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Juarez Machado / Brasil |
- Taís Luso de Carvalho
Muito estranho é o comportamento de pessoas que primam pela ostentação a qualquer custo. São insaciáveis. Mais tarde, aparecem os desgastes emocionais com todas suas variantes. A obsessão em estar na “vitrina social” vira um vício. Estranho e triste vício.
Enquanto uns vivem nessa vitrina, outros sentem-se desconfortáveis e amedrontados por serem vítimas ou testemunhas de tantas tragédias e brutalidades. Testemunhas de vidas arrancadas, de manobras corruptas e desumanas que se alastram cada vez mais nas sociedades.
Difícil seguir a vida em tons rosa, como se o medo não nos atingisse, como se as guerras fossem apenas um jogo de interesses, as vidas que se foram, não contam - valem pouco. Ou nada.
Está difícil andar sempre vestida de otimismo e de esperança. Quando uma vida se apaga, em sopros de agonia, as coisas viram um prato cheio para nossas inquietações.
Gostaria de povoar um lugar onde a vida acontecesse sem interrupções bruscas, sem incidentes de percurso. Em suave despedida. Sonhar é bom, é preciso desligar um pouco. Um dia, tudo por aqui acabará, e o depois… ainda não sei. Mas refletir também é viver. Não me contento apenas em respirar, sentir o aconchego do sol, ver o esplendor da natureza. Não; é da minha natureza questionar sobre essa sociedade estranha, que ao velar seus mortos mostra num canto as tristezas do momento, enquanto no outro canto, sorrisos cumprindo seu rito social.
Que sociedade estranha é essa, que ama e que odeia com intensidade, enquanto em inúmeras famílias prolifera os desafetos? Como não sentir?
Que sociedade estranha essa em que minorias dominam maiorias; em que o ladrão de galinha paga pelo seu erro enquanto para outros tipos de delinquentes não existe justiça?
Que sociedade estranha é essa, onde não há respeito às desigualdades e os preconceitos são camuflados?
O homem continua primitivo quando não domina seus ímpetos, quando não mede seus instintos, quando articula seus desejos com crueldade. Famílias se desintegram, irmãos se atropelam na vida. E esse é o ápice do ódio. Como não questionar tais misérias humanas?
É difícil encontrar razões para tudo isso, como difícil é entender o sentido dessa vida, quando ela nos abandona ao colocar o seu ponto final.
Haja coragem nessa caminhada.
Penso que não será um ponto final,
ResponderExcluirMas sim, uma das muitas vírgulas.
Caro amigo, me referi a um ponto final aqui, "nessa vida, no planeta Terra".
ExcluirPoderá vir virgula, dando continuação noutra dimensão, outro espírito etc.
Mas o que desenvolvi no texto foi outra coisa, não vida após a morte.
Prezada amiga, compreendo e partilho a mesma inquietação sobre o sentido da vida e da morte.
ExcluirTambém questiono a duvidosa qualidade dos seres humanos, e a quase obrigação de convivência, entendimento e reflexão.
Penso eu, que fica mais difícil cumprir a vida, usando como parâmetros somente nossa Terra rasa, isolada e experimental.
Adorei o texto, me fez pensar nessa ingrata breve vida.
Beijos na alma.
Onde é gratuito o crime
ResponderExcluirE quando nada se ganha
Porque ninguém se redime
Que sociedade estranha!
Primeiro destacar a excelente (irônica) obra do Juarez Machado.
ResponderExcluirParabéns pelo texto que aborda tão bem, esta sociedade estranha,
às vezes absurdamente no pódio do ridículo, da crueldade e da
futilidade.
Querida amiga, vamos trazer os questionamentos, as perguntas sempre,
para que o ponto final se transforme em dois pontos das respostas...rss
Adorei!!
Beijos.
Brilhante teu texto0 e tuas divagações.Não podemos mesmo apenas ficar admirando as belezas, curtindo sol, flores...Temos que estar preparadas pra ve espinhos e saber como retirá-los. Beijos, chica
ResponderExcluirSon situaciones comunes a todos nuestros países (y no tan nuestros también).
