- Taís Luso de Carvalho
Foi num belo sábado, 6 de fevereiro, um céu azul, com rendas de nuvens.
Pedro e eu caminhávamos alegres pelas ruas de nosso bairro, mas também com uma sensação estranha em meio a muita gente com a mesma ideia: dar uma caminhada, passar ali e acolá, comprar algumas coisas e voltar para casa.
Ao chegarmos ao cruzamento de duas avenidas, uma ambulância do SUS e uma viatura do corpo de Bombeiros, uma seguida da outra, abriram suas sirenes no maior dos decibéis, pedindo espaço. O que antes me deixava meio desatinada, agora me pôs quase de joelhos. Mais luta desesperada pela vida, e eu com a pandemia na cabeça!
Parei e fiquei a olhar. Por detrás da máscara, meus olhos acusavam um coração em disparada. Naquele momento trasbordou toda a angústia vivida desde março de 2020: medo, dúvidas, consternação. E esses sentimentos, ainda estão muito presentes.
Uma corrente de luta, um intenso eco à procura de um tempo de paz. Quanta angústia, quanto sofrimento, quantas vidas poderiam ter sido salvas e que não foram! E, como se não bastasse, outras variações do vírus já andam pelo mundo. E agora?
O que pensar do nosso tempo perdido, do descaso, do desleixo vivido; o que pensar de tanto abandono e da nossa fragilidade?
O que pensar do nosso futuro se guardamos tristes momentos que se arrastam em mortas lembranças? Ainda choramos os sonhos perdidos, com medo e angústias.
Quantos povos que vivem de esperança, mas doentes e sem esperança? Que gente somos nós, que perdemos nossos amores, que perdemos nossa segurança, e que choramos de saudade?
O que podemos esperar se perdemos a nossa alegria, se as gerações presentes ainda choram sobre o pão que o diabo amassou?
Não se diz por aí, que a esperança é a última que morre?
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Bah, Taís, te entendo muito bem... Já antes,nunca gostei de ouvir as sirenes , mas agora, pioramos. Nunca sabemos se é para alguém faltando ar ali dentro e tantas cousas mais. Tens tazão em todas as colocações...Temos medo e quando esperamos a vacina, quase chegando, surgem outras cepas...Afff... mas temos que manter nossa esperança!!!Senão, morremos antes dela,rs... beijos, lindos dias de feriados(?)de Carnaval ,bem no sossego...chica
ResponderExcluirNossa, Tais, estou como você. Se encontro uma ambulância estacionada em frente a algum prédio do bairro, meu coração dispara. Se ouço sirenes, o mesmo acontece. Meus pensamentos caminham para áreas sombrias, onde o sofrimento de muitos toma lugar de destaque. E culpo os governantes pela utilização inadequada de recursos, permitindo que tantas pessoas não consigam assistência, que morram por falta de leitos de UTI, de oxigênio. Tudo tem me martirizado tanto que qualquer notícia, como as novas variantes do vírus, me deixam com enorme melancolia. As vacinas chegam em gotas e até nos alcançarem... Noto que as pessoas não mais sorriem. Em mercados, farmácias, na rua, só vejo preocupação. Sei que ela pode estar morando é em mim, mas não creio estar enganada. Se encontro, rapidamente, com minhas irmãs, percebo cansaço, por mais que tentemos minimizar as coisas. Bendita esperança, não nos abandone! Grande beijo!
ResponderExcluirHá que manter a esperança e a confiança em Deus! Tentar ao máximo afastar o medo!
ResponderExcluirEste ano ainda está no começo e temos uma longa caminhada, aguentemos firmes, pois isto vai passar e dias gloriosos nos esperam!
Vamos ter fé!
Beijinho e boa noite!
De frente da minha janela
ResponderExcluirmesmo em frente a ela
está Cristo
de braços que não estão caindo
mas na verdade também
os não os tem
levantados
Nestes dias, já sem nevoeiro
não o vejo
Esperança? Que é isso?
Ainda bem que a esperança é última que morre, pois é nosso alento diante de tantas angústias e incerteza. O som da sirene sempre me assusta, sobretudo, neste contexto pandêmico que vivemos. Amigos indo embora para outra dimensão devido esse vírus, outros tirando a própria vida, devido depressão, ocasionada por este vírus e, cada vez mais, nos desanimamos e se não fosse a esperança já teríamos ido ao fundo do poço.
