26 de janeiro de 2018

GENTE DE MÁ FÉ

obra de Guan Weixing 1940 (China)


        - Tais Luso de Carvalho

Há tempos, neste blog, contei a vocês sobre um velhinho que nos parou bruscamente na rua do nosso bairro para declamar, em alto tom, Casimiro de Abreu - Meus Oito Anos, lembram? Achei muito interessante, até gostei da criatura. Mas foi algo meio louco, não há dúvidas, ninguém de mente sã faz isso numa calçada, mesmo adorando Casimiro de Abreu – poeta do Romantismo.
Achei que aquela explosão era própria da sua idade ou temperamento. Qualquer coisa assim.
Pois bem, após alguns meses o velhinho nos parou novamente na rua (a mim e Pedro) para nos contar de um assalto que sofrera nas imediações de onde estávamos - no nosso bairro. 
Dois marginais o derrubaram no chão e baixaram a lenha no coitado do velhinho para roubar-lhe o celular. Contou que foi à emergência do Hospital fazer o curativo, o qual nos mostrou. Confesso que ficamos de coração partido, já estamos todos neuróticos com tanta violência, mas por outro lado achamos esquisita aquela coisa toda, quase um circo. Ele era bem espalhafatoso. E foi embora chorando, resmungando, protestando. Fez um auê danado!  Por pouco não levamos o velhinho para casa para tratar as dores de sua alma. Passou tempo e esqueci do caso.
Ontem, estávamos esperando para atravessar a rua, íamos almoçar, e lá veio o velhinho, depois de algum tempo ausente, meio desabrochado e nos olhando, veio com uma história de que iria embora para Israel, que o Brasil não tem jeito e que tinha sido assaltado há minutos numa rua pertinho. Vimos logo que  a  conversa era a mesma, o mesmo choro, a mesma rua, o mesmo celular!!  Mais outra encenação? Mas desta vez ele estava esperando alguma coisa!! E saímos sem dar importância, pois percebemos, de cara, que havia má fé no meio da história. Nos encarou, mas não o deixamos prosseguir na intenção. Atravessamos a rua.
Infeliz, filho da mãe! Fui pega por um louco esperto; me senti tão burra... tão decepcionada por ter entregue nas primeiras vezes o meu sentimento de solidariedade, de pena e de indignação.
Isso travará meus sentimentos num outro episódio e com outra pessoa qualquer. Se for verdade ou não, minha postura vem ao natural: Não! 
O endurecimento virá sem que eu queira saber a razão. Até que eu me refaça...
Até que eu volte a acreditar. Os sabidões, também envelhecem.




_______________________________
_____________________________________






  

53 comentários:

  1. Gostei Tais. Mas por cenas destas é que ficamos duvidando e por uns pagam os outros...Boa noite amiga!

    ResponderExcluir
  2. Olá, Taís.

    Que história estranha essa. Será que haveria mesmo má fé por parte do velhinho? Ainda por cima a gostar de poesia?
    Um desequilibro mental qualquer dá para perceber que havia nele, mas isso não significaria total ausência de verdade na narrativa de assaltos que dizia ter sido vítima.
    Também sou bastante sensível ao sofrimento alheio e já algumas vezes fui enganada. Isso não foi impedimento de ter sido novamente, pois pela dúvida prefiro acreditar sempre na inocência e na boa fé dos outros. Pelo menos até ter prova em contrário.

    Beijinho, Amiga.
    Bom final de semana.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Janita, eu penso que sim, houve má fé, pois foram "2 vezes" que falou no seu assalto, com espaço de 1 mês, da mesma maneira, na mesma rua e o mesmo celular??
      O que houve, é que ele esqueceu que já havia nos aplicado, esqueceu da nossa fisionomia, era muito estabanado.
      Os 'golpistas também envelhecem', amiga!!
      Um beijo, um bom final de semana, também!

      Excluir
  3. Olá, minha Vizinha/ Escritora, Taís Luso !
    Depende do momento que nos pegam e, pronto,
    caímos novamente...
    Eles são assim e nós, assim somos.
    Um ótimo final de semana e um carinhoso abraço.
    Sinval.

