- Taís Luso de Carvalho
Na
medida em que vou
mudando de idade, as reflexões vão aumentando.
Para algumas coisas haverão de servir. Caminhando pelo meu bairro,
vou olhando para as
casas. Adoro olhar para as
sacadas e os jardins
floridos, penso nos seus habitantes e, conforme a exuberância das
flores, imagino
gente muito feliz.
Quanto mais flores,
mais felicidade! Será?
Não;
não
procede essa minha conclusão sonhadora. Entre as flores, há
muitos espinhos. E
são nessas
caminhadas
que penso
como
é bom levar uma vida normal,
ser
um feliz anônimo e
poder
observar
e
viver um
cotidiano que
nos é
agradável
- comparando
com celebridades altamente expostas. Mas isso é questão de gosto e de disposição.
Nessas
minhas caminhadas, há
uma casa que me espanta, que me aflige. Tem
apenas um morador, dizem que tem por volta
de 60 anos, e raramente é visto.
A
casa dá medo por parecer abandonada há muitos anos. Com altas grades, não bate sol, é coberta por árvores e centenas de folhas
mortas pelo chão. Nunca a vi aberta. Poderia ser muito bonita, mas é feia, sem cuidados, e com um carro velho, enferrujado
e sujo, que há anos não sai da garagem. Apenas uma janela lateral, no andar de cima, é
que avisa ter morador. Todos os dias essa casa faz parte do meu
trajeto; tenho de passar por ela, e olhar se o homem abriu a janela! Gostaria de ver o tal homem. Talvez num dia de
sorte! Mas por que quero ver o
habitante dessa casa - perguntariam alguns. Porque
o homem dessa casa é muito falado no bairro, e sem ser conhecido.
Num
outro edifício, uma velhinha bate ponto, sempre na mesma janela;
fica lá, olhando a rua. Faço um aceno caloroso pra ela. Acho
que viramos amigas. Sua
vida se resume naquela janela.
No
mesmo edifício, no andar de cima, a vida se mostra mais ativa: a
faxineira se estica e se retorce para limpar o canto da
janela – se despencar de
lá, já era... Mais adiante, um edifício
todo gradeado e com cerca elétrica mostra os sinais de tempos
violentos. Outra sacada, sem tela, um gatinho na marquise, tomando
sol, chamou minha atenção: como não se atira de lá? Pois é,
coisas tão simples chamam minha atenção. E
fiquei pensando o jeito que vemos as coisas simples. Talvez
a velhinha seria mais
valorizada pela sociedade
se saltasse de paraquedas; se o gato tivesse uma cabeça de rato, seria manchete de jornal; se
a faxineira caísse da janela e se esfacelasse, ou se o homem
esquisito fosse um criminoso procurado pela Interpol virariam assunto da 'pesada'. Contudo, vou
caminhando, olhando e pensando nas cidades, na vida
complicada das pessoas que, queiram ou não, são a mola para romances, contos, crônicas e poemas.
Gostaria
de escrever sobre a vida do
homem esquisito, mas creio que acabaria o mistério do bairro, e as minhas caminhadas como detetive não aconteceriam mais.
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Já fez a introdução a um conto por certo bem interessante!!! Bj
ResponderExcluirQue legal e também há coisas e pessoas que são instigantes e as vemos em nossos quarteirões e caminhadas. N'ao suporto casdsa fechada, sem luz e vida...{e mesmo esquisito... Vamos aguardar que tu vejas esse homem e que REALMENTE seja de carne e osso,rs... beijos,tudo de bom,chica
ResponderExcluirOlá, Amiga Tais!
ResponderExcluirMais uma belíssima crónica do seu quotidiano, que poderia ser de qualquer um de nós.
A diferença é que nenhum de nós a saberia contar tão bem, penso eu, falando por mim. :)
Temos uma tendência, quase mórbida, para 'fazer filmes' acerca da vida dos outros, sobretudo, dos que fazem, de alguma forma, parte do nosso quotidiano, mesmo sendo
para nós desconhecidos, apesar de vizinhos, ou talvez por isso mesmo.