ResponderExcluirAbraços fraternos!
Eso creo que nos pasa a todo el mundo, yo cada vez que veo una ambulancia de frente me fijo en Equipo de Protección Individual (EPI) del conductor y acompañante que me indica que tipo de paciente puede llevar. Cuando parecen astronautas me digo un Covid y a desearle lo mejor.
ResponderExcluirComo nos dices la esperanza es lo ultimo que perdemos.
Saludos.
Ao ver as notícias daquelas imagens desastrosas, o meu coração escorre sangue de tristeza.
ResponderExcluirAmigos brasileiros cuidem-se
Que a fé e a esperança residam sempre em seu coração. Assusta sempre ouvir o som da sirene dos bombeiros. Mas temos que pensar que é por uma boa causa que se ouve, Seria melhor não ouvir, é uma verdade, mas sabemos que muita gente com esta Pandemia precisa de (muita ) ajuda.
ResponderExcluir.
Tenha um dia dos namorados, com Amor, Saúde, e Paz.
Cumprimentos poéticos
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Áspero grão de sofrimento incomoda a todos nós. Sofremos mais porque o nosso grau de consciência é maior. Sofremos mais porque acompanhamos e partilhamos a dor dos outros.
ResponderExcluirAmanhã será outro dia, a vacina para os brasileiros ainda é uma ilusão, mas chegará...
Não percamos a esperança e vamos dar as mãos!
Um bom domingo, minha amiga!
Beijo,
Esperançar e esperançar que tudo isso vai passar, até mesmo "o pão que o desgoverno amassou", passará.
ResponderExcluirUm abraço. Tudo de bom.
APON NA ARTE DA VIDA 💗 Textos para sentir e pensar & Nossos Vídeos no Youtube.
Excelente texto, Tais, triste mas é a realidade, não tem como fugir dela no momento. A banalização das mortes diárias não comove a todos como deveria.
ResponderExcluirEsses dias duas reportagens, uma mostrando enfermeiros que se embrenhavam dias em barcos pelas florestas para chegar em aldeias isoladas para vacinar índios, outra mostrava centenas de jovens sem máscaras se divertindo em uma praia, bebendo, dançando como se não houvesse amanhã.
Amiga, não sei o que será o amanhã com tanta insensibilidade, falta de respeito à vida, seja de boa parte da população, dos "governantes" e larápios de todo tipo querendo levar vantagem. Cansada.
Abração, bom domingo!
Há dias passou-me uma ideia pela cabeça. Apesar da Gripe Espanhola ter morto milhões de pessoas em todo o mundo, aqueles nossos antepassados não sofreram como nós. Eles sofreram apenas com a Pandemia quando ela chegava perto. Não havia TV, as pessoas não levavam os dias inteiros a serem massacrados com o número de mortos e infetados, a ver os hospitais cheios de ambulâncias à porta, a ver cemitérios cheios de urnas etc. Hoje as pessoas sofrem duas Pandemias em simultâneo. A do vírus e a do medo, que cada dia vai tomando conta das pessoas, provocando em muitas sérios transtornos mentais.
ResponderExcluirAbraço, saúde e bom domingo de S. Valentim
Enquanto houver vida... há esperança!
ResponderExcluirBoa semana!!!
"com rendas de nuvens." Isso é poesia ! Boa noite, Tais. Realmente não devemos perder a esperança , pois a vida segue entre trancos e barrancos , mas sempre tem aquela felicidade no fim do túnel. Ainda estamos passando por turbulência, mas tem gente capacitada buscando cada vez mais solução para essa grave crise mundial. Que Deus os abençoe ! Ainda vamos passear e observar as nuvens com seus formatos mais variados e, felizes por tudo ter passado. Grande beijo. Feliz semana.
ResponderExcluirVamos continuar a ter esperança. O tempo desta angústia que nos cerca irá passar. Sei como se sente ao ouvir as ambulâncias. É como se uma morte ecoasse dentro do nosso coração. Que tudo isto passe depressa, minha Amiga Tais.
ResponderExcluirContinue a cuidar-se bem.
Uma boa semana.
Um beijo.
Bom dia Taís,
ResponderExcluirTêm sido dias difíceis, dias de sofrimento e dor!
Somos confrontados com muitas incógnitas e o medo e as dúvidas assaltam-nos.
