- Taís Luso
Sou
de uma geração que aprendeu
a ler através dos Gibis, as crianças encontravam-se nas bancas de
revistas para verem as novidades do mês. Era um forte estímulo para iniciação à leitura. Fomos crescendo, entramos na adolescência e daí em diante fomos aprimorando nosso gosto pela leitura de livros. Mesmo em plena idade tumultuada, idade das contradições, o adolescente não lê o que não quer; ele sempre vai escolher. É seu direito.
Lembro da época, tanto eu como minhas colegas de aula, perdemos
um pouco desse hábito devido aos livros que a escola oferecia como
padrão para fazermos as resenhas; não queríamos os autores do Romantismo Brasileiro; não queríamos
ler por obrigação, queríamos a liberdade
de escolha. Queríamos os autores mais modernos e de acordo com nosso
espírito, com nosso momento.
Caberia, à escola, então, analisar as preferências de seus alunos. Mas tudo continuou no mesmo tranco. Então, como boa adolescente, indignei-me e levei para aula o livro ‘O Muro, de Sartre’; caminhava pra lá e pra cá provocando as freiras... coitadinhas. Mas, não durou muito aquela rebeldia, em pouco tempo fui parar na sala da Madre Superiora, e meus pais foram chamados à escola:
Caberia, à escola, então, analisar as preferências de seus alunos. Mas tudo continuou no mesmo tranco. Então, como boa adolescente, indignei-me e levei para aula o livro ‘O Muro, de Sartre’; caminhava pra lá e pra cá provocando as freiras... coitadinhas. Mas, não durou muito aquela rebeldia, em pouco tempo fui parar na sala da Madre Superiora, e meus pais foram chamados à escola:
-
Sua filha está muito rebelde, esse livro não é para sua idade!
Podia até não ser, mas consegui chamar atenção e dizer o que eu queria! Logo tudo ficou ajeitado, graças à
psicologia de meu pai. Mas foi por essa época que houve um desinteresse geral da parte dos alunos. Para tudo existe um momento certo, e aquele não era o momento de
assimilarmos aqueles autores do período do Romantismo. Nós, alunos (colégio misto) conversávamos sobre o que queríamos que fosse dado em aula.
A
escola é a mola mestra; é através dela que trabalhamos nossos ideais. E cabe
aos pais ajudarem, também, a formar o
hábito nas cabecinhas dos filhos; manter o elo, dar continuidade,
estimular. Mas nunca impor!
Se
ficarmos pensando que os
livros são caros, que
as famílias têm outras prioridades, bem... então nada feito! Mas não é bem assim, livro não é caro! Muitos livros são doados e há bibliotecas nos colégios. Dezenas de livros juntos custam muito menos do que um Smartphone! Você conhece alguém sem Smartphone? Mas para os que não procuram a leitura há várias desculpas, e a primeira é dizer que livro é caro.
Certa
vez, ainda criança, ganhei um Bambolê...
Meu pai não gostava daquele negócio e me propôs uma troca: “vamos
numa livraria e você escolhe os livros que quiser, mas largue esta
geringonça horrorosa”. E aceitei a proposta. Comprei vários livros de minha escolha.
A cultura é primordial para o desenvolvimento de um
povo. É
lendo que se cresce, que se conquista os espaços. O povo, através de sua
cultura, de seu trabalho,
de sua educação é que ajuda a construir uma Nação forte.
Sei
que hoje é mais difícil formar este hábito com tanta tecnologia ao alcance; as redes sociais dominam a juventude, e os péssimos programas que os canais de televisão apresentam deseducam, emburrecem nossas crianças e jovens, pois só visam lucro.
Não se deve oferecer para um povo o que ele quer, mas o que ele precisa para evoluir!
Não se deve oferecer para um povo o que ele quer, mas o que ele precisa para evoluir!
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Boa noite de paz, querida amiga Taís!
ResponderExcluirHoje finalizando minhas leituras virtuais, encontro aqui algo substancioso, como sempre.
Ler foi e é minha praia e meu mundo mágico onde me afogava no silêncio e criava e crio paz inteior. Ler é um mundo de paz para mim sobretudo porque escolho o que leio.
Não fui interesada em gibis, honestamente falando.
Ganhei meus primeiros livros já no estilo clássico do padrinho e fui por este caminho no colégio de freiras também,como você, amiga.
Em outra ordem de coisas, mudei meu estilo para o espiritual durante muitos anos, mas os romances com finais felizes nunca deixaram de existir em meu coração e nas leituras. Os clássicos todos eu li enquanto me preparava para o vertibular
Bem, não é o número de livros que lemos e sim a qualidade.
