20 de abril de 2023

SAUDADES DE MIM

 

Duas meninas ao piano - 1892 / Renoir



- Taís Luso de Carvalho


Não é muito comum, mas hoje acordei com saudades de mim. Levantei mais cedo do que de costume, coberta de saudades da minha infância e adolescência. Saudades de tempos mais calmos, sem discursos de ódio, como anda no meu país atualmente. Um tempo que as pessoas não se agrediam por causas políticas. Uma vida  longe da conjuntura atual.

Saudades do colégio das freiras, o Sevigné, e das Missas das 6:30 hs na bela capela, que eu adorava ir com meu pai, e depois eu já  ficava para as aulas.

Lembro que eu levava o terço e o missal, embrulhados em saquinhos de celofane, junto com meus livros e cadernos. O bom era fazer barulho quando pegava aquelas tralhas todas. Até hoje não sei a razão daquela minha atitude. Penso que foi por imitação das velhinhas, que faziam um mexe-mexe terrível dentro de suas bolsas, e eu adorava. Coisa de criança.

Tínhamos uma vizinha que era professora de piano. Meu pai falava muito que gostaria que eu aprendesse a tocar piano. Comprou um piano e contratou essa professora, a Dona Júlia, que dava aula nas casas dos alunos. O sonho de meu pai era que sua filha (no caso eu) tocasse piano na sua velhice! Sim, mas eu não assimilava bem isso e comecei a ficar com medo que meu pai ficasse velhinho e morresse. Aquilo era uma sombra na minha vida. Assim, eu não quis aprender coisa nenhuma! Foi um drama, mas não quis decepcioná-lo, e aceitei as aulas de piano. Mas não estudava muito os ensinamentos da dona Júlia. Eu compunha minhas músicas!! Bem alegres.

- Estás estudando bem, minha filha? Tocarás para teu velho pai!

- Claro, pai, pode deixar, tudo direitinho...

Mas, o caos foi numa Festa Paroquial da Igreja, num almoço festivo. O padre teve a triste ideia de me chamar no palco para tocar piano!! E meus pais orgulhosos... vai minha filha!

E lá fui eu, num misto caótico de medo e coragem, sentei ao piano, puxei uma daquelas minhas invenções malucas, toquei com desenvoltura, e ainda saí aplaudida. Como consegui aquilo? Hoje não faria tão bem.

Passados 4 anos, já tocava alguma coisa, mas gostava era das minhas composições. Num certo dia, disse aos meus pais que não queria mais saber do piano, meu negócio era cantar ao violão! E consegui!

Chamaram em casa, um conhecido professor de violão. Em pouco tempo senti que meu talento para o violão era zero. E para cantar, era a menina mais desafinada do mundo! Que coisa horrorosa.

Então, com pouco tempo de violão, e em favor do mundo artístico, desisti da minha já fracassada carreira musical.

De lá pra cá, ainda muito jovem optei por ser feliz: passei a fazer minhas escolhas, sem rebeldia. Não precisava ser rebelde.

E hoje, lembrando de tudo com alegria, digo que a gente só tem saudades do que foi bom! E nessas lembranças, muitas vezes, sinto saudades de mim. De minhas decisões mais rápidas. Hoje, pelo amadurecimento e pelas minhas responsabilidades, demoro mais, talvez pense demais. Mas faz parte da vida.








48 comentários:

  1. Saudades da juventude?
    Não, francamente não.
    Gosto muito mais do aqui e agora.
    Beijos, bfds

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  2. Ter saudades da infância, da inocência . É natural para quem esse tempo foi uma tempo que dá gosto recordar. Foi bom passar a fazer as suas escolhas e optar por ser feliz. Que crónica gostosa de ler, monha Amiga Taís.
    Um bom fim de semana.
    Um beijo.

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  3. Confesso que também tenho saudades de algumas fases da minha juventude. Quando com cerca de 11/12 anos cavalgava por entre touros bravos de tourada. Sim, fui uma criança que desrespeitando os conselhos dos meus pais, andava a cavalo pelos campos. Ainda conheci, por causa disso, o mau sabor de algumas palmadas do meu pai, lol. Cavalos que pertenciam a um toureiro que na altura andava em grande nas touradas. Não digo o nome dele por respeito.