    ResponderExcluir
  4. Olá Tais,

    Certamente os golpistas envelhecem e não amadurecem. Infelizmente deixamos de ajudar uma pessoa que realmente precisa por conta desse tipo de "gente".

    Abraço e um lindo final de semana

    ResponderExcluir
  5. Como sempre, uma crônica de alto gabarito enfocando eventos do dia-a-dia. Você é cronista profícua e tem elegante modo de dizer suas coisas. Parabéns.

    ResponderExcluir
  6. Pois cara amiga Tais, existem pessoas que passam a vida contando histórias tristes com o objetivo que levar alguma coisa. Normalmente começam cedo, mas é na velhice que comovem mais as pessoas de bom coração.
    Um abração. Tenhas um ótimo fim de semana.

    ResponderExcluir
  7. Aqui em Porto Alegre os golpes se repetem e nem mudam o lengalenga. Já estou dura! Não caio mais . Ajudo outros, quando sei que realmente precisam. Infelizmente as pessoas mostram o lado ruim sempre, de um jeito ou de outro.Pedem passagens, leite em pó pra filhos , incêndios inventados, tantas coisas...CREDO!

    bjs, tudo de bom,chica

    ResponderExcluir
  8. O Mundo está vazio
    e a loucura prolifera
    será do calor será do frio
    ou sinais a cada Era ?

    Penso que ciclicamente
    os valores branqueiam-se nas cores
    do engano e das dores... ~_````

    Deixo o desejo de um grande e feliz fim de Semana
    e como dizemos nós por cá
    "há que abrir a Pestana".

    Beijinhos de aqui dos Calhaus frios
    mas cheios de Sol.

    ResponderExcluir
  9. Bom dia!
    Conheço pessoas que estão bem na vida e vão para outras cidades fazerem-se de mendigos e de aleijados e pedem na rua. Conclusão! Paga o justo pelo pecador.. Podem até precisar mas não ajudo. Não confio!

    Beijo. Bom fim de semana.

    ResponderExcluir
  10. Bom dia, para tudo existe uma causa, todo o ser tem o direito a sobreviver, quando este é descriminado e se torna vitima de quem o ignorou e não cumpriu com a sua responsabilidade, a sua obrigação como governante em não dar dignidade de vida ao seu povo, é natural que apareça quem tem que sobreviver.
    Feliz fim de semana,
    AG

    ResponderExcluir
  11. Olá Tais!
    Voltei e logo "dei de caras" com o velhinho tolo, conhecedor da arte da má-fé que, imagine-se, gosta de poesia.
    Que decepção terás sentido, amiga. Mas não desistas de ser solidária. O mundo está repleto de golpistas (lamentavelmente em todas as áreas da sociedade) mas também de tolos cheios de verdade, carentes de uma palavra de conforto, de uma orientação.
    Não podemos deixar de acreditar que neste mundo cão ainda há gente de boa-fé.
    Beijo e excelente semana.
    (Vou ler todas as crónicas que "saltei".)

    ResponderExcluir
  12. De vez em quando dou uma esmola ,afinal não são todos velhacos
    abraço

    ResponderExcluir
  13. Belo texto. O que existe mais é gente de má fé. É triste mas é assim. Adorei o texto

    Bjos
    Sábado feliz.

    ResponderExcluir
  14. Prefiro colaborar em família, pois sempre há necessidades materiais e emocionais.
    Abraço.

    ResponderExcluir
  15. Por personas como estas nos hacen sospechar de todo el mundo. Alguno de los mendigos son casi profesionales.

    Saludos.

    ResponderExcluir
  16. Hay mucha picaresca, hay mendigos que lo pasan muy mal y hay otros que se han acomodado a esa vida porque lo les queda otra y entonces reina la picaresca.
    Feliz sábado.
    Un abrazo.

