- Taís Luso
Na
minha geração a palavra Tia era uma coisa; Professora, outra. Professora
era a mestra que ensinava, que exigia disciplina, que era respeitada,
que cobrava o saber, os deveres de casa, os
trabalhos de pesquisa. Tia era aquela
parente que amava e mimava
os sobrinhos e que estava
sempre presente nas
festas familiares.
Bem separada eram as funções de uma e
os vínculos afetivos da outra.
Na
geração dos meus filhos a coisa mudou: começou a esquisitice de
chamar a professora de Tia para logo
alçar voo e
cair no uso do guardador de carro, do
mendigo, do vendedor de pastéis, dos
malabaristas dos semáforos, dos vendedores de picolé
e de qualquer um que fosse
chegando - sem
saber chegar. E nesse compasso viramos abençoados tios! Sou tia de
criaturas que nunca vi na vida!
-
Hei, tia, tem algum trocadinho aí?
Ficou enjoativo chamar a professora de tia ou o professor de Tio, pois se estendeu das salas de aula às ruas. E tudo virou aquilo,
colou como chiclete, embora muitos tios fiquem de
cara feia pela suposta intimidade daqueles que nunca viu na vida. Piorou a
chance de alguém conseguir uns trocos ou vender seu picolé, pastel, seja o que for.
Somos
respeitados quando usamos o respeito e consideração para tratar os outros; quando
usamos o senhor, senhora, professora, doutor, moça, moço.
Infelizmente foi aceito esse tipo de tratamento que começou como se
fosse algo carinhoso, como se o carinho fosse próprio só das tias:
-
Vai com a tia, filhinho, mamãe volta logo pra te buscar!
Pronto!!
Não se deram conta de que o filhinho cresceu, virou marmanjo e a Tia virou
vício de linguagem.
Estava lançado
o pilar das
salas de aula dos cursos fundamental
e médio, o que
só serviu para
tirar a autoridade, uma
vez que essa intimidade, fora
do espaço familiar, gerou
bagunça e desrespeito. Largar esse vício de linguagem é difícil.
Ainda não perceberam
que escola e família são duas coisas distintas. É bom para o aluno
sentir firmeza numa professora, não numa tia. Eu tive ótimas
professoras, e como foi saudável para minha formação respeitá-las. Tive orgulho em tê-las como minhas professoras. Era ótimo quando levantávamos o braço para pedir a palavra. Não havia
bagunça porque havia distância e respeito. Sempre foi assim e deu certo.
Ninguém
vai para uma escola arrumar suas carências afetivas, vamos para
aprender, para conviver com nossos colegas, aprender
a ter disciplina no estudo, concluir os anos e ter a alegria de receber o Diploma. Depois, poder levar na lembrança a imagem da professora querida que cumpriu seu papel de Mestre. Não de Tia.
_________________//__________________
Tais, boa noite!!
ResponderExcluirEu concordo plenamente. “Tia” veio num vasto terrível pacote de declínio de nossa civilização, que desce a ladeira num todo. Não me lembro, agora, de nenhuma área que não esteja descendo a ladeira. Penso que não existe. Tia é a irmã da mãe ou do pai. C’est fini. Professora, doutora, senhor, senhora, excelência, é respeito, e indica o caráter, a educação e a formação de quem diz. “Tia”, não sendo para parente, é vulgar, desrespeitoso e mostra o que a sociedade, infelizmente, está se tornando...
Um abraço
Ângelo Feinhardt
Sempre maravilhosa,Taís...Tu trazes temas que pareces ler nossos pensamentos... Esse TIA perdeu a função, ficou banalizado... As professoras não suportam mais, querem e exigem a mudança... Concordo com elas. Há que saber ser professora e mostrar a diferença de ser tia... Pior é que está tão arraigado o uso que será difícil colocar a TIA no lugar,rs... beijos, lindo dia! chica
ResponderExcluirBravíssimo Tais!
ResponderExcluirVocê externou o que eu tento
explicar quando recuso ser chamada de "Tia".
Li seu texto para meu esposo
e ele amou seu posicionamento.
