- Taís Luso
Não
se trata do filme de Alfred Hitchcock, mas
das janelas dos nossos vizinhos: dos meus, ou
dos seus, quem sabe.
Todos temos vizinhos, e cada um com um currículo diferente. Alguns,
com histórias escandalosas, outras,
muito hilárias.
Conheci,
há uns anos, uma
vizinha chamada
Eunice, morava a
dois prédios do meu, portanto vizinha de quadra. De
vez em quando nos encontrávamos no bairro e conversávamos um
pouquinho sobre amenidades. Nossos pais se
conheciam, daí nasceram as conversinhas. Fui
ao seu apartamento buscar um livro de
artes, que ela fazia
questão de me presentear antes
de mudar-se do bairro.
De
volta para casa passei pelo seu apartamento, era a hora em que ela
estaria em casa.
Eram 19:00 hs, já noite.
E entre uma conversinha e outra, notei que ela espiava muito pela
janela, fiquei um pouco intrigada com sua
atitude. Mas logo ela se entregou, contou-me
que, da janela dela, avistava a vizinha que morava embaixo de seu
apartamento: a 'Martha Rocha'. Eu não
conseguia entender como
ela conseguia enxergar alguém que morava embaixo do seu
apartamento. Somente se
dependurando de
cabeça para baixo! Então foi quando me
chamou e perguntou-me se eu não estava avistando a Marta Rocha!?
Aproximei-me da janela:
procurei pela Martha Rocha, a famosa
Miss Brasil que perdeu de ser Miss Universo por 2 polegadas! Fiquei muito curiosa para vê-la. Fiz
um esforço de cão, e nada de achar a mulher! Então ela apontou para uma
janela do edifício ao lado, e disse-me: ‘olhe
para aquele vidro da frente,
olhe ali ela sentada!!’ Sim, refletia o andar abaixo do dela! Meu
Deus, entendi! E pensei: cruzes,
onde vim parar?!
Falou-me
da solidão da Martha, da comida da Martha, dos cabelos da Martha...
Fiquei com muita pena da nossa eterna miss. Mas, deixei que a maluca
me contasse tudo.
Contou-me as coisas olhando para a janela. Realmente achei a nossa Miss Brasil
muito decaída, fiquei com pena.
Magrinha, a pobrezinha, mas ainda com
aquela vasta cabeleira loira, tão
conhecida. Só não conseguia
entender o porquê da Martha Rocha morar
aqui em Porto Alegre tendo tantos amigos da
sua época no Rio de Janeiro, Bahia, São
Paulo...Sua vida sempre foi lá. Então
veio o inusitado:
—
Tais,
ela não é a ex Miss Brasil; eu lhe chamo
assim porque ela usa o cabelão da Martha Rocha!
Consegui
entender tudo: a mulher era louca. Feito
isso, chamou minha atenção para a outra
janela querendo me contar a história do outro vizinho esquisito, que
comia pizza, diariamente, e
que a pediu em casamento... Mas ela não gostava de pizza...! E dei um sorriso, fui discreta. E começou a contar...
-
NÃO!! Preciso passar no supermercado, fica pra outro dia, querida!
Deu-me
um nervoso. A mulher tinha mais janelas e
mais histórias! Dei um jeito de sair logo, e
na pressa esqueci o livro em cima do sofá.
Outro
encontro? Nem morta.
Thais, nem calcula com que avidez toda a semana espero por um seu novo post! Realmente Deus deu-lhe um dom de comunicar inesgotável. Muito obrigada por o fazer chegar até mim!
ResponderExcluirHoje realmente fiquei encantada, vivi a sua cena como se fosse aqui na minha janela! Beijos
Querida! Muito obrigada, eu que te agradeço, amiga!
ExcluirUm beijo, uma linda semana.
Minha querida Taisamiga
ResponderExcluirExcelente estória. aliás como todas as que escreves. És uma contadora de estórias nata. O Frankenstein comparado com essa tua vizinha era uma pomba anunciando a paz. Por acaso sabes se já lhe compraram (a ela, não ao monstro) um colete de forças?
