Renoir / The Reading 1890 |
- Tais Luso de Carvalho
Pois é, a gente vai vivendo, a vida vai passando, e vamos esquecendo de muitas coisas e de tanta gente querida. E de vez em quando aparecem algumas pessoas que não reconhecemos. E ficamos numa saia justa.
“De onde conheço esta pessoa?”
A pessoa sorri e vem ao nosso encontro. Ou algumas chegam de surpresa e tocam no nosso ombro. Perguntas e respostas se engasgam. Que situação! Minha tática é ficar enrolando até dar o clic na minha memória. Pergunto o que ela tem feito, onde está morando, arrisco perguntar sobre os filhos (terá filhos?), e o papo aí já começa a ficar estranho, mas são perguntas rápidas à procura de um indício.
“Quem é ela, está tão sorridente… pelo amor de Deus - me pergunto!”
Não posso dizer-lhe que nunca a vi e que não a conheço. O tempo nos transforma, mas não quero ser indelicada. Ela me reconheceu, então nos conhecemos de algum lugar. Pela aproximação dela, vi que já estivemos juntas.
Existem pessoas que com o passar dos anos conservam a fisionomia : às vezes ficam bonitas, como é o caso de Caetano Veloso. Outras não, esquecem de si… parecem uma casa em reforma. E aí fica difícil...
Tenho uma tia incrível. Estávamos no supermercado, eu um pouquinho afastada dela, mas vi um senhor lhe dirigindo a palavra. Esse senhor estendeu a mão para a titia, e lhe perguntou:
- Desculpe, a senhora não está me reconhecendo? Titia mais do que depressa me chamou:
- Tais!! Olha só quem está aqui!! Assim mesmo, fingida e desnorteada (ela não tinha a mínima ideia de quem era o homem, e transferiu o drama para mim).
Consegui reconhecer que era o seu antigo vizinho que foi morar em Manaus havia uns 20 anos. Reconheci o vizinho pela boca! Conservava a mesma boca de peixe baiacu! Não tinha como esquecê-lo. Não sei o que acontece, mas quando reconheço alguém é pela boca ou pelos dentes ( desde que não tenha chapa). Não tem errada. Acho que me daria bem se fosse veterinária, pois no mínimo saberia a idade do vivente pelos dentes.
A maior vergonha passei com minha melhor amiga do colégio. Há décadas foi morar em Belo Horizonte. Casou-se e ficou por lá. Mas com os filhos adultos, a família resolveu voltar para Porto Alegre. E certo dia, numa cafeteria...
- Oiiii, Taiiiis!!! Como estás?
Fiquei olhando para ela, já um pouco desorientada. Aquela situação horrorosa!
- Sou a Claudinha! Não estás me reconhecendo?
- Báh, mas assim não dá, trocaste a cor dos cabelos, como te reconheceria?
Não colou, foi um desastre. Claudinha engordou uns 30 quilos e coloquei a culpa nos cabelos! Não consegui contornar, quanto mais eu falava, pior ficava… Foi trágico! Ou quem sabe cômico? Errei, mas foi por uma nobre causa. Não quis magoá-la.
Constato, então, como a vida separa as pessoas que se querem bem, que são importantes na nossa vida. Naquela época éramos um grupo muito unido, muito amigo. Triste isso.
Mas assim a vida vai seguindo, e nós, meio assim...
Peixe Baiacu |
Vive-se a correr e no meio disso a memória ressente-se e nomes desaparecem. Já estive frente a frente com alguém, conversei, lembrava-me de detalhes (tinha trabalhado comigo) e o nome????? nada, zeros, uma ausência total. Dois dias depois lembrei-me e já era tarde, mas acho que consegui enganar com a conversa que fui fazendo.
ResponderExcluirUm bom dia
Isso acontece comigo, minha Amiga Taís. Agora resolvi o problema pedindo às pessoas que se me dirigem e eu não reconheço que me lembrem donde é que nos conhecemos. A idade fez-me perder a vergonha do esquecimento.