ResponderExcluirMuy buen enfoque Tai.
Saludos chilenos.
Amiga Tais, ver, perceber, saber dessas coisas nem sempre se consegue fazer mudar o rumo de tudo isso, infelizmente é assim, eu acredito na vida de forma a me sentir feliz sim, embora tudo isso esteja aí, como seria bom se a nossa boa intenção fizesse mudar isso, mas não, o máximo que conseguimos é poder melhorarmos um pouco o nosso modo de proceder, perder a triste ilusão da ostentação, pois que nada consegue fazer um ser que é assim, ser realmente feliz, é isso, seres superficiais não conseguem encontrar a verdadeira paz!
ResponderExcluirSua sensibilidade é ímpar, também sinto assim,sem poder entender!
Abraços linda amiga!
Uma reflexão muito centrada nas ações de hoje, com terríveis consequências para a sociedade em geral. Revolta-nos a indignidade, a falta de parceria e cumplicidade em ações promotoras das pessoas que ainda lutam pela vida com caráter e ética.
ResponderExcluirParabéns pelo texto!
Abraço.
Taís,todos nós ficamos sem entender qual o motivo de tanta discrepância!
ResponderExcluirO pobre talvez para saciar a fome,rouba um pedaço de pão e vai preso e o rico,com tanta falcatrua que faz tem o privilégio em contratar um advogado e não vai para a cadeia.
Até quando não sei,mas que está tudo errado,isso eu concordo com você plenamente.
Adorei o texto.
Bjs- e um ótimo final de semana.
Carmen Lúcia.
Penso igual, pois por aqui segue na mesma.....
ResponderExcluirMas vai agravar......A Europa vai sofrer....
Será que o Mundo árabe levará a sua avante.....?
Não será ponto e vírgula....!!
Mas......,vale sempre a pena viver....
Texto maravilhoso.
Beijo
Oi Taís compartilho em muito desta sua angústia com esta sociedade Brasilis, e entendi perfeitamente seu ponto final. O além por mais que tenho lido ainda fica um pouco obscuro, mas há que se crer que esta máquina tão próxima de perfeição no seu funcionamento não deve se acabar assim friamente sob uma lápide. Mas voltando a ela, é mesmo muito triste de ver as camuflagens, que mais mostram que escondem as intolerâncias, os preconceitos mais absurdos e muitos ainda denominados sociais, o que os tornam mais abjetos e deploráveis, pois escancara que vale o o quanto tem e não quanto se é. Triste sociedade que não busca mergulhar na história e entender toda formação e discriminação. Faz tempo que perdi a crença de que mudaria o pensar. Não sei se as escolas falharam e falham ou se as próprias famílias falham na educação e preparação de seres comunitários e humanitários. Parece que tudo girou e o que era ruim piorou.A banalização da violência é assustadora e o que assistimos nos deixa ilhados e cada vez mais medrosos e ou covardes. Busco me alimentar de um otimismo, mas a cada caso destes de arrepiar, esta crença esmorece e vejo nossa nau encalhada num mar fétido e cheio de monstros que nós alimentamos para nos privar e bater o martelo final.
ResponderExcluirSó Deus amiga e que Ele nos proteja de toda esta onda estranha e surrupiadora.
Um terno abraço de muita paz e façamos por onde nos sentirmos melhores ainda que num mundo pior.
Bom fim de semana com alegria e harmonia.
Bjs de paz amiga.
Boa cutucada na gente,kkk acho ate que falei muito.Mas é assim.
Toninho, não falou de mais não, achei ótimo, aliás, como sempre. Fique à vontade.
ExcluirTambém, por vezes, tento me transbordar de otimismo, mas nem sempre consigo. Taparia o sol com peneira... Mas o bom é que fazendo uma forcinha básica, conseguimos levantar e nos fortalecer um pouquinho.
Beijo, meu amigo. Um bom fim de semana.