Gostei imenso desta sua reflexão e sei do que fala, comigo passa-se o mesmo. Até quando me sento numa esplanada e por mim passam pessoas que nunca vi ou apenas conheço de vista. Ponho-me a imaginar como será a sua vida, de onde vêm e para onde irão. :)
Um beijo e votos de Excelente 2019, para a Tais e Família.
Boa noite. Maravilhoso conto... Adorei :))
ResponderExcluirHoje:- Embriagada na saudade da distancia.
Bjos
Votos de uma óptima Noite
Olá amiga Taïs,
ResponderExcluirbrillante o seu empenho na admiração dessas bonitas janelas ! na descoberta dos habitantes do bairro ! eu penso que com mais idade, cresce-nos o dom da contemplação !
e acho bonito que assim seja! estamos menos propensos ao consumismo de imagens que se atropelam uma às outras, ao consumismo de ver passar cada vez mais paisagens, pessoas, cidades, mas sem ir ao fundo do que vemos, tudo muito superficial,
assim se paramos com mais calma, as sensações ão menos superficiais e temos outra maneira de estar na vida !
desejo uma feliz continuação de um bom ano
beijinhos
Angela
Seus contos são maravilhosos! E esse trouxe muitas reflexões sob seu olhar contemplativo!
ResponderExcluirBeijos e feliz semana!
Que belas palavras :D
ResponderExcluirhttps://www.submersaempalavras.com/
Boa noite, querida amiga Taís!
ResponderExcluirAqui, tem janelas floridas que amo e tiro fotos também.
Tenho algumas poucas, mas de outros lados ,tenho mais.
A 'sua' está linda...
Que lado sombrio tem o senhor em questão!
Não dá as caras... sera que se acha feio? rs...
De todo jeito, sabemos bem que há pessoas tão introspectivas que hibernam o ano todo. Têm medo de gente e, por conseguinte, de conviver.
Tenho dó, perdem o sabor da vida.
Muito bem descritas os personagens da sua crônica!
Gosto muito de desfrutar da beleza dos seus escritos.
Seja muito feliz e abençoada junto aos seus amados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
🌷🌹🌺🌼🌻🌸🏵💐
Essas são as pessoas que não vivem, sobrevivem.
ResponderExcluirÀ espera do fim.
Uma realidade cada vez mais presente e cada vez mais triste.
Beijos, boa semana
El balcón en sí ya es hermoso, pero las plantas es lo que le da más vida.
ResponderExcluirBesos
Olá Taís! Primeiro Bom Ano! Estive um tempo sem vir por aqui a
ResponderExcluire agora que vi esta sua reflexão não posso deixar de "conversar" consigo.
Em tempos também eu gostava muito de imaginar as vidas das pessoas pelo que aparentavam. Fazia-o com as minhas filhas principalmente na praia. Com simples
observações lá íamos ao longo manhãs idealizando aquelas famílias e muitas vezes acabávamos por verificar que tinham muito a ver com o que tínhamos imaginado. Hoje pouco vou à praia e com os netos crescidos muito menos.
Beijos Taís e até um dias destes
Foto mt bonita adoro ver uma janela asssim e sentir o cheirinho tb adorei o texto mt bonito bjs
ResponderExcluirLa narración de su paseo me hizo pensar y claro el que tiene un hermoso jardín también puede tener una vida triste por mil causas pero, una cosa es ya segura, disfrutar de la belleza de las flores es algo que la vida le ha regalado, es decir, la vida le muestra, como mínimo, un lado que reconforta la mente y alegra la mirada. Sin saber nada más de sus vidas, hay dos historias elocuentes y muy duras: el hombre solitario y la abuelita que siempre permanece en la ventana: en mi opinión, los dos han renunciado a seguir viviendo aunque todavía estén con vida.
