- Taís Luso
Hoje,
no nosso café da manhã o assunto foi um só: a crônica.
Conversamos, Pedro e eu, sobre a arte da crônica. Primeiro,
começamos a falar sobre a importância da crônica nos dias de hoje. A crônica é tão importante nos dias atuais como foi nos tempos passados. Como não
podia deixar de ser, iniciamos com o nome de Machado de Assis, o
nosso mais importante romancista. Foi também cronista, poeta e contista.
Deixamos para trás Machado de Assis e viemos para os anos modernos - dos anos 70 para cá. É fácil afirmar que o Brasil é rico em cronistas. Como falamos em muitos
cronistas dessa época próxima, não terei espaço suficiente para
falar de todos aqui. São muitos. Mas não quero deixar de mencionar
o nome do cronista moderno mais importante no meu entender, qual seja
Rubem Braga, que nos deixou muitas crônicas de extraordinária
beleza, com a sua capacidade de síntese, com a sua sutileza, lirismo
e leveza para extrair os fatos aparentemente simples do cotidiano e
transformá-los em crônica que, em muitos casos são belas prosas
poéticas, um lume para novos cronistas.
Certamente
Ruben Braga continua sendo o nome mais expressivo da crônica
brasileira. Para os que querem dar seus primeiros passos nesse
gênero da literatura, é um nome que não pode ser esquecido. Rubem Braga, como outros importantes cronistas contribuem com suas crônicas para elucidar muitos fatos históricos.
Passamos,
também, pelos excelentes Fernando Sabino, Paulo de Mendes Campos
(também poeta), Carlos Eduardo Novaes, Luis Fernando Verissimo,
Millôr
Fernandes,
Stanislaw
Ponte Preta (Sérgio Porto),
Ignácio
de Loyola Brandão, Lygia Fagundes
Telles, Rachel de Queiroz, Origenes Lessa, Carlos Heitor Cony, Caio
Fernando Abreu, Moacyr Scliar... entre tantos outros.
De
outros nomes falarei em outra oportunidade. A crônica sempre será
uma leitura agradável, por vezes divertida, outras
comoventes, mas sempre tocará nossos corações. Esse gênero da literatura pode dar grandeza a fatos aparentemente insignificantes do nosso cotidiano. Essa é a beleza da crônica.
_____________//____________
Adoro crônicas e esses nomes todos bem lembrados. Só esqueceste a Taís Luso e a Ana Paula do http://ladodeforadocoracao.blogspot.com/... Me delicio com vocês! bjs e tudo de bom,chica
ResponderExcluirBoa tarde de paz, querida amiga Taís!
ResponderExcluirLi toda coletânea de Machado de Assis para o Vestibular e sempre gosto de ler as suas, são lúcidas e muito bem escritas.
Uma cronista da atualidade você é.
Fatos cotidianos dão excelentes crônicas a quem se dedica.
Vou gostar de ver outros posts e, sobretudo, suas próprias crônicas por aqui.
Tenha dias menos frios e abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
P.S Estive ouvindo o dia todo (ainda estou) músicas italianas e me lembrando do nosso gosto em comum, rs.
passando para desejar uma feliz semana tudo de bom mt bonito este post bjs
ResponderExcluirOlá, Taís... Penso que foi uma conversa muito joia sobre crônicas. Gostei dos nomes que citou aqui, a começar por Machado de Assis, escritor que li muito.
ResponderExcluirVocê escreve também muito bem, gosto do seu estilo.
O meu abraço nesta terça-feira...
Oi Tais,
ResponderExcluirAdorei a sua postagem que fala sobre crônicas, já escrevi muitas no blog.
Seu blog está lindo
Beijos
Lua Singular
Gostei da relação dos cronistas. Ruben Braga e Lygia Fagundes Telles dos citatados são os meus preferidos. A crônica é uma forma de relatar fatos cotidianos com uma lente própria. bjs
ResponderExcluirViu o convite para a festa do meu blog??