Poxa, mulher tu é igual a mim. Nossas inquietações, a cabeça a mil, ansiosos. Difícil tranquilizar, né? Nesse contexto, nessa crise que caiu de paraquedas. Assustador, né, ir dormir bem e acordar nesse pesadelo sem data de duração e perspectiva de acabar. Poxa... Beijos, Tais.
ResponderExcluirApesar de todo o conhecimento acumulado, a sociedade não dá sinais de melhora. Ou antes, os sinais vão até no sentido contrário...
ResponderExcluirExcelente reflexão, minha amiga, gostei imenso.
Taís, tem um bom fim de semana.
Beijo.
É a dura realidade que entra pelos nossos olhos todo santo dia, Taís. E, quando percebemos a nossa impotência, nos desesperamos, refletimos, buscamos saídas sem encontrá-las. A sorte é há sempre um pássaro incendiando os nossos corações para apagar essas tristezas. Claro que não basta um único pássaro, mas nos mantém respirando...
ResponderExcluirBeijo, Taís!
Tais,
ResponderExcluirescrito no tom certo, este é um texto certeiro que supera (porventura para além de seu propósito) a "eficácia" de qualquer discurso, mais ou menos "teórico" sobre a "Sociedade do Espectáculo", em que vivemos mergulhados.
excelente texto. bem digno, (aliás como muitos outros), de uma assumida "rebelde de causas perdidas"
gostei muito.
beijo, minha amiga
Querida Taís
ResponderExcluirE como não estar com o coração inquieto diante de uma sociedade que não muda? Cidadãos que varreram para debaixo do tapete os seus valores e agem como se fossem onipotentes, oniscientes e onipresentes? Cidadãos que se esqueceram de sua formação e vivem de acordo com princípios que contraria a tolerância, a solidariedade e o amor ao próximo? Não dá para ficarmos impassíveis diante da miséria afetiva Nos inquietamos, nos questionamos e assistimos a degradação humana que por seus próprios atos são lançados ao fundo do poço. Cabe a cada um refletir e puxar a cordinha do livre arbítrio que o levará ao caminho do bem quando e se tomarem para si a responsabilidade de dar o primeiro passo para a mudança. Somos coletividade e os erros de alguns afeta a todos causando o efeito dominó. E o ponto final está mais próximo do que imaginamos
Um bom final de semana
Beijos
Querida Taís, seu texto acertou na mouche!
ResponderExcluirComo sempre, ofereces-nos uma excelente leitura.
Beijinhos
No principio Deus fez o homem feliz e bom, mas a rebeldia o tornou deplorável fazendo-o miserável.
ResponderExcluirA humanidade não se divide em heróis e tiranos. As suas paixões, boas e más, foram-lhe dadas pela ganancia, não pela natureza.
Como disse Gracita seguidora desta pagina..... Cabe a cada um refletir e puxar a cordinha do livre arbítrio que o levará ao caminho do bem quando e se tomarem para si a responsabilidade de dar o primeiro passo para a mudança. Somos coletividade e os erros de alguns afeta a todos causando o efeito dominó. E o ponto final está mais próximo do que imaginamos...
bj em seu coração...ótimo final de semana linda!
Boa noite querida Tais.
ResponderExcluirVim rapidinho so para dizer que estou bem. Mas uma Vitória amiga. A noite postarei como foi a minha cirurgia. Muito obrigada pela força e carinho. Agradece também ao Pedro pelo carinho. Volto com Calma para ler a postagem. Beijos
Uma dissertação e exposição legítimas e perfeitas.
ResponderExcluirTambém temos por cá muita gente da estirpe satirizada por Juarez Machado e 'socialtes' do género que mencionou, muitas delas dondocas e emergentes, porém, vivem no seu 'mundinho', sem incomodar ninguém...
De facto, temos um país pobre onde ainda há muita corrupção, mas onde atos violentos são muito raros; neste aspeto vivemos num céu.
Acho estranhíssimo uma amiga do Rio dizer-me que não podem passear onde querem com medo...
Faz muito bem em manifestar a sua indignação porque a habituação é terrivel!