Tevê é fardo muitas vezes... ler é enriquecimento.
Temos a leitura também em comum.
Tenha dias felizes, amiga!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Tínhamos 10 anos e o então padre Abílio Queirós (deixou o sacerdócio poucos anos depois) entrou na sala com o calhamaço As Maravilhosas Viagens de Nils Holgerson (mais de 800 páginas).
ResponderExcluirEra a primeira aula de Português e o padre Queirós era o mestre.
E disse-nos:
É para vocês lerem.
Espanto geral na sala.
E ele continuou:
Todos!
Mais exclamações na sala.
E ele terminou:
No primeiro semestre nos intervalos de outras actividades.
Será coincidência todos termos lido e todos continuarmos a gostar de ler??
Beijo
Entendi você Pedro, mas cada um tem sua história, com certeza todos gostaram do livro oferecido pelo professor de sua turma!
ExcluirNa minha turma, todos alunos queriam escolher seus autores. Se acontecesse hoje, eu teria a mesma opinião, a mesma reação, bem mais 'democrático' os alunos poderem escolher o que querem ler.
Beijo, Pedro.
Que hermosa es la lectura, ella te llevan donde tu elijas, según el autor y el tema, que no nos falte un libro en la mano para viajar a través del tiempo y a cualquier lugar sin movernos.
ResponderExcluirFeliz día Tais.
Besos
E a leitura será sempre uma boa opção!!! Bj
ResponderExcluirQuerida Taís
ResponderExcluirFiquei muito feliz com a sua visita ao meu Blog e com as palavras que me deixou.
O seu é óptimo.Uma senhora dedicada às artes, com uma alma plena de sensibilidade, traz-nos um artigo deveras formador e interessante.
Também passei pelo memo, quando estudante e agora, vejo a minha neta mais velha a ter de ler milhares de páginas a cada ano, sem que essa seja a sua leitura preferida.
O seu texto é uma chamada de atenção para que se crie o hábito da leitura e, ao mesmo tempo, faz reflectir para os problemas que lhe estão associados, devido à massiva disseminação dos meios tecnológicos de comunicação. Bem haja.
Parabéns.
Um abraço
Beatriz
Que legal teu depoimento,Taís! A leitura é adquirida desde que somos criancinhas...Estimular boas leituras é preciso> Ando vendo no colégio,que as leituras impostas são realmente um problema. Afastam as crianças da vontade que tanto tinham de ler. Deveria ,ao meu ver, ser escolhas livres.Bastaria selecionar um autor ou gênero literário e a escolha seria feita. Mas... Gostei de te ler! beijos, chica
ResponderExcluirGostei da leitura, obrigada.
ResponderExcluirHOJE, DO NOSSO GIL ANTÓNIO :- flor nascida em fenda de rochedo .
Bjos
Votos de uma óptima Quinta - Feira
Oi,bom dia Tais.
ResponderExcluirFeliz em recebê-la em meu cantinho virtual.
D
Quanto a gente se distancia muito dos outros, inclusive dos que são próximos.
Mas estou aqui vistando seu cantinho que por sinal é lindo.
LER é navegar sem sair do lugar.
Despertei o prazer pela leitura através dos gibis, histórias em quadrinhos, contos.
Sou professor do ensino fundamental. E sofro muito com a falta do prazer pela leitura esquecida pelos alunos. E como está fazendo falta isso na escola, na vida dessas crianças. Preferem os Smartfones e seus jogos.
Uma pena.
Mas ainda há sinais do prazer pela leitura na escola.
Um abraço.
Volte sempre.
Taís,
ResponderExcluirclara como nascente viçosa, você resenhou perfeitamente os fatos passados e presentes neste cenário tão conhecido e muitas das vezes tão esquecido pela sociedade em geral. Hábito é estímulo, sedução e regularidade, principalmente quando relacionado aos gostos e posturas.
Tive experiências semelhantes e, acho que, toda nossa geração viveu as mesmas agruras na disciplina de português.
De umas décadas pra cá aconteceram boas mudanças mas, ainda não suficientes pra que formemos gerações de leitores ávidos. Seguimos no intento. Avante!
Bjkas,
Calu
Gostei muito de tudo que escreveu e recordei o tempo que líamos os Gibis...
ResponderExcluirA leitura tem que ser estimulada até que se forme um hábito.
Um abraço.
Élys
Bom dia, Taís
ResponderExcluirGostei do seu texto.