Adorei a crónica.
ResponderExcluirObrigada pela partilha valiosa
Beijinho grande
Convido-a a ver uma crónica que hoje publico.
ResponderExcluirUma parábola bem conhecida na voz de um bem conhecido compatriota seu.
Bjs
Tu nombre puede aparecer entre ellos, un feliz día.
ResponderExcluirBom dia, querida Tais!
ResponderExcluir(Imaginava-se de férias...)
Sabes que gosto de ler pequenas narrativas. Encanta-me a subtileza e poder de síntese do cronista/contista na abordagem de factos do quotidiano e capacidade de me prender, divertir e comover.
Nos pequenos livrinhos se escondem os maiores tesouros e eu gosto de os achar...
Anotei os cronistas que indicas.
Arte complicada esta. A tua, querida amiga!
Beijo.
Brasil es, amiga Tais, un país de cronistas y escritores en general, de gran categoría, muy reconocidos en todo el mundo.
ResponderExcluirVeo que tus conversaciones matinales con Pedro son muy aleccionadoras y deben ser muy entretenidas.
Saludos santiaguinos.
Querida Vizinha/Escritora, Taís Luso !
ResponderExcluirQue belo assunto, abordado por ti.
A crônica é fundamental na comunicação literária.
De texto curto, objetivo, linguagem simples e, por
vezes, sem personagens, aborda assuntos de interesse
atual e palpitante. Aprecio, muito, o gênero literário
"crônica". Parabéns pela abordagem.
Um fraterno abraço e uma ótima semana.
Sinval.
Gosto de ler crónicas e acho a forma ideal para ler num ecrã do pc
ResponderExcluirabraços
Com temas sempre interessantes e pertinentes por isso o meu aplauso... Bj
ResponderExcluirMinha querida Taís,
ResponderExcluirLima Barreto (O Bruxo do Cosme Velho), aqui do meu Rio de Janeiro, foi um dos maiores cronistas, pois, era irônico e ácido em sua escrita e, eu aprecio isso nas crônicas. Mas, Rubem Braga realmente é TOP, pois, promoveu a sua maneira, a "Semana de Arte Moderna" na crônica, ao radicalizar com o seu olhar subjetivo e inventivo, uma nova maneira de difundir cultura.
Guimarães Rosa dizia que os escritores deviam construir catedrais e não fazer biscoitos, mas, se rendeu aos "biscoitos finos" produzidos por Rubem Braga para os jornais.
Ainda em tempo, o saudoso Dr. Scliar (citado por ti), foi um bom amigo que tive... Deixou saudade quando partiu em 2011.
Beijos...
Belo texto!
Até breve!!!
não é cronista quem quer - permito-me sublinhar, minha amiga - pois não basta ser grande escritor ou poeta. mas, sobretudo, ter o talento para "dar grandeza a fatos aparentemente insignificantes do nosso cotidiano".
ResponderExcluire estou absolutamente de acordo de que a crónica é uma "arte" difícil, cujas finalidades e métodos ombreiam com a melhor produção nos domínios da poesia ou da ficção.
gostei muito, Tais
beijo
Gosto de ler crónicas, pois normalmente dizem bastante em poucas palavras.
ResponderExcluirE gosto das suas, já que a Taís é uma boa cronista.
Querida amiga, continuação de boa semana.
Beijo.
Olá querida Taís!
ResponderExcluirLeio com muito prazer as suas crónicas!
E posso dizer que a mim me ensinam muito.
Obrigada pela partilha:)) Adorei!
Beijos com meu carinho, fique na paz do Senhor...!
Boa tarde querida amiga Tais.
ResponderExcluirConcordo com você, e conheço uma pessoa que faz cronicas que nós fazem ate sentir as palavras, que nós faz rir, que faz de coisas do cotidiano uma bela crônica, essa pessoa é você amiga. Uma pessoa com muito talento e poder com a escrita admirável. Lembrança ao Pedro. Feliz fds. Enorme abraço.