    Por essa razão o meu pai trouxe-me para a zona de Lisboa, onde fiquei a "trabalhar" num café, longe dos meus pais e de 4 irmãos. Longe também dos cavalos que amava. Chorei lágrimas de sangue. É assim. Hoje, tenho numa neta de 17 anos que também é uma apaixonada por cavalos. Recordações, apenas recordações.
    .
    Feliz fim de semana.
    .

    .

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  4. Que lindas e até divertidas lembranças. Cada uma que acontecia,né? Adorei os barulhos na missa, as tuas próprias criações musicais...Quem sabe um talento foi perdido! Adorei te ler! Hoje tudo mudou e realmente pensamos mais o que, até é uma necessidade, já que com tantos mimimis, um monte de palavras não mais podem ser ditas... Aff! beijos, tudo de bom, ótimo feriadão! chica

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  5. Também " sinto saudades de mim ", porque apesar das dificulades, tive uma infância feliz . Nunca me imaginei a ter aulas de piano ou de violão; o dinheiro era muito " contadinho " e para darem um curso superior aos filhos, os meus pais fizeram muitos sacrificios; nunca nos faltou o essencial e o que não tive não me fez falta para me considerar uma criança e adolescente abençoadas; eram tempos de muita miséria e de fome em muitos lares onde o número de filhos era grande. Estudei em colégio de freiras em regime de internato e só ia a casa nas férias. Gostei muito dessa época e lembro com saudade das amizades que lá fiz e mesmo das freiras que nos tratavam muito bem. Sabes o que gostaria, Taís? Que o tempo paresse de contar, agora e não andasse nem para trás e nem para a frente; tenho saúde, uma vida tranquila e uma familia pequena, mas linda . As maiores saudades que tenho de mim é daquele tempo em que pensava que os meus pais durariam para sempre e que eu não envelheceria; a velhice, apesar do que dizem da nossa grande sabedoria, assusta-me e não gosto de pensar nela; já não sou nova, mas tenho consciência dos problemas que poderei ter de enfrentar daqui para a frente e não me agradam. Amiga, uma crónica nostálgica que me deixou com saudades do que passou e com algum receio do que virá. Um beijinho carregadinho de amizade e que a vida te abençoe com saúde para melhor enfrentares os desafios do dia a dia
    Emilia 🌻 🌹 👏

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  6. Tais, gostei tanto de ler! Foi tão bom...😊

    É natural sentir saudades desses tempos, a nossa juventude marca-nos muito!
    Fiquei mesmo admirado pela sua coragem de mesmo assim aceitar o desafio de tocar piano na igreja em frente a todos. E certamente o fez muito bem, uma vez que foi aplaudida. Teria tido imenso gosto em assistir também, fiquei curioso ahaha

    Atenciosamente,
    Cantinho dos Poemas de Criança 👦.

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  7. Por vezes acontece isso. Termos saudades da nossa juventude, das nossas traquinices, próprias da imaturidade. Mas que as gostamos de fazer
    Excelente crónica, amiga Tais.
    Deixo os meus votos de um Feliz fim de semana, com muita saúde.
    Beijinhos com carinho e amizade.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

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  8. Saudades! não muito,Taís. Perdi a mãe ainda quase bebê e passei toda infância só com meu pai ,numa época que não era comum dizer 'eu e amo pai' e hoje o que sinto é não ter dito nenhuma vez. E,agora já não está comigo para abraçar aquele pai bravo e protetor. Essa é a minha saudade. E acabo destoando da sua crônica tão leve e doce com essa menina ao piano, deixando os pais orgulhosos e certamente achando tudo lindo. Assim são os pais, assim os filhos !
    Sentimentos felizes nos deixam emocionadas ,Tais .
    Um bom fim de semana, amiga e meu abraço.

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  9. Todos más o menos creo que hemos pasado por lo mismo. La juventud tiene esos momentos de arrebato en los que no se reflexiona y se toman ciertas decisiones a la ligera, ya en la madurez las cosas se meditan más pausadamente, pues no damos cuenta que ciertas decisiones no se pueden tomar tan a la ligera y menos tomarlas en caliente.
    Un gran abrazo y feliz resto de semana de paz y felicidad amiga Tais.

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  10. Bom dia de paz, querida amiga Taís!
    Estamos em total sintonia ao nos lembrarmos da infância e do Colégio de freiras...
    Foi uma fase muito boa onde posso recuperar um pouco da alegria que sentia sem saber o porquê. Digo pela foto de uns 3 aninhos onde meu sorriso era puro e não imaginava nem de longe o que poderia ser minha vida, afinal..
    Meu pai foi o que salvou meu viver, confesso. Sua vida foi de santidade, a autêntica, não aquela que alguém impõe após morte, foi em vida mesmo.

