__Taís Luso__
Se
todas nós fôssemos belas, simpáticas e bem-humoradas;
se fôssemos ótimas esposas e
profissionais bem-sucedidas; se cuidássemos dos filhos, do marido,
da casa, do jardim, da sogra, da empregada, dos cachorros
e
ainda fizéssemos parte de algum voluntariado…aleluia! Seríamos
fantásticas! Uma perfeição.
Pois
é, mas somos humanas, não estamos com toda essa bolinha apesar de sermos
bombardeadas diariamente por uma mídia que apela para sermos a Mulher-Maravilha, não esquecendo de exibirmos, também, um corpinho perfeito, custe o que custar.
Mesmo assim, sem muita estrutura para aguentarmos tal imposição, saímos desatinadas à procura da Academia mais próxima e de uma Clínica que nos ofereça o pacote milagroso da eterna juventude. E assim alimentamos a Indústria da Beleza. Uma obsessão que muitas seguem de olhos fechados. Um martírio. Eu fora!
Mesmo assim, sem muita estrutura para aguentarmos tal imposição, saímos desatinadas à procura da Academia mais próxima e de uma Clínica que nos ofereça o pacote milagroso da eterna juventude. E assim alimentamos a Indústria da Beleza. Uma obsessão que muitas seguem de olhos fechados. Um martírio. Eu fora!
Malhamos
como loucas, e, muitas vezes, saímos da academia com a sensação de
termos virado uma
Barbie (um pouco envelhecida), mas com uma musculatura bem definida, como tenho visto. Não falo na importância dos exercícios saudáveis, isso é outra coisa.
O
cuidado com nosso corpo é necessário, mas parece que muitas mulheres perderam o
sentido da estética. Muito silicone que altera medidas equilibradas e às vezes uma dose exagerada de Botox que nos impede de gargalhar,
travando nossa expressão facial. Porém os homens também aderiram ao
Botox , tá feito o pacote!
Enfim, nós mulheres estamos uniformizadas; parece que fazemos parte de uma única escola,
tudo vai bem para todas. Mas nada contra a Lipoescultura ou Botox: falo do exagero. E falo daqueles peitinhos
exagerados, que carregam frágeis criaturas parecendo embuchadas.
Não existe harmonia nas formas.
Depois
de estarmos belas e satisfeitas, de termos comido o pão que o diabo
amassou, saímos a desfilar na companhia do nosso barrigudinho. Mas
sendo homem, tá feito o embrulho; maravilha, nada a falar. E não tem jeito:
haverá sempre um atenuante para eles, pois
mulher quando gosta, deixa passar. É uma atitude singular, trazemos por toda a vida aquela coisa de mãe: gostamos e ponto final. E por isso é que muitos andam tão à vontade, tão descuidados; com
chinelo havaiana e uns bermudões dois números acima do normal. Verão é verão!
Porém conhecemos também o contrário: a mulher está obesa e tem namorado? Bah… O
cara tá doente! Todos conhecem as piadas das loiras bonitas. Vá entender isso... Ou uma coisa ou outra; ou bonita ou inteligente! Deus dos céus...
Mas,
apesar dessas firulas, podemos nos orgulhar diante da nossa história. É uma luta constante, seja na Política, na Literatura, na Medicina, Direito... Somos um exército
avançando e tomando posse do que nos é devido. Nada mais justo.
PORÉM…
Bom
seria se fôssemos reconhecidas pelo que fazemos, e não por termos
lábios carnudos, peitos enormes e bumbum empinado.
Bom
seria se fôssemos reconhecidas como profissionais capacitadas nas
áreas técnicas com o mesmo reconhecimento e remuneração
dispensada aos homens.
Bom
seria se, após uma vida de trabalho, não sentíssemos o desconforto
por estarmos aposentadas e o vazio de uma vida vista como
improdutiva.
Bom
seria se, na velhice, fôssemos cercadas de atenções, de paciência
e de amor.
Bom
seria, se tivéssemos o reconhecimento dos filhos, como mães
amorosas que tentaram acertar.