Bjins
CatiahoAlc.
Bom dia, querida amiga Taís!
ResponderExcluirA palavra tia tem um doce e meigo sabor.
Lembra nossa infância... recorda nossa juventude com sobrinhos de sangue... faz memória até dos aluninhos pequenos dos estágios do curso normal...
Agora, no sentido que você usou tem um lado pejorativo horroroso onde soa mal e causa repulsa até.
Não vejo ser usado com respeito pelos "da rua"...
Muito boa abordagem, amiga!
Felicidades e bênçãos para você!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
😘😘😘
Que vocablos más horribles los de esta era.
ResponderExcluirSin embargo, hay otros muy bellos, como el que usaban en mi tierra mis mayores y que están casi en desuso, y no estoy dispuesta a olvidar.Siempre todo vocablo debe ir con respeto.
Me ha encantado este entrada amiga.
Feliz día. Un beso
Aquí en Chile, apreciada Tais, tía antiguamente no era más que la hermana de la mamá. Hoy se le dice tía a cada mujer cercana a la familia, como tío a los hombres de la misma condición. También los niños se han acostumbrado a decirles tía o tío a cualquier adulto.Es una miseria.
ResponderExcluirBom dia. Um texto sublime.. Escrito com sapiência. Adorei :))
ResponderExcluirHoje:- Os nossos corações arrebatam-se num desejo {POETIZANDO...}
Bjos
Votos de um óptimo Domingo.
Olá, querida Tais!
ResponderExcluirNunca poderás imaginar o quanto gosto de ler crónicas tuas.
Sobre o tema que abordas nesta, compreenderás que diga apenas que concordo com a tua opinião, relativamente à banalização na utilização da palavra "tia".
Aqui, tia é a irmã do pai ou da mãe, ou aquela senhora que casou com o tio. São tias de verdade. Mas... em uma certa classe social reina a sobranceria e as amigas da mamã são todas tias «emprestadas, de mentirinha, de exibicionismo».
Essa de tratar por "tia" a professora... nem em sonhos pensei ser possível.
(Aplaudo a escolha de Sandra Batoni!)
Feliz domingo, querida amiga.
Beijo.
Olá querida Taís
ResponderExcluirAbordaste o tema com tamanha propriedade e vivacidade que fico aqui a pensar no quanto termo "tia" hoje utilizado com desfaçatez deu o seu contributo para a ruína da educação. Nas escolas a "tia" é aquela que não recebe o devido respeito de seus alunos porque deixamos de ser mestres para emprestar à população estudantil o afeto que lhes falta em sua bagagem familiar. Parabéns amiga pela crônica singular
Dias aprazíveis e belos
Beijos
Muito pertinente esse tema para refletirmos sobre o papel da tia e da professora, ambos distintos e cada um com sua carga de respeito, trocando-os, muito se perde, sobretudo, o respeito. Por isso a família estar transferindo suas atribuições para a escola como se a instituição de ensino fosse a extensão do lar, quando a criança se refere a professora como "tia". Ano passado, teve uma mãe que ordenou a professora a medicar a criança, caso a mesma sentisse dor ou febre e a professora se recusou e a mandou falar comigo. Expliquei a ela que não temos essa autoridade e aproveitei para mostrar o papel dela quanto mãe e a diferença do papel da professora, ambos são completamente distintos. Mas,é a velha história do "tia".
ResponderExcluirBeijos e feliz domingo!
Tia pode ser de sangue ou nao gostei mt bj
ResponderExcluirQuerida Tais, boa tarde de domingo!
ResponderExcluirHoje li o poema maravilhoso do seu marido e agora aqui me prendeste desde a primeira palavra com esse texto maravilhosamente escrito!
Nunca chamei de tia quem não fosse minha tia ou tio.
Ensinei aos meus filhos desde o primeiro dia de aula,"não chame professora ou professor de tio" faça a diferença, pois eles não são tios!
Achava isso uma coisa até muito triste, agora lendo aqui, me identifiquei, nunca ninguém teve a capacidade de falar sobre essa impressão, só você mesma minha amiga linda e inteligente!
