13 de novembro de 2016

APENAS UMA REFLEXÃO




- Taís  Luso de Carvalho

Não sei qual a razão, mas quando rimos sem travas, brota em nosso rosto toda a alegria do mundo, e nada mais contagiante. E melhor, ainda, quando somos acometidos de um ataque de riso, daqueles difíceis de parar. E quando  percebemos que a 'coisa' disparou, mais rimos. É constrangedor, mas delicioso.
Porém, quando emergimos de uma grande tristeza, vem um choro sentido, e tudo se torna tão dramático que mais parece o fim dos tempos. O fim do mundo. Tapamos o rosto com as mãos, procuramos esconder as lágrimas, tentando esconder as nossas profundezas.
E assim somos: rimos escancaradamente, mas choramos com constrangimento. Dói mostrar a dor que por hora sentimos. Parece que algumas dores vêm para humilhar. Para acabar com nossa autoestima.
Mas certas emoções são tristemente lindas. Os poetas sabem disso, e nos tocam colocando em versos as tristezas e agonias do mundo. Nossas emoções também se fazem presentes através da música. Umas nos remetem à euforia, mas outras, à introspecção - momentos mais contidos. E ao escutá-las sinto-me enternecida e tomada por um sentimento que me eleva, momentos só meus. Não escuto música com o objetivo de me alegrar, não sou triste. Mas minha alma pede melodias que me sensibilizem, que me afaguem, que me deixem tranquila.
 Fantasie, de Chopin tornou-se um suporte para minhas dúvidas, minhas indagações perante o desconhecido. Beethoven, Vivaldi, Mozart, Bach e tantos outros me completam
Vim para frente da tela escrever um texto diferente desse, mas escutando Adeste Fidelis, Nessun Dorma, as Ave-Marias de Gounod, de Shubert, de Donati, dei uma volta, e não saiu o texto que tinha em mente. Travei. Essas melodias me fazem perceber o quanto pequena sou diante de tanta complexidade nessa imensidão em que vivemos. São nesses momentos que esqueço das maldades do mundo e penso na genialidade humana, das maravilhas de  que somos capazes. E por tudo isso, bate uma saudade do tempo, bate uma saudade da minha outra metade que o tempo já levou.
São nesses momentos, de plena sintonia, que penso o que não deveria  pensar: gostaria que tudo parasse, e que nossas vidas não fossem finitas. E lamento termos nascido com essa cruel percepção de finitude. E essa agonia só acontece conosco, porque somos os únicos racionais.
Lembro do último ano de vida de meu pai, homem de uma fé inabalável; lembro do dia que o encontrei chorando
Paizinho se sabes para onde vais, e que o paraíso é maravilhoso ao lado de Deus, por que choras, pai?
Choro por deixar vocês, filha...
E choramos juntos;  fiquei sem saber mais nada. Na época, eu não tinha  a noção do que seria uma perda desse porte.
Mas, enfim, nada temos a fazer a não ser lutarmos pela felicidade, enquanto a vida perdurar. É o mínimo que temos a fazer.






42 comentários:

  1. É viver um dia de cada vez e bebermos de todos os momentos, com entrega e doação total... Não sabemos do minuto seguinte... Essa é a sabedoria divina que nos faz cuidar, acolher e amar os nossos, sempre e cada vez mais!
    Abraço.

    ResponderExcluir
  2. Puxa,Taís,te "puxaste" e escreveste de forma tocante, emocionante.

    Perdas são tristes mesmo e nossas emoções acho algo lindo de observar...

    Há vezes que estou um tanto fragilizada e de repente, começo a chorar e, instantes depois tenho que rir de tão bobona que sou de chorar assim... Mas lavo a alma e depois melhoro! Faz vem, logo tudo passa!

    Pior é ficar guardado.

    Uma vez ao final de uma novela(sempre choro) tranquei, tranquei, pra não parecer boboca.