Mas essa cena da janela da louca lembrou-me uma canção de um intérprete portuga alentejano de que gosto muito, o Vitorino (que não tem nada que ver com essa vizinha pirada...) É assim
Menina estás à janela
com o teu cabelo à lua
não me vou daqui embora
sem levar uma prenda tua
Sem levar uma prenda tua
sem levar uma prenda dela
com o teu cabelo à lua
menina estás à janela
Os olhos requerem olhos
e os corações corações
e os meus requerem os teus
em todas as ocasiões
Menina estás à janela
com o teu cabelo à lua
não me vou daqui embora
sem levar uma prenda tua
Sem levar uma prenda tua
sem levar uma prenda dela
com o teu cabelo à lua
menina estás à janela
Lindo, não achas?
Muitos qjs 💋💋💋deste teu amigo tuga, louco e admirador
Henrique, o Leãozão🦁🦁
...e novas do Bolsonaro + Moro?
Olá, Henrique, pois é, de vez em quando pegamos essas coisas loucas pela frente, mas faz parte da vida, da nossa bagagem!
ExcluirPor enquanto tudo 'descontrolado' por aqui, todos na expectativa de um novo Brasil, à partir de janeiro.
Beijos, gostei do teu comentário, do poema, também.
A verdadeira janela (muito) indiscreta.
ResponderExcluirBeijos, boa semana
De lo que se descubre en casa del vecino es siempre sorprendente, que tengas una buena semana.
ResponderExcluirMe ha entretenido mucho tu relato, hasta me has arrancado una sonrisa tan de mañana, lo cual te agradezco infinito.
ResponderExcluirEn esta entrada hay mucha realidad, hay personas que, al no tener nada que hacer, verse solas y sin tener con quien conversar, se pasan el día espiando a sus vecinos por la ventana, son verdaderos espías, saben todo lo que hacen y se inventan hasta lo que piensan.
Cariños.
kasioles
Hola Tais, he sentido como si esa ventana la tuviera enfrente mio, me ha gustado mucho este relato, genial historia como genial es todo lo que escribes.
ResponderExcluirMi felicitación amiga.
Feliz martes. Un beso.
rsssssssssssssssss... Acho melhor perder o livro do que voltar e correr riscos de uma destrambelhada assim te segurar por lá...E, de repente, até u8m jeito ela tria de te achar por algum reflexo, mesmo sem de casa sair! ADOREI! beijos, chica
ResponderExcluirFue, amiga Tais, una experiencia dura aquella que tan bien cuentas.Era natural que casi huyeras de allí, pero pienso que volviste a ver a la vecina por su proximidad y no debe haber sido cómodo, ni menos haberte encontrado con la protagonista de la observación. Da tema para una novela.
ResponderExcluirUn beso.
Bom dia. Adorei o seu texto, com factores bastantes verdadeiros :))
ResponderExcluir"Dando asas ao coração"
Bjos
Votos de uma óptima Terça - Feira.
As janelas!! Um eterno "Big Brother"... Aqui é pela porta mesmo... Uma vigilância de quem entra e de quem sai... Fofoca corre solta... Um horror de quem não tem nada para fazer de construtivo... Distancio-me...
ResponderExcluirAgora, Tais sua crônica me fez rir da sua capacidade gentil em ouvir a maluquete dessa vizinha! Parabenizo-a!
Abraço.
As crónicas da Taïs são um momento muito esperado ! cheias de sentido da condição humana, e tão bem orquestradas :)
ResponderExcluirrealmente passando pela janela, estou a espreitar se me poderão ver do outro lado do estacionamento, talvez não seja fácil, tenho ainda uma rua em frente, depois o estacionamento, ouf ! fico mais tranquila :)
mas nunca se sabe, há olhinhos muito bons, que nem os das águias !!!
abraço amiga
Angela
Bom dia Taís!
ResponderExcluirAdoro ler o que você escreve,é exatamente assim que vemos muitos vizinhos desejando saber da vida alheia.rs
Bjs-Carmen Lúcia.