Eu estudava, assim como você, em colégio de freiras.
Certo dia, levei para a sala de aula o meu diario.
A freira leu tudinho e depois veio me dar uma bronca pelo que escrevi.
Foi uma confusão danada...afff
Adorava ler Luluzinha e Bolinha...rs
Gosto muito de ler.
Viajo sem sair de casa.
Um carinhoso abraço de
Verena.
Boa tarde Tais,
ResponderExcluirUm texto magnífico sobre o hábito de ler.
Em Portugal no tempo do fascismo os livros não estavam ao alcance
de todos.
Nessa época a Fundação Calouste Gulbenkian teve durante muitos anos uma ação primordial nos hábitos de leitura dos portugueses percorrendo com suas bibliotecas itinerantes as aldeias e vilas de Portugal. Foi assim que a partir dos sete anos me iniciei na leitura. Hábito que muito prezo e sempre incuti nos meus filhos.
Atualmnete as crianças não lêem tanto, não há esse cultivo, porque as novas tecnologias se sobrepõem.
Termina o seu post com uma frase magistral. Absolutamente de acordo.
Um beijinho.
Ailime
Parabéns pela crônica, Taís. Todos temos nossas experiências com a leitura, sempre engrandecedoras. As suas são, muito.
ResponderExcluirEm Portugal, nos anos 60/70 do século passado, havia uma biblioteca itinerante (da Fundação Gulbenkian) que emprestava livros. Passava pelas aldeias creio que 1 vez por mês e a oferta era "filtrada" pela ditadura. Ainda assim, a censura era ludibriada e os livros eram quase todos bons. Li quase tudo o que havia para ler (desde banda desenhada a autores clássicos) e foi daí que me veio o hábito e o gosto pela leitura. A escola praticamente nada fazia.
ResponderExcluirA sua crónica é muito interessante. E a última frase é lapidar (mas, quando usada em ditadura, pode ter consequências desastrosas...).
Taís, um bom resto de semana.
Beijo.
Querida Vizinha/Escritora. Taís Luso !
ResponderExcluirComo é sério este assunto!
A palavra chave, me parece, é "motivação".
Despertar a criança, desde cedo, adquirir
o hábito da leitura, é fundamental para formação
do leitor.
As bibliotecas escolares não são frequentadas
como deveriam ser. Em casa, os bons exemplos,
neste sentido, são raros.
Assim, fica muito difícil...
Parabéns pela abordagem, muito oportuna.
Um fraternal abraço !
Tais,
ResponderExcluirSou de 1962,
mas nunca ninguem da minha adolescencia
me ofereceu ou indicou um título sequer.
Minha mãe lia muito, mas era dela a leitura
de livros, revistas, fotonovelas e
livros de bolsos. Era tudo só dela como um segredo.
Mas na escola eu escolhia o que ler e
além dos livros obrigatórios eu
li tudo que me davam acesso.
Sou uma leitora compulsiva.
Li para meus dois filhos desde
o ventre até a juventude e
eles não herdaram meu amor
pela leitura. Em fim...
é um mistério esse assunto para
mim.
Adorei sua postagem bem como
adoro sua ousadia desde a tenra idade.
Bjins querida.
CatiahoAlc.
Olá, Cátia, sim, em casa eu lia o que queria, mas a minha briga era na escola, sempre fui rebelde com escolhas alheias; depois aluna e professora faziam as pazes, daí nascia até bons sentimentos. Mas estressava.
ExcluirBeijo, valeu querida.
¡Qué linda pintura, para un gran tema, Tais!
ResponderExcluirEn mi país constantemente se habla también de la necesidad de mayor posibilidad de lectura de los pequeños y los adolescentes. Me llena el gusto, la última frase de tu artículo.
Abrazo austral.
Tais, gostei muito desta crónica.
ResponderExcluirGostei da forma como abordaste o tema – hábitos de leitura/cultura - e como estruturaste o texto, passando das tuas memórias de leitora menina adolescente rebelde, para a cultura como factor de desenvolvimento de uma nação.
Gosto de ler. Ler aprende-se. Gostar de ler também se aprende.
Devo o gosto pela leitura à professora de português do meu ciclo preparatório (actuais 5º e 6º anos) e ao namorado, marido, pai dos meus filhos, seis anos mais velho que eu, leitor dos clássicos da literatura mundial, que me ofereceu “Por quem os sinos dobram”, de Ernest Hemingway, no meu 15º aniversário.
«Ler para viver.», como disse Gustave Flaubert.
Beijo, querida amiga.