    Resultado: Quase fui parar no HMV com uma síncope. Travei e nem respirar conseguia! Agora todos já sabem e até em comerciais choro, se me emociono!

    bjs, gostei de te ler e das músicas que ouves! chica

    ResponderExcluir
  3. Acróstico

    Sim, chorar depois rir tem sua hora
    E cada evento alguma coisa diz
    Nem sempre neste momento, agora
    Tem-se esta sensação de ser feliz.

    Indispensável o choro talvez
    Mas assaz importante uma risada
    E ambos por certo tem sua vez
    Negar tal fato nos levará a nada.

    Tais sentimentos trazem solidez
    O que torna nossa vida regrada
    Sorrir e chorar mantém lucidez.

    ResponderExcluir
  4. Taís, que texto emocionante! Com essa interpretação de Chopin até dá para chorar!
    Vou voltar para ouvir tudo e reler o seu belo texto.
    Beijo grande, amiga

    ResponderExcluir
  5. Taisinha, esta é uma belíssima postagem, com a imponência do mar na pintura Alexander Dzigurski e depois de tua crônica o vídeo com a música de Chopin, na execução do famoso Yundi Li.
    A tua crônica diz bem dos teus sentimentos para com essas obras de arte, em especial o teu gosto por Chopin e outros clássicos. Ve-se, também, o amor que nutriste pelo teu pai, médico e católico estudioso, com vários livros publicados e com centenas de artigos para os jornais do Estado durante mais de 40 anos. (lembro-me que dizia que não temia a morte por estar de mãos com Deus, não por medo, mas por amor.
    Mas a tua crônica também diz da saudade que sentes dele. Falas aqui em casa muito de tua mãe, o tanto que ela foi tua companheira. Sim, eles fazem muita falta.
    Beijinho daqui do escritório.

    ResponderExcluir
  6. Taís ... o som é fantástico e o texto digno de ser lido!
    Como sempre um belíssimo momento de leitura e arrasou com as duas frases finais!!! bj

    Gosta de mar e de provérbios?
    Veja aqui uma selecão deles:
    http://mgpl1957.blogspot.pt/2016/11/proverbios-com-sabor-maresia.html

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Também já apanhei um susto com uma corrente que me arrastou mar dentro...e valeu a minha serenidade e algumas rochas para recuperar o fôlego!
      Ainda hoje me arrepio!
      Respeito muito o mar!
      Penso que não disse...este olhar é lindo!
      Bj

      Excluir
  7. Chopin sempre me comove, Taís. E este seu texto é realmente para reflexão. Reconhecemo-nos nas palavras dos poetas e na maravilhosa musicalidade dos músicos e da própria vida. E ficamos fascinados por esse impulso que até nos faz esquecer que o mundo vai mal e que a nossa vida é tão breve....
    Uma boa semana.
    Beijos.

    ResponderExcluir
  8. uau, e que reflexão, Tais! Extravasar as emoções sentidas é algo realmente contagiante. Tu rasga o peito e expõe as tuas, e de imediato, brotam as nossas. E essa conexão tão emaranhada de vivências e amores e conquistas e perdas e alegrias e tristezas e saudades e emoções experimentadas ao longo do caminho, nos aproxima e nos conecta e a finitude fica mais aceitável. Por isso as amizades são tão importantes. *Um beijinho carinhoso*

    ResponderExcluir
  9. Necesitamos reír como llorar son momentos que vivimos de emociones y de las que tenemos que demostrarlas y en cierto modo nos hacen bien.
    Bonitas las palabras de tu papá.
    Besos

    ResponderExcluir
  10. Taís há momentos alegres e tristes em nossas vidas,e temos que lidar com esses dois sentimentos.
    Sorrir faz bem a noss'alma,mas chorar a entristece a não ser que seja um choro de alegria,como o nascimento de um filho.
    Quando senti realmente o choro de tristeza foi no momento que meus pais partiram para outra morada,mesmo sabendo que um dia iríamos nos reencontrar.
    Obrigada por compartilhar essa crônica tão linda.
    Bjs e uma feliz semana.
    Carmen Lúcia.