    "Saudades de tempos mais calmos"...

    Verdade...
    Hoje em dia o "troco" entre os seres ditos humanos está largamente distribuído... sem parcimônia... em ofensas, ódios, sordidez, calúnias, desprezos e outros... quando vier a última hora, virão arrependimentos, na certa, mas será tarde para se retratarem em vida.

    "A gente só tem saudades do que foi bom! "

    Tenho tão poucas saudades, já até poetei sobre o tema... mas é verdadeiro.
    Conhecer-nos é preciso e às razões da nossas saudades ou não.
    Amiga, obrigada pelo apoio em e-mail ontem à noite.
    Tenha um final de semana prolongado abençoado!
    Beijinhos com carinho fraterno

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  11. En mi infancia no se despertó el entusiasmo por la música, tampoco mas tarde, eso que al final de la adolescencia un profesor fue el organizador de un grupo de bailes regionales con el gobierno de la provincia animándonos a formar parte pero un grupo según entramos miramos por la ventana del aula y marchamos, decir que nos apuntamos a tocar el tambor.
    Lo del canto en una ocasión en misa me comento la persona que tenía a mi lado que no lo hacia mal pero la voz era desagradable.

    Saludos.

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  12. Tengo muchos recuerdos de mi niñez y juventud. Fue una época muy bonita y me hace sentir mucha nostalgia.
    Con los años, todo es más reflexivo pero, sin duda, quedan grandes añoranzas.
    Muy sentimental y lindo tu texto.
    Feliz fin de semana.
    Un beso.

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  13. "E nessas lembranças, muitas vezes, sinto saudades de mim", disse-o bem. Pois, é tão bom voltar ao tempo de criança, da "rebeldia sem causa". E se fôssemos enumerar "as saudades de mim" que todos nós sentimos, encheríamos um caderninho só de coisas boas, sobretudo em tempos bicudos como os que nós vivemos em nosso país, como sabemos. Sentimos saudades do país antigo, não precisa ser do tempo da cana de açúcar, ou do café porque estes só o conhecemos dos manuais de história ou de literatura, quando não havia tanto "politicamente correto", risos. Novos tempos virão, vamos acreditar!
    Beijo, minha amiga Taís!

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  14. Me encanta la música de piano. Hoy precisamente he recorrido diversas zonas de mi ciudad, en donde han instalado pianos de cola, para que lo tocaran las gentes que quisiera y muchas de ellas eran alumnos del conservatorio.
    He terminado, bastante cansada, pero la ocasión bien lo merecía.
    Feliz fin de semana. Besos.

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  15. Cada coisa a seu tempo e, claro, com seu tempo. Também tenho saudades de minha infância, e muito dentro do que você relatou. Vivia-se com menos pressa, menos brigas, menos insultos, com mais reconhecimento pelo próximo, respeitando-o, fosse num mero bom-dia, fosse num acordo comercial. As frutas tinham gosto diferente, eram saborosas. Tirávamos diretamente do pé. Brincávamos na rua, sem brigas, mas sempre rolavam algumas rusgas, que eram esquecidas no dia seguinte, sem jamais alguém ir parar em uma delegacia.
    Quanto a religiosidade, fui rebelde desde cedo, e aos 10 anos de idade, já questionava a igreja. Não questionava a Deus, mas quanto à igreja... foram duras falas, principalmente com minha mãe, na época bem carola.
    E que bom que temos do que sentir saudades. E uma coisa que me faz muita falta é do respeito que tínhamos com os mais velhos, fossem nossos pais, parentes ou qualquer outra pessoa. Isso já quase não existe mais. Uma pena.
    Taís, um grande abraço, e que seu fim de semana seja excelente.

    Marcio

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  16. Taís eu sempre digo e uso a expressão; tempo de feliz idade referindo à minha infância, menino com o vento no peito, disposto às aventuras e desventuras. Saudades de mim é um colher de dentro de um embornal as belas lembranças deste tempo. Assim entendo esta saudade, que você belamente insere na sua bela crônica, com seu toque de humor bem refinado, que eu gosto de ler.
    Um maravilhoso fim de semana com paz e alegria.
    Beijo de paz amiga e sinta esta saudade com carinho.

