Parque Keunkenhof - Amsterdã |
- Taís Luso de Carvalho
Sem dúvida alguma, nossos sentimentos se diferenciam muito nas festas de Final de Ano. Não vejo sentimento igual em outras datas. No Natal a reciprocidade dos nossos votos de felicidade e de solidariedade é muito expressiva. Os corações ficam tomados por afetos e delicadeza. Há uma magia diferente em torno dessas duas datas de final de ano. Uma avalanche de coisas boas que desejamos aos amigos, e com absoluta sinceridade.
Lembro de outras datas, como a Páscoa e o Carnaval, datas também importantes. No Carnaval nos desnudamos e nos vestimos de alegria: de reis, rainhas, palhaços e muito samba no pé! Na verdade o que muitos buscam é esquecer um pouco das tristezas e carências existentes em vários seguimentos de nossa sociedade, para viverem alguns dias de felicidade. E assim somos nós, seres humanos muito complexos, por vezes sentimentais e humanos, outras vezes apáticos, indiferentes.
Não gosto muito da passagem do Ano Novo, sei que é apenas um momento de ilusão, dias depois tudo seguirá seu curso, como tem sido. As bombas e mísseis continuarão a cortar os céus desse sofrido planeta, escasso de paz, de amor e de perdão.
Difícil pensar assim após a beleza do Natal, onde nossos corações se enchem de emoção com as belas imagens do Menino Jesus e a canção de Natal!
Gostaria de acreditar na evolução da nossa espécie. Somos mais de 8 bilhões de humanos rogando por um milagre. Merecemos sair do eterno “faz de conta”.
Lembro do nosso grande Ariano Suassuna quando disse:
“Não sou nem otimista, nem pessimista. Os otimistas são ingênuos, e os pessimistas amargos. Sou um realista esperançoso!”
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Boas Festas aos queridos amigos do
Porto das Crônicas!
Nessa época parece todos ficam bonzinhos e solidários...
ResponderExcluirMas essa magia dura pouco, infelizmente. Por isso, bom que guardemos no coração o Natal, daquele jeitinho que gostamos e nos faz bem: na simplicidade e não nas aparências! Feliz Natal pra ti ,pro Pedro e tua família!
beijos, tuuuuuuuuuuudo de bom,chica
Boa e oportuna crónica, cara Taís. Deixo memórias e situações mais atuais.
ResponderExcluirDas memórias, do meu tempo de menino, celebrava todas as datas. A celebração do Natal era a que mais gostava e da qual tenho (guardo) emocionadas recordações: a quintinha dos meus avós; meu avô dizendo poemas e me contando contos (de Suassuna, me contava cenas do "Auto da Compadecida"); a véspera e o dia de Natal era família, família e mais família e sorrisos, sorrisos e mais sorrisos. Era uma família bem unida...
Mais recentemente, continuo a celebrar todas as datas, mas continua a ser o Natal a mais festejada e, com nova família bem unida, sou eu que declamo e conto contos aos netos (de minha autoria pois um dos meus livrinhos é de contos para crianças, o primeiro dos quais é sobre o meu avô).
Julgo, olhando à minha volta, que a vida (de outras famílias) mudou muito os hábitos e tradições. As famílias estão mais desunidas. O "Pai de Natal" e "Árvore de Natal" substituíram o Menino Jesus e o Presépio...
E mais diria...
Deixo um Beijo (com sabor a Natal)
Boa noite de Paz, querida amiga Taís!
ResponderExcluirVocê abordou várias verdades das Datas...
Particularmente, amo o Natal, a Páscoa em primeira instância.
O Ano Novo próximo tem um quê de preocupação de uma guerra mundial ...
Mesmo sendo um realista esperançoso... paira uma dúvida no ar.
Vamos deixar o negativismo e o realismo de lado, apreciar seu post e lhe desejar uma continuação de Dezembro abençoado!
Tem um quê de magia boa. Todos se tornam amáveis...
Passarei mais próximo do Natal, vocês são bons amigos e merecem ser felicitados.
Beijinhos
La esperanza siempre te da cobijo cuando todo parece muerto. Temando un beso y te deseo una buena semana.
ResponderExcluirBoa noite, amiga Tais!
ResponderExcluirDe facto assim é. Nesta época natalícia, parece que a solidariedade emerge das profundezas do mar. Infelizmente, a maioria dessa solidariedade não passa de mera hipocrisia. Muito bonzinhos, muito amigos de todos e mais alguma coisa, mas passando esta quadra, esquecem que existem.
Enfim...é assim o gene humano.
Gostei de ler esta sua crónica, estimada amiga.
Deixo os votos de boa semana, com muita saúde e paz.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Minha querida amiga Taís,
ResponderExcluirO Natal (data), nunca vai acabar, mas, sequestraram faz tempo os nossos sonhos e até o "menino Jesus" do presépio.
O fim do ano é uma época em que as pessoas se reúnem com suas famílias e amigos para celebrar, trocar presentes, compartilhar amor e gratidão que normalmente não acontecem ao longo do ano.
O espírito natalino nos lembra da importância de estarmos juntos e valorizar os laços emocionais em nossas vidas. Portanto, o Natal não é só sobre dar presentes, mas, é sobre estar presente e se deixar envolver pelo espírito coletivo de gentileza.
Porém, não é incomum que existam aqueles que se sintam deslocados durante as festividades natalinas, pois, a felicidade de final de ano parece ser "Made in China".
Eu gostava mais dos Natais dos cartões enviados pelo correio e dos recebidos que acabavam enfeitando a árvore de Natal.
A empatia durante a pandemia foi de "mentirinha". Que os desejos de Natal sejam apresentados com mais autenticidade.
Beijos e que o teu fim de ano seja feliz dentro daquilo que tenha sido planejado por ti e tua família!!!
Natal é festa de família e em família.
ResponderExcluirFinal de Ano há muito que é só mais um dia.
Bjs, boa semana
Já não vejo mais o Natal de antigamente, cada dia uma nova mudança. Os costumes e tradições vão se dividindo e pulverizados.
ResponderExcluirQue a gente possa ver o Natal dos sonhos, de todos numa linca comunhão.
Bjs e paz amiga
Pois é, Taís, ótima reflexão.
ResponderExcluirEu tenho sentimentos dúbios em relação ao Natal. Por vezes, quando era mais novo, o Natal me trazia um pouco melancolia. Talvez por inconscientemente, saber que todas as luzes, reuniões, troca de presentes, Papai Noel, tudo isso ser meio artificial. Por outro lado, reunir a família para cear e relembram do nascimento de Jesus me enchia de doce satisfação.
Ano novo nunca é novo, né? O tempo é sempre o mesmo...mas precisamos também dessa ilusão de que um ciclo se fecha e outro se abre.
Passei muitos final de ano em casa, sem festa alguma; outros anos passei com amigos com muita festa e descontração; outros anos passei com alguns parentes reunidos e com muita dança e descontração.
E assim caminha a (minha) humanidade.
Suassuna foi cirúrgico.
abraços.
Gostei muito da citação com o texto acaba, pois também sou realista...infelizmente, já com muito pouca esperança quanto à evolução humana.
ResponderExcluirMinha querida Taís, desejo-lhe e a sua família alegres festividades, um Natal com amor e paz e um 2025 excelente !
Carinhoso abraço, boa semana :)
Debería de ser siempre como en Navidad. En esta época todo parece más dulce y solidario. Cuando termina y empieza un nuevo año, vuelve la triste realidad.
ResponderExcluirSon unas entrañables fiestas y muy emotivas.
Os deseo todo lo mejor. Siempre mucha felicidad.
Un beso.