ResponderExcluirCreo que tiene una gran suerte porque es muy dificil en las ciudades conocer ni siquiera a todos los vecinos que viven en el mismo edificio. Me ha interesado mucho su relato, creo que en la sencillez y en la sinceridad con que lo cuenta, está el gran interés que su lectura suscita.
Un abrazo.
Olá, Taís
ResponderExcluirUm texto que denota preocupação pelos outros. Realmente, não sabemos o que se passa por detrás de cada porta, por mais floridas que sejam as suas varandas. Por vezes existem dificuldades de toda a ordem, conflitos, discussões e, quem sabe, tragédias, segredos que ficam enterradas nas famílias por anos e anos.
Eu também tenho a curiosidade de olhar para as fachadas de alguns prédios, vivendas, com ar de abandonados e ponho-me a pensar o que terá acontecido aos seus proprietários. No outro dia comentei e o meu genro disse: ah! essa casa está em litígio, são dois irmãos, herdeiros, que não se entendem e ali está a deteriorar-se com tudo de bom lá dentro. E há muitas outras casas por aí nas mesmas condições.
Enfim, e pensar que os pais trabalharam a vida toda e com sacrifício, deixando ficar um bem a que não se dá o devido valor.
Por coincidência, vou hoje fazer um post em que a palavra "casa" também entra.Não será um tema com esta profundidade, apenas um pequeno texto.
Obrigada pela sua visita e comentário lá no "Xaile de Seda".
Beijinhos
Olinda
It is beautiful and very nice written.
ResponderExcluirI wish you all the best in 2019.
OI TAÍS!
ResponderExcluirTAMBÉM GOSTO MUITO DE AO CAMINHAR FICAR OLHANDO AS CASAS AS PESSOAS E IMAGINAR COMO VIVEM O QUE PENSAM, O QUE FAZEM, SEMPRE PENSEI SER MANIA DE QUEM ESCREVE E INCONSCIENTEMENTE ESTÁ SEMPRE EM BUSCA DE UMA HISTÓRIA. MAS, NÃO FUGINDO DO BRILHANTISMO DE TUA IDEIA AO ESCREVER, HÁ PESSOAS QUE PARECE NÃO ESTAREM VIVENDO, APENAS ESPERANDO O PRÓPRIO DESFECHO, POIS NÃO SE ENCAIXAM EM NADA DO QUE CONHECEMOS.
BRILHANTE, QUERIDA AMIGA. UM 2019 PLENO PARA TI E FAMÍLIA.
ABRÇS
https://zilanicelia.blogspot.com/
Eu viajo no imaginário ao olhar as casas do ônibus que pego todo dia! beijos amiga
ResponderExcluirBom dia, seu texto revela que a Tais é uma pessoa que gosta de apreciar e considerar tudo que a rodeia, a tais não pode mudar o mundo, mas, preocupa-se com o bem estar das pessoas, como a do homem mistério, da velhinha, faxineira e até do gato, admiro as pessoas que conscientemente sabem que não são únicas no mundo, parabéns Tais, por ser assim.
ResponderExcluirFeliz fim de semana que está a chegar.
AG
Bom dia Taís, minha Amiga. É sempre um gosto lê-la. Estou a vê-la passear no seu bairro apreciando as casas, a trocar ideias consigo própria a respeito de quem lá mora. Sim, as casas dizem imenso de quem as habita, mas é para quem sabe ver...
ResponderExcluirUm grande beijo.
Sentidos e significados, eis o mistério da vida, pelas mãos de Taís.
ResponderExcluirOlhar, eis o sentido da linguagem, a encenação do que é visto, do que se supõe visto, ou imaginado. Eis tensão do desafio, e a escrita precisa, desenvolta, que cultiva sua condição de texto. Verossímil, o que pressupõe o exercício maduro da escrita.
É o olhar iluminando o caminho e não o contrário, em relação simétrica para cada situação descrita... A cada passo, um ensaio do olhar e da escrita... Não, não se pode pedir mais... é deixar que o leitor siga o resto do percurso...
Um beijo, Taís!
