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Ciência e caridade 1897 / Picasso |
MORRER COM DIGNIDADE
- Tais Luso de Carvalho
Moro perto de um hospital e também de um parque. Duas realidades que me mostram o ser humano num momento feliz, e no outro momento a luta pela sobrevivência. De um lado a exuberância da natureza; do outro lado, longe dos Jacarandás e dos Ipês se vê o setor de emergência: sofrimento, desgraça, súplica e a certeza de que não se tem mais muito tempo pra sonhar.
Não tenho nenhum problema com a morte, mas não diria o mesmo se sofresse dor física: sofrer para depois morrer! Não dá para entender que com tanta tecnologia descoberta e aprimorada, quando em segundos nos comunicamos com o mundo inteiro, quando satélites nos enviam fotos e dados com precisão, há pessoas, ainda, que morrem com muito sofrimento.
Não dá pra admitir que se espere por um milagre quando não há a mínima chance de cura, e que se aplique ao paciente um sofrimento adicional; que se atrase o seu último suspiro pelo fato de seu médico achar que deva prolongar ao máximo sua vida, mesmo levando o paciente a um sofrimento físico e psíquico. Penso que esta é a hora de humanizar a morte, de não tê-la tão pesada, se assim posso dizer.
Estamos no século XXI e temos o direito de saber de nossa saúde, das nossas possibilidades de cura, dos efeitos de um tratamento, enfim.
O que todos nós queremos e procuramos é um profissional ético e humano; não cabe mais ao médico decidir sozinho o caminho a ser trilhado pelo paciente.
Existe certa polêmica em torno de três fatos bem conhecidos:
Um é sobre a Eutanásia - prática pelo qual se abrevia a vida de um paciente, de maneira assistida e o induzem ao estado de coma para que não sofra.
Existe a Eutanásia ativa e passiva; na primeira hipótese é vista como um suicídio assistido – uma pessoa que executa, e a passiva é o próprio paciente que provoca seu fim, apesar de ter ajuda de terceiros.
A terceira forma é a Distanásia, que consiste em atrasar o momento da morte, usando de todos os meios, mesmo não havendo esperança, apenas para manter o paciente vivo o maior tempo possível. A literatura norte-americana utiliza esse termo Distanásia como tratamento fútil.
Já os franceses consideram tal conduta como sendo “encarniçamento terapêutico”, ou seja, a utilização de medidas desproporcionais que postergam a morte, sem que se ofereça ao paciente qualquer qualidade de vida.
A Ortotanásia – significa ‘morte correta’. Seria não usar de aparelhos ou de meios para prolongar a vida, Já não há nenhuma chance, mas paliativos para evitar sofrimentos, para que o paciente morra sem dor,
Morrer já é um fato desesperador, por que não dar ao ser humano condições de paz e de escolha? Morrer com dignidade é um ato de compaixão e de humanidade, uma demonstração máxima de amor por aqueles que amamos a vida inteira.
O escritor, poeta, compositor e filósofo Antônio Cícero, que ocupava a cadeira número 27 da Academia Brasileira de Letras, irmão da conhecida cantora Marina Lima, foi à Suíça morrer com dignidade – segundo suas palavras. Sofria do Mal de Alzheimer, e morreu com o suicídio assistido em 2024, aos 79 anos – procedimento legalizado naquele país.
Voluntariamente, quase ninguém gosta de falar nela mas, não tem jeito, todos vamos enfrentá-la algum dia. Por isso são válidas reflexões desse tipo.
ResponderExcluirAbraço e ótima semana.
Acho que a morte nunca será compreendida. Nós a aceitamos porque é inevitável.
ResponderExcluirAbraços 🐾 Garfield Tirinhas.
Belo texto e reflexões! Recentemente, hoje fazem dois meses , perdi a Tânia, minha mana! E mesmo antes já pensar que a vida não pode ser esticada se não há mais chances, agora tenho essa CERTEZA!