Um livro nunca é caro se transmite algo positivo, e geralmente é assim
ResponderExcluirQuando era miudo recordo que saiu um romance por entregas, "Simplesmente Maria", e os meus pais aguardavam anciosos que chega-se a casa um novo capitulo. Isso cria habito e enriquece ao ser.
Um grande abraço
Oi Taís
ResponderExcluirVocê pode ser rebelde, quando estava na primeira série tinha que ler aquela cartilha Caminho Suave.Quando me formei professora mudei a tática da do be a ba(achava um horror.
Eu alfabetizava em 3 a 4 meses.
Gostei demais
Beijos
Lua Singular
Oi Tais, tudo que é forçado não legal, não fascina, não desperta curiosidade.
ResponderExcluirOs livros que li na escola não foram inesquecíveis, mas outros que ganhei, talvez mais adequados à minha idade me marcaram profundamente. Sem contar os gibis, palavras cruzadas, romances de bolso, fotonovelas...amava ler, tudo!
Os livros são caros? É muito relativo e nem sempre bibliotecas tem o que gostaríamos de ler e aí de certa forma é como nos tempos de escola, não é escolha própria.
Adorei seu texto, o modo como escreve rende uma leitura muito agradável, parabéns!
Abraço!
Querida Tais, estava à espera de mais uma aulinha, tentando assim aprender algo mais, por exemplo 0 comer uma laranja num restaurante chic; manda a chiquesa que seja comida de faca e garfo o que se torna uma tarefa bastante árdua Não veio a aula, mas sim um tema que também tem a sua dificuladade. Torna-se um suplício convencer uma criança ou um adolescente a trocar o conforto de smartpfone e os auscultadores do ouvido por um livro grande, muitas vezes com um cheirinho a mofo e com o trabalho imenso de ter de mudar constantemente a folha; muito custoso e desinteressante, Sempre goste de ler, Tais e sou do tempo em que, à minha aldeia, vinha uma vez por mês uma biblioteca ambulante ( uma combi ), parava junto a uma escola e iamos lá requisitar livros que seriam devolvidos na volta da carrinha, Quando estudava no colégio de freiras, havia uma biblioteca e mediante uma quantia simbólica, ppdiamosl er os livros que quisessemos, não tendo estes nada a ver com os obrigatorios na aula de Português. Sou de letras, como já sabes e fui obrigada a ler muitos dos clássicos e a leitura era feita de tal maneira completa que durante muitos anos não os podia ver à minha frente. Felizmente agora já não é assim; continua a haver certos autores obrigatórios, mas a leitura já não é feita com tanta exigência e isso faz com que os alunos os leiam com mais gosto. Na minha casa há livros po toda a parte e não faço questão de os ter todos bem arrumadinhos na estante; tenho alguns na sala à espera de tempo para os começar a ler, colocados em cima da mesinha da sala de estar. Os meus filhos sempre leram , mas agora, com os filhos leem muito menos, porque estão mais ocupados.Os tempos são outros e a facilidade em obter os livros é enorme, mas , apesar disso, lê-se muito menos o que é pena, Como vês pelos comentários não sou a única que ganhou o gosto pela leitura graças às bibiotecas ambulantes que percorriam o país, levando o livro às regiões menos desenvolvidas. Amiga, obrigada por esta aulinha que não ensina boas maneiras à mesa, mas que nos aconselha a alimentar bem a mente com o melhor dos alimentos, O LIVRO, Beijinhos e boa noite
ResponderExcluirEmilia
Gracias por tu post, me gusta.
ResponderExcluirBuen fin de semana
Taís:
ResponderExcluir¿por qué a unos les gusta leer y a otros no? Hay una campaña publicitaria que siempre se repite y que siempre dice "si los padres leen, los hijos leen". ¡No estoy de acuerdo! Tanto mi mujer como yo leemos mucho, y mi hijo mayor lee bastante; mi hijo mediano lee en ocasiones, pero el pequeño no lee nunca. Y les contábamos cuentos de pequeños, siempre ha habido libros en casa, nunca hemos escatimado dinero para libros, pero los resultados no son los esperados.
En cuanto a las lecturas, no creo que haya libros "inadecuados". Si un niño, voluntariamente abre un libro y se lo lee, no cabe duda de que es "adecuado".
Beijos e abraços.
Lamento mucho no poder expresarme en portugués, pero estoy aprendiendo a leerlo. Muchas veces, con tus entradas, sólo tengo que ir al diccionario a buscar dos o tres palabras. Las demás puedo comprenderlas.