Amei ler aqui, nem preciso escrever mais para mostrar o quanto estás de parabéns!
Abraços bem apertados!
Oi Tais!A família e a escola constituem bases primordiais para a formação educacional de
ResponderExcluiruma criança. Contudo, essas instituições têm papéis distintos que não devem ser
confundidos. Ao permitir que o aluno trate a professora por tia, cria-se uma confusão
na mente da criança; afinal, como entender que a professora tia não permite tudo, se
a tia da família permite? Então , professora é sim educadora e não , tia! Então:PROFESSORA “TIA”vira um falso atalho na escola. Tais,eu às vezes sou tratado por tio entre os mais novose acho terrível! JÁ VOU LOGO DIZENDO: NÃO SOU SEU PARENTE. RSRS Claro que em tom de brincadeira. Rsrs Esses vícios de linguagens são teriveis. Como sempre, divertido e serio. Reflexivo demais. GRande beijo. Feliz semana.
Amiga Taís,hoje em dia mudou tudo,não vemos mais tanto respeito,no meu tempo quando um professor entrava na sala de aula,todos levantavam.
ResponderExcluirPena essa mudança,mas é a evolução da vida.
Linda crônica.
Bjs-Carmen Lúcia.
Boa tarde Taís,
ResponderExcluirConcordo em absoluto.
Há que fazer diferenciação e não podemos banalizar uma profissão que educa e ensina os filhos de uma nação.
(Só por graça, aqui em Portugal chamamos tias a senhoras da alta sociedade que moram na região de Cascais;)). Têm uma forma de falar e atitudes muito peculiares, mas no bom sentido.
Beijinhos e uma boa semana.
Ailime
que bom estar aqui te lendo de novo, e encontrando um texto com o qual concordo totalmente, gostaria muito que voltasse a educação e o respeito que aprendíamos em casa e se levava para a vida, infelizmente não parece que vamos recuperar tão cedo.
ResponderExcluirbom final de domingo pra ti, bjs
https://coisas-da-je.blogspot.com/
Es muy curioso porque ha sucedido y sucede en España el tema del tio/tia y era tío por hombre o tía como mujer. Así, se podía oír, !Vaya tía! Y las jovencitas se llamaban tías entre ellas. Han pasado años y todavía se oyen algunos tías y parece que esto está cambiando. Los chicos no sé lo que hacen pero los hombres, siguen usando el llamarse tío mutuamente. También está en el lenguaje de las referencias, por ejemplo, "es un tío estupendo", "es una tía muy educado, genial". También se usa en forma despectiva: tiorra y tiorro.
ResponderExcluirTiene mucha razón en lo que dice. Se cae muy bajo cuando le perdemos el respeto a otra persona y hoy, desgraciadamente, los políticos en mi país -no todos pero hay un número muy importante, no les sonroja insultar, incluso mentir... es decir, han encontrado la manera de faltarnos el respeto a todos, suponiendo que no nos damos cuenta de las cosas más evidentes.
Me ha encantado esta "entrada", es pura actualidad y es un fenomeno de las sociedades modernas, me ha sorprendido la coincidencia. Un abrazo.
Lembro-me bem do respeito que tínhamos pelos nossos professores, mas Infelizmente hoje isso não acontece e os conceitos estão todos alterados.
ResponderExcluirExcelente crónica.
Beijinhos
Maria
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Olá, Tais,
ResponderExcluirvou sair do alcance da sua espingarda porque você sempre acerta na mosca. E a munição é sempre bem escolhida. Confira se o que eu digo não é a mais pura verdade com o seu texto, ou melhor com a sua munição: "Estava lançado o pilar das salas de aula dos cursos fundamental e médio, o que só serviu para tirar a autoridade, uma vez que essa intimidade, fora do espaço familiar, gerou bagunça e desrespeito. Largar esse vício de linguagem é difícil." Pois é tia "virou vicio de linguagem". E cansamos. Viralizou. No Brasil inteiro.