ResponderExcluirPra que tanto sofrimento, tanta dor ? Minha família toda está sabendo o que quero seja feito comigo e até em cartório podemos deixar nossa vontade escrita. Assim, espero seja respeitada,rs ... Senão volto e puxo os pés deles, rs...
beijos, tudo de bom e que aproveitemos bem nossos dias!! chica
Querida amiga Taís, bom domingo de paz!
ResponderExcluirTenho pessoas na família enfermas e idosas. Confesso que não peço a Deus para que "elas descansem em paz" como muitos pedem.
Não digo aqui se elas estão certas ou erradas... não me cabe julgá-las.
Não compactuo com a eutanásia.
O tempo dirá como seguirei pensando.
Quanto ao Alzheimer, que não é o tema da sua crônica, eu já não o vejo ruim. É uma forma da pessoa se liberar de muita coisa chata da vida dela. Vai menos carregada de mágoas, em alguns casos...
Agora, quanto ao seu tema, ainda não o admito no coração, apesar de você dar dignidade a ele, usando a razão.
A morte, que já é certa ao nascermos, não fico pensando nela para mim. Penso mais em relação aos filhos.
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos fraternos de paz e bem
Um bom domingo, amiga Taís. Já perdi alguns familiares com muita dor, mas não faltou dignidade. Principalmente, a partida da minha mãe. Foram seis meses na cana depois de um AVC. Foi assistida, muito bem assistida no hospital. Acho o seu texto valioso, uma reflexão corajosa. Precisamos pensar as questões que nos afetam com a sabedoria que você aponta. Não é bom começar o domingo falando em morte, mas ela e inevitável e não escolhe dia da semana para acontecer. Sigamos refletindo...
ResponderExcluirBeijo amiga!
Oi Taís
ResponderExcluirUm tema que dói muito. Perdi duas irmãs num espaço pequeno de tempo. E todos já perdemos e todas são irreparáveis .Por exemplo a das mães que é a pessoinha mas querida e que amamos tanto _ não lembro sequer das feições da minha e nem retrato tenho para recordar. Tempos difíceis, Tais que deixou sequelas , não sou muito tranquila e a ansiedade me consome sempre que penso perder os que amo .
Mas morrer não tenho medo, um pouquinho só _ rs ,,, se pudéssemos pedir quando e como, seria um alívio, mas infelizmente ela vem sem pedir licença e atropela -nos. Mas vamos viver, amiga e sermos felizes, enquanto der.
Beijinhos e obrigada pela presença e textos que nos faz pensar .
Que crônica forte, lúcida e corajosa Tais. Você nos convida a olhar para um tema que muitos preferem varrer para debaixo do silêncio: a morte. Mas você a faz com a leveza de quem não teme o fim, e sim a crueldade de um prolongamento sem sentido, sem dignidade, sem amor.
ResponderExcluirA cena do hospital de um lado e do parque do outro é quase uma metáfora viva da condição humana: entre o florescer e o fenecer, o que queremos é respeito. Respeito pela vida que tivemos e pela forma como queremos encerrá-la.
O texto provoca sem agredir, informa sem doutrinar. E o que mais toca é a defesa da liberdade a liberdade de poder dizer “basta” quando o corpo já não responde, e quando o coração já não pulsa por esperança, mas por descanso. Que o século XXI nos traga não apenas avanços tecnológicos, mas também coragem ética para permitir o fim com paz, e não com dor. Morrer com dignidade não é desistir da vida é honrá-la até o último segundo.
Beijinho querida e bom domingo 😘
El dolor físico es lo que se puede temer más en una enfermedad.
ResponderExcluirQue tengas una buena semana.
Minha querida amiga Taís,
ResponderExcluirEnvelhecer é uma jornada natural e complexa da vida, repleta de experiências acumuladas, sabedoria e, muitas vezes, desafios físicos.