Bom dia querida Taís
ResponderExcluirLeitura é um hábito saudável quê todos os pais deveriam deste cedo estimular seus filhos. Minha filha ama ler. Tenho uma estante repleta de livros,faz coleções, mas tudo do gosto dela. Eu amo romance e livros espíritas. Meus pequenos aqui em casa ficam ligados e quietos rsrs,ao eu ler histórias para eles, incentivando assim o hábito da leitura. Mas livros imposto seja por educadores não acho algo legal. Concordo com você deveria ser livre. Cada qual pudesse escolher o livro do seu agrado. Um feliz final de semana. Grande abraço. Lembrança ao Pedro.
Querida Taís
ResponderExcluirUm texto muito oportuno, agora (e sempre) que se volta de novo para o problema que é habituar as crianças e adolescentes a lerem. Tudo o que nos rodeia estimula noutros sentidos, com as tecnologias a roubar muito do espaço que seria de dedicar à leitura. Diz, e bem, muita dessa problemática deveria ser direccionada para o prazer da leitura na base de escolhas pessoais, especialmente, quando o jovem já tivesse capacidade para o fazer. Isto no que se refere ao lazer. Em relação aos curricula escolares penso que o caminho certo estará nas opções lógicas de autores considerados grandes construtores das várias fases por que tem passado a Literatura, tendo em conta a História da Literatura, integrante da própria Historia Universal.
Minha amiga, este seu texto ajudou-me imenso numa pequena reflexão que estou a tentar levar a cabo juntamente com alguns amigos. Obrigada.
Beijinhos
Olinda
Olá, querida Olinda, sim, e o que falo nessa postagem é referente às crianças e adolescentes, a 'iniciação' à leitura, fazer com que crianças e jovenzinhos peguem o gosto e o hábito - hoje é mais difícil, tem os Smartfones na concorrência...
ExcluirCom mais idade as coisas vão mudando, vamos lapidando nosso gosto por outro tipo de literatura, mais abrangente, mais sofisticado e partimos para os clássicos universais.
O que eu quis ressaltar, é iniciar com o 'que' e no momento certo.
Beijinho, amiga.
El leer algo obligatoriamente en ocasiones es perjudicial para adquirir el habito de la lectura tal como nos dices.
ResponderExcluirSaludos.
Minha querida Amiga Tais, que crónica boa, esta que escreveu. Gostei e concordo com o que diz. Eu não conheço nenhum amigo que me faça mais companhia que um bom livro. Hoje os jovens têm demasiadas solicitações e muitos deles recusam-se a pegar nos livros. O seu testemunho é muito interessante.
ResponderExcluirUm bom fim de semana.
Um beijo.
Ya desde muy niña me aficioné a la lectura, luego de joven seguí con la misma pasión. ahora mis múltiples obligaciones me hace leer menos.
ResponderExcluirBesos
Verdade!
ResponderExcluirGraças a Deus, minha mãe me ensinou a gostar de ler. Ela lia estorinhas para mim na hora do almoço - ou eu não comia... pensando bem... acho que vou contar essa história em uma crônica!
Adorei seu texto.
Na minha juventude ia sempre para biblioteca e gostava de ler principalmente livros de história. Hoje em dia só comprarei livros escritos em português ,mas o interesso para livros de história ficou.
ResponderExcluirBeijos
Sou um leitor compulsivo e a pior coisa que se pode fazer a um jovem é obrigá-lo a ler determinadas obras.
ResponderExcluirUm abraço e um bom fim-de-semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Tais falando de hábitos de leitura, não será descabido dizer, que o Smartphone jamais poderá impedir a leitura em suporte de papel. Cultivar o salutar gosto da leitura, poderá e deverá conviver bem com os suportes da modernidade.
ResponderExcluirO post é importante, porquanto é um modo de apelar à leitura.
Como a cultura é tudo o que se aprende, finda a escola. Se pesarmos bem nesta realidade, e sendo a leitura o maior suporte cultural, vemos quão importante é cultivar hábitos de leitura.
bjs
Olá Taís!
ResponderExcluirUm bom domingo para vocês.
Interessante que venho da sala de nosso amigo Pedro e lá estava a ler sobre Cruz e Souza, então comentei com ele sobre a influencia que tive de uma freira, Irmã Elizabeth no Colégio Nossa Senhora das Dores em Itabira, no ano de sua abertura para os meninos, ela tinha a capacidade de nos envolver nos livros indicados e fazia uma resenha justa para nos atrair. Sua cronica reforça minha admiração à ela.O habito de ler é o alimento mais saboroso que uso.