    ResponderExcluir
  17. Pois é, por aqui há um senhor que se deita na rua como se estivesse desmaiado e nos pega de surpresa com preocupação. È muito ruim está desconfiança, incredibilidade em relação à ação humana. Bjs

    ResponderExcluir
  18. Pobre deste mundo onde existe tanta maldade e falta de respeito por quem é mais velho e não só. Malditas e torpes mentes.
    .
    * Doce paisagem do teu sorriso, qual azul do Mar *
    .
    Deixando votos de um fim de semana muito feliz
    Boa tarde

    ResponderExcluir
  19. Taís querida,
    é um prazer ler-te.
    você tem uma qualidade aberta de escrita que me encanta.
    Quando nos desiludimos com alguma pessoa assim é muito constrangedor. O dito-cujo já traz conhecimento de vida, e seria para nos passar confiança, respeito, ternura, solidariedade...
    Mas ao invés disso,
    nos deixa mais cedidos as nossas dúvidas
    é exatamente o que acontece hoje no mundo.
    Maldades em exageros, deslealdades, enfim...
    Parece que o sentimento sincero é algo abominável, errado, sujo. Pois o que está na moda para muitos é o termos maquiavélicos, que banalizam a credibilidade que ainda há em poucos de nós.
    Bom, mas... Acho que cada qual foca na sua própria reforma interior da maneira que consegue né? Talvez o Sr. Fosse “candidato” a ter a arte de amar poesia, mas, não fosse tão honesto bastante com seu interior. Ou fosse realmente mentalmente insano e na imaginação criasse “causos” mirabolantes para acalmar sua mente cansada.
    Acho que para guardar esse amor ao próximo de fato precisamos ter o cuidado, de não deixar ele ficar desataviado dentro de nós por coisas assim. Pode acontecer!
    Vamos desacreditando do ser humano com todas estas mentiras, e quando vemos estamos numa encrenca intima com o Senhor do alto.
    Sabe amiga trabalha na avaliação, e contrabalança todo o resto. De onde ele vem? O que faz da vida? Interpretar o ato como caridade, porque você é maravilhosa e boa.
    E seu coraçãozinho não ficará magoado com tudo isso tá?

    Beijão lindona

    ResponderExcluir
  20. Boa tarde, Taís
    Aqui no Rio fujo de pessoas que me abordam na rua.
    Na maioria das vezes querem aplicar um golpe. Tô fora!
    Todo cuidado é pouco.
    Tenha um ótimo fim de semana.
    Beijinhos e o meu carinho.
    Verena e Bichinhos.

    ResponderExcluir
  21. Oi Taís! Infelizmente o mundo está cheio de gente de má fé, o que faz que nós endurecemos nosso ser. Acabamos perdendo a fé e a vontade de ajudar por uns e outros que só querem tirar vantagem.
    Tenha um excelente fim de semana.

    ResponderExcluir
  22. Nem tudo é mau neste mundo....Não deixe que uns paguem por outros.
    Temos é de ser mais rigorosos a dar a 'esmola'. É a vida.
    Beijo

    ResponderExcluir
  23. Amiga, que história da vida real. o que revolta é esse senhor de idade poderia dar bons exemplos, ao contrário se aproveita da idade para comover as pessoas de bom coração e ganhar com isso. Que triste! Que jesus o perdoe, quem somo nós para julgar o que leva o mesmo a fazer isso. Abraços amiga, fica na paz

    ResponderExcluir
  24. Al tercer encuentro a lo mejor te sorprende distintamente.
    Un feliz domingo.

    ResponderExcluir
  25. Assim é, lamentavelmente.
    Vivi uma situação idêntica há anos. Vinha, todos os Domingos a casa, um velhote a pedir e sempre lhe devamos algo, assim como muitos dos vizinhos. Mas ninguém o conhecia. Um dia, nas festas duma povoação próxima, demos com ele à varanda duma casa luxuosa. Quando nos viu meteu-se para dentro e nunca mais voltou a aparecer no bairro.
    Casos assim proliferam, e muito.
    Um grande abraço

    ResponderExcluir
  26. Olá Ta[is, mestra das belas crônicas, amiga a maldade humana está dominando o mundo, nem sempre todos são ruins, porém adivinhar é impossível, e ser abordada(o) é um perigo ...fujo desses lances!
    Feliz e abençoado domingo!