ResponderExcluirA sua crónica é, como sempre, escrita com algum humor, o que nos dá ainda mais gosto de ler.
Tudo de bom para si.
Um beijo.
Jajaja, que graciosa me ha resultado tu crónica por tus apuros para reconocer a alguien. Y es cierto, hay personas que en el transcurso de los años han cambiado mucho, y otras sin embargo conservan el mismo aspecto.
ResponderExcluirA mi me paso hace dos semanas en un funeral. Me quedé mirando a la persona que me saludó. Sabía que la conocía, pero no me llegaba el recuerdo, hasta que fue ella la que me dijo quien era, una profesora de mis hijas; y efectivamente ahí me di cuenta enseguida, tenía la misma cara pero había engordado bastante y es lo que me despisto.
Me encanto este relato Tais, he disfrutado con él.
Un abrazo y que tengas un buen día.
rssssssssss... Adorei te ler assim iniciando o dia com risadas... Adorei a saída de tua tia. Danada ela,né? A sorte que tens o dom de reconhecer pela boca,rs...
ResponderExcluirMas, de verdade ,acontecem situações incríveis...
E como é bom reencontrar amigas de outrora,né? Tantas risadas garantidas!!!
beijos, lindo restinho de semana! chica
Oi Taís é sempre bom vim no seu cantinho. E então quem nunca passou por uma situação assim. Creio que todos nós. É meio chato né. O mais chato é a empolgação do outro e nem. Nem lembramos de onde conhecemos. E é mesmo chato perguntar de onde a conhecemos. Mas faz parte da.vida. vez por outra isso acontece. Um belo dia pra você querida
ResponderExcluirBom dia de paz, querida amiga Taís!
ResponderExcluirNão adianta eu querer ficar despercebida. Todos me reconhecem. Assim dizem.
Gostei muito da comparação com o peixe que, por sinal, aqui é vendido muito e não é o venenoso. Muito gostoso
Sua crônica me marcou por sua conclusão verdadeira:
"A vida separa as pessoas que se querem bem, que foram importantes na nossa vida."
Comigo foi assim. Uma atrás da outra. Sinto-me 'depenada'... Despedaçada na alma.
Espiritualmente, eu compreendo, viver o desapego. Desde familiares, amigos, aos filhos... Um por um vão para longe por necessidade e 'amigos' me abandonam (assim sinto com alguns).
Até me emociono ao ler tal conclusão sua bem real.
Mas é a vida, fazer o quê?
Tenha dias abençoados!
Beijinhos
*no primeiro parágrafo do meu comentário, quis dizer que meu rosto é igual, só com os efeitos do tempo, claro! Assim que pessoas de anos logo me reconhecem, fica fácil. Creio que a amiga compreendeu minha fala inicial Bjm
ExcluirOlá, Taís! Excelente dica quando as pessoas alteram o seu perfil e, nós não sabemos como fazer uma abordagem mais racional. A minha mulher é um bocadinho gorda , mas, eu gosto dela assim e, quando vejo alguém muito gorda, digo-lhe logo:-Vês como tu és elegante e, ainda mais bonita do que ela!!! Abraço
ResponderExcluirAs pessoas mudam por vezes e como vivemos numa roda viva torna se dificil reconhecer por vezes a outra pessoa pode nos conhecer e não nos fala com algum receio.
ResponderExcluirhttp://retromaggie.blogspot.com/
costuma dizer-se por aqui que os outros são o espelho de cada um
ResponderExcluirde uma maneira geral, tenho boa memória para os meus "afectos"
uma excelente crónica, amiiga Tais
é um prazer ler as suas crónicas
beijo
beijo
Sempre a sua crónica divertida e muito acertada Taís!
ResponderExcluirolhe que me lembro das vezes que encontro pessoas na rua que conheço do local de trabalho mas com farda! então sem farda, é a tal tragédia!
sim conheço, mas será mesmo o tal da boina? Deus ajuda!