Mas
ótimo seria se, na condição de mulher, não precisássemos matar
um leão por dia para provar do que somos capazes.
___________________//___________________
1ª edição em 2014
Aquim diante do mar, onde vemos cada corpitcho sarado e outros tantos nem perto disso, vemos que a maioria das mulheres está parece se despreocupando dessas chatices todas... Pelo menos aqui, vemos cada tribufu desfilando como se em passarela estivesse.Que bom assim seja! Mulher não precisa estar na vitrine, sempre nos trinkes... Deve ter recheio!!!E os homens, também parece estão desligados...Uns at´pe demais, auto confiança DEMAIS!rsssss... E só ela!!! rs...bjs praianos,chica
ResponderExcluirÔ... bom seria,Tais,realizarem-se todas as tuas claras constatações.Também não lanço pedras nos cuidados com a aparência, mas , um pouco de bom senso não faria mal.
ResponderExcluirOlho pra mesma direção que vc vendo tal e qual: mulheres musculosas, outras desarmônicas, muitas Barbies petrificadas...uma galeria bizarra se espalhada pelas ruas.Isto alinhavado por tua perfeita análise das figuras masculinas: uns rolicinhos confiantes no amor feminino sem vaidades.
Enquanto as academias e clínicas de estética tem filas na porta, segue a ditadura do modelo ideal de corpo em vários quesitos.
Enfim...
Bjs ,
Calu
Gostei de ler todas essas verdades que escreveu nesse texto bem escrito. O corpo da mulher é utilizado como um rentável negócio da publicidade.
ResponderExcluirExigências tem de ser bonita,
tem de ter corpinho perfeito
na entrevista bem apresentada
de certeza que será admitida,
toda a mulher desempregada
que anda à procura de emprego!
Bom fim de semana amiga Tais Luso. Beijinhos.
Oi Tais! Realmente as mulheres conquistaram muito ao longo de anos, mas muitas ainda são escravas de fazer um homem feliz com o que eles esperam delas, além de todas as outras situações que você tão bem colocou.
ResponderExcluirBem, quando isso a faz feliz, beleza...pior quando gasta horas e dinheiro com bobagens e o homem não dá a mínima e ela se sente um trouxa.
A pior furada da vida é esperar a validação dos outros para sermos felizes e termos autoestima.
Adorei a leitura e reflexão!
Bom final de semana, abração!
Boa tarde de sábado, querida amiga Taís!
ResponderExcluirChegando pela segunda vez. Fiz um comentário grandão e lá se foi para o espaço... RS...
Adorei sua crônica. Isso não é novidade, claro!
Faço academia por necessidade de saúde, mas sem nenhum tipo de paranóia. Sei das minhas possibilidades, nada de torturas de nenhum tipo. Vivo vida leve. Gosto muito mais de caminhadas.
Família tem histórico de artrose que trava todo corpo e tento minimizar os possíveis transtornos no futuros. Faz muito bem à saúde. Não deixo de fazer nada por causa disso. Se tiver que viajar, ficar fora dias e dias, fico numa boa. Faz bem o exercício para a mente de forma toda especial. Desopila tudo, desde às toxinas ao demais.
Mas é claro que entendi, e tem toda razão, no que disse. Não devemos ir por motivos supérfluos como por exemplo porque todo mundo vai... Para exibir roupas estranhas e outros... Saúde é o que interessa e o resto não tem pressa...
Quanto ao que diz aqui sobre os sorrisos limitados pelo botox, eu sorrio normalmente sem prender minha boca de nascença. Ufa! Não ter nada postiço em mim me dá uma sensação muito boa de naturalidade. Gosto de ser o que sou.
O final da sua crônica revela o que conta na vida: os verdadeiros valores como ser humano mulher na magnitude da palavra.
Parabéns, amiga!
Tenha um fim de semana abençoado!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
um post mt bonito a mulher parabens amiga tudo de bom bjs bfs
ResponderExcluirHá poemas heróicos sobre a mulher, um que me ocorre "Calçado de Carriche" é o melhor escrito por um homem, e cantada por outro (https://youtu.be/96EeK48JPLs)
ResponderExcluirMas escrito por uma mulher nunca vi melhor do que...um conto assim
Deixei de querer ter o corpo perfeito à muito tempo.