No entanto, a forma como encaramos o envelhecimento e o fim da vida define a dignidade de nosso percurso. Morrer com dignidade significa ter o controle sobre as próprias escolhas no final da vida, minimizando o sofrimento e mantendo a autonomia, sempre que possível, desde o acesso a cuidados paliativos de qualidade, que aliviam a dor e o desconforto, até a possibilidade de expressar vontades sobre tratamentos e o local onde se deseja passar os últimos momentos.
A dignidade no envelhecer e no morrer também se manifesta no respeito à individualidade de cada pessoa, permitindo que vivam seus últimos dias de acordo com seus valores e crenças, rodeadas de afeto e sem solidão. Trata-se de reconhecer que a vida, em todas as suas fases, merece ser vivida e encerrada com paz e respeito.
A verdade é que nem todos temem a morte, caso contrário, não haveriam suicídios.
Beijos e tenha uma ótima semana!!!
Excelente crónica. Concordo plenamente Taís, todos devíamos morrer com dignidade. Para quê prolongar a vida se não à qualquer esperança e o tempo que é oferecido, é só de dor e sofrimento.
ResponderExcluirBeijinhos e uma excelente semana
Minha querida Taís, todos devemos morrer com dignidade, mas neste momento só vejo atrocidades ao meu redor!
ResponderExcluirTantas pessoas com dores físicas e psicológicas, um autêntico flagelo.
Esperança, saúde e paz! Que caminhemos sempre de mãos dadas com Deus!
Gratidão!
😀😀😀Megy Maia
Olá, amiga Tais,
ResponderExcluirCrónica muito atual. Retratando uma realidade que nos cerca e nos dói.
São situações muito delicadas e complexas, que muitas vezes não há soluções de dignidade no momento final...
Excelente crónica, amiga Tais.
Deixo os votos de uma feliz semana com tudo de bom.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Yo creo en morir con dignidad. Te mando un beso.
ResponderExcluirUm tema que acredito vai ser cada vez mais discutido. Prolongar a "vida" de uma pessoa que não tem mais nenhuma chance de se recuperar , pode parecer bondade, solidariedade, algo de bom que se faz pela família mas na verdade, pensando sem emoção, não passa de uma coisa egoísta.
ResponderExcluirMeu pai ficou entre a vida e a morte por 20 dias. Quando as chances já eram quase nulas, o médico nos disse que iria tirar as medicações e deixar apenas medidas paliativas. Concordamos com isso. Já era cruel demais ver aquele homem tão forte que eu tinha como imortal, há vários dias sedado sem se mover. Ao deixá-lo em cuidados paliativos, ele saiu do CTI para um quarto preparado para receber quem já não tinha recuperação.
Ele chegou a abrir os olhos mas não falava. Deu tempo ele ouvir uma gravação do neto lhe mandando beijos e vi ele se emocionar com as poucas expressões que podia fazer. Ainda na minha ilusão por uma recuperação, lhe disse que ele se recuperaria e voltaria pra casa (mesmo sabendo se isso acontecesse ele estaria condenado a uma cama até a morte) e me emocionei com a força dele ao balançar a cabeça em negativa. Ele, que chegou aos 79 anos com total autonomia jamais aceitaria passar seus dias em uma cama. Três dias depois ele faleceu.
Minha mãe foi parecido. Morreu com a mesma idade depois de uma evolução longa de um alzaheimer durante 11 anos. A amiga Rosália escreveu que
"..É uma forma da pessoa se liberar de muita coisa chata da vida dela. Vai menos carregada de mágoas, em alguns casos..."
Não, amiga, não é. É um sofrimento que a família vai recebendo em conta gotas. É um esquecimento aqui, depois é o esquecimento dos nomes dos filhos, depois o esquecimento das próprias pessoas...isso não é se liberar de muita coisa chata da vida, mesmo porque, nem ela mesmo sabe que está se esquecendo de tudo.
Corrigindo: minha mãe faleceu dois anos antes que meu pai.