Tais!! Olha só quem está aqui!!
foi muito engraçada esse intervenção, apetece ter sempre alguém por perto que nos
ajude a "descalçar a bota"
beijinhos amiga, boa semana
Tu relato es muy ameno y simpático. Además, está lleno de razón.
ResponderExcluirVamos cambiando con el paso de los años y, a veces, es difícil reconocer a una persona.
Una pena, pero es inevitable.
Un beso, Tais. Feliz semana.
Boa tarde Taís,
ResponderExcluirUma maravilhosa Crónica que me fez sorrir! Quantos casos como esses não acontecem por esse mundo fora?!
Eu sou péssima em fisionomias e muita gente me conhece, mas cumprimento e só depois de alguma conversa chego à conclusão de quem é. Normalmente digo logo que não estou a reconhecer;)). A ultima vez foi também, porque a pessoa em causa me estava dando pistas às quais eu não a associava, mas devo confessar que ela também tinha uns quilinhos a mais;))!!
Vamos sorrindo e não levemos estas coisas muito a sério;))!!
Beijinhos,
Ailime
💌Taís,
ResponderExcluirHoje vim ler e me identifiquei.
Mas voltarei para contar
o que aconteceu tal qual
com Vc, só que pior...
Bjins de quinta-feira.
CatiahoAlc.😘
Tais, reconhecer alguém pela boca eu jamais conseguiria rss. Nossa, como são desagradáveis essas situações! Não há como reconhecer, de imediato, pessoas que estão longe de nós há muito tempo. O que me assusta, em ocorrências assim, é a capacidade dos "estranhos" que nos abordam. Como conseguiram se também passamos por inúmeras mudanças? Já me vi assim, como você, tentando fazer perguntas não comprometedoras, para advinhar quem é a pessoa que fala comigo rss. Já agi como sua tia, jogando a bomba para outra pessoa kkk. Fui abordada no aeroporto, a pessoa sabia tudo de mim e eu não sabia quem era. Logo perguntei, você se lembra da Vera????? E coloquei minha irmã na saia justa. Ótima crônica, querida. Bjs.
ResponderExcluirHola, Tais. Después de una pausa de varios meses, regreso al mundo de los blogs. Eso de reconocer personas que no se han visto en mucho tiempo es dificil.... Te entiendo con tu amiga aue había bajado de peso. Um beijo e um abraço pela voce e Pedro.
ResponderExcluirJá pesquei tanto baiacu, Taís. De anzol. Jogava a isca e lá vinha o baiacu. Tirava da água e ele começava a inchar. Tirava o anzol depressa e o devolvia à água. Ele mergulhava vinha à tona e mostrava aquela boca de baiacu para mim, risos, de agradecimento por o devolver à água . É bom que saiba que ia atrás de outros peixes, mas no lugar que eu pescava só fisgava baiacu. Epa! Já me desviava da sua crônica. E não me fale porque já começo a esquecer para não lembrar ou começo a lembrar para não esquecer, eis o meu dilema. E como a memória me trai. Nunca imaginei que ela fosse tão volúvel. Mas acho que nunca saiu com outro, risos. Mas é tão corriqueiro na minha vida o esquecimento, a falta de memória, risos!
ResponderExcluirOutro um dia, um policial veio atrás de mim, chamando-me com insistência. Ia acelerar o passo para fugir dele. Depois achei melhor retardar o passo e saber o que ele queria. E ele me disse muito feliz. "O Sr. não é professor José Carlos, o senhor foi meu professor no colégio tal? Então, relaxei. Não era um mandado de prisão em flagrante. Que alívio, eu senti, você não imagina. E ainda recebi um elogio de que eu tinha sido um bom professor. Ele encheu minha bola!
Um boa noite, minha amiga Taís!