    ResponderExcluir
  11. Amiga Taís, hoje tive um dia difícil, passei parte dele no hospital com a minha mãe.
    Não consigo passar as emoções com esta perfeição para a tela, faltam-me sempre palavras.
    Por isso a admiro.

    Um beijinho emocionado



    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Que tudo corra bem, Fê, que sua mãe se recupere.
      Meu carinho, querida amiga, lhe entendo muito bem...

      Excluir
  12. Oi Tais,
    Quase que não comento( não via o espaço)
    Eu já segurei choro quando uma colega de escola, por ela não entender de teatro), falou tantas besteiras de mim, doía minha garganta, mas fiquei quieta. Juntou-se com uma serviçal e ficavam no recreio o tempo todo fuxicando.
    Também não expliquei, a diretora saiu gritando por ignorância. O ano terminou e quando reiniciou ela veio me abraçando e beijando, mas não adiantou mais nada, logo para todos na cidade ficaram sabendo que seu marido perdeu um "empregão" e ela ia todos os anos levava os filhos para a Disney e aí? Hoje ele tem uma lojinha de peças que não deve vender nada( ainda mais com a crise que estamos)
    Ninguém veio à minha defesa.
    Eu e meu marido estamos aposentados e temos uma casa aqui onde moro de aluguel e 2 casa geminadas alugadas.
    Quando meu tio( que me criou morreu, senti saí correndo de casa por uma rua e meu marido veio por outra rua. Voltei. Chorei desde as dez horas da noite até as dez da manhã, sem comer nada e nem ao banheiro fui. Eu o amava muito.

    ResponderExcluir
  13. Oi Taís
    É emocionante ver você se desnudar em palavras deixando à mostra as suas emoções e nos contagia fazendo aflorar as nossas. E quanto mais nos aprofundamos na leitura do texto vamos sentindo uma leveza gostosa e daí vem o riso pleno de emoção. Como é bom te amiga
    Beijos e uma maravilhosa semana

    ResponderExcluir
  14. Pois Taís, por que fomos buscar entender esta coisa da finitude?
    E vamos pela vida neste cobrir e descobrir as emoções.E deixe o pranto rolar.
    O Milton Nascimento em Certas Canções, ele diz que certas canções que ouvimos cabem tão dentro de nós, que parece que nós a fizemos. É assim esta emoção que nos acomete ao ouvir uma canção ou mesmo ler uma poesia.
    Bela cronica da emoções amiga.
    Bom feriado de paz e boa musica.
    Bjs de paz.

    ResponderExcluir
  15. É isso minha amiga, enquanto por cá andarmos é aproveitar o que a vida nos dá e o que Deus nos proporciona, porque certo é o nosso fim.
    É sempre um prazer ouvir Chopin.
    Um abraço e boa semana.
    Andarilhar

    ResponderExcluir
  16. Oi, Taís Luso !
    Tudo por aqui é belo e verdadeiro.
    O texto abordando as profundas
    emoções... a imortalidade de alguns
    fenômenos musicais... a despedida
    dos nossos amores.
    São paixões indescritíveis !
    Muito grato e uma feliz semana,
    querida amiga.
    Sinval.

    ResponderExcluir
  17. Bom dia Tais.
    Uma postagem cheio de verdades. Entre lágrimas e sorrisos a vida segue. A certeza de um fim. Nós da a capacidade de superação e da o devido valor a vida. As vezes escutar uma música do nosso agrado é um aconchego a nosso coração. Uma linda escolha da música. Uma Feliz semana para vocês. Abraços.

    ResponderExcluir
  18. E você encontrou um jeito muito meigo e carinhoso de se referir a esses momentos que de vez em quando nos faz lembrar da nossa efemeridade, de passagem por esse mundo!
    Você tem razão, as obras desses grandes compositores realmente nos acorda, não para o temor pela finitude, mas, a tristeza de ter que deixarmos nossos entes queridos!
    Bela e profunda postagem, Tais!
    Beijos e tenha uma boa semana!