~~~ Grande abraço de sincera amizade e sintonia ~~~
Táis, quem tem sensibilidade sempre questiona o porquê de tantas tropelias e injustiças.
ResponderExcluirInfelizmente não temos o poder de mudar o mundo, mas temos o poder de questionar,exigir e lutar pelas nossas convicções.
Mas minha amiga, temo que seja uma luta inglória por tudo aquilo que presenciamos à nossa volta.
Adoro as suas reflexões!
Um beijinho e boa semana
Querida Taisamiga
ResponderExcluirQue posso dizer deste teu texto? Tu já dizes tudo e deixaste os comentadores que tentam... comenta-lo (pleonasticamente escrevendo), completamente embarrilados...
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Já o Esclarecer tem muito que se lhe diga. Para quem não acredita na "vida eterna" (como é o meu caso) o "ponto final" está perfeito e é bivalente.
Já sabes (e sabem os pacientes que (ainda) me lêem que escrevo que Já fui católico, mas curei-me)... Mas isto não quer dizer que não respeite todas as religiões que defendam a Paz, a Dignidade do Ser Humano e também a Solidariedade que têm de viver na sociedade que todos nós construímos.
Já aquelas que pregam a "guerra santa" o seja a jihade, não me merecem nunca o respeito. É uma "justificação" criminosa para aqueles que a "praticam". não merecem qualquer respeito.
Já vai longo este comentário, mas não podia deixar de o fazer. No momentos muito difíceis que vivemos um desabafo também é uma terapêutica ocupacional. Por isso muito escrevi do que te peço desculpa do longo comentário que aqui deixo.
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b>Espero sempre por ti na NOSSA TRAVESSA Há lá os dois últimos textos meus em que tento vir ao cimo da água...
Meu bom amigo Henrique, não peça desculpa, tenho o maior prazer em recebê-lo aqui seja com qualquer tamanho de comentário. Aliás, você e todos os amigos que aqui veem têm o espaço que quiserem.
ExcluirO 'Esclarecer' foi em resposta ao primeiro comentarista: quando falo que a vida nos abandona e parte, sem uma explicação e sem um aviso prévio e faz um 'ponto final', é a vida que conheço, a vida no planetinha. Se tiver vírgula ou não (como disse meu leitor) é outro assunto, não entrei nesse mérito, justamente porque falei do que conheço.
Sobre tua posição, sei sim, a li na Travessa há tempos.
Irei te visitar, Henrique, e espero que estejas bem de saúde, aliás, estamos aguardando resultado...
Meu carinho a ti e Raquel.
Querida Amiga, Taís Luso, boa noite !
ResponderExcluirA precariedade do retorno administrativo, à população, em
educação, saúde, segurança, habitação, etc., deságua nesse
lastimável quadro que pintas, tão claramente, em tua bela
crônica.
Os escorchantes impostos, criminosamente, servem para saciar
a doentia ambição dos que detém o poder.
E aí, vale tudo, menos a retribuição a que tem direito o povo.
Um carinhoso abraço.
Sinval.
Eu acho simplesmente que é o fim do mundo! Simples assim. Nunca pensei que viveria para ver o que está acontecendo hoje em nossa sociedade. Nenhum respeito. Nenhuma crença. Terra sem Lei. Corações sem Deus. Acho que nem a poesia nos salva mais... Beijos amada
ResponderExcluirÉ realmente uma sociedade estranha esta que por todo o lado só quer protagonismo parta o bem e para o mal... Um texto excelente, muito reflexivo.
ResponderExcluir"Gostaria de povoar um lugar onde a vida acontecesse sem interrupções bruscas. Sem incidentes de percurso. E morrer de velhice. Em suave despedida." Se o encontrar diga, por favor...
Uma boa semana.
Beijo.
Es verdad, es muy díficil encontrar razones que justifiquen el mundo que hemos creado, el mundo que aceptamos la mayoría que nos imponga el egoísmo de una minoría dominante que solo va tras su propio beneficio. Y cuando hay voces que protestan, se les acallan porque se les llama peligrosos izquierdistas... Bien, creo que coincidimos en nuestra manera de entender el mundo en el que nos ha tocado vivir. Porque el mundo al que llegamos al nacer, ya está hecho pero nuestra obligación es mejeorarlo en todo lo que esté a nuestro alcance.