Beijo,
Pelos dentes se conhece um cavalo, já dizia meu velho pai. Aqui rindo de sua comparação Taís. Mas é sempre uma saia justa estes encontros com ex colegas de escola e ou trabalho. Não sou muito bom de gravar fisionomias e quando vou à minha cidade sempre carrego um sobrinho a tiracolo,rsrs e eles me salvam.
ResponderExcluirGostei e ri.
Beijo de paz amiga e feliz fim de semana.
Gostei do Renoir.
Faço minhas as palavras da Graça Pires... lembro um jantar com ex-colegas. Alguns não os via há mais de 20 anos... com alguns deles, se nos cruzássemos na rua não sei se os reconheceria
ResponderExcluirBeijo
Me ocurre con frecuencia el no reconocer a alguien que me saluda o sonríe. Y eso que tengo bastante memoria visual.
ResponderExcluirLo paso mal. Procuro disimular y tal, hasta que a veces logro reconocerla. La mayoría de las veces no.
Abrazos.
Olá Tais,
ResponderExcluirExcelente crónica aqui partilha.
É verdade. O tempo vai passando, e muitas coisas deixamos escapar da nossa memória, são as vicissitudes da vida, e os seus imponderáveis.
Gostei muito desta crónica.
Votos de um excelente fim de semana, com muita saúde.
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Uma crónica muito interessante. Eu desde menina que tenho esse problema pois sou péssima fisionomista.
ResponderExcluirAbraço, saúde e bom fim de semana
Verdade, essas situações são perfeitamente embaraçosas.
ResponderExcluirEu sigo também essa tática de ir conversando enquanto tento lembrar-me da pessoa . o que por vezes é bem difícil dado eu conhecer milhares e embora guarde bem rostos, ao contrário de nomes.
Ri com a maneira que sua tia arranjou para sair da situação .
Minha querida amiga, beijinho com voto de excelente fim de semana ( aqui chove).
Também já me aconteceu algumas vezes situações embaraçosas como essa, encontrar alguém que me reconhece e eu sei que conheço mas não me lembro de mais nada, é uma situação bem constrangedora.
ResponderExcluirUma grande verdade, o tempo vai passando e muitas o avançar da idade e o afastamento físico nos faz esquecer os rostos que antes faziam parte do nosso dia a dia.
Excelente crónica.
Beijinhos
Todos hemos pasado por esa situación un poco angustiosa. Me pasa muy a menudo por ser buen fisonomista, ya pueden pasar años que a las personas que he conocido a lo largo de mi vida las reconozco nada más verlas después del transcurrir de los años; cosa distinta es averiguar de que la conozco, eso es tema aparte y la verdad sea dicha a veces se pasa un mal trance, hasta que al entablar conversación te llega algún recuerdo a la mente. Es de reconocer que como a todos nos pasa, la persona no a de sentirse molesta por tal situación.
ResponderExcluirUn gran abrazo Tais y feliz resto de semana.
Querida Taís
ResponderExcluirTraz-nos uma situação por demais desastrosa quando acontece. E o pior é que acaba por nos acontecer a todos, praticamente. A mim já por várias vezes. Não esqueço feições, mas nome e donde vem a pessoa já é outra coisa. Falo de pessoas que não vejo há muito muito tempo ou com quem não tinha muita convivência. Creio já ter referido, aqui, numa sua crónica, o caso de uma pessoa que não reconheci e isso não devia ter acontecido, de modo nenhum. Estive em casa dela a passar uns dias, fomos para a praia juntas, tomei parte, de forma indirecta, num drama que lhe afectou a vida. Depois vim para longe, estive uns anos sem a ver. Um dia volto à terra, entro na cabeleireira, olho à volta tranquila, sem alardes, não conheço ninguém, pensando eu. De súbito, uma senhora dirige-se-me chamando-me pelo nome, eu atónita a olhar. Ela escandalizada: Menina, o quê, não te lembras de mim? Aí uma das minhas irmãs que me acompanhava segredou-me o nome... Fiquei sem palavras. Uma vergonha. Nem o facto de ela estar quase irreconhecível me serve de desculpa.