ResponderExcluirA perfeição não existe só na cabeça dos loucos.
Existe sim uma guerreira dentro de mim.
Mas o que existe de mais importante amiga é amar - me a mim mesma sem ter de pensar os que os asnos que andam por aí pensam.
Sermos feliz é o mais importante.
Grande beijinho.
Megy Maia
Assim como minha mãe foi, vocês mulheres são fantásticas e, não menos que isso; sem mais. Grande beijo Tais. Tenha uma noite abençoada.
ResponderExcluirEm tempos dizia de mim, em conversas entre amigas, muitas vezes incluindo a presença da minha filha, já adulta e com a sua carreira bem encaminhada, quando a minha aparência física era chamada à colação, pois, dizia eu que a vida me andava a cozinhar em banho-maria, ou seja, lentamente.
ResponderExcluirMas nada dura eternamente, sobretudo quando não fazemos nada para atrasar as marcas do impiedoso tempo. Após ter sofrido um enfarte de miocárdio, a medicação aliou-se com a inevitável menopausa, o afastamento do cigarrito meu companheiro das horas tristes e alegres, veio compor o ramalhete para contribuir na derrocada da minha patente não registada…. E lá foi, lentamente, fervendo em lume forte aquilo que a vida me havia poupado.
Só me apercebi disso quando as roupas começaram a encolher e eu a não caber nelas. Um desgosto, que me feriu o brio quando um belo dia me olhei ao espelho e nem queria acreditar que a força inevitável da lei da gravidade, já me havia causado danos irreparáveis. A contra gosto aceitei os ditames da natureza, mas lá que me doeu a constatação da mocidade perdida, doeu.
Como todo o ser humano é um animal de hábitos, lá acabei por me conformar. Hoje, pouco me olho ao espelho, mas adoro rever as minhas fotos dos bons velhos tempos....:)
Aceito as marcas do tempo, mas gostaria que não me tivessem roubado o meu olhar risonho e confiante. Infelizmente, nem a minha coluna me dá a chance de poder «malhar» este desmantelado ferro-velho. Se exagero? Talvez um pouco, mas já me preparei para o que vier a seguir.
Beijinhos e bom fim de semana, amiga Tais.
Sei bem o que vc fala, na editora que assinei contrato, pela editora sou muito bem tratada e incentivada, mas neste setor de psicografia sou a única mulher entre 20 atores homens que se ajudam mutuamente, um faz propaganda do outro, eventos para até 3 autores sempre os homens, eu quietinha não sou conhecida nem tenho seguidores, há 15 dias depois de um mês de lançamento do meu livro, uma publicação da editora meu livro estava em terceiro lugar de vendas no nosso segmento, chorei menina agradeci tanto a Deus, claro que os homens me parabenizaram, como a Editora falou uma grata surpresa. Vê como entendo teu texto! Mas não importa , importa que façamos sempre o MELHOR de nós! Bjos
ResponderExcluirQuerida Taís,
ResponderExcluirA diferença entre homens e mulheres, não está na anatomia, nem no intelecto, muito menos no desempenho profissional. A diferença é clara... Mulheres são múltiplas, enquanto nós homens, nos limitamos na praticidade.
Passou o tempo que o ideal de mulher era aquela "Teúda e Manteúda". Isso caiu por terra. Assim, como diminuíram, as "brincadeiras machistas", que davam conta que vocês mulheres passam batom, mascam chiclete, escovam o cabelo, falam ao celular, dirigem e batem o carro, TUDO AO MESMO TEMPO! Alguns homens, se mascar chiclete e tentar andar de bicicleta, por exemplo, irão cair, pela total falta de coordenação, em fazer coisas ao mesmo tempo.
E para finalizar, devo dizer, que mulheres (tenham celulites, estrias, rugas, ou não?) - Sem vocês, ninguém existiria na face da Terra, pois, o dom da vida é só feminino.