Muitas vezes a janela... é o escape das almas mais solitárias... normalmente, para pessoas mais idosas, vivendo sozinhas, pouco predispostas a fazer novas amizades, e já com um espírito bastante cauteloso... ver a vida dos outros, em directo, pelas janelas, ou num reflexo... será a forma de se sentirem permanentemente acompanhadas... tem muito disso, no nosso país... que actualmente tem uma população muito envelhecida... no meu prédio inclusive... pelo que tal situação, me é muito familiar... com direito a entradas e saídas controladas... quase nos fazendo sentir a obrigação, de dizer onde vamos, ou de onde viemos... :-))
ResponderExcluirUm tema bem pertinente, Tais! Beijinho
Ana
Pelo visto, na casa dessa mulher deve ter muito por fazer, por arrumar, pois se ela cuida da vida dos outros, com certeza esquece da sua. Bela crônica Taís! Parabéns!
ResponderExcluirBeijos e uma ótima semana para ti e para os teus.
Furtado
Estar à janela é um bálsamo para a alma de muita gente!
ResponderExcluirBj e gosto de ler
Uma história que arrepia e que está muito bem contada. Há gente que não tem vida, vive a vida alheia. Eu nunca me preocupei com a vida dos vizinhos. Na verdade quando vim morar para este prédio Há 43 anos tornei-me amiga de toda a gente do prédio, Mas uns morreram e outros mudaram e atualmente apenas conheço os dois vizinhos de baixo com quem me cruzo muitas vezes ao entrar, e tenho uma relação de amizade com a minha vizinha do lado. Do resto do prédio não conheço ninguém.
ResponderExcluirAbraço
Boa noite, querida amiga Taís!
ResponderExcluirUm pouco parecido com minha cidade atual (interior), mas que eu fico fora disso com toda garra pois moro num ediício com portão privado e em frente ao comércio que fecha cedo, assim que me poupe pois mereço coisas mais edificantes do que fofoca dos inconvenientes... rs...
Muito bem contado, me prendeu a atenção e tive curiosidade pelo final, claro!
Assim, vale a pena perder o livro...
Vai que ela leia e se converta?
Amiga, é para manter o bom humor que nos faz tão bem à saúde.
Gostei muito e vizinhos são bênçãos, haja visto noutro prédio que morei noutro Estado e tínhamos um excelente convívio. Gente da melhor idade e de bem com a vida morava lá.
Bem, até o próximo posts pois daqui não saio, é reconfortante ler o que escreve.
Seja sempre abençoada e revestida da Graça de Deus!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Um provérbio belga : É melhor ter um bom vizinho que um bom amigo distante, mas claro as fofoqueiras não são.
ResponderExcluirQuerida Taís,
ResponderExcluirSempre brilhante nas tuas crônicas. Grata por me proporcionar
rir, tu és uma contadora de histórias envolvente e nos deixa
entrar nesta viagem da narrativa, como se estivéssemos no
cenário e isso é a tua marca de excelência na literatura.
Agora, refletindo, tem janelas que são verdadeiros abismos
e com o risco de perder um bom livro nessa aventura...rss
Adorei!!
Beijos
Ei Tais!Demorei, mas cheguei! Muita correria num Brasil transloucado. Pois é quem não tem lá, os vizinhos sabedores de todas as janelas ?! Muito hilario e ao mesmo tempo , essa situação pra lá de enfadonha. rsrs Que tenhamos paciencia com os nossos companheiros de janelas! rsrs Grande beijo.
ResponderExcluirA Tais coloca-nos de sobreaviso e diz-nos "não se trata do filme de Alfred Hitchcock"
ResponderExcluirnão se trata, mas poderia (digo eu em devota veneração do cineasta).
por certo na qualidade da narrativa e no "suspense" que nos prende, mas também na subtileza da ironia e a enorme tolerância em relação à condição humana e suas "perversas" loucuras
gostei muito, minha amiga
beijo
Que cena Taís, só rindo amiga desta gente que tem tempo para ficar vasculhando a vida alheia. Por um momento fiquei curioso com a Marta em POA. Muito boa cronica do cotidiano e eu não quero uma vizinha desta, que pode nos analisar pelo reflexo. Coisa de doido.