ResponderExcluirUn abrazo. Franziska
Um excelente texto sobre temas que importam refletir!
ResponderExcluirGostei das suas reflexões! Bj
E o que parece bem... serve para esconder o que não está bem...
ResponderExcluirE por isso, a maior parte do mundo vive num mundo de aparências, que servem para camuflar tristes realidades... muitas vezes, até as suas próprias realidades...
A sociedade humana é mesmo estranha... sempre insistindo em aparentar o que tantas vezes não é...
E quem questiona tudo... vive mais... sente mais... sofre mais... será o preço a pagar... mas a humanidade é tão bonita quando é praticada... uma pena que seja uma prática cada vez mais em desuso... nesta nossa desumana sociedade de humanos...
Como sempre um texto formidável... que atravessa transversalmente tantos problemas da nossa sociedade, com uma abordagem admirável...
Beijos! Boa semana!
Ana
Quem sabe, talvez a ambição seja a responsável pela situação que ora se nos apresenta. Tenho muita fé que um dia o homem se conscientizará de que somos todos irmãos, filhos do mesmo PAI. Quanto ao ponto final, diariamente entrego-me ao PAI e peço-lhe que faça de mim instrumento da sua vontade. Bela crônica amiga Tais.
ResponderExcluirBeijos e uma ótima semana para ti e para os teus.
Furtado.
Taisinha,
ResponderExcluirPrimeiro quero dizer do teu bom gosto em postar essa tela do brasileiro Juarez Machado, natural da cidade de Joinville, SC, e que reside há mais de três décadas em Paris, onde granjeou grande respeitabilidade pela sua arte.
Segunda parte do comentário vai para o assunto principal, que é essa tua abordagem que fazes em tua excelente crônica sobre a nossa sociedade, com suas qualidades e suas torpezas, que aplica a justiça de forma implacável aos pobres, aos indefesos, e, por outro lado, tem “cuidados exagerados” quando julga criminosos ricos e influentes. Portanto, embora muito bem tratado por ti esse tema social, sempre ficará questões importantes e aflitivas para serem abordadas.
Beijinho daqui do escritório.
Minha querida amiga Tais, sempre me surpreendo com teus escritos, ótimos...mas este me tocou de uma forma, como nenhum outro, talvez porque tenha falado com meu terapeuta sobre a dor invisível que começa a corroer minha vida de arrependimento permanente aqui nesta cidade, mais especificadamente no meu trabalho, que necessito para sobreviver, aliás é o que venho fazendo aqui, sobreviver..."Difícil fazer vista grossa e seguir a vida em tons de rosa, como se o medo não nos atingisse." Como é bom ouvir isso, pensei que era eu o pessimista rs. É o post mais parecido comigo, me identifico muito com teus escritos...este teu espectro da sociedade brasilis é triste e perfeito, quantos velórios em eu mesmo ri lá pelas tantas, eu estava sendo um burro no presépio. O estranho é que nossa própria sociedade está se tornando estranha para nós, e vejo uma deevolução do ser humano, a volta a barbárie. Por vezes meu peito está tão cheio de mágoas, dores, insatisfações que dá vontade de desistir de tudo, mas tenho minha mãe, meu cãozinho e minha vida que amo, mas está tão difícil minha amiga, tão difícil, que tenho vontade de abandonar tudo e sair caminhando que nem Cândida Erendira, mas sem sua vó desalmada. Querida Tais a única coisa certa é a morte, nosso ponto final, mas enquanto isso vivamos, reflitamos e não vamos perder a fé, somos seres do bem, não merecemos o que estão fazendo com as crianças, as mulheres, os negros, com nosso país. Obrigado amiga, me sinto bem melhor agora.
ResponderExcluirps. Carinho respeito e abraço.