Mais um belo texto quer satiriza com leveza e humor...
Beijos,
Que feliz curiosa interessante cronica Taís. As mudanças desregradas e involução das relações afetivas. E as tias e tios ultrapassaram os muros da escolas e vivem pelas sinaleiras e saídas de banco com mãos estendidas.
ResponderExcluirBem montada cronica amiga.
Uma semana mais leve sem sustos.
Beijo de paz amiga.
Aqui chama tia a todas as senhoras.
ResponderExcluirMuito estranho...
Bjs, boa semana
Tia para mim só significa a irmã do pai ou da mãe e ... detesto outro tipo de uso!!! Bj
ResponderExcluirEngraçado o tema que abordou na sua crónica, minha Amiga Taís. Por cá também pegou esse costume mas mais nos "meninos de família". Era chique chamar tia às amigas da mãe ou do pai. Parece que está a mudar…
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
Bom dia Taís! Como esperava, mais uma belíssima cronica! Obrigada.
ResponderExcluirVou referir-me em dois aspectos:
Em Portugal o tratamento às professoras tem vindo a alterar-se. Quando eu era aluna da Primária e Secundário, sempre tratei as minhas professoras por "Senhora Dona" (eu nunca tive professores). Quando mais tarde passei para "esse lado" os alunos usavam o tratamento de "Setora" (abreviatura de senhora doutora) mas consegui ser chamada por "professora" (que o era com muito orgulho).
Quanto ao tratamento de "tia" também sempre eu e os meus filhos o usámos para relações familiares. No início da década 70, começou-se cá a chamar "tia" às amigas dos Pais. E o curiosos este uso veio do Brasil com a indicação que teria surgido em Brasília por as crianças que para lá foram não terem muitas relações familiares. (será que foi?)
Beijos e uma boa semana,Taís!
Para hablar bien o mal de una persona se usa corrientemente la palabra tía o tío, cosa que consideramos ya normal, pero si analiza el hecho es cierto que es faltar al respecto de los buenos tíos y tías queridos.
ResponderExcluirUn abrazo.
Oi flor tudo lindo no teu blog bjs
ResponderExcluirQuerida Vizinha/Escritora, Taís Luso !
ResponderExcluirTudo verdadeiro.
Nas minhas épocas de estudante, de acordo com a
fase, mudava o tratamento, Dona Irene, no primário..
Professor Luft, no ginásio e segundo grau... Professor,
apenas, na Universidade. Não houve fase de "tia", na minha
época. Belas lembranças, Amiga !
Uma feliz semana e um fraternal abraço.
Sinval.
Esta deliciosa crônica sintetiza com arte, o que para nossa geração os professores representavam para seus alunos. Chamar os educadores de professor era não só uma forma respeitosa de tratamento, mas também uma forma de dizer que nós ali estávamos, na sala de aula, para aprender com os mestres, esses nossos professores. Por isso, nossos professores serem tratados de “tios” seria tirá-los de seu pedestal de mestre para levá-los à intimidade de nossa casas. Então, ouvir de um marmajo, na rua, que vem pedir esmola, esse tratamento de tio fica completamente deslocado.
ResponderExcluirUm beijinho daqui do escritório!
Minha querida amiga Tais, como é bom ler por aqui. Tema instigante, e que já pensei, mas não consegui um olhar tão lúcido para esta figura de linguagem que virou a palavra tio/tia...Sempre me incomodou ser chamado de tio por estranhos, normalmente mais jovens que eu. No começo me indignava e respondia que não era tio de ninguém, mas com o passar do tempo passei a aceitar e devolver um "sobrinho", isto porque passado o tempo eles podem me chamar de avô, então, neste caso tio tá bom. Mas perfeita tua colocação a nível de ensino, que escola e família são coisas distintas. Nossa Tais, tu realmente tens o dom da escrita, um texto redondo, crítico e suave...bom demais ler por aqui.