    ResponderExcluir
  19. Querida Amiga Taís O seu texto foi do princípio ao desfecho maravilhoso, a música , a tela exuberante ...
    Sei que saudades de pai e mãe, são infindas, principalmente quando as boas lembranças deles nos chegam. Às vezes através de uma musica, de uma simples frase dita por alguém, um perfume, um acontecimento déjà vu, nos carrega ao passado nos alegra ou nos entristece e até nos revolta com as injustiças da vida, com a nossa pequenez para consertar o ruim ou prolongar o bom.
    A vida é o tempo todo assim, procuro não pensar muito na minha ida, preocupar-me com os filhos e com meu companheiro, como ficarão, mas por outro lado a dor de ver entes amados partirem é bem pior do que ficar para depois.
    Levar a vida como ela é será sempre o melhor, buscar a felicidade nas coisas simples da vida. Além do que é o que nos resta, esperar em Deus o que Ele nos reservou.
    Fique bem,
    beijinhos,
    PS. minha demora nos comentários e agradecimentos deve-se a bendita companhia de abastecimento de energia, cai meia dúzia de pingos de chuva fica-se no escuro, sem internet.

    ResponderExcluir
  20. Minha querida amiga Tais, que bom ler-te, que bom saber de tuas referências, também sou apreciador de música erudita, Vivalde e Lizt, o punk erudito Franz Lizt...mas teu post é mais, muito mais profundo, me fazendo estar no limite ou entre os limites...sorrir como se não houvesse amanhã, escancaradamente feliz na rua e no entanto me recolho para lamber e chorar minhas feridas de tristeza. Tu dizes uma grande verdade, ou pelo menos eu acredito nisso, os poetas tem o poder e a leveza, de fazer verso de uma tragédia, encontrar palavras que nos fazem ver o mal e o mal não nos atingir, pelo contrário, podemos conhecer e sair dessa cilada (já tou divagando rs). E sobre a finitude, estou lidando com isso agora, minha mãe que se recupera de um avc, mas a diabetes lhe tirou a visão. Passo meus finais de semana, ou qualquer folga e durmo no quarto com ela e quando ela acorda nas madrugadas pedindo para ascender a luz, parte meu coração, então sento com ela, tento explicar e de repente no meio das lágrimas, lembramos algum fato curioso da família, das crianças e trocamos as lágrimas por riso, então ela diz, que só eu mesmo para fazer ela rir e enche meu coração de esperança. Minha querida amiga Tais, sou teu fã, gosta dfa leveza com que trata os temas, e da beleza de teus escritos que nos entrega, compartilha, nos permitindo ver através de teus sentidos e aproveitar, pois a vida é bela e não muito longa, não tanto quanto eu gostaria rs. É sempre um imenso prazer estar por aqui.
    ps. Carinho respeito e abraço.
    ps2. Obrigado minha amiga por fazer parte de minha vida virtual/real e sempre me iluminar com tuas palavras no meu blog.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Que lindo comentário, meu amigo Jair! Muito obrigada por suas palavras tão certeiras. Fico feliz quando meus textos ajudam um pouquinho. Emociona muito ouvir sobre sua mãe e você. Sei o que você está sentindo.
      Cortou meu coração quando você disse que ela pede para você acender a luz, deve ser muito difícil...
      E usando a sua marca, para finalizar... "meu carinho, respeito e abraço!"
      Melhores dias, amigo.

      Excluir
    2. Minha querida amiga, sempre me surpreendendo, com gestos de afeto...quando li tua crônica, me achei, me encontrei despido dos traumas, vergonhas, apenas deixei meu coração e cérebro trabalharem. A leveza e ao mesmo tempo profundidade que nos faz refletir. Eu só fico muito agradecido sempre a Deus, porque apesar de ter amigos fiéis, poucas são as pessoas que consigo me permitir, contigo é o contrário, tenho paz, luz e uma outra porta ou janela que não deixa de dizer para mim, que vale a pena. Obrigado minha amiga. Todo meu carinho, meu respeito e meu abraço.