Muito bom o teu texto!
Beijos e bom final de semana!!!
Verdades em sábias palavras.
ResponderExcluirLembro -me as palavras do meu pai não há mulheres feias, somente algumas com um caráter feio.
ResponderExcluirabraços
Totalmente de acuerdo contigo, amiga Tais.Y para colmo esos leones a veces son muy duros de matar.
ResponderExcluirAbrazo.
É bem verdade. Mas sempre pensei que nós somos em grande parte culpadas disso. Durante séculos levamos a dizer que cuidar da casa é tarefa de menina. Quantas famílias tinham uma filha muito inteligente, que ficou em casa, a aprender como se gere a casa, enquanto o filho ia estudar, mesmo que levasse três anos para passar um?
ResponderExcluirE nós mulheres somos a primeira referência para as crianças seja como mães ou como amas, numa idade em que elas são como uma esponja a absorver os ensinamentos. Até nos brinquedos. Damos-lhe barcos, aviões, comboios, e para as meninas? bonecas, conjuntos de panelas, ou tábuas e ferro para passarem os vestidinhos das bonecas.
Depois mais crescidas, damos-lhes estojos de maquilhagem, bonitos vestidos, ensinamos-lhe a fazer exercício, não para seu próprio prazer, mas para poderem agradar ao homem. Não é fácil a nossa vida, se não mudamos mentalidades nos primeiros dez anos de vida das crianças.
Abraço e ótimo domingo
É isso amiga Taís!
ResponderExcluirBom seria se não fossemos julgadas maravilhosas sem toda essa loucura de academia,lábios carnudos e corpos esculturais.
Eu apenas cuido da minha alimentação e alguns exercícios para a saúde.
Amei o texto.
Bjs e obrigada pela visita
Carmen Lúcia.
Beautiful
ResponderExcluirAmiga Taís, bom seria se fossemos respeitadas na nossa condição feminina de ser
ResponderExcluirPara que ou mesmo porque temos de provar a nossa capacidade
Somos seres com identidade, luz própria e grande potencial
Quem assim conseguir nos vislumbrar já terá dado um grande passo em sua capacidade de observação e entendimento acerca da unicidade do ser humano.
Beijinhos minha linda amiga
Querida amiga Taís.
ResponderExcluirEstou promovendo um evento no meu blog, O Café Poético.
Você é uma exímia cronista mas gostaria muitíssimo que aceitasse o meu convite para interagir lá no blog Sonhos e Poesia . Passe por lá, leia o projeto e quem sabe me dê a honra de participar
Beijinhos e um maravilhoso domingo
Boa tarde Tais,
ResponderExcluirComo sempre uma magnífica crónica que fala de forma frontal e aberta da realidade como ela é do tema que abordou.
Não posso deixar de estar mais de acordo.
Fechou com chave de ouro: "Mas ótimo seria se, na condição de mulher, não precisássemos matar um leão por dia para provar do que somos capazes." Absolutamente.
Um beijinho e obrigada pela forma tão bela e inteligente como aborda os assuntos aqui tratados.
Ailime
Olá Taís
ResponderExcluirVamos cuidar do corpo e da alimentação mas sem exageros.
Excelente a sua cronica.
Um beijinho carinhoso de
Verena.
Taís:
ResponderExcluires cierto que a la mujer se le pido mucho, mucho.
Abraços.
Matar un león al dia, lo encontré sencillamente genial, a veces una mata dos o tres y nadie lo nota, hay que cuidarse sin matarse por ello hay que vivir lo mejor que se pueda, me ha gustado mucho tu blog Tais, un abrazo desde Chile!
ResponderExcluirQue bom seria Taís!
ResponderExcluirAinda vamos viver e ver coisas do arco da velha em relação à discriminação e a ditadura corpórea da mulher. Uma cronica perfeita amiga num grito, que deve e pode circular por repartições e corredores de todo o país, mas principalmente na cabeça dos homens ainda estereotipados.
Uma semana maravilhosa para vocês.