Meu terno abraço amiga.
Beijo de paz.
Em Portugal,um dos programas que se encontram em marcha (lenta) é o designado Plano Nacional de Leitura que, como não podia deixar de ser, na linha da musculada politização do sistema educativo, tem sido orientado de acordo com um feroz e inapelável centralismo burocrático, que a ninguém tem permitido um mínimo de discernimento intelectual, na busca de caminhos e soluções que possam visar objectivos claros e atinentes.
ResponderExcluirO seu texto é excelente, porque, para além de ser pedagógico e informativo, apela para a insubstituível importância da leitura. Quem lê, para além de demonstrar curiosidade intelectual, abre a mente a novas ideias e conceitos, satisfazendo de forma saudável e marcadamente abrangente o seu desejo natural de saber mais, na longa e estruturante caminhada que redimensiona e enriquece a sua inteligência.
E, claro, é de pequenino que se torce o pepino (destino).
Beijos.
Tais,
ResponderExcluirexcelente a sua crónica, de grande actualidade e oportunidade
na realidade é urgente que as pessoas mais lúcidas façam alguma coisa (e bater assunto é fazer bastante) para restaurar o prazer da leitura.
junto a minha à sua voz, amiga. grato
beijo
"debater" em vez de "bater" , assim se deve ler...
ResponderExcluirBoa noite querida
ResponderExcluirTambém tive a iniciação da leitura pelos gibis, mas fiquei mais tempo do que o necessário com revistas, pois também não gostava das leituras escolares e meus pais não eram adeptos à literatura. Porém, tinha uma amiga que começou a emprestar outros livros e aos poucos fui me interessando. Hoje, como cita, é mais difícil instalar o hábito de leitura nos jovens, mas eu compro com frequência livros de histórias para a minha neta. Bjs
Boa noite, tua cronica é perfeita, apesar que eu sou um caso a parte, gibis em casa nem pensar, não tínhamos dinheiro na nossa mão, eu adorava ler , era curiosa, o que caísse nas mãos lia, o que a escola mandava e os que tinha em casa, em casa tinha 5 livros de José de Alencar li todos aos 12 anos, mamãe lia muito, mas não incentivava, deixava que optássemos . Hoje em dia é difícil, qualquer um apreciar uma boa leitura. Uma pena. bjos
ResponderExcluirUm bambolê por livros? Seu pai foi muito cuidadoso com a sua educação, querida Taís! Não perdeu tempo. Seus textos são maravilhosos...
ResponderExcluirBeijo
Olá Taís!
ResponderExcluirAo começar a leitura da sua crónica logo tive de ir ver o que eram "Gibis".
No tempo da minha infância havia as chamadas revistas de quadradinhos (as histórias iam sendo contadas aos poucos todas as semanas)
Mas então já para os meus filhos começaram a aparecer as revistas brasileiras (Bolinhas, Lulizinha, Tio Patinhas...) que com historias inteiras os deliciavam. Nós Pais preocupávamo-nos com o facto de eles quase só com os desenhos perceberem as histórias... Hoje fico muito satisfeita quando o meu neto mais novo "pega" nessas revistas do Pai e Tios... Pois infelizmente o Smartphone quase não lhe sai das mãos!(excepto quando está em casa dos Avós...)
Ler é e será sempre a ferramenta mais útil para o desenvolvimento das crianças.
Boas semana Taís e beijos
Oi, Taís,
ResponderExcluirPois é, ler é um bom remédio para todos os males. Se não tive a influência de meus país para a leitura porque sabiam pouco de livros, e muito de trabalho, para a sobrevivência de todos, fui bafejado pela sorte. Tive no meu primeiro emprego aos 13 anos, três senhores, que me encaminharam para a leitura, para os estudos com seriedade e responsabilidade de pais. Não imagina a biblioteca de um deles, um ex-tenente do Corpo de Bombeiros. Foi deste que ouvi em voz alta o poema PUDICA, de Medeiros de Albuquerque. Aprendi muito com eles. Não imagina a alegria do mais jovem quando descobriu que a resenha do seu livro Sonetos da Bahia Antiga, publicado Revista da Bahia, tinha saído da minha pena.
Depois que nascemos... para continuar vivendo, é não abandonar a leitura, é ela que nos faz descobrir outros mundos...
E preciso dizer que é mais uma bela crônica?
Beijos, minha amiga!
Olá Taís, muito boa crônica, concordo com tudo! Tive a sorte de ter muitos livros na infância, uma pequena biblioteca na casa dos meus pais. Um grande abraço e obrigado pelo comentário no blog da Musa loyde.