Querido amigo Jair, fico feliz quando meus textos cumprem o papel que idealizei. Somos humanos, ora frágeis, ora fortes. Mas não fale em vontade de desistir... É lutar, chorar, mas também rir de alegria pelas conquistas. Acredito sempre num outro dia que será melhor, mesmo se precisarmos fazer um mundinho mais nosso. Não acredito que tudo piore, a sociedade não aguentará, sempre dará um jeito, cedo ou tarde.
ExcluirAbraço primaveril!
Um encanto este texto, muito refletivo, todo mundo devia ler, uns mais que outros é certo pois tem seres que era bem preciso encaixar essas palavras para que conseguissem seriamente refletir nelas.
ResponderExcluirBoa semana.
bj
oi Tais, continue sendo assim como és, uma pessoa de verdade, inteligente, emotiva, intuitiva, talentosa, generosa, humana e sensível que se importa com tudo que acontece ao seu redor.
ResponderExcluirÉ bom levantar questões como essas pra gente refletir porque a vida não é um mar de rosas. E precisamos reagir diante das injustiças cometidas por essa nossa justiça quase sempre injusta.
Um beijo, amiga. <-.-> Boa semana!
Querida Tais, falar sobre a sociedade, à qual pertencemos é muito difícil, pois não há como esclarecer muitos pontos que ficam sem explicação. Infelizmente, há tempos, vem acontecendo uma inversão de valores, isso em várias áreas. Assusto-me com tanta falta de dignidade e compaixão por parte de muitos, que têm o poder nas mãos. Suas crônicas sempre são excelentes. Grande abraço!
ResponderExcluirEl mal y el bien forma parte de la vida, pero lo que es bien para unos para otros no tanto y al revés. Todo es relativo y según como lo miremos. Las cosas son como son, depende como las vea cada persona.
ResponderExcluirMe gusta tu reflexión. Abrazos
Olá,Tais,boa noite...bela crônica...
ResponderExcluirPenso que pessoas vazias de sentido acham que vão encontrar razões para existir, se exibindo e ostentando,Por isso, não medem esforços para chamar atenção. Isso tem gerado uma sociedade estranha , repleta de distrações e futilidade. E pior, que as redes sociais deram a isso uma dimensão ainda maior. Todos são sempre interessantes, mais felizes, enorme qtde de amigos,modernos... Fazem isso com um exagero sem sentido. Não procuram fomentar e discutir ideias e interesses em comum. E , pior, sempre procurando aprovação de terceiros.Não se valorizam e por este motivo precisam mostrar e expor + o externo. Estranho vício e um complicador , porque todos os dias, absorvemos, ignoramos, esquecemos e processamos estas informações-quer queiramos ou não- e destas -informações- teremos os sentimentos, que inevitável, geram novos sentimentos."Difícil fazer vista grossa e seguir a vida em tons de rosa, como se" nada não nos atingisse.Bom seria , se todos fossemos aqueles que gostam de ostentar e "apagar certos questionamentos ", para sempre se dizer feliz e assim viver escancarando somente sorrisos. Enquanto não compreendermos claramente o problema ,as tramas e dramas sociais,como algo real e não como uma fantasia ou modismo , não poderemos avançar , porque quando essas perguntas nos surgem, é nossa intimidade buscando respostas para o sentido da vida e sua dicotomia constante,Que a busca até o ponto final seja sempre com simplicidade e humildade, reconhecendo as limitações, como seres imperfeitos que somos!
Obrigado pelo carinho,Belos dias, beijos!
Cara Tais, conseguiste, nesta cronica, traduzir o sentimento de, digamos, noventa e cinco por cento das pessoas. No meu modo de ver o mundo, o monstro que está corroendo a vida é o atraso moral. Ainda que haja avanços magníficos nas tecnologias comunicativas, isso não vale muito, porque estamos parados e atrasados - aliás, atrasadíssimos - na evolução moral. As religiões - todas - dizem que o homem tem de ser bom. Eu peço menos. Peço que o homem seja moral e ético, porque o homem moral não mente, não trai, não pratica o ilícito, não rouba, não mata. O homem moral não se preocupa com fama, com glória, com a pirotecnia... Ah, o homem moral dificilmente concorre a qualquer cargo político, porque sabe que o segmento político, neste país, é uma elite corporativista que, em primeiro lugar, defende as benesses da casta.