ResponderExcluirUm bom feriado para você e Pedro amiga.
Beijo de paz.
Uma história hilariante, Tais. Mas pensando bem, nunca sabemos quem, por entre a vizinhança, pode estar a observar-nos… Adorei lê-la.
ResponderExcluirUm beijo.
Tais!
ResponderExcluirEu moro em prédio e não presto atenção
aos vizinhos nem do meu edifício.
Mas outro dia conversava por whatsapp
com meu amigoafilhado e enquanto falávamos
eu inspecionava minhas plantas que ficam
na janela da sala, e vi na janela em frente
do outro lado da rua um menino de uns 8 anos
só de cuecas pulando e as vezes se pendurava
na janela. Por momentos esqueci que falava
com meu amigoafilhado e deixava escapar
meu espanto.
Isso Eu que não faço da vida dos outros
meu dia a dia, imagine quem faz?
Sua ex vizinha que o diga. rs
Mas e o livro? rs
Adorei a publicação.
Bjins
CatiahoAlc. do Blog Espelhando
rsss, o livro ela levou, deve ter pensado que fiz pouco caso do livro, mas não, fiz pouco caso dela. E pode também ter sido a minha saída 'estabanada', eu cortei a história do outro vizinho, aquele das pizzas...rss
ExcluirÉ, mesmo assim fui muito generosa com ela.
Beijinho, Cátia!
Lógico que você
Excluirnão fez pouco caso!
Eu tenho pavor de
gente que controla a vida
de outros. Bjins
Boa tarde:- Todas as mulheres têm sempre algo de beleza sejam magras ou gordas. Depende da forma como as olhamos.
ResponderExcluir.
*Teu beijo, na Luz, de outra Vida *
.
Deixando um abraço.
Todo aquel que está pendiente de la vida de los sotros es porque carece de vida propia. Es mi opinión aparte de que, es posible que tal manía se asiente en la pobreza de salud mental. Algunas personas así, he conocido durante mi vida.
ResponderExcluirGracias por los amables comentarios que me deja siempre que visita alguno de mis blogs. Un abrazo.
Morar em prédios é cruzarmos com uma gama de diversidades de ser das pessoas. Sua histórica chega a ser crônica. Mas, provavelmente, ela não é maluca. Porém poder dar conta de tantos relatos, precisaria estar no tempo e voo dela, rs,rs. bOM FERIADO
ResponderExcluirNo conocía este película, tampoci últimamente voy poco al cine, con las películas que veo en televisión tengo bastante, cuando salgo a la calle me gusta pasear por lugares abiertos.
ResponderExcluirMe ha gustado la ventana que ilustra esta entrada.
Besos
Querida Vizinha, Escritora, Taís Luso !
ResponderExcluirJamais residi em apartamento.
Minha morada sempre foi em casas.
Mas tenho ouvido histórias muito
interessantes a respeito, dado à
proximidade. São divertidas, para
os curiosos...
Parabéns, pelo texto, tão atual,
Amiga. Um fraternal abraço e um
ótimo final de semana.
Sinval.
Oi Taís,
ResponderExcluirAdorei seu conto, li para o meu marido e caímos na risada.
Não moro em apartamento nem amarrada.
Minha casa é grande tem um quintal enorme e uma cozinha fora para não engordurar a cozinha adentro, tem jardim, garagem para dois carros. Da até para brincar de esconde esconde.kkk. Só que morro de calor.É terra de cana de açúcar. Ufa!
Beijos no coração
Lua Singular
A Pior coisa para mim é ter um vizinho "olheiro", amo minha privacidade, e respeito a dos outros. Já tive vizinhos inconvenientes assim como a Eunice, é bem desagradável.
ResponderExcluirSua crônica bem escrita como sempre, mostra que você passou uma situação embaraçosa, mas neste mundo tem gente de todo jeito, fazer o que?!
Beijinhos. Léah
Obrigada pela dica sobre a "configuração" vou consertar assim que der.