ExcluirO meu pai.
ResponderExcluirMorreu com dignidade.
Teve um final de vida em que tinha perdido a dignidade.
Foi muito mais complicado ver o meu pai sobreviver assim do que vê-lo partir sossegado.
Beijo, boa semana
Um tema difícil minha Amiga Taís. Realmente devia haver uma maneira de evitar o sofrimento. Já custa morrer, quanto mais sofrer para morrer. Claro que há muitas dúvidas em relação à eutanásia, porque por certo haveria abusos. Uma crónica muito reflexiva. Uma boa semana.
ResponderExcluirUm beijo.
Eu acho que cada um deve decidir o que fazer com a sua vida e, por isso, defendo a possibilidade da eutanásia com legislação apropriada.
ResponderExcluirPara além disso não é obrigatória, só a faz quem quer, desde que reúna as condições previstas na lei (é o que existe em Portugal e não são conhecidos abusos).
Excelente crónica, para um tema que para muitos é complexo. Mas para mim é muito simples.
Boa semana.
Um beijo.
Bom dia, Taís.
ResponderExcluirNão contive a minha emoção ao inteirar-me do seu ponto
de vista tão profundamente belo e assertivo.
Também não consigo entender o motivo pelo qual é
vedado o direito à morte com dignidade, em obediência ao
desejo do paciente ou à natural e sagrada transição para o
eterno.
Outro ponto muito interessante da sua belíssima crônica
é quando você adverte para o fato de que "não cabe mais
ao médico decidir sozinho o caminho a ser trilhado pelo
paciente" em sua finitude. Nada mais assertivo.
Com sua elevada cultura e singular literalidade, você
encanta sempre mais os seus privilegiados amigos e
leitores trazendo corolários às reflexões, num sentir tão
profundamente humanitário que não creio ser possível
em qualquer pessoa.
Concordo plenamente com todas as suas pontuações
e, maravilhado, peço a Deus que continue lhe dando
iluminadas inspirações e que os seus dias sejam sempre
abençoados e felizes.
Cordial e fraterno abraço com a admiração de sempre.
É um assunto importante a ser tratado. Quem não quer ter uma morte indolor, não é mesmo?
ResponderExcluirBoa semana!
O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!
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Até mais, Emerson Garcia
Cierto que el juramento Hipocrático de los médicos les hace tratar de salvar la vida de sus pacientes con todos medios posibles, pero el alargar la vida de una forma artificial y sin visos de sanación posible me parece algo contra natura.
ResponderExcluirHay creencias religiosas o políticas que están en contra de cualquier tipo de eutanasia pero creo que yo no soy nadie para decir al resto del mundo lo que tienen que hacer en ciertos casos.
Saludos.
A morte é algo que não podemos escapar, então fica a decisão pra cada um , esse é um assunto muito delicado, Tais boa semana bjs.
ResponderExcluirMorrer com dignidade, tema seríssimo para reflexão, numa crónica excelente, necessária.
ResponderExcluirNão somos seres imortais. Nascemos com a Morte tatuada no corpo, mas vivemos ignorando-a, evitando até pensar sobre ela. E assim vamos vivendo despreocupados, até o corpo nos atraiçoar e termos de partilhar a vida com o sofrimento. O que fazer? Sofrer, muitas vezes em solidão, ou escolher morrer? Existissem as tais “condições de paz e escolha” e tudo seria mais fácil na tomada de decisão.
Pois é amiga querida, não pedimos para viver, não compreendemos a vida, nem podemos sequer decidir quando e como morrer. Que desassossego!
“A morte é um sono sem sonhos”, disse Napoleão Bonaparte. E eu, rezo para que a minha seja exactamente assim: deitar, adormecer, não acordar!
Beijo. Boa semana.
Um texto profundo e necessário, que toca numa das questões mais delicadas da existência. Falar sobre morrer com dignidade é também um gesto de respeito pela vida. Obrigada por dares voz a este tema com tanta sensibilidade.