      Excluir
  21. Reflexões profundas, muito bem expostas...
    Num destes dias, uma amiga muito querida escreveu no seu blogue que partida dos nossos tem sabor a sangue...
    A sensação de finitude vai aumentando com o passar do tempo...
    A pintura é soberba! Um mar belíssimo e imenso que tanto nos atrai e gostamos de abordar fazendo-nos sentir mínimos...
    A boa música tem o poder de nos acalmar e a clássica é poderosamente tranquilizante. Esta «fantasie impromptu» é deliciosa, aliás FChopin é um doce.
    Excelente postagem que muito me agradou.
    Abraço, querida amiga.
    ~~~~~~~~~~~~~~~~~~

    ResponderExcluir
  22. Tais, o teu texto é demais!... Com uma só cajadada acertasses mais de mil lebres. Divino e emocionante texto, que se desdobra em muitos assuntos emotivos. Vou fazer apenas dois comentários: I - Estou tentando compor letra e música de textos, por achar a música divina (na acepção exata da palavra). II - Stalin dizia - não toquem música, porque elas fazem eu deixar de odiar os meus inimigos! Tais, tu és uma artista completa. Parabéns! Alegra-me contar com tua amizade e do Pedro. Abraços. Laerte.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Laerte, é verdade, a música tem esse poder transformador, e cada um molda seu gosto às músicas que lhes convém. O meu espírito requer calma e emoção, nada de punk. Essa do Stalin é de amargar. Muito Obrigada, pelas tuas palavras tão generosas! É muito bom te ver na blogosfera, interagindo com amigos em comum.
      Abraços, querido amigo!

      Excluir
  23. Sabes, Tais, desde que vejo os meus pais tão frágeis, ele já nem conhecendo os netos, e desde que comecei o meu voluntariado com uma senhora de 88 anos que vive sozinha, tenho pensado na finitude do ser humano e não posso deixar de ficar triste. Muitas vezes digo a mim mesma " não pedimos para nascer e para quê se , na melhor das hipóteses duramos 80 anos? " Parece muito,
    mas depois de ter chegado aos 63, chego à triste conclusão de que é muito pouco. Gostaria que o
    tempo parasse aqui, época em que os filhos estão criados, os meus pais ainda connosco e tudo
    com saúde. Sei que não pára e que a vida vai girando a seu ritmo sem que possamos fazer nada
    . Vejo a minh tia om 92, fragil, embora lúcida, com o olhar triste, sabendo que, de um dia para outro
    se

    vai. Alguns idosos estão mesmo só à espera que a morte lhes bata à porta, sem terem conforto, companhia e alguns com necessidades de todo o tipo. Por isso, amiga, me inscrevi num programa aqui da minha cidade, " palavras e afetos" e, com muita satisfação , visito duas veze por semana essa idosa; conversamos e resolvoo algum assunto necessário para que ela na tenha necessidade de ir à rua, pois tem dificuldade em andar. É assim, amiga, que vou atenuando esta minha tristeza quando penso a sério na velhice. Os meus pais estão no Brasil, felizmente, com enfermeiras a tempo inteiro para cuidarem deles, mas, o que será daqueles que não têm capacidade financeira para isso? Aqui em Portugal há muito apoio aos idosos ao domiilio, para fazerem a higiene e até para receberem a alimentação gratuita, mas aí no Brasil, penso que não há nada, pelo menos em Guaratingueta, onde moram os meus pais não não conheço nada disso. Tais, um tema muito oportuno, que deve preocupar a todos e que leva a pensar que tmos também de fazer o que nos for possivel para minorar a situação dos velhinhos desfavorecidos. Um beijinho e obrigada.
    Emilia

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Que belo gesto o teu, Emília, doar parte do teu tempo, do teu afeto, do teu carinho. Aqui na minha cidade, e também em outras existe, sim, programas para idosos, diversões e outras coisas, até visitas aos asilos por crianças do primeiro grau. Acho isso divino, integrar as crianças com os idosos, levam alegria, muitas. Outras pessoas vão fazer o cabelo e as unhas delas/deles. Sempre tive muita penas dos velhinhos, eles pressentem...
      Beijo, querida amiga. Obrigada sempre!