Bom domingo, minha amiga. Sei que hoje é de grande decisão eleitoral. Que tudo corra bem, com resultados satisfatórios.
Beijinhos
Olinda
así es la vida Tais , pasa y se desvia del camino y con ella lleva a todo lo que una vez estuvo al paso ,es un recomenzar a volver , encontrar es fácil pero duro si no recordamos a las personas , pues estás confuso y al mismo tiempo no sabes que decirle , Marcel Proust reunió en su casa a los amigos de hacia veinticinco años , según bajaba las escaleras del salón pensó que se habia equivocado y salió al patio del jardín preguntandose así estaré yo ...bella reflexión Tais y magnificas las ilustraciones del cuadro de renoir y el peixe baiacu que dan amparo tu relato--O tempo passa, a gente esquece---fue un placer estar aqui Tais, tu amigo .jr.
ResponderExcluirAh, essa nossa memória Taís! prega cada peça ... rindo aqui das suas.
ResponderExcluirA gente esquece mesmo , principalmente quando a pessoa era só uma colega de trabalho ou amiga de escola _ nos distanciamos, perdemos o contato e os nomes
fogem _ consigo até lembrar da fisionomia mas os nomes não sei_ consigo disfarçar e quando termina o papo me pergunto_ qual o nome dela medeus? rs
Boa crônica Tais como é habitual ler aqui.
Boa semana com Presidente novo_ lulalalá dos males o menor ! será?
beijinhos
This is so true! And it can quite frustrating when you see a familiar face and can't remember where or when you've met that person before.
ResponderExcluirHugs and blessings 💐
Olá, amiga Tais,
ResponderExcluirPassando por aqui, para desejar uma ótima semana, com muita saúde.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Compreendo. Por vezes, apenas ficam as boas memórias.
ResponderExcluirBeijinhos
Coisas de Feltro
Tais
ResponderExcluirAcho que todos nós já passamos por situações iguais ou parecidas com o que escreveu na sua excelente crónica.
O que me angustia por vezes é não lembrar da pessoa no actual, e em tempos passados termos sido muito unidas.
Beijinhos
:)
Olá querida Taís, é tão ruim não reconhecer as pessoas depois de um longo tempo sem vê-las! Comigo aconteceu muito isso na pandemia, pois as pessoas de máscara me cumprimentavam e eu também ficava na saia justa sem saber quem era, literalmente boiando na cena.
ResponderExcluirAmei o seu texto, como sempre bem cômica, Taís você é super engraçada nas suas crônicas, hehehe. Grande abraço e bom feriado!
Pois é bem verdade tudo isso em que me revi. O tempo passa e nos modificamos uns mais outros menos, e quando deixamos de ver pessoas por largo tempo por vezes não as reconhecemos, já me aconteceu tanta!
ResponderExcluirBeijos.
Boa noite, Tais
ResponderExcluirTive que rir com a boca de peixe...rs
É desagradável mesmo quando encontramos as pessoas e não as reconhecemos.
E, por vezes, as reconhecemos mas não lembramos do nome
Terrível!
Excelente crônica.
Um beijinho carinhoso
Verena.i
Olá Tais
ResponderExcluirPostagem bem humorada, já aconteceu comigo e falei com a pessoa que não lembrava dela, coisas da memória kkkkk. Bjs querida.
Adoro essa expressão tão usada por aí e creio significar 'aperto, ficar preso sem .saída'. Ou seja «saia justa»... Sorri do princípo ao fim, com esta onda de bom humor escrita como só a amiga Taís o sabe fazer.
ResponderExcluirExcelente e tão verdadeira esta crónica. No fundo é coisa que acontece com todos nós. O tempo passa e a fisionomia ..e o físico, vão-se alterando. Na nossa menória ficou a lembrança das jovens de fomos então.