Que a esperança se mantenha bem acesa em nossos corações.
Dias melhores virão, se Deus quiser.
Beijinhos e boa saúde.
Ailime
Olá, querida amiga Taís!
ResponderExcluir"Que gente somos nós, que perdemos nossos amores, que perdemos nossa segurança, e que choramos de saudade?
Só quem passa por situação assim sabe o que é.
Que tempo cruel, amiga!
Quantos dissabores estamos envoltos!
Vamos cuidar bem da esperança para ela só partir conosco e na hora certa, não por descuido nosso visto que há descaso de outrem e muitos se foram embora por causa disso.
Esteja aí bem protegida, amiga!
Beijinhos
Desabafo necessário. Muita indignação frente a tanto descaso. E a nova cepa já está por aqui, a vacina em porções, o povo aglomerando. Haja saúde mental! Mas vamos que vamos, não podemos esmorecer. Bjs
ResponderExcluirTaís:
ResponderExcluirno se debe perder nunca la esperanza.
Abraços.
San Tai Kin Hong
ResponderExcluir(Votos típicos de Ano Novo Lunar e que significam boa saúde durante o ano).
Muito Obrigada, Pedro, pra você também um ano com muita paz e saúde!
ExcluirSan Tai Kin Hong!
beijo!
Passamos por tempos difíceis, querida Taís.
ResponderExcluirO melhor é fazermos a nossa parte.
E entregar a nossa vida aos cuidados de Deus.
Deixo um beijinho carinhoso para você.
Verena.
Olá Tais, ja ha tempo que nao contactamos no blog. Agora vou-te seguir. A reflexión é pouco esperanzadora mais é o que temos. Incertidume e medo. Secadra alguén quiz que fora asim porque a gente com medo é muito fácil de domenhar. No mundo ha os que mandan. E nós toca obedecer. Ja nao sei que pensar de tudo isto. So fica uma coisa: continuar para diante. Sim, a esperanza é o último que se perde. Abraços e muito ánimo.
ResponderExcluirQuerida Taís:
ResponderExcluirAcho que todos nós nos revemos nas suas palavras, nas suas angústias e perguntas sem resposta.
Esta incerteza que vivemos, junto com os nossos receios e constante preocupação, gera um turbilhão de emoções que nos irá marcar para sempre, disto não tenho dúvida alguma.
A única fonte onde bebemos alguma paz é sem dúvida, a esperança.
Um beijinho esperançoso
Fê
Nós estamos em situação mais lamentável...
ResponderExcluirTinhamos esperança que a humanidade desse um bom salto positivo na aquisição de valores éticos básicos... Qual nada! Fações extremistas aproveitaram a pandemia para agredir o governo, criticando o confinamento e agora demonizando os cientistas e as vacinas...
Como resultado, ficámos sem camas nos hospitais, sem médicos e sem capacidade nas morgues... Tivemos de receber ajuda exterior...
É realmente triste ver como os gaviões ávidos de poder protegem-se, enquanto incitam os menos cultos e pobres à rebelião, neste caso, à morte.
E foi assim que depois das Festas faleceu gente de mais...
Agora, continuamos em estado de emergência, com confinamento geral obrigatório, em quarentena em princípio, até à Páscoa inclusivé.
Relativamente a vacinas, na minha região, não sabem quando nem como será...
Quanto às mutações, a minha irmã diz que as presentes vacinas protegem.
Gostei de a ler, querida Taís... Desculpe o desafo...
Que venham dias melhores. Beijos.
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Perguntas que nos colocamos e para as quais não encontramos respostas.
ResponderExcluirTudo está mudado e a forma de vida a que estávamos habituados parece arredada do nosso quotidiano. O que sabemos é que grande é a confusão que grassa nos meios de decisão e que a técnica de tentativa e erro até acertar (se acertarem) é a melhor solução que encontram. Quando apanhamos o vírus mandam-nos ficar em casa para não o passarmos aos outros, mas não há medicação específica para o tratamento, um paracetamol se tanto. A luta desigual será entre o nosso organismo e esse inimigo invisível a que chamam Covid.
Excelente Crónica, querida Taís.
Beijinhos
Olinda
Não sabemos por quanto tempo viveremos neste sobressalto. A decisão de fechar as escolas, em Portugal, trouxe uma forte diminuição de casos positivos de Covid. Por outro lado surgem novas variantes do vírus com maior capacidade de contágio. E as sequelas são preocupantes.