ResponderExcluirCom carinho,
Daniela Silva
💜 https://alma-leveblog.blogspot.com
Convido-te a visitar também o meu cantinho.
✿¸.•°”˜˜”°•.✿ Boa semana! ✿
Un tema muy interesante traes a nuestra consideración. Y más tarde o más temprano nos tocará de cerca.
ResponderExcluirMe gustaría morir dignamente, en paz, sin sufrimientos añadidos por querer vivir un poquito más.
Saludos.
Olá querida Taís! 😊
ResponderExcluirGosto tanto de a ler! Mais uma profunda reflexão sobre um dos temas mais discutidos nos dias de hoje. Confesso que também já estive em dois sítios completamente diferentes e fica sempre uma sensação estranha. Choque de realidades. Como essa do jardim e do Hospital. Quanto à eutanásia acredito numa espécie de meio termo. Acho que deve ser aplicada quando o paciente quer, está em sofrimento e já não tem reais hipóteses de sobreviver.
Abraços! 🤗
Olá, Taís!
ResponderExcluirLi, reli e meditei profundamente neste seu tema tão sensível quanto real.
Para quê prolongar a vida de alguém que vive preso a uma cama, sofre de um mal incurável, vivendo de forma vegetativa e sofrendo na alma a noção de se sentir um farrapo?
Louvo a atitude desse ilustre senhor das Letras, que tomou a decisão de partir dignamente, enquanto teve lucidez para tal. ( possibilidades económicas, também)
A doença de Alzheimer, sendo progressiva e indolor, pode não ser dolorosa para quem a sofre, mas traz muita dor aos familiares e cuidadores.
Como sempre digo: com tudo e com todos aprendemos. Hoje, aprendi os nomes e significados, dessas duas outras palavras ligadas à Eutanásia. A Distanásia e a Ortotanásia. Obrigada, por isso, Taís. E por abordar com tanta sabedoria e subtileza, este sensível tema.
Um forte abraço.
Inevitablemente, llegará el final de la vida. Morir en paz y con dignidad es importante.
ResponderExcluirSiempre temo al sufrimiento porque tiene que ser una situación terrible.
Muy reflexivas e interesantes tus letras tratando de un gran tema.
Siempre me gusta leerte.
Un beso.
Felices días.
Boa noite, Taís
ResponderExcluirTema reflevixo. Em Eclesiastes 3:2a diz o seguinte: Há tempo de nascer e tempo de morrer, então, Deus é que tem o poder sobre a vida e a morte, não é fácil o sofrimento, porém a esperança da vida eterna nos ajuda a enfrentar as barreiras que surgem, essa vida é passageira, Jesus foi preparar um lugar maravilhoso, onde não haverá morte, nem dor, nem pranto, segundo a Bíblia. Um forte abraço.
Boa noite Taís,
ResponderExcluirUma Crónica excelente sobre um assunto bem atual.
A pessoa deve morrer com dignidade, sofrer o menos possivel.
Já sobre a eutanásia, eu não concordo embora saiba que há pessoas que pedem para morrer. O assunto é muito delicado.
Um beijinho.
Emília
Assunto muito debatido com vários direcionamentos, mas eu creio que a morte com dignidade e sem sofrimentos inúteis é o mais apropriado. Bjs
ResponderExcluirLink da última postagem:
https://pensandoemfamilia.com.br/contos/um-escritor-me-inspira-10/
Parabéns pela crônica, oportuna reflexão.