Viu no que dá a solidão...!? Além disso. é preciso
ResponderExcluirfalar, para estarmos vivos...e cada um procura o tema
e o interlocutor.....que pode.
Xau Taís, Sempre apreciando as suas crónicas.
Beijo
Minha amiga não faz ideia de como me fez bem chegar até aqui e te ler. Por um momento deixando os problemas de lado e sorrindo muito com a tão vizinha . Minha filha veio logo saber do que eu estava dando risada e ficando as duas a nós descontrair . Obrigada por nós proporciona esse nomento. Você é demais. Beijos.
ResponderExcluirQueridas, fico muito contente de ver que estão em casa e bem! E feliz por ter descontraído um pouquinho vocês! A Santy está melhor e você também, dá para notar.
ExcluirBeijos, um bom fim de semana!
Lindo domingo. A dor agora apertou. Lembrança ao Pedro.
ExcluirQuerida amiga, que história deliciosa esta!!!
ResponderExcluirTens um jeitinho especial de contar histórias, que é puro encantamento.
Esta levou-me até casa da louca vizinha Eunice e contigo ri... e contigo fugi!
Vizinhos, principalmente dos bisbilhoteiros, há que fugir, sim!
Hoje vou fechar bem o cortinado...
Beijo, querida, e bom fim-de-semana.
(As fotos que escolheste são quase tão lindas quanto a tua história...)
Eu também não iria querer mais nenhum encontro com essa vizinha.
ResponderExcluirComo sempre uma excelente crónica.
Bom fim de semana
Beijinhos
Maria
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Fabulosa crônica, Taisinha! Vejo, com uma ponta de orgulho a cronista talentosa que tu és. Com que facilidade e graça tu contas uma história que pode parecer simples, mas na verdade simples não é, já que tu estás tratando da vida de pessoas que merecem o teu respeito. A "Martha Rocha", que é apenas o apelido daquela vizinha que nem conhecias, estava mesmo vulnerável à crítica da vizinha do andar de cima, que nem sabia que estava exposta aos olhares maldosos da espiã. Que triste sina tem a pobre vizinha chamada de Martha Rocha, que nem ao menos Martha Rocha é, esta foi Miss Brasil e deixou de ser miss Universo pelas reles 2 polegadas. Imagine o que hoje diriam aqueles jovens que frequentam nossas praias, em especial Copacabana e Ipanema. Eles poderiam responder:"só por 2 polegadas?".
ResponderExcluirParabéns por mais essa bela crônica.
Beijinho daqui do escritório.
Bom dia, a solidão faz com que a interpretação das coisas seja diferente, quem vive na solidão, tempo que custa a passar, nada acontece por acaso, tudo tem uma causa, a curiosidade da sua vizinha anula a solidão que ele sente.
ResponderExcluirGostei muito do seu texto e da sua criatividade, o mesmo obriga-me a contar-lhe que na minha cidade, todas as pessoas que se conhecem ou não, tratam-se por vizinhos.
Desejo-lhe feliz domingo e semana,
AG
Boa tarde Thais,
ResponderExcluirQue narrativa tão interessante!
Há vizinhos e vizinhos e quando se tem alguém na família muito semelhante, que adora a vida dos vizinhos e contar, é de fugir;))!!
Beijinhos e um bom domingo.
Ailime
Olá, Tais.
ResponderExcluirAo ler esta sua crónica, tão bem escrita quanto realista, curiosamente àquilo que o início me fez supor - que terminaria com uma gostosa gargalhada - acabei sentindo dó, muita pena até, dessa sua vizinha de tempos passados.
Creio que é preciso ter-se uma vida muito solitária e vazia para se passar o tempo agarrada às visões fortuitas da vida alheia. Muitas vezes essa solidão leva a que se criem fantasias e personagens estranhas, coisas que só existem na cabeça de quem vive fora do mundo real.
Enfim...não li nenhum comentário anterior com receio de me deixar influenciar :)), quis formar a minha própria opinião a partir daquilo que li e entendi.
Caso contrário, estaria também a espreitar as janelas dos 'vizinhos'...mas agora vou ler. :)))
Beijinhos Tais, boa semana.