    Bjsss!

    ResponderExcluir
  27. El crecimiento de los delicuentes, sigue en aumento, mientras que no se vayan formando a las personas desde pequeños y no se creen buenan espectativas de trabajos para ellos.

    Besos

    ResponderExcluir
  28. E o velhinho tinha fixação em vocês que o ouviam, claro. Não é nada fácil saber quando é verdade ou representação. Faz pena, porque paga o justo pelo pecador, como se diz...
    A sua crónica extremamente interessante, mais uma vez.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

    ResponderExcluir
  29. Taís é difícil acreditarmos em uma pessoa,muitas vezes nos parecem boas e por trás escondem o que realmente são.
    Bjs-Carmen Lúcia.

    ResponderExcluir
  30. Gostei muito desta tua excelente crônica sobre o velhinho farsante, mas bem-falante e que nos enganou apenas na primeira e segunda investidas. Mas na terceira vez foi sua memória fraca que o traiu, não se lembrava de nós. Eu também penso assim. Mas essa gente que engana e que monta esquemas não muda, em grande parte, e também envelhece. Justamente nos enganou por ser um velhinho com aparência frágil.

    Um beijinho daqui do escritório.

    ResponderExcluir
  31. Taís,

    Já passei por histórias semelhantes, com menos encenação, é verdade, sobretudo nos shoppings, mas aprendi.
    Neste país em que vivemos tentam nos enganar de todas as maneiras. Como se não bastassem os políticos que nos trapaceiam a todo instante, agora também o Judiciário, a malandragem campeia, se espalha. E como não trazem na lapela a inscrição "malandro", podemos ser enganados a qualquer instante.
    Nunca imaginei que a famosa "Lei de Gérson" prosperaria tanto.
    Não perco a esperança na humanidade, mas os "desvios" no Brasil - de toda natureza - me assustam. Fazer o quê? Mudar de passeio atravessando a rua rss
    Um boa semana, amiga!

    ResponderExcluir
  32. Tem de tudo, Tais, nesse mundo... gente que pede e mente sem precisar... e gente que efectivamente precisa!...
    Em matéria de questões, de sobrevivência, envolvendo gente de idade... tenho dificuldade em me pronunciar, confesso... se a vida está difícil, para quem é mais novo... para quem é mais velho... que estratégias de sobrevivência, poderá recorrer, para ser levado a sério, e ganhar algo em troca com isso?...
    Tenho visto vídeos de assaltos, em Londres, em plena luz do dia, em alguns jornais online... cidade cosmopolita, e supostamente civilizada... em que muitos já não pedem... partindo para a agressão pura e dura... até com ataques com produtos com ácido, uma das últimas tendências em voga... se é para ficar com a carteira mais leve... ainda assim, prefiro que um qualquer velhote me enrole, com uma história mal contada... do que ficar traumatizada, com outras formas de assalto, que nos podemos arriscar a sofrer na rua... porque hoje, o mundo está ficando bem inseguro, em toda a parte... e há uns que ainda vão pedindo... outros já não pedem... causam dano, às vezes irreversível... e levam o que precisam...
    Beijos, Tais! Feliz semana!
    Ana

    ResponderExcluir
  33. Há já muitos anos que não dou dinheiro (esmolas) a ninguém.
    Querem comida, bebida, matar a fome e a sede?
    Levo-os onde quiserem, comem e bebem o que quiserem.
    Dinheiro é que não dou.
    Farto de espertalhões!!
    Bjs, boa semana

    ResponderExcluir
  34. Querida Thais quem já não foi enganado dessa forma? Mas sabe eu aprendi uma coisa comigo mesma, a mim não importa se é verdade ou mentira, ouço, dou uma palavra e se puder ajudo e mentalmente depois faço uma prece pela pessoa, que se for verdade precisa muito e se for mentira precisa mais ainda, nos dois casos tenho dó, penso que ninguém sabe o porquê de certas atitudes, situações. A menos que meu alerta acenda e me diga se afaste,aí passo reto, porque este mentindo ou não traz maldade em si. Bjos linda

    ResponderExcluir
  35. Deram sorte!
    Poderiam ter sofrido uma agressão. Estes tipos de rua, normalmente são doentes mentais. A atitude de vocês, enfrentando a situação, deu medo nele. Tempos difíceis, Taís.
    Beijo, querida amiga.