Sabe, querida amiga Taís? O maior cronista que tivemos, na minha opinião, foi João Ubaldo. Engraçado, debochado, perigoso, subversivo. Odiava Dilma, detestava Lula. Suas cônicas, no "O Globo" podem se rotuladas de denúncias crime. O "Camões" é outro assunto...
ResponderExcluirCarinhoso beijo.
Jorge
Taí outro sensacional! rss também adoro! Temos muitos, muitos!
ExcluirBeijo, um bom fim de semana!
Jorge,
ExcluirDeixa eu pegar uma carona aqui no blog da minha amiga Taís...
"João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro" foi um gênio!!! Cara de nome pomposo e de muitas ideias brilhantes na cabeça!
Tive o prazer de trabalhar com ele. E como os anos passam ligeiros (em julho fizeram 5 anos que perdi esse amigo) e o Brasil, um cara ácido como eu também tento ser em minhas crônicas.
Tu citou a política do PT, o "João" disse certa vez: - "O sujeito vai lá, tapa o nariz e vota!"... Bem por aí!
Um abraço,
Douglas
A crónica como tudo o que os escritores pretendem escrever não é uma arte fácil. Gosto de ler boas crónicas. Sobretudo aquelas que revelam o dia a dia das pessoas comuns numa escrita gostosa ou tantas vezes irónica. Houve uma altura que lia as crónicas de Luis Fernando Veríssimo que saiam num jornal e gostava imenso. Também gosto de ler as suas crónicas, minha Amiga Tais.
ResponderExcluirUm bom fim de semana.
Um beijo.
Muchas gracias por tu paso
ResponderExcluiry aportacion al blog
Me alegra que te guste
Espero tus opiniones
sobre mis pensamientos o y poemas
Siempre es bueno fijarse en cronistas anteriores a nosotros para aprender.
ResponderExcluirSaludos.
Não 'conheço' todos, mas foi um desfilar de nomes de peso!
ResponderExcluirEm Portugal, tenho dificuldade de encontrar uma crónica que não tenha um engajamento político, facto que faz perder toda a graça e o meu interesse...
Não temos muitos 'blogs' que cultivem este género de escrita, o que é lamentável.
Por aqui sempre uma análise sucinta, inteligente, sensível e agradável.
Grata por todos e tantos momentos agradáveis de leitura.
Dias calorosos e confortáveis, aí pelo RS...
O meu terno abraço, querida Amiga.
~~~~~
Estive relendo as crônicas de Machado. Não, ninguém o superou. Mas gosto de ler as suas crônicas, que não tem a obrigação de superar ninguém. Uma distração, um bate-papo, uma conversa entre amigos. Não existe coisa melhor.
ResponderExcluirÉ isso, Taís, não há nada como uma boa crónica: leve, incisiva, assertiva, divertida, literária; capaz de, sem comprometer a sua essência crónica, responder aos males crónicos do quotidiano.
ResponderExcluirGosto das suas crónicas, também, pois conseguem preencher, "en passant", todas as valências a que atrás aludi.
Um fim-de-semana tranquilo
Penso que uma das qualidades primordiais, necessárias a um bom cronista, é a capacidade de síntese, resumir os factos em poucas palavras. Quer sejam acerca de acontecimentos do próprio quotidiano ou de algo pontual.
ResponderExcluirGosto bastante de ler as crónicas que são publicadas em jornais diários escritas por jornalistas/escritores portugueses. Na Net, aprecio algumas, nomeadamente as que vou lendo pela blogosfera e onde a Tais, cronista por excelência, se inclui. Ainda que não seja uma comentadora assídua, leio-a sempre com bastante apreço.
Deixo um abraço, com votos de um feliz fim-de-semana.
Boa tarde Tais,
ResponderExcluirUm tema maravilhoso para falar com marido logo pela manhã.