ResponderExcluirps. Carinho respeito e abraço.
demolidora a sua crónica, Tais
ResponderExcluirestá com a pontaria afinada e excelentemente municiada.
de facto, hoje em dia, as tias são de plástico e todos corremos o risco de nos entrarem porta adentro.
imagine que até o meu neto (10 anos), me tem surpreendido, com frequência, com umas tias (cada uma a melhor rss) que não sei onde as vai desencantar ...
beijo, amiga Tais
Se han perdido las buenas costumbres, el respeto y la autoridad del maestro. La sociedad ya no valora la gran labor de este colectivo.
ResponderExcluirBesos
Querida Amiga
ResponderExcluirConcordo plenamente com o que defendeu na sua pertinente crónica.
Aqui os mestres são tratados por 'sutor/a' ou professor/a...
O ensino particular é mínimo... Apesar do salário dos professores ser um dos mais baixos da Europa, o cidadão crê que os agentes de ensino são pagos pelo estado e que nada lhes devem.
Apesar desse hábito infeliz das tias, no Brasil há notoriamente mais respeito e afetividade pelo professor.
Terno abraço
~~~
Me has hecho recordar algo que ocurrió en la localidad donde nací aunque solo lo se de oídas. Por entonces había mucha costumbre de llamar "tío o tía" a las personas mayores.
ResponderExcluirUna mujer mando a uno de los hijos a casa de una señora llamada Barbara y el niño pensó que como tenía su genio seria llamarla "Bruta". Como por aquel entonces no se llevaba cerrar con llave al abrir la puerta dio varias veces "Tía bruta".
La suso dicha se encontraba en el piso superior bajando las escaleras diciendo " es poco llamarme Barbara para que me llaméis bruta". la reacción del niño fue salir corriendo.
Saludos.
Bom dia, possivelmente o chamar de tia tem como finalidade de chamar atenção pelo facto de não saber o nome da pessoa, já o chamar de tia sem permissão da professora é falta de respeito, na minha cidade e outras em redor, as pessoas que se conhecem e não se conhecem usam o vizinho mesmo quando a pessoa mora distante, para chamar atenção, é cultural, a professora é tratada por Dr.ª .
ResponderExcluirAG
Texto incrível. Parabéns. Uma reflexão a ser pensada.
ResponderExcluirBom restante de semana!
Jovem Jornalista
Fanpage
Instagram
O blog está em HIATUS DE VERÃO até o dia 23 de fevereiro, mas tem post novo. Comentarei nos blog amigos nesse período.
Até mais, Emerson Garcia
Oi Taís,
ResponderExcluirQuando lecionava na pré-escola eu os deixa me chamar de prô, depois que fui para o ensino Fundamental,exigia que me chamavam de professora e sempre fui muito exigente.
Beijos
Lua Singular
Bom dia, Taís
ResponderExcluirEste assunto é actualíssimo. Eu também fico espantada e chocado com esse tratamento vindo de pessoas que nunca vi na vida. Tem um cunho desrespeitoso e depreciativo. As tias, as nossas tias, as tias de quem somos realmente tias, são pessoas amorosas que dão afecto e que são quase uma segunda mãe se for preciso.
Sim, por cá também, para que as crianças não tratem as amigas dos pais simplesmente pelo nome há esse hábito de dizer: "Olha, vai com a tia", ou situações desse tipo. Como diz, e muito bem, são situações que se degeneraram e que incomodam sobremaneira.
Gostei muito do seu texto. Coisas do tempo presente e que devemos apontar na esperança de que haja uma tomada de consciência sobre as boas maneiras.
Beijinhos
Olinda
Uma crónica acutilante, mas muito assertiva, sobre um termo que virou vício de linguagem...
ResponderExcluirPor cá... os jovens de agora, usam uma... que me deixa à beira dum ataque de nervos... a palavra "tipo"... qualquer coisa, é "tipo" assim, comparada a outra coisa qualquer... e o termo, repete-se até à exaustão, num qualquer diálogo entre jovens... de uma forma... e numa sucessão de vezes, quase inacreditável... sinceramente não sei de onde surgem estas modas... incompreensíveis... e de facto viciantes...
Por cá... os professores são apelidados de Profs... de Stores e Storas...
