Foram montanhas? foram mares?foram números...? – não sei.Por muitas coisas singulares,não te encontrei.
E te esperava, e te chamava,e entre os caminhos me perdi.Foi nuvem negra? maré brava?E era por ti!
As mãos que trago, as mãos são estas.Elas sozinhas te dirãose vem de mortes ou de festasmeu coração.
Tal como sou, não te convidoa ires para onde eu for.
Tudo que tenho é haver sofridopelo meu sonho, alto e perdido,– e o encantamento arrependidodo meu amor.
____________________________
CECÍLIA MEIRELES apareceu no mundo literário do nosso país no ano de 1922,
com publicações nas revistas Árvore Nova, Terra de Sol e Festa, no período de 1919 a 1927, nos quais escritores católicos defendiam a renovação das letras brasileiras na base do equilíbrio e do pensamento filosófico. O aparecimento da poetisa deu-se, portanto, por coincidência, na época em que eclodia o movimento modernista (1922), no qual os escritores nele envolvidos representavam uma outra tendência.A premiação em 1938, pela Academia Brasileira de Letras, de Viagem, significou o reconhecimento de um empenho monacal no estudo de nossa tradição literária e na assimilação dos recursos expressivos da arte verbal. Com esse livro ingressava Cecília Meireles na primeira linha dos poetas brasileiros, ao mesmo tempo que se distinguia como a única figura universalizante do movimento modernista.Poema Canção a caminho do céu, de Cecília Meireles (In Meireles, Cecília. Flor de poemas. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1972, p. 93):
2 de fevereiro de 2010
CECÍLIA MEIRELES - CANÇÃO A CAMINHO DO CÉU
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito obrigada pelo seu comentário
Abraços a todos
Taís