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  17. Uno extraña las los buenos tiempos en los que todo parecía un poco mas facil y las preocupaciones no eran tan fuertes. Te mando un beso.

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  18. Prezados Taís,
    Muitas vezes, o que os pais querem para seus filhos não está sendo realizado por falta de interesse ou o que quer que seja.
    Mas as memórias permanecem e você aprendeu algo que realmente queria.
    Abraços,
    Mariette

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  19. Que descrição mais linda fazes na tua Crónica, Taís!
    Realmente a escolha de ser feliz é a opção certa e que, muitas vezes, tardamos escolher, perdendo o ouro do tempo que se esvaiu entre os dias.
    Amei.
    Parabéns, Amiga.




    Beijo
    SOL da Esteva

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  20. Anônimo10:14

    Olá Taís
    Achei interessante vc sentir saudades de você.
    Também quero sentir saudades de mim.
    Temos algo em comum: eu também fracassei na carreira musical...
    Sei só o básico do violão, teclado tentei também mas fracassei.
    Fiz aula de canto por dois meses e parei. Resumindo: a música não é para mim.
    Eu gosto é de escrever. Com o você. Gostei de saber mais sobre você.
    Bjinhos e bom fds.

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  21. Muito bom! :) Um tempo lindíssimo e inocente que não volta mais.
    Por vezes somos assaltados assim com saudades do nosso passado feliz.

    Beijinhos.

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  22. Olá Tais, eu tinha saudade de ler suas crónicas e ista eu gostei muito porque tendo eu boa disposiçao para a música, o canto...quis ser cantante quando era jove e meus progenitores não me ajudaron, máis bem me dabam para tras.
    No solfeo são nula. Non gosto. Toco e canto de ouvido.
    Nunca é tarde. Comecei leçoes de acordeão fai ums anos. Jamais tive interese pelo instrumento , se bem tinha uma guitarra que nunca conseguí tocar.
    Agora gosto do acordeão.
    Você aínda pode retomar a música.
    Minha neta maior toca o violão e eu adoro escutar.
    Saudade dos boms momentos tudos sentimos.
    Uma aperta

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  23. Querida Taís
    Crónica linda que nos traz a infância de volta.
    Tempos de brincar, de correr, de ir até onde os nossos pés
    nos levassem. Também eu tive a música a fazer-me companhia,
    na infância e mais tarde ainda, com o violão que aprendi a
    tocar. Também os meus irmãos. À tardinha o meu pai tocava
    viola, instrumento de doze cordas, a minha irmã mais velha
    cantava. Sempre ouvi a minha mãe a cantar e aprendemos as suas
    canções. Ah, mas se começasse a falar de tantas recordações
    isto nunca mais acabava :)))
    Adorei, minha amiga. Tempos de rebeldia "sem causa" como
    diz mais acima o caríssimo amigo José Carlos.
    Tenha um domingo bom.
    Beijinhos
    Olinda

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  24. Intensi ricordi del passato, che hanno lasciato un tangibile segno nel profondo..
    Cari saluti, silvia

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  25. Olá, amiga Tais,
    Passando por aqui, relendo esta excelente crónica que muito apreciei, e desejar uma feliz semana, com muita saúde.
    Beijinhos, com carinho e amizade.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

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  26. Bom dia, Tais
    Como foi bom conhecer um pouco da tua infância, são momentos únicos, quando criança brinquei muito com os meus irmãos no quintal, que tempo maravilhoso, um forte abraço.

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  27. Olá Taís
    Lá em casa tínhamos piano. Não gostava de ler as partituras e tocava tudo de ouvido.
    Um belo dia professora descobriu e a farra acabou...rs
    Sinto saudades daquele tempo.
    Era feliz e não sabia...rs
    Tenha uma excelente semana.
    Beijinhos
    Verena.