    ResponderExcluir
  36. Tem gente que inventa histórias tristes para se beneficiar da situação.
    Fazer o que :(

    Ótima semana,
    http://mylife-rapha.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  37. Boa tarde, querida Tais,
    bela e empolgante a sua crônica, nota-se que seu coração se condói facilmente, é assim mesmo. Eu postei há algum tempo a crônica com o título de "A mentirosa", me compadeci rapidamente, vocês foram corajosos, e o velho mentiroso, eles são abusivos e quanta gente cai nestas "histórias lindas", você quase chorou com ele, rsssss é assim mesmo. Agora, amiga fique esperta.
    Beijos daqui de Porto União, copiei do Pedro rssssssssss.

    ResponderExcluir
  38. Boa tarde querida Taís, muito boa sua crônica. Que historia amiga. gente de má fé existe onde menos esperamos como nesse caso. É triste, por isso que o ser humano está tão desacreditado. Infelizmente!
    Abraços querida, tenha uma tarde de paz

    ResponderExcluir
  39. meio mundo a enganar a enganar a outra metade
    assim vai a vida!

    na primeira qualquer um cai, na segunda cai quem quer, na terceira...
    é demais, não é Tais?

    velhinho espertalhão aquele!

    beijo, minha amiga

    ResponderExcluir
  40. Há muito tempo que não sou abordada por aldrabões, porém, nunca esqueço o que me aconteceu aos 18 anos, numa viagem do Algarve para Lisboa.
    Nessa altura, o comboio não atravessava o Tejo na ponte. Era necessário usar o barco... Pois nessa travessia fluvial, uma mulher chorava e gritava uma miséria atroz e percorreu o barco de lés a lés... Eu muito arrepiada, dei-lhe uma notinha (das que os meus pais me davam), quando um senhor me explica que a criatura ia sair do barco e tomar um táxi e que vivia melhor que nós.
    O que mais me impressionou foi a criança que trazia ao colo, que deitada sobre o ombro fingia dormir... Ela gritava aflitamente e a criança dormia... Ainda hoje penso como terá sido treinada aquela criancinha... em casa com pancada?!
    Normalmente, os verdadeiros necessitados são humildes e envergonhados de sua pobreza.
    Gostei da sua crónica, Taís, mas que velhote charlatão! Quando a crise aperta, todo o cuidado é pouco...
    Abraço, querida Amiga.
    ~~~~

    ResponderExcluir
  41. Nunca esqueci o "Deus lhe pague" de Joracy Camargo.

    É sempre bom passar por aqui, Taís.
    Beijinho.

    ResponderExcluir
  42. Abordas, amiga Tais,una expresión muy real de nuestro mundo de hoy, en que muchos parecen lo que no son y otros pagan las consecuencias de nuestra justificada desconfianza.

    Un beso.

    ResponderExcluir
  43. Sobrevivo em meio a dor da perda do filho amado.
    Estou me dando o direito de viver o luto como preciso.
    Sabiamente, dizia minha mãe, que o luto leva um ano, o
    ano das "primeiras vezes", primeiro aniversário sem ele,
    primeiro Natal sem ele, primeira virada de ano, primeira
    praia... A dor é intensa. Intensa é a saudade...
    Perdão pela ausência. Volto aos poucos. Ainda não sei fazer
    poesia que não fale na saudade. Mas elas virão. Eu tenho certeza.
    E aqui estarei compartilhando contigo.
    Muito obrigada pelo teu carinho.