Beijo amiga.
Mas cuidado com os cupins de asas descoloridas,rsrs
Eu concordo plenamente!!! Bj
ResponderExcluirMais uma crónica sua cheia de sabedoria, minha Amiga Tais. Para o bem e para o mal os exageros com o físico são lamentáveis. Não há nada melhor do que procurar o equilíbrio e gastar mais tempo com a mente do que com o corpo. A mulher e o homem devem cuidar-se, sim. Sem exageros. Com cumplicidade. Com imaginação. Adorei lê-la.
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
Taís passei pelo seu outro cantinho.
ResponderExcluirE fiquei fã.
Obrigada por partilhar tanto conhecimento de uma forma suave.
Beijinhos de luz.
Megy Maia
Entre o real e o ideal, respeitar a dimensão humana é um grande passo. Homens e mulheres em mútuo respeito e cooperação. Fora disso, não há salvação.
ResponderExcluirUm abraço e uma boa semana. Tudo de bom.
A ARTE DA VIDA. APON HP 💗 Textos para sentir e pensar.
No yo. No sigo modas ni uniformes...
ExcluirBeijos
Ya va siendo hora de que se reconozca querida Tais, me uno a este grito haber si alguien lo escucha.
ResponderExcluirYa va siendo hora de que los hombres colaboren en casa y con lo hijos.
Mis aplausos amiga.
Un abrazo y feliz semana.
Me ha gustado mucho tu punto de vista, desde la Mujer que sabe quererse y vive su realidad fuera de estereotipos amasados, y casi siempre desde la mirada de los hombres o de la sociedad que no contempla sentimientos, sino solo apariencia.
ResponderExcluirUna reflexión muy interesante y que agradezco leer.
Un beso amable, Tais.
Uma abordagem interessante ao que já parece fenómenos de uma determinada faixa social, a das mulheres desocupadas que não têm como se possam afirmar e realizar. Falando de um modo geral.
ResponderExcluirMusculação só para as pouco inteligentes...
Um tema bem enquadrado, desenvolvido de uma maneira ótima e abrangente, permeado por ironia e humor excelentes.
Dias muito agradáveis.
Beijos
~~~
Bom seria se todos nós nos limitássemos a ser melhores pessoas.
ResponderExcluirExcelente texto, Taís!
Um beijinho :)
Adorei o texto. Tão verdade. E essa realidade assusta porque se caminha para profissões que vivem da imagem, em reality shows e não só. Acho que falta conteúdo ao jovens de hoje.
ResponderExcluirAdorei a forma como termina. Não ser preciso matar um leão por dia hehe quem dera não é?
Beijinhos do outro lado do Atlântico
Vanessa Casais
https://primeirolimao.blogspot.com/
Sempre tão assertiva!
ResponderExcluirAplausos, amiga. Subscrevo.
Beijos.
S
Bom seria se nós mulheres nos aceitássemos como somos, em cada idade da vida.
ResponderExcluirExcelente crónica, querida amiga. Um tema (lamentavelmente sempre actual) que soubeste tratar com a habitual graciosidade, serenidade e olhar de mulher sagaz, feliz, positiva, inteligente.
Beijo.
Querida Taís
ResponderExcluirSorri, ri... e gostei. Muito!
Abordas o tema da mulher actual com muita perspicácia, bastante humor, e perfeita noção da realidade.
Poucos dias após o nascimento do meu blog, precisamente a 28/02/2008, publiquei um post com o título "SABER ENVELHECER", em que abordava o mesmo assunto, embora duma forma mais leve, com menos conteúdo 😊. Já lá vão 12 anos, a vida também era diferente...
Nos tempos actuais há (infelizmente) MUITAS mulheres que não favorecem o verdadeiro papel da mulher na sociedade.
Querer ter um corpo saudável, sim. Manter um bom aspecto, sim. Ser escrava do culpo do corpo, NÃO. Completamente errado.
Afinal... no final acabamos todas da mesma forma... Bonitas ou feias, gordas ou magras, brancas ou pretas... vai tudo dar ao mesmo. Deveríamos pensar mais nisso.