ResponderExcluirQuando criança também fui fã dos gibis e cinema nas tardes domingueiras. Quando jovem, devido a situação financeira dos meus pais, senti a necessidade de estudar à noite para poder trabalhar durante o dia. Ingressei no ramo de livros e trabalhei em diversas editoras, como a Editora Delta, Médico Científica, José Olympio, Labor, Britânica, etc. Portanto, como todo bom vendedor tem que conhecer o produto que vende, desnecessário se faz dizer que fui e sou um leitor, até porquê, segundo o grande Monteiro Lobato falou: "O homem que lê vale mais". Bela crônica Taís! Parabéns!
ResponderExcluirBeijos e uma ótima semana para ti e para o0s teus.
Furtado
Punto primero que me sugiere su escrito: Los padres no somos los amigos de nuestos hijos, somos sus padres, como muy bien cuenta que hazía su padre. Somos nosotros los que tenemos el timón y la obligación de enseñarles a vivir, a pensar, a escoger lo mejor para su formación, a que conozcan lo que hay, los pros y contras. Luego ya elegirán por su cuenta, pero lo primero es informarles de lo que nosotros sabemos que les conviene. Si cuando se están formando los dejamos encerrarse sin salir en los temas oscuros o de una sexualidad enfermiza "para que elijan por ellos mismos", haremos lo peor para ellos. La sociedad nos lo demuestra a diario. Saludos
ResponderExcluirÓtima resenha sobre o ato de ler, o incentivo a leitura! Amo ler e esse gosto pela leitura começou com gibis, poesias e romances. Fazia coleção dos gibis da turma da Mônica, nas férias, era rodeada deles, de fotonovelas, aí que saudade! Era cliente assídua da biblioteca pública, tomando livros emprestados e os preferidos eram os de poesia, a turma do sítio do pica pau amarelo. Hoje em dia, as crianças, adolescentes e jovens não tem essa sede que tínhamos por leitura. Na creche, incentivo muito os professores a motivarem os alunos para o hábito prazeroso da leitura. Nas reuniões de pais, digo muito a eles,leiam para seus filhos. A leitura é vida, é sabedoria, é caminho de transformação.
ResponderExcluirBeijos carinhosos!
Nunca tive o problema da triagem das leituras. Quando comecei a ler mais a sério eu próprio ia à livraria e escolhia. Ou então recorria a biblioteca, isto talvez pelos 16, antes era banda desenhada, coboiada, walt disney ...
Aquela do Sartre foi forte! Gostei de ler sua crónica, Tais, e soube encerrá-la com um parágrafo que deveria ser Lei.
Beijo.
Boa noite, Taís, há quanto tempo não nos visitamos...
ResponderExcluirEu concordo com a sua crônica, as pessoas, em sua maioria, acham os livros caros, não dão valor ao processo criativo e querem ler tudo de graça nas redes sociais.
A cultura não é primordial no nosso país, infelizmente.
A leitura deveria ser tão estimulada quanto os valores morais.
Eu mesma participei da I Antologia Poética da editora Recanto das Letras, e todos que queriam que eu publicasse, foram os mesmos que parabenizaram e desejaram sucesso, dizendo que já era a hora de ter poemas meus publicados. Os mesmos não compraram, mas para outros fins, têm dinheiro. Elogios no só nos blogs.
De fato, as redes sociais atrapalham muitooooo.
Cultura, cultura e cultura, é TUDO O QUE NOS FALTA.
Parabéns.
Beijos na alma.
Olá, Patrícia, é mesmo, amiga, quanto tempo, a gente se perde na blogosfera! Mas no andar da carreta nos encontramos novamente! rsss
ExcluirAdorei tua visita, saudades de você e de tanta gente mais! Eu não tenho rede social! Não daria tempo para escrever.
Um beijo, querida, sem dúvida irei no teu cantinho lindo.
Beijo!!!
Taís, passei para ver as novidades.
ResponderExcluirAproveito para lhe desejar a continuação de uma boa semana.
Beijo.
Bom dia amga Tais,
ResponderExcluirQue excelente crônica, a leitura ´hábitto salutar, abre ports e janelas para o mundo, só não vale ler contrsa o gosto literario,pena que hoje o hábito esteja em desuso , principalmente nos jovens, e ainda pra piorar não temos mais os jibis de antigamente qque tanto nos dava prazer aquelas historinhas maravilhosas.
Como sempre um prazer enorme vir aqui degustar seu labor poético.
