-Olavo Bilac
Aí vêm pelos caminhos,
Descalços, e pés no chão,
Os pobres que andam sozinhos,
Implorando compaixão.
Vivem sem cama e sem teto,
Na fome e na solidão:
Pedem um pouco de afeto,
Pedem um pouco de pão.
São tímidos? São covardes?
Têm pejo? Têm confusão?
Parai para os encontrardes,
E dai-lhes a vossa mão!
Guiai-lhes os tristes passos!
Dai-lhes, sem hesitação,
O apoio de vossos braços,
Metade de vosso pão!
Não receeis que, algum dia,
Vos assalte a ingratidão:
O prêmio está na alegria
Que tereis no coração.
Protegei os desgraçados,
Órfãos de toda a afeição:
E sereis abençoados
Por um pedaço de pão...
Aí vêm pelos caminhos,
Descalços, e pés no chão,
Os pobres que andam sozinhos,
Implorando compaixão.
Vivem sem cama e sem teto,
Na fome e na solidão:
Pedem um pouco de afeto,
Pedem um pouco de pão.
São tímidos? São covardes?
Têm pejo? Têm confusão?
Parai para os encontrardes,
E dai-lhes a vossa mão!
Guiai-lhes os tristes passos!
Dai-lhes, sem hesitação,
O apoio de vossos braços,
Metade de vosso pão!
Não receeis que, algum dia,
Vos assalte a ingratidão:
O prêmio está na alegria
Que tereis no coração.
Protegei os desgraçados,
Órfãos de toda a afeição:
E sereis abençoados
Por um pedaço de pão...
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Bilac, Olavo 1865-1918
Antologia poética / L&PM 2007 pg.73
Porto Alegre
Bilac, Olavo 1865-1918
Antologia poética / L&PM 2007 pg.73
Porto Alegre
Olá amiga Taís
ResponderExcluirÉ lindissimo este poema de Olavi Bilac. Adorei. Parabéns pelo seu bom gosto, sensibilidade e seu
profundo sentimenso, que a levou
à escolha deste poema.
Amiga, neste momento estou também a publicar poemas meus no blog de uma amiga. convido-a a uma visita em:
http://es-adrianalo.blogspot.com
O meu obrigado.
Beijinhos
Alvaro
Oi, Alvaro, já estou de sua seguidora no outro blog, é muito bonito. Deixo aqui o convite para os amigos darem um alô por lá.
ResponderExcluirBeijo e obrigada!
tais
Amiga Taís.
ResponderExcluirÉ sempre um prazer visitar o teu blog. Mas não tenho desculpas para a minha ausência. Acho que é mesmo preguiça.
Como agora aqui em Portugal é Verão, as temperaturas sobem demasiado e a moleza apodera-se da gente, mas não esqueço você.
Excelente escolha do texto em postagem.
Beijos
Victor Gil
Amiga Taís:
ResponderExcluirEste naco de poesia é uma delícia!
Poxa, que lindo! Olavo Bilac, que sensibilidade... Este poema deveria ser obrigatório para as pessoas que viram as costas para o pobre e desvalido que acham pela rua; que fecham o vidro elétrico do carro na cara do garotinho pequeno; que não dão nem um sorriso a quem nada tem.
ResponderExcluirVeja você, Taís, que isso é tão comum hoje em dia, que a desculpa sempre recai para a questão da segurança, mas convenhamos, a maioria tem mesmo é uma atitude higiênica com relação ao mendigo.
Outra coisa que execro, é a atitude daquelas pessoas que dizem coisas assim: "Ah, que vá trabalhar!". Sinceramente, se emprego já é difícil para quem estudou, image para aquele que não sabe falar, não tem roupa, não tem dentes...
Parabéns pela postagem desta bela obra.
bjão
Cesar
em tempo: seu blogue tá lindo!
em tempo2: Na linha do assunto pobres e desvalidos, leia, qdo tiver um tempo, esta breve crônica que escrevi e que, até hoje, gera uma polêmica danada. Melhor que a crônica são os comentários, alguns muito tristes, na minha opinião.
http://oscausosdocruz.blogspot.com/2008/10/gosto-dessa-gente.html
Olá Taís,
ResponderExcluirEnquanto os pobres caminham
descalço com os pés no chão.
Lá no Planalto Central
Vão saqueando a nação.
E o nosso presidente
Que anda sempre ausente,
Ciência não toma não.
Carinhosamente,
Dalinha
Oi, Tais!
ResponderExcluirNão costumo ler mto a poesia de Bilac, a não ser aquelas com tom raro romântico. Mas isso não tira o merecimento deste belo poema carregado de expressividade e realeza.
Pelo carinho e respeito que temos por ti - foste nossa primeira seguidora - há um selinho no "Aqui... Entre! Nós." com o qual queremos te presentear.
Carinhosamente.
LU MARIA
Oi, Taís...
ResponderExcluirTanto tempo já faz que Olavo Bilac compôs esse poema e ele ainda é tão atual!
Quem sabe um dia esses versos se tornem desatualizados.
Estive por aqui.
Quem será mais pobre, eles por serem desprovidos de bens materiais, ou a "gente" que não tem um coração caloroso?
ResponderExcluirFique com Deus, menina Tais.
Um abraço.