Também gosto imenso de crónicas, tendo lido uma das compilações em livro, de crónicas do escritor António Lobo Antunes que escrevia semanalmente numa revista portuguesa até há pouco tempo atrás. Atualmente continuo a ler novos cronistas que esta revista, A Visão, publica.
Claro que admiro imenso Tais e sempre que posso não perco seus belos escritos.
Beijinhos e bom fim de semana.
Ailime
Querida Taís
ResponderExcluirUm tema enriquecedor este que nos traz nesta publicação.
Situando-se a crónica entre o jornalismo e a literatura,
há quem chame ao cronista o poeta do quotidiano; agarra
acontecimentos diários, imprime-lhes o seu cunho pessoal,
criando assim grande empatia com o leitor. A crónica,
produção/leitura, transforma-se numa partilha prazerosa.
De entre os cronistas maravilhosos que indicou
ressalto o nome de Machado Assis, de cuja leitura
tenho recolhido deleitosos momentos.
Gostei muito, minha amiga. Vou procurar os cronistas
que ainda não conheço. Tenho grande interesse nas letras
brasileiras.
Beijinhos
Olinda
Passando para regar nossa amizade,
ResponderExcluirque mesmo sendo virtual é muito importante.
Pouco importa saber
em que parte do mundo
nossos amigos se encontram,
se podemos sentir na alma
que dentro de nós e dentro deles,
há um espaço reservado que nada mais
poderá preencher. Talvez por serem tão raras,
amizades verdadeiras são
como tesouros preciosos
que devemos tentar
manter a vida toda.
feliz domingo
Abraços da amiga Lourdes Duarte
Parabéns aos pais pelo seu dia!
As crónicas continuam sendo, ontem como hoje, da máxima importância... sendo um género literário, que promove uma profunda reflexão, sobre realidades do quotidiano, qualquer que seja o estilo das mesmas... mas todas nos desafiam a pensar... e muitas vezes... a repensar!...
ResponderExcluirAdorei a sua crónica de hoje, Tais, que me deu a conhecer tantos nomes, para mim desconhecidos, deste fascinante universo!...
Deixo um beijinho, aproveitando para me despedir por algum tempo, em virtude da minha habitual pausa de Verão, por esta altura... conto estar de volta em meados de Outubro!...
Até lá, que o tempo sempre passa rápido!...
Beijinho!
Ana
Querida amiga, cuando es buena, la crónica es el inicio de un relato, de una novela, ya que contiene todos los ingredientes para desarrollarla. Allí donde acaba la realidad que observamos, nuestra imaginación toma el relevo para seguir con el personaje o lugar que nos ha interesado,inventando para ellos acciones, caminos. Creo no conocer a los cronistas que nombra pero estaré atenta, cronista Tais.
ResponderExcluirComo não gostar desta tua belíssima crônica? Com esse tema, “crônica e cronistas”, tema que me é muito importante, com os nomes de cronistas que foram e são também muito importantes para ti. Nomes de cronistas da melhor qualidade, como citaste, Rubem Braga, Luís Fernando Veríssimo, Moacyr Scliar, Sérgio Porto e tantos outros, que mencionas. Parabéns pela crônica, cronista!
ResponderExcluirUm beijinho daqui do escritório.
Adoro crónicas e quem sabe da sua arte.
ResponderExcluirAliar factos comuns à economia narrativa e a uns respingos de literariedade, é arte para poucos. A meu ver, por cá faltam bons cronistas nos dias de hoje.
Bjinhos
Luis Fernando Veríssimo tem crônicas muito bem humoradas. A literatura brasileira é rica, hoje o espaço está sendo aberto para pessoas de pouco conteúdo ou conteúdo descartável. Mas temos muitas pessoas com bastante competência para dar uma reviravolta no atual cenário brasileiro.
ResponderExcluirEu me delicio com as crônicas da Tais Luso, doses de bom humor, são engraçadas, debochadas com elegância e inteligência! Brava!
ResponderExcluir