PS- A sua vizinha não era a Audrey Hepburn, pois não? rsrs
Boa tarde, amiga Tais,
ResponderExcluirsenti na pele o sufoco que você passou com a vizinha, mas no íntimo nos causa pena.
A vida dela e de muitos outros se define dessa forma, especular a vida dos outros.
Interessante o ritual que ela criou para levar adiante a sua maneira de viver. Você fez bem em escapulir rapidamente. Gostei muito de sua crônica, como sempre. Amiga, não sei como vai ser meu comentário em seu espaço, pois estou com problemas na hora de publicar. Beijos!
Marli Boldori
Tive que rir com a sua crônica, Taís.
ResponderExcluirAmei!
Eu aqui tenho uma vizinha super discreta...rs
Um beijinho carinhoso, querida.
Linda nova semana.
Verena.
Nunca se sabe quem está atrás da janela a espreitar
ResponderExcluirÉ uma constante diária
Gostei da história
Obrigada
Re: Muito obrigada pelas queridas palavras no meu blogue
Já pode ler o Novo Capítulo de Um Oceano entre nós
Mil beijinhos
Uma verdadeira "cusca" deriva de "cusqueiro", termo calão usado aqui em Portugal!
ResponderExcluirGrato pela partilha Taís!
Bj e boa semana.
Olhar D'Ouro - bLoG
Olhar D'Ouro - fAcEbOOk
Olhar D'Ouro – yOutUbE * Visitem & subcrevam
Olá Taís! Passando para te cumprimentar e desejar uma semana com muito amor, saúde e paz para ti e para os teus.
ResponderExcluirBeijos nos corações.
Furtado
Siempre hay gente que se preocupa de los vecinos mas que de el mismo.
ResponderExcluirSaludos.
Querida amiga
ResponderExcluirLi, com um sorriso bem largo, é claro!
E eu te digo: não há livro que valha uma segunda visita a esse antro de coscuvilhice. Eu não voltava lá, nem que se tratasse de uma edição rara de um livro muito raro 😁😁😁. E olha que eu sou APAIXONADA por livros!!!
Imagino que a tua intenção tenha sido caricaturizar um determinado tipo de pessoas. Elas existem, de facto. Não tendo vida própria... tentam viver a vida do seu semelhante. Grave é quando essa atitude cria problemas às pessoas visadas, como tantas vezes acontece...
Feliz Terça-feira e uma boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Gosto mais de flores à janela do que de vizinhos intrometidos. É certo que quem tem a vida vazia tem tendência a preenchê-la com a vida dos outros e a fazer filmes por sua conta e risco. E depois a vontade de os partilhar é ainda mais forte.
ResponderExcluirQue aguçado poder narrativo, querida Taís! Diverti-me.
Beijos.
Minha querida Tais, sempre me surpreendendo...bárbaro o que escreveste, pois minha política de boa vizinhança é "bom dia boa tarde boa noite"...arrancou risadas e reflexão também, como é triste a vida sendo vista através da janela, e pior, a vida dos outros; e a vida dela, se resume nisso, que triste...mas muito engraçado a tua participação. Sempre muito bom pra minha alma ler por aqui, aflora os meus melhores sentimentos, mesmo quando a história é meio bizarra, por parte desta tua vizinha. Meu Deus, mal tenho tempo para pensar na minha vida, moro num pequeno condomínio horizontal, imagina se vou perder meu precioso tempo cuidando da vida alheia. Claro se algum vizinho me parar e me contar algo, vou ouvir, mas fica nisso. A leveza de tua escrita me encanta, me ilumina e me deixa leve. Obrigado querida amiga.
ResponderExcluirps. Carinho respeito e abraço.
Tais, não apareço muito nos comentarios, mas gosto de ler seu blog. Menina, estou vendo que um dia vamos dizer "Sou do tempo do whatsap, ou zap Abs
ResponderExcluirEu também fugiria, porque são pessoas interessantes assim, em uma crônica, são até engraçadas, mas pessoalmente, cansam e não vemos a hora de estar bem longe delas.
ResponderExcluirE há tanta gente assim...