Continuação de boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Excelente, Tais
ResponderExcluirSou fã desse "exército avançando e tomando posse do que nos é devido"...
(e um homem também chora, posso garantir-lhe, minha amiga)
beijo
Olá Taís, adorei a sua reflexão, tbm acho que as mulheres devem ser valorizadas pelo que são e não pela beleza estética.
ResponderExcluirParabéns pelo post! Beijos
Amém a todos o bom seria. Vi um filme adoráveis mulheres que retrata uma época em que as mulheres não eram mesmo reconhecidas por seus talentos.Muito bom filme. Hoje a realidade é esta que você menciona, temos muita estrada para vencermos...bjs
ResponderExcluirQue bom seria, se nos contentássemos em aceitar aquilo que somos... de uma forma pacífica... no fundo a grande maioria das mulheres, vive em guerra consigo mesma... e no fundo, mostrando explicitamente as suas fragilidades... e a sua insatisfação permanente... sendo tão emancipadas e capazes... bem poderíamos ser bem mais confiantes!...
ResponderExcluirUma pena, que para financiarmos a Industria da Beleza, descapitalizemos a Indústria da Felicidade e do Amor Próprio...
Adorei a crónica, Tais, que traça um perfil perfeito, da condição de muitas de nós... mas já pensou que tudo isto... passa apenas pela nossa perspectiva?...
Em tempos já me preocupei bem mais com todos esses condicionalismos... hoje em dia, deito a cabecita na almofada, a pensar que não tendo feito mal a ninguém, fui a melhor pessoa que soube ser... e durmo que é uma beleza... também para conservar a que acho que ainda vou tendo... para enfrentar o dia seguinte... em beleza! :-))
Pronto!... Está bem!... Um bom creme hidratante e a prática regular de uma boa esfoliação... deixam a pele maravilhosa, e o "eu" que vemos reflectido no espelho... bem mais bem humorado!... :-D
Beijinhos! Continuação de uma boa semana!
Ana
Nunca he tenido el más mínimo sentido de no poder hacer algo, o de estar obligada a hacerlo, por ser mujer. Aunque me llevó bastantes riñas y castigos en el colegio por no tener en cuenta que nos debemos al concepto que los demás tengan de nosotras.
ResponderExcluirCon los años he comprendido que esa actitud se debía al ejemplo de mi madre, una Katherine Hepburn a medias española y portuguesa, a la que sólo le preocupaban los suyos, los que la querían, sus amigos y su familia y lo que opinaran de ella los extraños no le interesaba nada, simplemente no existían.
Este tipo de mujeres tuvo sus dificultades, pero son el espejo en el que deberíamos mirarnos cuando la publicidad nos empuja hacia el bótox, los implantes, los teñidos o las liposucciones, sin que sea idea nuestra. Y si lo es, a por ellos, sin complejos ni culpabilidad. Nuestro cuerpo es nuestro y somos las dueñas.
Un beso.
Querida Taís
ResponderExcluirAdorei esta sua crónica. Quando a mulher se convencer de que deve valer por aquilo que é, teremos avançado muitos passos na nossa dignificação, conquistando o lugar a que temos direito na sociedade, mercê das nossa qualidades como pessoa. As futilidades só nos fragilizam.
Belo texto, minha amiga.
Beijinhos
Olinda
Certíssima, minha senhora. A sua paixão por acertar na mosca com elegância e ritmo a liberta de qualquer culpa por desnudar essas realidades tão palpáveis que só depois de dadas à estampa que caímos em si com o retrato perfeito. O resto é filosofia em porta de botequim. Que também faz bem. É um belo texto. Sobretudo pela simplicidade com que desnudas as palavras ou a paixão das mulheres pelo corpo... E sem paixão o que seria de nós, risos!
ResponderExcluirEstamos aqui, de volta, "pagando em suor a felicidade"...
Um beijo grande minha amiga Tais!