E assim, se vai vivendo... perdendo-se a noção de bem falar e bem escrever... e por isso tanto jovem, chega à faculdade, falando e dando erros, típicos da minha 4ª classe de outros tempos...
Beijinhos, Tais! Continuação de uma excelente semana!
Ana
Exatamente, Ana, cada vício de linguagem horroroso, essa palavrinha "tipo" e o "com certeza" também corre no país inteiro. O "Tia" ainda predomina com muita força. O tal de 'com certeza' parece ser usada quando a pessoa nada tem a dizer.
ExcluirBeijinho, Ana, ótimos dias também!
Boa noite querida amiga Taís .
ResponderExcluirVenho lendo as suas postagem. Mas confesso ter me faltado forças para escrever. Mas aqui estou. Muito bem escrito sua postagem. Também fico indignada com esse novo modo de se referir. Até na rua já escutei valeu tia rsrs. Imagine uma professora maltrata uma criança e ao ser indagado responde foi a tia. Coitada da tia de fato. Professores ,auxiliares deveriam ser chamados pelo nome. Nunca de tia. Um lindo fds para vocês. Grande abraço. Se tiver erros na escrita me desculpe.
Oi Tais
ResponderExcluirFiquei mal hoje, agora que está passando a dor, motivo do atraso do comentário.
E a política? Não estou gostando...
E você?
Tanta esperança será em vão?
Beijos no coração
Lua Singular
Olá Tais!
ResponderExcluirMuito obrigada pela visita...
Gostei muito do texto, bem escrito e muito assertivo.
Apesar de um oceano inteiro separar os nossos países , os vícios da linguagem , parecem não diferir muito.
Beijinho e bom fim de semana.
Parabéns por esta abordagem. Coincidentemente, ontem, num círculo de leituras, famava-se sobre a educação e esta forma de tratamento, colocando-se exatamente tudo como você aqui tão claramente relata.
ResponderExcluirVou compartilhar este seu artigo na minha rede do face.
Grata por estar prestigiando a Série lá no pensandoemfamilia. Bjs.
Concordo com você amiga, afinal é muito desagradável ser tratada com tanta intimidade por quem nem conhecemos. O respeito e a educação devem fazer parte das atitudes primordiais das pessoas.
ResponderExcluirAmei a cronica.
Beijinhos, Léah
Querida Taís
ResponderExcluirTinha um comentário escrito, tocaram à campainha, fui lá e quando voltei o comentário tinha sumido... 😩
Tentando reconstituir...
Aqui o termo "Tia" não se aplica aos professores. Tenho uma filha professora e muitas amigas também professoras, que são tratadas por "Setor/a" (como abreviatura de senhor/a doutor/a), "Professor/a", este também abreviado por "Prof." - para os dois géneros. "Tia" não tenho conhecimento que seja usado pelos alunos.
Quem usa muito o "Tia" são a/os filha/os de nossas amigas quando se nos dirigem. Eu tenho muitos sobrinhos e sobrinhas que não têm uma gota do meu sangue.😉
Um termo muito usado é "Vizinha". Vamos na rua e qualquer pessoa nos interpela: Bom dia, vizinha, pode-me informar onde fica... Perto de minha casa há um pequeno supermercado onde vou com alguma frequência. O gerente, sempre que me vê, cumprimenta-me: Bom dia , vizinha, posso ajudar nalguma coisa? É claro que ele não é meu vizinho, e nem sequer sabe onde eu moro...
Mas... tenho que fazer uma ressalva. Este tratamento de "vizinho" não parte de toda a gente. Se vamos ao médico, tanto ele como a recepcionista nos tratam por "senhora"; numa boutique, a vendedora faz o mesmo, e por aí fora. Dá para entender, não é verdade?
Gostei, como sempre, da tua crónica. Actual e pertinente, como de costume...
Fico muito grata pela tua presença na festa de Aniversário do meu “pimpolho”. Ele gostou muito de te ver lá…
Obrigada!