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  28. Boa tarde Taís,
    Gostei tanto desta sua Crónica! Como sempre excelente.
    Como é bom lembrar a infância e dos acontecimentos que a marcaram, no seu caso para o bem, pois pode escolher o que mais gostava!
    De início somos muito obedientes, mas depois outro valores se levantam rssssss!
    Da minha infância guardo saudades dos meus avós maternos e das brincadeiras de rua lá na aldeia!
    Beijinhos e uma boa semana.
    Ailime

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  29. Amiga Tais, é linda, linda, esta crónica. Um testemunho emotivo de factos do teu passado musical (!), doce e feliz.
    Pois é amiga, desde que guardei num cantinho especial da memória os momentos felizes da minha infância e adolescência e nascimento dos meus filhos e netas, e em outro cantinho a tristeza da perda dos meus pais, ao acordar não sinto saudade de mim, de nada, de ninguém. Sinto é uma alegria imensa em cada amanhecer e gratidão profunda pela vida, apesar das vicissitudes.
    O meu era pai era um exímio tocador de acordeão e guitarra clássica. Ele tentou, tentou muito, mas nem eu nem a minha irmã achávamos gracinha àqueles instrumentos.
    Já eu era mãe quando decidi matricular-me em aulas de guitarra. Deslumbrada, comprei uma guitarra e nada me afastava das aulas. Não tinha frequentado assim tantas quando uma má notícia me abalou, paralisou e fez meter a guitarra no saco. E do saco nunca mais saiu.
    Beijo amadinha, uma semana feliz.

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  30. Há dias encontrei uns vizinhos (4 irmãos) que não via há mais de 40 anos. E então tive saudade daqueles tempos de criança onde fazíamos traquinices interessantes.
    Os meus dotes musicais foram logo esclarecidos na escola primária, no terceiro ano, tinha eu 9 ou 10 anos. Eu cantava no coro da turma, mas o professor, apurando o ouvido, disse para eu fazer que cantava mas sem emitir qualquer som. De contrário o coro iria abaixo...
    Magnífica crónica, gostei de ler.
    Boa semana, amiga Taís.
    Beijo.

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  31. Hola Tais. ¡Qué bello texto lleno de recuerdos! Justo una copia de ese cuadro de Renoir yo le había regalado a mi hija, que también tomó lecciones de piano muchos años jajajaja. NO quiso seguir, pero tocaba muy bien. Ella es muy afinada, no yo que no puedo cantar ni el himno nacional jajajajaja. Beijos

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  32. Taís,
    Que delícia ler Você aqui hoje.
    Essas saudades são boas
    e somam aos nossos dias...
    Adorei ler e me encantar.
    Obrigada por
    nos brindar comm
    esse Texto pérola.
    Bjins de boa nova semana
    CatiahoAlc.

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  33. Quem não tem os dias da saudade de si, eu tenho de muitas etapas da minha vida e gosto de recordar. Há quem diaga "que recordar é viver"... assim vamos vivendo e recordando, faz parte. Bjs Ótima crônica.

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  34. QueridaTais, as lembranças que não deixam nossas mentes, saudade dói, mas viver é mesmo isso!
    Que boas lembranças, amei ler aqui, dons, acho que são os dons natos que nos faz seguir em frente, amar o que se faz é tudo de bom!
    Abraços apertados e obrigada pelo carinho de sua sempre amável visita!

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  35. Encontraste lo mejor de ti misma, los recuerdos imborrables y bellos de la niñez, la música y el amor filial, los miedos y al fin la libertad....
    Me ha gustado mucho Tais
    Un abrazo

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  36. Por vezes sabe tão bem fazer estas incursões pelo passado... e recordar aqueles momentos em que realmente demos por sermos felizes... mas numa visita breve... não tendo a ser muito saudosista, confesso... por muito bons que tenham sido alguns momentos que ficaram lá atrás... a vida sempre segue... e temos de seguir com ela... tendemos a voltar destes tours interiores com uma sensação de perda do que se foi... e tal boicota um pouco mais ainda o nosso presente... pois continuamos a ser nós... no hoje, e apesar de tudo, na nossa melhor versão, diariamente e supostamente aperfeiçoada. E o hoje, amanhã já será passado também... mas que nos passará despercebido, se tivermos ficado a pensar no anteontem... Enfim! Sou Gémeos... é-me difícil nunca considerar toda a abrangência temporal... pelo que o meu aqui e o agora, tomam-me sempre o meu tempo quase todo! :-))
    Adorei a crónica, Tais, que nos deu mais a conhecer do seu percurso de vida!
    Um beijinho grande! Continuação de uma feliz semana!
    Ana

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  37. Boa tarde Tais
    Com as suas saudades, você consegue escrever uma crónica deliciosa de ler.
    Que seja sempre assim, com essa espontaneidade que muito me satisfaz ler estes trabalhos.
    Tenha uma semana abençoada e cheia de saúde.
    Beijinhos
    :)

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  38. Hola, Tais.
    Ese tierno recuerdo de tu padre, que al filtrar tus condiciones musicales a través del amor las convertía en bellas, me ha llegado al alma.
    Y en cuanto a tu sentido práctico al ver las cosas como son... ¡chapó!. No todo el mundo admite las propias carencias (o quizá tú te exigías mucho).
    La realidad es que supiste escoger otras alternativas y el humor no te falta.
    Un abrazo y a ver si nos deleitas con alguna de tus composiciones.