      Excluir
  24. Cara amiga Tais, grande ser humano. As pessoas sensíveis são assim, não vivem sem a boa música. Pois, como é percebível, também estou no time dos que já comeram a metade do bolo, aliás, no meu caso, já passou da metade. Ah, tenho um amigo, do nosso time, que fala assim quando lhe perguntam a idade; tenho a idade necessária. Ainda sobre música, também sou muito mexido por ela e tem uma muito triste, mas que me acalma nos momentos não tão bons; A Elisa de Beethoven. Quanto ao medo da morte já não o tenho, mas como o seu pai, às vezes, fico pensando naqueles que estão próximos e que não os verei por algum tempo. Subscrevo as palavas da Jair Machado, é um grande prazer vir aqui para apreciar teus escritos perfeitos, leves, mesmo quando o tema é denso.
    Um abração. Tenhas uma boa tarde primaveril.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não fiz ideia de que nesse texto receberia comentários tão lindos pra mim, querido amigo Dilmar. Muitíssimo obrigada!
      Essa música, Para Elise/ Beethoven, é também uma de minhas preferidas. Sabe, medo da morte eu não tenho, tenho é pena de deixar esse belo planeta. Também deixar os 'meus'. Espero que leve tempo, isso se não levar uma bala perdida por aí...
      Abraços daqui do nosso chão gaúcho!

      Excluir
  25. Muito bonito e tocante o seu texto. A lembrança do seu querido
    Pai bordada na sua memória este sentir eterno, pois o amor é
    eterno!...

    A música escolhida é divina e partilho na sintonia do gosto musical.

    Um bom final de semana, querida Taís.
    Beijos.

    ResponderExcluir
  26. Também me sinto em Paz, ao escutar a música desses Mestres....
    O Canal mais visto e ou ouvido cá em casa, é o MEZZO.
    É uma paz tão grande.....que nem me lembro dos Trump's e quejandos.
    Obrigado por mais esta crónica.
    Beijo

    ResponderExcluir
  27. Somos risa y somos llanto. Amor y también somos odio, en muchas ocasiones. Alegría y tristeza: una o la otra a nuestro alrededor revolotean. Es verdad que hay que luchar en cada momento por nuestra felicidad y por la de todos aquellos a los que amamos. Es verdad que el hombre dispone de muchos recursos, uno de ellos la música y que hoy tenemos a nuestra disposición, al alcance de nuestra mano poder escuchar las mejores melodías que se han ido creando a través de siglos de cultura.

    Es ley de vida que los padres abandonemos antes que los hijos y aunque sea ley no deja de ser doloroso. Siento que te haya tocado pasar ese momento. Las personas a laz que queremos de verdad, nunca mueren mientras nosotros no las olvidemos y, además, de un padre siempre hemos recibido algo, su sonrisa, el color de sus ojos, el tono de su voz, en fin, muchas otras cosas valiosas. No se pierde todo.

    Quiero darle las gracias por sus amabilísimas palabras en mi nuevo blog de poesía. Me alegró mucho recibir sus comentarios y valoro, en todo lo que vale, su visita. Ha sido un auténtico placer. Un abrazo. Franziska

    ResponderExcluir
  28. Tais
    Por vezes "vamos que vamos por ai", escrevendo ao sabor que nos vai na alma, de momento, mas no fim saindo um belo naco de prosa. Quanto ao riso, muito terei a dizer: que não rio, mas é minha condição, andar sempre sorridente, porém sou muito emocional. Depois alguém, como eu sabe o que é viver sete anos sem a faculdade de sorrir e no fim desse tempo, dar consigo, de repente a sorrir?
    E nesses sete anos jamais estar triste, mesmo num momento de lucidez, ver um familiar me olhar como quem me veria a última vez?
    Comigo aconteceu, já neste século!...
    Abraço