Esta tua crônica, que tem por título NÓS, MULHERES !, abordou quase todas as etapas pelas quais a mulher moderna é impelida a enfrentar para não ficar para trás. Muitas mulheres doam-se à família a ponto de ficarem desvalorizadas perante as mulheres que se preocupam com a aparência, na crença de que para essas o tempo não conta. Algumas delas são tão desorientadas que perdem o bom senso (se é que estas já o tiveram) e submetem-se às cirurgias plásticas, às vezes com risco de vida, e também outros riscos, como, por exemplo, de ficarem desfiguradas nas mãos de maus profissionais. Lembro-me de uma dessas mulheres que encontramos num velório expondo, entre as dores dos familiares, um sorriso muito aberto, prova da imperícia do cirurgião. Mais ainda, todos tinham a impressão que aquele bocão risonho iria cair em cima do caixão do defunto. Coisa semelhante a essa, nós dois vimos em vários lugares que freqüentamos.
ResponderExcluirParabéns à minha cronista preferida. Maravilhosa esta tua crônica.
Um beijinho daqui do escritório Taís.
Pedro
Boa noite Taís
ResponderExcluirEstamos aqui dando risada do comentário com grande humor do Pedro e imaginando a cena rsrs. Uma belíssima crônica Taís. No meu ponto de vista tudo tem que ter equilíbrio. Não sou muito adepta a cirurgia plástica, Mas também acho que não podemos deixar de nós cuidar com amor.Minha mãe dizia quem não se ajeita por fim se rejeita. Algumas mulheres só pensam na beleza física e outras se tornam desleixadas.Gosto do meio termo. Acho quê não mato um leão por dia. Mato dois, três rsrs. Como as vezes queria matar apenas uma formiga rs. Ser reconhecida é gratificante, felizmente tenho uma filha de ouro e sou reconhecida no quê faço. Acho quê é porquê faço por amor e com amor. Mas como dona de casa deixo muito a desejar, nem cozinhar sei rsrs. Um feliz fds. Abraços.
Ah Tais,
ResponderExcluirEu amo viver a minha vida.
Amo ler os livros, e os blog.
Mas tenho preguiça em aceitar ou
tomar ciencia do que a sociedade nos impoe.
Seus textos são maravilhosos e esse
é perfeito.
Bjins
CatiahoAlc./Reflexod'Alma
entre sonhos e delírios
Querida Vizinha/Escritora, Taís Luso !
ResponderExcluirAh... as mulheres !
Quem poderá entende-las, senão outra mulher !
Limito-me a ADMIRA-LAS !
Belo texto, Amiga.
Parabéns e uma ótima semana !
Sinval.
Corri muito, mas, felizmente, cheguei a tempo...uffa!!! Cansada, mas, satisfeita por não ter perdido esta crónica. Sabes o que costumo dizer, quando vejo as mulheres a submeterem-se a tamanhos exageros? Digo que só quero o sofrimento que a vida me der; não me tem dado muito, mas, daqui para a frente, com certeza, vai aparecer a parte que me está destinada. Tenho uma prima que já se submeteu a algumas cirurgias plásticas, sinceramente, sem necessidade; a última foi aos seios, pois, segundo ela, estavam caídos; resolveu colocar as " peles " no seu devido lugar, ficando assim uns peitos pequenos e rijos, como talvez fossem quando tinha uns vinte anitos. Correu mal; infeccionaram e, depois de ter tomado uma série de antibióticos, sem resultado, voltou à cirurgia, desta vez para limpar o seio infeccionado; pois...ficou com um buraco que, quando anda com blusas leves se nota. Não sei o que vai fazer agora; não lhe perguntei, nem ela me disse, mas, com certeza vai tentar remediar o mal, como ? Não faço ideia Diz- me, Amiga, não estaria melhor se tivesse ficado quieta? Quase morreu, mas, não sei se aprendeu. Queres outro caso? Ainda eu morava no Brasil, por isso, há mais de trinta anos, a irmã de uma grande amiga, resolveu " esculpir " um novo corpo e ficou linda. Não satisfeita, decidiu que precisava de uma lipo e, azar...correu mal e faleceu. A minha Amiga, dizia, " a