ResponderExcluirSinceramente não vejo tanta complexidade nesse tema. Para mim é muito simples: penso que a decisão sobre a vida e a morte cabe a cada um de nós. Sou plenamente A FAVOR da eutanásia e dos cuidados paliativos para ajudar a pessoa a morrer com dignidade, sem dor. (A dor nos tira toda a dignidade). Sou totalmente CONTRA esse “encarniçamento terapêutico” a que são submetidos muitos pacientes por conta do egoísmo dos médicos e até dos familiares. Onde já se viu o médico decidir sozinho o caminho para a finitude do paciente? Para que impor sofrimentos desnecessários ao paciente terminal? Tudo em nome da medicina? A medicina é importante sim, mas o paciente é muito mais! A meu ver, a vida a qualquer preço é a legalização do terror e da crueldade.
Querida Taís, vou parar por aqui, senão me empolgo demais!
Bom feriado e ótimo final de semana (apesar da chuvarada).
Um beijo.
Querida amiga Tais,
ResponderExcluirA eutanásia é sempre um tema delicado de se discutir, mas eu concordo inteiramente com o seu texto, todos nós deveríamos ter a chance de morrer dignamente e sem tanto sofrimento. Lembro dos meus pais que sofreram antes de partirem desse mundo e ninguém quer ver o seu parente tão amado nessa situação. Hoje a medicina está muito avançada, existem diversos tipos de tratamento e inúmeros medicamentos para todo tipo de doença, mas até que ponto vale a pena manter uma pessoa viva se ela já não tem muitas chances de cura? A resposta para essa pergunta é muito difícil, mas a escolha deveria ser da própria pessoa.
Um beijo e um abraço minha amiga!
Olá, amiga Tais,
ResponderExcluirPassando por aqui, para desejar um feliz fim de semana, com tudo de bom.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Pois!... "[...] Morrer com dignidade é um ato de compaixão e de humanidade, uma demonstração máxima de amor por aqueles que amamos a vida inteira.[...]", mas... onde começa esse morrer dignamente? Na Vida que se teve com meios, ou no que deveria ser norma estabelecida médicamente para com "TODOS"?
ResponderExcluirAté no morrer se notam abismais diferenças.
Esta Crónica (mais uma) deveria ser tomada como ponto de partida para soluções na busca de justa igualdade.
Obrigado Taís, pela justeza das tuas observações.
Beijo,
SOL da Esteva
Taís:
ResponderExcluirno entiendo por qué hay gente que se opone a una muerte digna cuando ya no hay esperanza y solo dolor inútil, para esa persona y para sus seres queridos, que no pueden hacer nada por evitar ese sufrimiento.
No la entiendo.
Abraço.
Bom dia Taís.
ResponderExcluirComo sempre uma crónica muito bem escrita.
A morte assusta-me, mas a doença ainda mais.
Concordo com a sua teoria, e acho que sim, todos nós deviamos ter uma morte com dignidade.
Votos de bomDOmingo.
Deixo um beijo
:)
Tais, o modo como expões os temas, bem elaborados, faz com que nos vejamos bem informados e obriga a refletir.
ResponderExcluirEstou de acordo contigo e do modo como tratas o tema, pois é aquilo que, diria que a todos, nos inquieta. Não sofrer e ter uma morte digna.
Tive amigos e familiares que passaram por essa situação. A frase enquanto há vida existe esperança tem riscos ao alongar a vida com sofrimento, não só de quem vive esse problema, mas também aos que convivem com o problema.
Para mim a solução seria: se existem possibilidades duma recuperação, fazer tudo por essa recuperação, mas se não há hipóteses, então deixar partir sem sofrimento, com dignidade.
Hoje mais do que nunca, um forte abraço de vida.
Parabéns por tão sábias palavras, querida Taís
ResponderExcluirUma vez que não há cura não se deve fazer esforço hercúleo
para prolongar a vida do paciente.
Um beijinho
Verena
Boa noite, amiga Tais,
ResponderExcluirPassando por aqui, para desejar uma feliz semana, com tudo de bom.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Passei para ver as novidades.
ResponderExcluirAproveito para lhe desejar uma boa semana.
Beijos.
Olá Taís
ResponderExcluirEu amo tanto a vida!
