Existem certas coisas que não consigo entender. A obsessão por adrenalina, que muitos buscam, está acima de minha compreensão. Quando existem muitas instruções para segurança é porque as possibilidades de algo dar errado não são pequenas. O medo nos impõe limites. Será que desafiar o perigo é ser valente? Será necessária essa superação num esporte radical onde os riscos são enormes?
Em minha última viagem de avião - que não foi por esporte -, ao ver a instrutora colocar a máscara de oxigênio, falar como se destranca o cinto, apontar para a porta de emergência, pensei o que estava eu fazendo ali. Pensei em sair correndo, sumir daquele avião. Ainda mais com uma barrinha de cereal, um pacotinho de bolinho, e o tal refrigerante... Morro e ainda de barriga vazia.
Todos conhecem o esporte radical - o Bungee Jump - no qual o camarada é preso pelos pés, por uma corda elástica, e se atira de ponta cabeça, de uma altura descomunal. Emociones! Penso haver um inconformismo, na nossa espécie, pela ausência de asas. Todos gostariam de voar.
O que pode acontecer neste ioiô ninguém sabe. Enfartar? Ter um AVC? Acabar com a coluna? E hoje lembro daquela maldita montanha russa que fiz a bobagem de entrar... Que coisa mais horrível, nunca havia pensado em suicídio. Mas não tinha mais volta; lá estava eu esperando pelo martírio.
Isso, que chamam de Esporte Radical, começou a ser difundido em 1954 quando dois jornalistas da revista Nacional Geographic foram à ilha de Pentecost, no pacífico sul, e relataram este esquisito costume dos nativos que, após construírem altíssimas torres, amarravam-se com videiras e saltavam. Depois o negócio veio se aperfeiçoando. E hoje a coisa tá bem perfeitinha, acessível a todos os loucos.
Ontem, tive a minha dose de adrenalina, mas não precisei ir muito longe: tentei entrar na porta giratória do meu Banco por três vezes e não consegui. Se o vigia tivesse olhado pra mim, com mais atenção, certamente viria que não tenho perfil de assaltante. Fiquei indignada: tirei o celular da bolsa, as chaves, e nada. Achei que o problema estava nos meus brincos: tirei os brincos, relógio, óculos... E nada! Bem, aí eu não me coordenava mais; fiquei indignada. Fiquei entalada no pequeno espaço da porta giratória. E só mandavam eu recuar. E o Banco lotado de gente impaciente. Quanto pior estamos, mais os outros reclamam. Consegui descobrir a razão: os metais da bolsa! Daí consegui entrar, tive o meu vôo livre.
E lá dentro, esperando ser atendida, pensava na tal adrenalina que muitos correm atrás. Para conseguirmos viver nossos dias com bom humor e tranquilidade, como simplesmente ir ao Banco fazer transferência, pagar conta, ver saldo, retirar dinheiro do caixa eletrônico - num final de semana - e sair olhando para todos os lados , tornou-se um desafio para quem quer adrenalina pura.
Portanto, para os que não querem gastar muito, o melhor, o mais divertido, o mais gostoso, o mais estimulante é fazer um tour pelos Bancos do nosso país, principalmente num fim de semana, onde não há movimento. É adrenalina pertinho de você.
Larguem estes brinquedinhos de criança, o Bungee Jump, o pára-quedas, a canoagem, o alpinismo... E divirtam-se sem gastar nada, e sentindo muitas emoções. Saí feliz, pois descobri que coragem se encontra é na força do espírito!! Cheguei em casa tomei um Valium e me apaguei; dormi a tarde inteira.
E tudo saiu bem baratinho...
Pô! Valium!? adorei o lance do Banco rs rs rs Muito bom
ResponderExcluirAdorei!
Um abraço
Oi Tais, gostei da postagem, realmente precisamos aprender apreciar as essências simples que a vida oferece.
ResponderExcluirComo disse Pe.Paulo Ricardo" tente ter o olhar simples, não complique sua forma de olhar a vida...as atitudes alheias;tente ser feliz com com uma visão simples e amorosa.
Que Deus te abençõe juntamente de seus familiares.bjs
Oi Tais,
ResponderExcluirGosto muito dos seus textos. Além da criatividade ainda aprendo!
Passei poresta sagano banco há alguns dias, sei bem como funciona. É exatamente como voce descreveu.
Bjs e boa semana!
Já passei por isto ,mas em um Aeroporto.Na revista fui barrada.Depois de muita adrenalina e nervos a flor da pele foi descoberto que na minha roupa tinha umas flores bordadas e cujo miolos eram tachinhas de cobres. Passei um belo constrangimento.