Um grande abraço de muito apreço, minha amiga Taís.
não sei que mais admirar, se o fio subtil ironia, que prepassa todo o texto
ResponderExcluirse o a sua qualidade de tranaformar pessoas banais em verdadeiros "personagens"
beijo, minha amiga Tais
Ei Taís!
ResponderExcluirSua publicação me trouxe uma história da minha vida
e hoje vim compartilhar minha experiência
com o tema de seu texto.
Morei em um bairro de casa por mais de 20 anos,
lá meus filhos nasceram.
Quando o caçula nasceu, a irmã
de uma querida vizinha também teve seu
bebê, se eu tive bastante leite para amamentar
ela infelizmente não teve, pois se submetera a
uma cirurgia plástica e mentiram para ela afirmando que
amamentaria, só que infelizmente não.
Então amamentei os dois.
A vida seguiu, eles mudaram do RJ, eu me mudei para Pasargada
e um dia aqui vindo praia meu marido parou no meio da rua,
e apontou para uma pessoa e disse: Catia reconhece?
Eu sem graça disse não. O jovem meio sem graça
me olhava e meu marido expansivo como é disse:
-Mãe desnaturada! Nem reconhece seu filho de leite!
Pedi desculpas e nos atualizamos. Eu sou cara de pau,
pq não tenho memória mesmo. Taís, acredita que
a família do meu filho de leite veio morar em Pasargada,
no mesmo bairro 5 anos antes de mim e ainda por cima
é músico como meu filho biológico.
Obrigada mais uma vez por sua publicação
sempre oportuna.
Bjins de bom fim de semana
CatiahoAlc.Reflexod'Alma
Great blog and have a nice weekend
ResponderExcluirCrónica muito boa. Parece ter sido tirada da história da minha vida. É que não memorizo nomes de pessoas que, por qualquer motivo, se afastaram do meu meio á longo tempo. Não sou nada bom nisso. Acontece!...
ResponderExcluirParabéns pela "finura" do Tema.
Beijo
SOL da Esteva
Vizinha / scritora, Taís Luso !
ResponderExcluirNão consigo parar de rir, sobre o "boca de baiacu"...
Conheço, muito bem, esse peixe... é feio, sensível e
tem a boca muito pequena. kkkk
A crônica é ótima, e me vi dentro dela, não por minha
boca, que é normal, mas pelos múltiplos constangiment os
que, também, já passei.
Parabéns !
Um fraternal abraço, e um ótimo final de semana.
Sinval.
Sinval.
Parabéns
Olá Taís. Mais uma das suas muitas crónicas tão originais! A quem não acontece ficar nessas difíceis situações..
ResponderExcluirEu julgo que estou quase a descobrir quem será, mas se fazem mais alguma pergunta aí é que me baralho. Mas a minha idade já me desculpa eu dizer que "desculpe mas ando já muito esquecida..." E se a pessoa fica triste o que mais tenho que dizer?..
Beijos, Taís
Pois é, a nossa memória as vezes faz disto.
ResponderExcluirÁs vezes dou comigo a pensar o que terá acontecido a tal colega do liceu, aquela que conhecia quando ia de férias para a praia os que foram ao meu casamento e que depois se foi perdendo o rasto.
Nomes eu vou esquecendo, mas rostos e voz não.
Faz anos num casamento ouvi uma voz que não me era estranha. Olhei e reconheci uma colega que não via aí há uns 20 anos. Foi a voz, porque fisicamente não tinha nada a ver com aquilo que eu lembrava dela .
Gostei muito de a ler.
Abraço e brisas doces **
Taís:
ResponderExcluircreo que todos hemos pasado por situaciones parecidas, así que, me veo reflejado en tu texto. La situación es especialmente catastrófica cuando la otra persona se acuerda muy bien de ti y yo no recuerdo nada de esa persona...
¡Qué horror!
Abraços-