ResponderExcluirQuerida Taís, junto a minha voz: haja esperança!
Beijos e saúde.
Amiga Tais, o teu grito de desespero, de angústia, de medo, de desilusão, atravessou o oceano e tocou por demais o meu coração.
ResponderExcluirOuvir, ver, saber de tantas perdas humanas, preocupa e entristece a todos no mundo.
Força amiga, pensamentos positivos, coragem e esperança. Tudo vai passar, sempre passa!
Protege-te bem. Lá à frente está um recomeço luminoso esperando.
Beijo, fim-de-semana calmo.
Sabe Taís,
ResponderExcluirEu me vejo no seu texto
poia creio que seja
algo que assombra a todos
os conscientes. Mas além
do governo e suas atitudes
ainda há os irresponsáveis.
O fato é que não
podemos perder a
esperança, senão vamos
sucumbir.
Mas tudo vai passar,
tem que passar.
Sinto falta da nossa liberdade
de ir e vir; sinto falta
de viajar sozinha com meu marido
como sempre fizemos nossa vida todas,
sinto falta de viajar para ver
minha família. de viajar para estar e ficar
jogando conversa fora
meus amigosafilhados e sinto muita,
muita falta de andar por aí sem medo.
Mas repito: tudo isso
vai e tem que passar.
Bjins de esperança
CatiahoAlc.
A descoberta consiste em ver o que todos viram e em pensar no que ninguém pensou.
ResponderExcluirA diferencia de quienes acostumbran a verlo todo sombrío, las personas positivas como tú, cuando abren la espita de su tristeza me conmueven.
ResponderExcluirAsí ha pasado en este caso. Me he sentido identificada con tu dolor, tu pena, por el año y más que perdimos, y por la vulnerabilidad en que hoy nos desenvolvemos. Por nuestros hijos y nietos, por la tristeza que se adivina en los jóvenes, tan necesitados o más que nosotros de abrazos.
Porque precisamente están en esa edad, la de los besos y abrazos inolvidables cuyo recuerdo les servirá de refugio en los malos tiempos.
Y no sigo porque ya estoy pensando demasiado. Dejo las teclas y voy a tomarme un capuccino con unas madalenas.
Que espero no sean de las de Proust y acabe a lágrima viva.
Te envío un fuerte abrazo, Tais.
Querida Ana, muito obrigada pelo carinho do comentário.
ExcluirFico sensibilizada.
Uma feliz semana pra você.
Beijo.
Olá minha querida Taís!
ResponderExcluirEu sou quero, a cada dia que passa, um pouco de paz e comida na mesa.
Um beijinho de luz, recheado de esperança.
Megy Maia☔💮☔
Pois é Taís, é impressionante constarmos que estamos todos nesta situação. E é estranho ao ouvirmos e vermos as noticias na TV, a sensação (não agradável) de que o mundo está mais unido. Mas também quase não há noticias de guerras, no entanto e infelizmente continua a havê-las, mas a comunicação social "vende melhor" o Covid19.
ResponderExcluirJá há uns anos que acompanho, com gosto, uma série americana "This is us" e agora nos últimos episódios, ao aparecerem com máscara, dá-me a sensação que os conheço, que estão ali na rua perto de mim...
Eu não saio quase de casa e não me custa muito. Infelizmente é um habito que vou mantendo pois o que me custa mais não é o isolamento mas a falta do meu Marido. Tenho sempre o tempo muito ocupado e a grande falta é sim não estar mais com os filhos e principalmente não abraçar os netos!
Beijos Taís
Bem... tem um personagem célebre, da nossa história bem contemporânea, que afirma a toda a hora, que todos vamos morrer um dia... mas não precisava era de fomentar e mandar todos os candidatos, para o princípio da fila... e ao mesmo tempo...
ResponderExcluirHá esperança!!! Pelo menos a vacina da Pfizer garante imunidade às novas estirpes, após a segunda toma... segundo li num jornal on-line hoje mesmo... e calculo que outras vacinas, estejam também com um elevado grau de eficácia!
Assim cheguem vacinas, eficazes... a todos... mas mesmo todos... e no mais curto espaço de tempo, para recuperarmos as nossas vidas...
Há esperança, Tais... desde que haja vacinas!...
Beijinhos!
Ana