ResponderExcluirBem nos bancos é normal situações como esta. Amiga adorei teu texto.Sempre me sinto parte do acontecimento.É sempre um prazer visitar teu blog.Bjs
Taís,
ResponderExcluirBom tema! Olha, sou avesso a esportes radicais e cheios de adrenalina. Montanha russa e afins, to fora! O máximo que gosto nos parques de diversão é o carrinho de bate-bate.
bjão
Cesar
Concordo plenamente com você. Já tive meus dias de estresse no banco, no transito e a vida mesmo já me brindou com bons sustos. Não preciso de mais, preciso de menos.
ResponderExcluirbeijos
Adrenalina? Tô fora! rs Morro de medo e não pago para sofrer, mas há quem goste!
ResponderExcluirBeijocas e ótima semana!
rsss.... essas portas são danadas!!!
ResponderExcluirE nos colocam em cada situação!!! beijos,já de volta, em casa( confesso que sem nenhuma vontade de voltar),chica
Táis,
ResponderExcluirQuando eu era jovem meu sonho era pular de paraquedas, isso não aconteceu porque meus pais não deixaram, hoje morro de medo de altura, rsss
É isso mesmo Taís, gostaríamos de ter asas, de voar, eu já quis, mas foi quando era criança, agora nem pensar, rsss
Taís quero lhe fazer um convite, venha conhecer meu novo blog, vou ficar feliz com sua visita. Um abraço!
ops...
ResponderExcluiro link:
http://reservadeemocoes.blogspot.com/
Ivana Altafin.
Viver....é pura magia...Onde é que já
ResponderExcluirouvi isto????Não queria...mas vou dizer. O que eu me ri Taís...a culpa
é dos seus textos carregados de humor...Adrenalina nunca tive, mesmo
quando escalava umas motanhasinhas ...
E nem estou para aí virado. Oxalá nunca me toquem....ao virar da esquina...
Beijo
Olá Taís,bela crônica,penso que de alguma forma todos já se depararam com alguma situação semelhante e,olha que a adrenalina vai às alturas,eu fiquei presa no aeroporto devido a um abridor de latas,ainda era novo e com modelo moderno,grande,e até descobrir fiquei na espera,que vexame rsssss
ResponderExcluirTaís,tem um selo para você em meu blog,dê uma passada por lá e o traga para seu espaço.Um grande beijo!
Por isso é que eu gosto de arte!
ResponderExcluirPense bem: na arte podemos desafiar, contrariar, arriscar, voar cair, errar e até só acertar. É uma viagem
ao inconsciente onde podemos agir como loucos varridos!
Os escritores ( aqui eu te incluo ), os pintores, atores... todos podemos
curtir uns desafios sem grandes riscos.
Mas que programinha de índio esses esportes radicais.
O último risco que eu corri foi de provocar uma explosão ao "riscar" um fósforo perto da boca de um bêbado ( encher a cara também é esporte radical ) Um beijo do atelier
Baratinho e o que é melhor: você voltou viva !!! É verdade! Hoje em dia, a gente sai como candidato e volta como sobrevivente... Beijos querida, feliz de poder voltar a te ler.
ResponderExcluirTais, parabéns pela sua paciência com sua agência bancária...
ResponderExcluirQuanto a adrenalina para quem gosta de emoções fortes entre lágrimas e risos sugiro um passeio entre o lixo e o luxo através de um passeio de barco no guaíba.
bjosssssssssss
Olá Tais
ResponderExcluirSou realmente medroso. Brinquedos radicais nem pensar, fico só olhando e me perguntando, como alguém tem coragem? Não preciso disso, viver no Brasil com esses políticos, já é pura adrenalina.
Voltei.
Bjux
Como você bem disse, Tais, já temos tanta adrenalina compulsória e acho que não precisamos de mais estímulos por conta própria. A última loucura que fiz desse tipo foi numa montanha russa, pra nunca mais. Já bastam os bancos, as filas, o medo das ruas, o trânsito...
ResponderExcluirAbração. Paz e bem.
Oi Tais,
ResponderExcluirHouve época da minha vida em que a empolgação juvenil quase me levou aos esportes radicais... mas então um simples barco viking me convenceu de que não tenho estômago para isso! rsrssrrs
Quanto a sua adrenalina gratuita no banco, essa também pode ser encontrada facilmente nos aeroportos: uma amiga teve que tirar a bota que tinha fivelas enquanto segurava uma bebê de colo e controlava a outra filha, de 2 anos, antes que pudesse voltar para casa. Muita emoção!