Es una buena forma de ir conociendo el barrio, pues te vas haciendo una idea de la gente que vive en cada casa.
ResponderExcluirLa primera toma me gusta mucho.
Un abrazo.
Lindo texto!
ResponderExcluirTambém adoro observar as casas... aqui em Petrópolis há muitas, e muito velhas. Sempre imagino as histórias que elas guardam.
Tais, minha amiga
ResponderExcluira crónica explode em sentido pela sábia selecção dos "sinais", mediante os quais teu olhar guia o leitor neste discurso (que diria cinematográfico) que nos permite "ver", com agudeza, o "grito-mudo" da solidão na sociedade actual.
gostei muito
beijo
Recentemente visitei a casa-museu Mendeiros e Almeida em Lisboa e embora eu tenha muito imaginação nunca podia inventar que o interior era tão espetacular .
ResponderExcluirbeijos
Tais gosto muito de ler as suas reflexões, os solilóquios, que só uma mente, culta e ao mesmo tempo simples, entabula nas suas caminhadas. Já confessei ser fã deste tipo de peça literária. Parabéns!...
ResponderExcluirBeijos
Thank you for the beautiful comment.
ResponderExcluirI'm fine, I hope you too.
Regards.
Fiquei curiosa com a vida do homem esquisito. Dou por mim a aguardar novidades.
ResponderExcluirFaço, habitualmente, caminhadas e vou mudando o percurso, falando com as pessoas. O sofá deve ser livre, embora a ele regressemos com confiança.
Que belo texto, querida Taís! Bastante motivador devido à arte de dizer.
Beijos.
Um belo texto minha amiga e eu devo de ter alma de arquitecto pois adoro apreciar belas casas.
ResponderExcluirUm abraço e bom fim-de-semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Adorei a crônica, Taís.
ResponderExcluirEntendo o olhar de quem escreve, como um olhar de um
cineasta, a percorrer o filme da vida noutro filme
do seu imaginário...
Meu olhar na leitura encantado com as personagens da
tua caminhada: um morador isolado com seus enigmas;
uma senhora na janela com o seu olhar ao mundo; a faxineira
nos seus riscos a equilibrar a vida ao trabalho e um gatinho
num poético banho de sol. Um filme de arte, tão bem descrito
nesta tua arte literária.
Beijos e ótimo final de semana!
Bella narración esta que nos dejas hoy.
ResponderExcluirSaludos.
É interessante imaginar, o que pode ser a vida de cada um que nos rodeia mas que nos são completamente desconhecidos.
ResponderExcluirQuando vou passear e vejo casas antigas também fico sempre a pensar que vidas por lá terão passado, ai se as paredes falassem ... teriam tantas histórias para nos contar.
Brilhante cronica.
Bom domingo
Beijinhos
Maria
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Olá Amiga agora estou descansada, viajar me estressa, (quando é de avião), não sou de falar mal da terra de ninguém, mas não gostei de onde fui, e o aniversariante também não gostou. Entretanto amei sua crônica, quando vou ao centro da cidade daqui do Rio, tem casas antigas do outro século, com fachadas trabalhadas por artesões,as grades nas sacadas, lindas! Fico como você além de admirar a arte, imaginando como seria a vida dos moradores dentro delas...Hoje em dia são tombadas, e mal cuidadas, por dentro só restam as fachadas!! É de doer.
ResponderExcluirMas isto é Brasil, e a sua imaginação deu vida nova ao passado, além de criar uma história de suspense 00{
Amei, beijinhos.
Léah
Já algum tempo,que não vinha por cá,estava com saudades e não me desencantei,obrigado!
ResponderExcluirOi Taís
ResponderExcluirPara escrever uma crônica com esta propriedade há de ser uma perspicaz observadora que capta a poesia dos ínfimos detalhes e os transforma num texto excepcional como este
Maravilhosa a tua crônica. Amei te ler
Beijos
Parabéns Tais, pela magnífica crónica.