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  39. Boa tarde Taís
    vamos lá ler a sua crónica de hoje...
    ...saudades da infância e adolescência. Ambas vividas em Moçambique, onde ninguém falava de política...só depois de chegar a Portugal é que me apercebi que, aqui tudo tem a ver com a maldita política...tristeza!
    Saudades de tempos mais calmos, sem discursos de ódio...devido a causas políticas. Saudades do colégio das freiras, poucas tenho!
    Mas que bem, Taís, saiu aplaudida na festa tocando piano, parabéns!
    Lógico minha amiga, a gente só tem saudades do que foi bom!
    Afasta para lá tudo que foi mau...

    Obrigada por ter ido à festa virtual que fiz no meu aniversário, hoje já fiz o post real do dia!Se quiser ver, espero por si, aqui:
    http://orientevsocidente.blogspot.com/
    Então, venha, que me faz feliz.
    Um beijinho da Tulipa/Kalinka

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  40. tu bella ilusración abre paso Tais a una escelente dicción sobre las
    buenas maneras y la forma de coportarse en epocas anterioes donde
    se miraba mas a la vida en el hogar y su superacion despues fuera del
    mismo intersante Tais , felicidades vuestro amigo os desea paseis
    una feliz semana , mis saludos , jr,

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  41. Bom dia, Taís.
    Que maravilha! Voejei nas entrelinhas de suas lembranças, e,
    muitas delas, eu as fiz minhas também. Sou um saudosista,
    querida amiga, e sua narrativa avultou o meu pensar nostálgico.
    Tudo tem seu tempo, mas a felicidade vivida deixa raízes que
    se constituem em renovação de alegrias para seguirmos na
    certeza de que a vida vale a pena apesar das adversidades e do
    momento atual de tantas calamidades que ocorrem no mundo.
    Meu carinho, meu aplausos e votos de uma semana feliz.

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  42. Uma crónica linda que adorei ler. Também me lembro tantas vezes da minha infância e uma saudade imensa invade o coração. Eram tempos mágicos em que os sonhos não tinham limites.
    Beijinhos

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  43. Muito bom quando temos saudades : sinal de que tudo correu bem .

    Minha querida, mais uma vez foi delicioso ler sua crónica.

    Carinhoso abraço e bom final de semana :)

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  44. Anônimo10:54

    Às vezes também sinto saudades daqueles velhos tempos, dos bons acontecimentos, inclusive, por incrível que pareça, das doridas e educativas palmadas que me fizeram ser o homem que sou hoje. Bela crônica Taís. Parabéns!

    Abraços e muita saúde e paz para ti e para os teus.

    Furtado

    Furtado


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  45. Olá, amiga Tais,
    Passando por aqui, para desejar um feliz fim de semana, com muita saúde.
    Beijinhos, com carinho e amizade.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

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  46. Relendo esta tua Crónica linda me deixei transportar á minha infância.Como é bom poder-se relembrar esse pedaço de Vida que não volta mais!
    Te saudo, Taís.


    Beijo
    SOL da Esteva

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  47. Andei na creche do colégio das madres mas não tenho memoria desse tempo. É delicioso recordar a nossa vida passada exceto as guerras.
    Adorei trabalhar na rádio e desde muito jovem rádio pirata. sempre com saudade recordo os que já não se encontram entre mim. Continua a ser muito bom viver. Cá vou fazendo km a caminhar. Bjs e abraços

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  48. Anônimo21:29

    Que legal Taís, amei saber que você fazia suas composições no piano
    Eu até fiquei com vontade de compor também! rsrsrsrs
    Também tenho saudades de toda minha infância, de muita coisa legal que vivi com meus primos e na escola também. Mas eu fui feliz de verdade na faculdade, faria outra vez com certeza.
    Abraços querida!

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Muito obrigada pelo seu comentário
Abraços a todos
Taís