Mas que bom que você tem o escape perfeito: essa ironia incrível, que transforma suas 'tragédias' em comédias para nós, seus leitores, apreciarmos!
Belo texto, como sempre.
Beijos, Suzy
Cara Tais,
ResponderExcluirParece que essa vontade de desafiar o perico é um reflexo atávico de quando nossos ancestrais viviam cada dia como se fosse o último (e, frequentemente era mesmo!). O terrível desafio de viver cada dia enfrentando perigos deixou sua mensagem nos genes dos homens e, quando faltam perigos para eles se exporem, vão em busca de adrenalida em esportes radicais. Gostei imensamente de tua afirmação: "Penso haver um inconformismo, na nossa espécie, pela ausência de asas". Sou aviador e muitas vezes achei que o homem só inventou o avião porque a natureza não lhe deu apêndices alares. Abraços e adorei teu texto, JAIR.
Conta-se que adrenalina é uma substância que faz a gente se sentir bem durante e logo após a ação louca seja qual for. Nunca me viciei nessa "droga" e sou razoavelmente feliz, fora uns e outros sustos, como ter surrupiado-me o salário uma falha de sistema.
ResponderExcluirAbraços, querida!
Olá Tais, parace que o ser humano pelo menos uma parte deles, necessita sempre de um ópio para se sentir vivo. Estou numa idade em que fujo da adrenalina como o diabo foje da cruz. Já esbanjei muita adrenalina nesta vida, e não foi pilando do io io que vc menciona, mas para sobreviver e dar conta de tudo. Estou passando o cinturão, quero apenas contemplar...criticar e viver os anos que me restam.
ResponderExcluirGostei muito do seu blog!!
ResponderExcluirAdoro cronicas!! Conheci atraves do blog do Louro. rs
Conheça os meus tbm!! Bju
Estou te seguindo!! =)
Pois é o detector de metal supita nossa adrenalina.
ResponderExcluirEsses dias no aeroporto me fizeram tirar tudo e por ultimo a bota. Era o ziper dela que estava apitando. Fiquei com tanta raiva, e nao foi por tirar a bota, mas pela meia ridicula que me fizeram mostrar: Tinha um desenho enorme de uma abelha e de dedinho. Mas, quem podia imaginar que a porcaria do ziper ia ser confundido com uma arma poderosa??
Dispenso essa adrenalina tais! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Adorei seu texto!
Beijokas doces
Estou retornando com novo blog. Quando puder faça-me uma visita por favor.
Querida Tais,
ResponderExcluirUma ida ao Banco já é adrenalina pura...rsrs
Adorei a sua postagem
Um beijinho carinhoso e fique bem
Com carinho de
Verena e Bichinhos
Prezada amiga
ResponderExcluirHoje vim lhe agradecer pela sua linda e carinhosa presença lá no meu cantinho, através de um simples selinho, 300 seguidores , feito com muito carinho.
Agradeço-lhe de todo o coração!
Abraço amigo!
Maria Alice
Olá querida Tais.
ResponderExcluirEstava sentindo falata de ler uma cronica.
Voce sempre colocando estas questões tão costumeiras de nosso cotidiano de
maneira tão inteligente e hilariante.
Eu já entro no banco de mãos vazias.
Chega ser constrangedor aquilo tudo..
Mas fazer o que né?
A minha adrenalina dem por outros meios menos radicais. Me divirto com a minha arte.
um beijo a vc..com saudades!!
Ma
Eu gosto de assumir riscos calculados, apenas.
ResponderExcluir;)
Um beijo.
Minha adrenalina, adquiro no trabalho do dia-a-dia...o que está na medida certa. Quando vou ao banco, uma vez por mês, aí excede, com certeza.
ResponderExcluirBoa crônica, como sempre...
Um beijo, Taís.
Taís, ótima postagem, minha maior adrenalina é avião rsrss Já o banco, tenho a sorte que o guarda vai com a minha cara e só pede para eu abrir a bolsa para ter certeza que eu não carrego algo suspeito rsrrssss Bjos
ResponderExcluirrrrsrsr muito bom , muito inteligente , realmente hoje em dia , nem se precisa mais pagar caro para ter adrenalina.
ResponderExcluirEsse texto me fez lembrar do pai de meus filhos que esses tempos atrás ficou entalado'na porta, com a roupa da mochila toda esparramada no chào depois de haver tirado chaves,celular e tudo mais que se possa imaginar descobriu que a arma era um desodorante spray de embalagem metálica...Foi um stress e tanto!
ResponderExcluirBeijos!