Desejo bom Fim-de-semana
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Olá, Mariazita, logicamente esse 'Tia' é usado aqui no Brasil por alunos jovens dos cursos fundamental e médio, 'não nas Universidades'. Começou com as mães levando os pequeninos para as 'tias' dos Jardins de Infância, e por aí foi. Deveriam dar o exemplo correto, ensinar o tratamento específico.
ExcluirQuanto ao 'vizinha', aqui também usam nas tendinhas, fruteiras...mas não chega a ser uma aberração.
Mas o 'Tia' virou vício dessa turma toda do qual escrevi.
Um beijo, querida amiga!
Boa tarde, querida amiga Tais,
ResponderExcluirexcelente seu tema.
Há um tempo,eu ainda estava na ativa, em sala de aula, lecionava em dois colégios, um particular e outro estadual.No particular, colégio de freis, era expressamente proibido chamar a professora de "tia", e nem poderíamos demonstrar carinho por alguns pequenos carentes de afeto, porém bem diferente da escola estadual, onde tudo era mais íntimo, e aí quase se perdia o poder da palavra na hora da chamada de atenção. Hoje, parece que aos poucos as coisas estão voltando aos seus lugares.Há colégios que voltaram a fazer filas, a cantar o hino nacional, a usar as palavras de boa educação.Fiquei feliz quando assisti a este acontecimento. Vamos torcer para que tudo volte à normalidade. Grande abraço!
Perfeito, cara amiga Tais; após o nosso tempo de estudante a coisa degringolou e o respeito foi para um segundo plano. Não tenho ressentimentos quando chamam-me de tio, mas acho depreciativo quando vejo crianças ou gente muito jovem deixando de lado o pronome de tratamento Senhor ou Senhora quando se dirigem às pessoas idosas. Um abração. Tenhas um ótimo fim de semana.
ResponderExcluirÉ isso, querida amiga Taís! Tia, ou tio, são os irmãos do meu pai ou minha mãe. Professora foi dona Zila, que me acompanhou todo o primário. O resto é o resto.
ResponderExcluirBeijo
Vamos entrando numa estranha forma de expressão que muda o sentido das palavras e dos termos tal como os "falamos". Já há por cá, infelizmente, muita declinação de linguagem, mas não conhecia esta de designar Tia/Tio á correspondência de Senhora/Senhor, como deve ser. A Educação Escolar também padece de muitos males da responsabilidade dos Governantes que facilitam as passagem de Classe a... quem não sabe escrever.
ResponderExcluirUm excelente achega a ter em conta para corrigir a dislexia reinante.
Parabéns pela excelência do Texto.
Beijo
SOL
Assim foi como nos ensinaram, mas então vieram outras interpretações e o mau uso da palavra. É lamentável, mas certo. A falta de respeito é o que mais repudio.
ResponderExcluirUm bom tema para debate.
Abraços de vida, querida amiga
Olá, querida Tais.
ResponderExcluirRemetendo o meu comentário, apenas no ponto fulcral desta Crónica, embora ela seja bastante mais abrangente, não me irei alongar porque muito já deve ter sido dito pelos anteriores leitores. Direi apenas o que me veio à ideia quando li, logo no título, a palavra 'Tia'.
Por cá, é comum usar-se a palavra que sugere um parentesco carinhoso, porém sem carinho algum, às pessoas que, aí no Brasil, designam de 'dondocas'...Veja só, a diferença de culturas, apesar de falarmos o mesmo idioma. :)
Um beijinho, bom resto de domingo e excelente semana.
para mim, tia é mesmo irmã da minha mãe :)
ResponderExcluirfeliz dia da mulher, tias primas, irmãs, vizinhas… todinhas !!!
Qdo ua criança me chama de tia ou mesmo vó, tudo bem, mas qdo e um marmanjo que eu nunca via me dá asco,e euu respondo na cara de pau: O ratamento correto para as pessoas desconhecidas seja jovens ou idosos é: senhor, senhora não sou irmã da sua mãe nem do seu pai:
ResponderExcluirRealmente vc focou um tema oportuno Taís.
Bjs e linda noite de paz!