    ResponderExcluir
  29. Um texto franco... que nos leva do riso às lágrimas, mas com um fio condutor, notável!
    No início do seu texto... a propósito de ataques de riso inconvenientes... recordo um velório, há muitos anos atrás, de uma pessoa dos conhecimentos de minha mãe e de umas amigas dela, ao qual calhou eu ir junto...
    Uma delas... tinha sempre histórias engraçadas para contar... e num velório... há que passar o tempo... conversando... e contando coisas...
    Pois foi o que bastou... a senhora começou contando algo... que fez toda o mundo à volta se contorcer nas cadeiras... lavados em lágrimas, de cara afundando em lenços de toda a espécie... disfarçando um ataque de riso colectivo... de forma silenciosa... em pleno velório!... Já viu, maior inconveniência do que essa?... :-) Mas cada um soluçando como podia... de riso... com lágrimas escorrendo... e sem perder a pose...
    E a história começou, com ela contando, que tinha um cachorro, cujo nome... a deixava sempre em apuros de toda a espécie... quando chamava por ele, em qualquer lado, quando o perdia de vista... o nome do cachorro... era Não Sei... a coisa foi piorando, há medida que ela entrava em detalhes... nos apuros, em que ela se metia... gritando NÃO SEI... bem alto... nos mais variados locais, em que se fazia acompanhar com o cachorro... e o perdia de vista...
    Só sei dizer... que esse velório... ainda hoje é recordado... com imensos sorrisos... cada vez que nos lembramos da história... e já ninguém sabe dizer... de quem era, ao fim de uma porção de anos...
    E assim dou por terminado meu comentário inconveniente... pois sua crónica, até terminou de uma forma bem emotiva... e que me sensibilizou imenso... mas o seu início... fez-me logo recordar este episódio... inconveniente... e com muito pouco de triste... que decidi partilhar...
    Beijos, Tais! Bom domingo!
    Ana

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. ...mas adorei seu comentário, Ana, também já passei por uma dessas que você contou, e num velório! Talvez um dia eu conte, mudando os nomes, até a cidade! Vá lá que alguém se lembre...
      Beijo, querida amiga!

      Excluir
  30. Nossa Tais,
    Cada qual com seu gosto;o seu é mais refinado, mas gosto de ouvir a 5ª sinfonia de Beethoven me da uma saudade de mim mesma quando mais jovem o compositor Mozart. O resto é mais samba mesmo.Sou bem popular.
    Agora quanto ao riso, eu já me perdi de tanto rir, parava um pouquinho e ria novamente. Parecia até uma doença( Era a juventude a flor da pele), agora se for a um velório mesmo que não conheça o ou a defunto cio aos prantos( É a velhice chegando).
    Para tudo tem uma explicação,.
    Menina, aqui fez 38º, quase torrei de dor nos pés. Se continuar assim vou deixar de comer para pagar a força.kkk. Os dois ares condicionados já estão ligados, daqui a pouco eu entro lá.
    Beijos
    Minicontista2

    ResponderExcluir
  31. Adorei seu texto,Taís.

    Sabe que somos muito parecidas?

    Amo esses autores ,mestres da música erudita. E durmo sempre ao sabor dessas pérolas!

    E temos que lutar pela felicidade sempre!Enxugar as lágrimas e seguir!C'est la vie!

    Recomeçar é meu lema de vida.E ter esperanças de dias melhores.

    Obrigada pela visita.

    Dei uma pausa para as festas,mas retorno em janeiro.

    Um Natal e Novo Ano de bênçãos para você e seus entes queridos.

    Beijos sabor carinho e até breve

    Donetzka

    Blog Magia de Donetzka

    ResponderExcluir
  32. Dei uma pausa para as festas,mas retorno em janeiro.Obrigada pelas visitas e carinhosos comentários.

    Um Natal e Novo Ano de bênçãos para você e seus entes queridos.

    Beijos sabor carinho e até breve

    Donetzka

    Blog Magia de Donetzka

    ResponderExcluir


Muito obrigada pelo seu comentário
Abraços a todos
Taís