minha irmã morreu como queria, nova e linda; uma beldade num caixão. Claro que devemos cuidar da saúde e isso passa por cuidar do corpo, fazendo exercicios ( sem exagero ) e tendo cuidado com a alimentação, mas, injetar produtos no corpo, como o botox, etc, acho asneira. Vivemos preocupados com a nossa alimentação, com os produtos tóxicos nas verduras, nas aves, nos peixes de aquicultura, nos bovinos etc, etc, e depois atenuamos as rugas com produtos cujos efeitos no organismo desconhecemos. O rosto das mulheres fica impecável, mas, seria melhor usarem gola alta para não se notar, no pescoço, a marca do tempo. Enfim, Amiga, acho tudo isto uma " besteirada " , mas, quem sou eu, para achar isto ou aquilo? Ninguém! Continuo a dizer que a vida se encarrega de nos fazer sofrer e não precisamos de lhe pedir; ela não nos dá esse direito! Ela manda e nós obedecemos. Taís, querida Amiga, como sempre, um assunto muito pertinente, pois cada vez vemos mais mulheres a submeterem-se a essas cirurgias e, o que é pior, cada vez mais novinhas. Um beijo aos dois e obrigada por teres esperado por mim. Boa noita
ResponderExcluirEmilia
Esse libelo pela mulher, datado inicialmente de 2014, vem mesmo a calhar nesse momento meio louco do mundo, em que a eterna juventude é empurrada goela abaixo como única posição (normalmente, feminina) digna de aceitação, enquanto os barrigudinhos vão ao lado, aceitos e confortavelmente relaxados... Mas direi uma coisa louca: quem exige isso não é o homem!!! Os exageros vêm nos trilhos do feminismo!!! A concorrência é absolutamente feminina. Uma vez, perguntei a uma mulher porque ela se preocupava em fazer as dez unhas da mão quando uma única unha sofria alguns arranhão fatal, e ela disse que consertar aquela dava na vista. Perguntei: de que homem??? Ela me respondeu com tranquilidade: "de homem nenhum, vocês não reparam em nada, são desleixados, mas não escapa do olhar de outra mulher..." Pronto. Eu não quero saber se um pequeno arranhão deformou a unha do dedo mindinho de uma mulher, se amo a conversa dela. Eu não quero saber se uma mulher lascou botox até na orelha e nas sobrancelhas, se a amo ou se é uma grande amiga. Claro que cuidar-se faz parte da vida humana, mas o exagero, o estresse, o detalhe mínimo, a juventude forçada, isso para mim é inútil. Crônica maravilhosa!!! Um abraço carinhoso!!!
ResponderExcluirQue bom seria, Taís! mas, como ínvios são os caminhos da vida e nascemos todos em circunstâncias (nem sempre) consensuais... (...) tudo não passou de um grosseiro e lastimável acidente biológico, capaz de configurar múltiplas e deploráveis facetas, conforme a especificidade particular de cada caso, a saber: violação, chantagem afectiva, violência doméstica, acaso mercantil (prostituição), engenharia genética, etc. ? De resto, todos eles forjas fatais de terríveis angústias em crescendo - escreve na página 9 do meu Romance, "Não Sei se de Mim saberei Algo".
ResponderExcluirE na página 43, (...) mas voltemos à percepção egóica da feminilidade disfuncional e ao “gozo” alteritário e passivo, passível de alucinações auditivas que reputamos de severas associações àquilo que designamos de acasos mercantis (prostituição), mil vezes repetidos, diariamente, por esse mundo fora, compulsão repetitiva, e que configuram a tal posição penetrada, eivada de excessos e desmandos, para lá de toda a aceitação e ligação egóicas, em nome de uma enigmática estagnação que rende dinheiro, que é outro tipo de “gozo” execrável, erigindo o gozo da masculinidade penetrante, duplamente intrusiva.
E tudo isto radica na complexidade relacional que a (sub)cultura instiga na sociedade dos Homens que (Não) Toleram as mulheres.
Um abraço.