmas de solicitações para tudo e mais um par de botas, como vejo com todas as pessoas que conheço! Nasci antes da era destas tecnologias de ponta... que nos mostram cada vez mais um mundo sem ponta por onde se lhe pegue. E sinceramente, não me desejo esquecer da versão anterior!... Além de que os meus olhos e pescoço, agradecem serem poupados, em cada incursão pelo mundo exterior... sem estar permanentemente inclinada a olhar para um ecrã, em qualquer momento da minha vida.
Adorei a temática desta excelente crónica, sobre a fotografia... uma área que aprecio imenso!
Um beijinho! Votos de continuação de uma feliz semana, Tais!
Ana
Querida Taís,Como você eu sou muito emotiva com fotografias. Minha casa é um museu de fotografias e álbuns também. Para todo lugar que viajava, sempre levava rolos e rolos de filme. E sempre trocava de máquina, pois davam problemas, pagava consertos, achava melhor comprar outra. Exemplo mais triste? Na vez em que fui à Grécia, levei 14 rolos e tinha que economizar, pois a revelação era cara... quando mandei revelar, descobri que tinha entrado luz na câmera, perdi a maioria das fotos. Agora com o smartphone é fácil, você exclui na hora a foto que não gostou. Antes demorava até meses para vermos uma foto! Mas eu sempre separo as melhores fotos de vez em quando para impressão. Não confio no virtual. Essa geração não sabe pelo que passamos!
ResponderExcluirSabia que ontem, 19 de agosto, foi Dia Mundial a Fotografia?Falando em mundial, eu fiquei chocada na época dessa foto da Praça da Paz Celestial, chorei muito. As fotos da África são sinistras. Nem quero comentar.
Sobre o pau de selfie, a última que soube foi a de uma mulher que estava tentando usar, caiu e morreu. É realmente uma invenção meio "estranha". Ainda bem que meu filho não liga para redes sociais. Ele não gosta de postar nem de fotografar. Ainda bem. Será que isso é alguma "doença reversa"?
*** Está havendo uma mostra interativa do Sebastião Salgado aqui no Rio que vai ficar até 2023.
Um beijinho,bom domingo