    ResponderExcluir
  44. Querida Tais, bom texto, como sempre nos narra muito bem os acontecimentos em que tivestes experiências!
    Aqui em Sampa também tem muito disso, mas como estamos ( meu marido e eu), sempre com cuidado em não parar para ouvir estranhos,nem damos atenção, pena que aos poucos vamos mesmo perdendo a fé nas pessoas.
    Enfim é assim!
    Abraços querida amiga!

    ResponderExcluir
  45. Querida amiga
    Já sou gata escaldada em água quente que foge de água fria, não caio mais em conto de coitadinho nenhum. Faz parte da situação louca na qual estamos vivendo nestes Brasis.
    Se cuida amiga.
    Beijinhos

    ResponderExcluir
  46. Olá Taís! Hoje vivemos num mundo onde devemos confiar desconfiando. Quando noto que existe má fé, dou uma desculpa, me despeço e entrego a DEUS. Como sempre amiga, belo o teu post.

    retornando para renovar os votos de um Feliz 2018 e matar as saudades.

    Beijos,

    Furtado

    ResponderExcluir
  47. ¿Quién no se conmueve con un niño, y sobre todo con un anciano?
    Nosotros ya tenemos una buena dosis de cuentistas nacionales. Pero desde hace unos años nos llegó un alud de rumanos de una determinada etnia que nos han enseñado todas las técnicas de Strasberg y Stanislavski juntos.
    Qué bien te entiendo, Tais. No te cuento para no alargarme, pero la verdad es que es muy triste

    ResponderExcluir
  48. E assim nos vamos tornando imunes, por necessidade, quase numa atitude auto-defensiva...
    Bjinho. Tais

    ResponderExcluir
  49. Compreendo profundamente o sentimento desta crônica,
    dificílimo ser enganado com o coração puro da generosidade!...
    Beijinhos, querida Taís.

    ResponderExcluir
  50. Claro que lembro do velhinho declamador e até o achei "maluco beleza" uma especie de do Sr.Gentileza piorado, mas agora vejo que se trata de mais um esperto que habitam as grandes cidades, que muito me assusta com suas figuras pelos bancos, praças e até em cabine de banco 24 horas, uma loucura total e falta de segurança. Aqui todas as praças pela manhã é um verdadeiro desfile do tipo a importunar os transeuntes em suas caminhadas ou passagens para as atividades. É preciso mesmo muita atenção em cada caso, cada abordagem, vivemos no perigo crescente amiga.
    Um abração.

    ResponderExcluir
  51. Já cai em um imbròglio desses, Taís. Fiquei furiosa quando vi a pessoa com o mesmo golpe e em outro bairro, a mesma conversa.

    ResponderExcluir
  52. Boa tarde querida Tais.
    O que dizer dessa situação, onde vocês por ter um grande coração se comoveram e ajudaram o velhinho, para depois descobrir que foram enganados. Mas confesso minha amiga que mesmo sabendo que esse velhinho usava de mentiras e artimanhas acho nobre vocês terem parados e o ter escutado, pois talvez ele estivesse precisando mas do que se realmente estivesse sido assaltado. A vida na rua é algo imaginável para quem nunca esteve por la. Graças a Deus eu nunca estive, mas tive a oportunidade de conversar e fazer a minha parte por alguns moradores de ruas, ele são agredidos, humilhados e são raras pessoas que dão atenção como vocês. O porque esse velhinho agiu assim ? porque ele mente dizendo que foi assaltado ? Sera que é dessa forma errada que ele recebe o alimento para se alimentar ? Logico amiga que o errado é errado, e isso é agir de má fé. Mas se sintam orgulhosos por ter tido a capacidade de fazer por um estranho mentiroso um ato honesto e humano. Não se sintam enganados, mas se sinto amados por Deus. Cada vez que negamos uma esmola um pobre se afasta mas triste. Um grande abraço.

    ResponderExcluir


Muito obrigada pelo seu comentário
Abraços a todos
Taís