ResponderExcluirMas então o edifício político brasileiro está podre? Quase! Há exceções, mas são raríssimas. São flores perdidas em meio às ervas daninhas.
Um abraço. Tenhas uma linda quarta-feira, com menos vento, se possível!
Querida Taís
ResponderExcluirTencionava retornar só em finais de Setembro mas a minha filhota requisitou a minha presença mais cedo... e aí vim eu a correr :)))
E já que cá estou aproveito para visitar, aos poucos, as amigas.
Deixe-me começar por dizer que achei a sua crónica excelente.
A abordagem que faz sobre a nossa sociedade actual, foca de forma transversal mas ao mesmo tempo acutilante, os problemas que a estão minando, pondo “o dedo na ferida” sem contemplações.
Há quem acredite que em todos os tempos existiram arbitrariedades, injustiças, violência e impunidade … e o que agora se passa é exactamente o mesmo, apenas com a diferença de haver uma maior difusão de notícias.
Talvez tenha razão quem assim pensa, mas eu tenho a sensação que não é bem assim, e que a sociedade tem vindo a degradar-se com o passar dos tempos.
A noção de valores e de carácter foi muito alterada, e isso influi, sem qualquer dúvida, na maneira de pensar e, consequentemente, de proceder, dos indivíduos.
Penso que a ambição desmedida do Homem está na base dos graves problemas que a humanidade atravessa.
Mas...eu sou optimista por natureza… por isso conservo a esperança em dias melhores. Não sei é para quando…
O seu sonho de “… povoar um lugar onde a vida acontecesse sem interrupções bruscas… “ etc. à partida pode parecer utópico, mas… é com sonhos semelhantes que se constrói um mundo melhor.
Votos de uma semana muito feliz.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Querida amiga, um texto interessantissimo que nos leva a refletir naquilo que queremos para tornar os nossos dias aqui mais preenchidos de essência. Considero-me uma alma inquieta e, questiono-me muito sobre tudo; banalidades não me interessam e muitas vezes acho que sou inútil, que não faço o suficiente; agora que tenho os filhos criados , então as questões surgem com mais
ResponderExcluirfrequência .Com o passar dos anos a finitude da nossa vida tem-se tornado para mim mais
evidente, mais certa, embora sempre tivesse tido a consciência de que a morte era a nossa maior
certeza, mas, vendo amigos e familiares a desaparecerem todos os dias essa consciência torna-se
mais incomodativa. Só esta semana partiram duas pessoas mais ou menos da minha idade e com
os meus pais já com idades supriores aos 85 não há como evitiar uma maior inquietação. Tudo
isso, no entanto, nos deve levar a uma mudança de mentalidade e creio que, com o passar dos anos
muitas pessoas se transformam, começando a dar mais prioridade àquilo que é essencial, deixando
para trás as aparências. Claro que vemos muitas que não aprenderam nada com a idade e
continuam com a mesma arrogância como se fossem " donas do mundo" . Conheço muitas assim
e lamento muito que não tenham a consciência de que o caminho delas terminará do mesmo modo que o dos outros. Tais, o comentário que fiz no blog do Pedro, poderia ser considerado uma continuação deste que aqui faço; muitas vezes as consequências das sociedades como a que temos hoje são precisamente os casos que ele conta no seu post. Muito profundo este teu texto, amiga. Há que refletir neste assunto. Beijinhos e desculpa o "testamento"
Emilia
Identifico-me, em toda a linha, com o pensamento que expões sobre esta estranha forma de estar na vida.
ResponderExcluirSó uma pessoa de alma grande se inquieta, questiona, insurge e ousa partilhar a sua irrequietude e inquietude.
Parabéns pelo excelente texto.
Bjo, Tais :)