Não consigo desejar a morte
Pois a vida é um dom de Deus
Mas quando chegar a minha hora, mesmo que eu sofra muito,
Quero que a prolonguem o máximo possivel.
Pois quero entrar no seu com a seguinte dignidade:
- Ela viveu a vida que lhe foi dada.
Abraços querida, te espero no meu blog de novo link.
Kkk bjs
É um tema doído, mas necessário. Ainda estou aprendendo a lidar com ele, mas morrer com dignidade é mais do que necessário!
ResponderExcluirBoa semana minha querida!
Oi querida prima . Fico pensando que tens muita coragem ou um tipo de maturidade serena para conseguir escrever sobre um assunto que ainda me causa muita dor. Por isso te cumprimento.
ResponderExcluirQue bom te ver aqui, Angela!
ExcluirUm presente! 😊🌹
Obrigada, querida prima!
Um beijinho no coração. 💚
Querida Tais, li e concordo inteiramente.Nos últimos anos partiram os nossos pais (meus e do meu Zé), cada um com sua história de morte: o meu pai de morte súbita, a minha mãe num desfecho de insuficiência cardíaca (quatro dias de hospitalização, dois de grande sofrimento e dois de paliativo), o meu sogro após um mês vegetativo e...resta a minha sogra, 94 anos e com Alzheimer na sua fase mais profunda...
ResponderExcluirEntenda como me toca a sua crónica de hoje.
Um beijinho
Diante de certos temas,olho por diferentes ângulos: O pessoal, o coletivo, e oque está além de nós, uma força maior, Espiritual, sem conexões ou vinculos sustentados por nossa racionalidade. Quando tinha 10 anos, vivenciei minha primeira "experiencia" dolorosa e libertadora, também, daria um livro, porque meu Pai partiu aos meus 10 anos e também fiquei no cemitério, vagando por horas, por conta do que aconteceu com minha familia ,mas isto é pessoalizar aqui, algo que está muito além de mim...A morte, por exemplo aos budistas, não é o fim,mas uma transição,um ciclo de renascimento conhecido como samsara, onde a mente se desprende do corpo físico e renasce em outro ser vivo.Então...vou muito por aí, mas sempre digo que se "pudesse escolher", não ia escolher que ninguém ficasse ali sofrendo com meu "suposto sofrer"...Não quero isso, acredito que ninguem quer,mas temos situações onde familiares ficam ali, ao lado de quem "já não é" mais a mesma pessoa, de quem está ali entubado, sem mais presença,mas ficamos muitas vezes ali, agarrados sem deixar ir...Amar é deixar ir para mim. Acredito que devemos buscar fazer em vida nosso melhor, justamente para não ficarmos agarrados a algiuém que está no seu processo de libertação.É AGRADECER POR TUDO COMO FOI, sem culpas, raivas, medos...pendências. Não sei o que está reservado para minha hora, mas já vi partir PAI E MÃE e outros familiares e amigos e com muito sofrimento! O direito de MORRER com Dignidade querida Taís...SIM, sei que este é o tema. Mas, me volto a NATUREZA Maior e digo: SEJA FEITA a vontade do que a mim está destinado.SE QUERO SOFRER? Não! Mais ainda, NÃO quero ninguem ali coim pendências ou culpas.Me libero e libero! Temos que assumir oque escolhemos fazer em VIDA. Ainda que contrarie o clã! AGRADEÇO a VIDA QUE RECEBI muito! MORRER está nas mãos de uma força maior. Mas, posso fazer o melhor para chegar lá com dignidade.
ResponderExcluirOi, prima, muito obrigada, minha querida,
Excluirsempre um prazer te receber aqui onde trocamos
nossas experiências e pensamentos!
Um beijinho nesse coração valioso, Liana!
🌹💥🙏
This hits close to home. Watching loved ones struggle, you realize how important it is to respect their dignity and choices in those final moments. It’s reassuring to hear about options that ease suffering rather than prolong it needlessly something we’ve needed for a long time.
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