Feliz findi, desejo ao casal.
Bjss e flores!
Ressalvando...
ResponderExcluirA leitura foi sempre muito importante na minha vida.
Adorei a leitura desde menina e quando me perguntavam que oferta gostaria de ter, preteria os brinquedos e preferia livros... E sempre os escolhia.
No liceu, tivemos as leituras obrigatórias, mas tínhamos uma boa biblioteca onde escolhíamos o que queríamos. Lembro que o primeiro livro sério que li foi A Ponte de
Manfred Gregor... Já tinha dezasseis anos.
Concordo com o espírito edificante da crónica e agradeço os bons momentos de leitura.
Beijos, querida Amiga.
~~~
Sem dúvida, Tais!...
ResponderExcluirCultura é absolutamente essencial para o desenvolvimento de um povo... e por isso tremo, quando político, corta em orçamentos ligados ao ensino e cultura... alguns, com o argumento, de que cultura, não coloca comida na mesa... Por cá, então, houve mesmo uma época, em que um outro governo, pura e simplesmente aboliu o Ministério da Cultura... escolas... museus... apoios ao teatro e cinema... deixaram de ser problema nessa época. Algo impensável... e inacreditável... que ainda hoje... continua sem ter sido esquecido... pelo que tais políticos... continuam perplexos, pelos resultados obtidos, nas nossas mais recentes eleições... há poucas semanas atrás... continuando sem perceber o que houve... sem que tal se deva somente a um altíssimo valor de abstenção... quando nem lhes passa pela cabeça... que afinal as pessoas... até conservam alguma memória... do que lhes dói, ou do que lhes doeu...
Adorei esta sua crónica, sobre os hábitos de leitura... e de facto o sistema de ensino, tão formal... ele mesmo, pode desmotivar o interesse pela leitura, quando espartilha o interesse dos jovens, perante um leque mais variado e abrangente... e mais susceptível de lhes despertar interesse... com autores ou assuntos, considerados mais proibitivos... mas bem mais atractivos para eles...
A sua crónica, também me fez pensar na dicotomia, entre um tempo antes... (não há tanto tempo assim, afinal) e num tempo depois... que corresponde ao nosso agora...
Antes... os pais intervinham na educação dos filhos...
Hoje em dia... os pais parecem simplesmente querer abster-se da educação dos filhos... o saber e os valores... para eles... vêm todos no mesmo pacote... e encarregam os professores de tal... que obviamente, para cumprirem programas de ensino... nunca podem cumprir mais... do que sempre fizeram... fornecer conhecimento... já os valores... ficam numa espécie de limbo... numa terra de ninguém...
Um tema interessante, Tais... que talvez valha a pena uma reflexão... e possivelmente uma futura crónica sobre o tema... sobre este antes, e agora... que parece condenar a uma crónica falta de valores, as gerações mais novas... e a um mundo... sem princípios... motivado para fins... bem duvidosos...
Um beijinho grande!
Ana
Achei super interessante a tática usada por seu pai para te incentivar a leitura. Além disso, as escolas "nunca" irão mudar. Sempre haverá um rigor quanto a leitura dos livros clássicos. Eu não acho que são todos ruins, alguns até são surpreendentes. Mas é claro seria muito interessante se houvesse espaço nas escolas para a leitura de livros diferentes da grade curricular e junto a isso houvesse também um debate. Tenho certeza que ambos teriam muito mais a ganhar com esta simples ação. No entanto, mesmo havendo uma perda do interesse pela leitura na escola forjada por seu rigor, os jovens ao meu ver tem buscando outras fontes de leitura, mesmo através de seus smartphones. Não podemos descartar que há cada vez mais vendas de audiobook, e-books entre outros formatos que fornece as informações necessárias para o usuário. A leitura deve ser ampla e não somente restrita a livros. Como você própria pontuou você começou a ler através de gibis. Precisamos, na verdade, focar não no meio que absorvendo as informações, mas sim na qualidade das informações que absorvemos.
ResponderExcluirUm abraço.
Arquiteto Versátil
Que delícias lembrar dos gibis! Da escola, das bibliotecas, que até hoje, gosto de visitar.
ResponderExcluirQuerida Taís
ResponderExcluirNo nosso país a leitura é muito desvalorizada,
As crianças estão presas nos vídeo games, nas séries
Da Netflix e na TV.
Eu sempre li muito e é por isso que tenho muito orgulho da minha
história sabe. Ler seu texto foi como viajar no tempo.
Obrigada por partilhar! Abraços