ResponderExcluirFiquei tão eufórica que me apeteceu juntar-me a ti e avançar já com a investigação ao habitante misterioso da casa abandonada. Aceitas?
Verdade ou ficção, gostei de saber que olhas com o coração.
Há tristeza sim, por trás de cortinas de seda e varandas floridas. Lamentavelmente!
Beijo.
Mas, bah! Esta crônica foi escrita com grande estilo de quem conheçe as coisas do cotidiano, que revela a cronista nata. Por isso não posso imaginar-te sem escrever crônicas, que, não tenho dúvida, é o teu terceiro pulmão. Uma crônica para ser lida muitas vezes. Dizer mais, sei que tu não gostaria, motivo pelo qual fico por aqui, com os meus parabéns. Bravo, Taisinha!
ResponderExcluirBeijiho daqui do escritório.
Pedro
OI TAÍS!
ResponderExcluirPASSANDO PARA VER SE HAVIA COISA NOVA POR AQUI E COMO NÃO, LI NOVAMENTE E CONTINUEI ACHANDO DEMAIS.
UM GRANDE ABRAÇO, AMIGA.
https://zilanicelia.blogspot.com/
A fachada da casa é linda, mas ali mora uma história, que eu como você, gostaria de desvendar. também sou observadora, olho detalhes e pessoas. Como temos personagens para criarmos nossos texto, seja contos ou crônicas. A vida vale muito pelo que nos afeta e/ou afetamos. bjs
ResponderExcluirGosto destas cronica que parecem uma transmissão de radio por um locutor. O olhar clinico que vai desvendando, definindo e dando vida aos personagens. Uma janela fechada, uma planta trepadeira que despenca de uma janela e toca o chão, a sensação de mistério. Um cotidianos vasto de figuras, que não se intercalam, mas que remontam um interessante modo de viver na cidade grande.
ResponderExcluirBeleza de construção amiga.
Beijo de paz.
Uma coisa é certa, Tais... a dinâmica de vida, de quem vive sozinho, por qualquer razão... é muito diferente, de quem não vive dessa forma!...
ResponderExcluirQuem está integrado num ambiente familiar... por vezes, fica até afectado, com algum instante mais solitário, de algum momento do seu dia... agora imagine-se... aguentar-se consigo mesmo... 365 dias por ano... 24 horas por dia!...
E se pensarmos bem... a vida... é uma luta permanente, para afastarmos a solidão da mesma... ou aprendermos a conviver com a mesma... porque nos é necessária... por incrível que pareça!...
Gosto imenso de apreciar janelas, pois de alguma forma, elas são muito reveladoras do estado de espírito dos seus moradores... ou não!... O tal homem mistério, pode ter um qualquer hobby que lhe tome o seu tempo (aqui em Portugal, existe um actor, que publicamente admitiu que só trabalha, para poder ficar longos períodos em casa, a ler todas as obras escritas, que bem lhe apetecer, sem prestar contas a ninguém... aliás ele diz que nasceu, para estar de bem consigo mesmo... dada a sua natureza solitária, por opção própria... que quebra ocasionalmente... quando vai gravar peças de teatro, ou novelas... como ele... haverá muitos outros casos de pessoas, com uma natureza bem solitária... por circunstâncias várias da vida... ou opção)...
A velhinha... vê que a vida, já não terá muito mais para lhe oferecer... mas ainda não desistiu dela... e enquanto a sua mobilidade lhe permitir... chegar à janela... será mesmo o seu prémio... continuar a sentir que ainda vê, e faz parte deste mundo...
Uma crónica muito interessante... que coloca a tónica no mundo dos outros... e de como os imaginamos, perante o que deles nos é dado a observar...
Beijinho! Boa semana!
Ana
Querida Taís Luso, Escritora / Vizinha !
ResponderExcluirPreparaste uma "sopa" de mistérios e curiosidades.
Os ingredientes, colhidos a partir de observações
pessoais. Deu certo:
UMA BELÍSSIMA CRÔNICA !
Parabéns e uma ótima semana !
Sinval.