- Taís Luso de Carvalho
Ontem à tarde, assentei meus olhos em uns escritos sobre a velhice, de Marco Túlio Cícero, filósofo da Roma antiga. Encontrei algumas coisas muito comoventes em relação à vida. Foi um tanto desconfortável para mim, mas fiquei a refletir vestindo-me de coragem.
Confesso que algumas coisas me abateram, é difícil admitir que a perspectiva de morrer seja vista com naturalidade, não por acreditar na nossa finitude, mas por ter a consciência de como e em que circunstâncias nos aproximamos do fim. Nenhum de nós desapega-se da vida de uma maneira natural, aceitando, conformado, o que nos é arrancado com brutalidade. Calamos, silenciamos, encobrimos. Mas, quando sós, pensamos e sentimos. E desabafamos, quem sabe. Isso é difícil.
Enquanto estiver existindo lucidez, existirá o instinto de conservação, o apego à vida. Não contradigo, no entanto, que os idosos não percebam sua finitude, mesmo acreditando-se que possa existir outra vida.
Fiquei algum tempo a pensar nisso, o que não me foi nada agradável, mesmo sendo uma pessoa alegre e otimista. Mas isso se deu pelas minhas perdas, já que nunca tinha me deparado com tal sentimento, com esta situação dilacerante da perda de alguém tão próximo. E aos poucos.
Penso que o ato de morrer deveria vir como um presente, como uma dádiva D'Ele, sem sofrimento e sem dor, tanto para os que vão, como para os que ficam. Até como recompensa por nossos pais e avós terem sido corajosos, por terem trilhado caminhos difíceis ou vivido, alguns, numa festança quiçá equivocada. A vida é mais do que isso. Mas seria um ato de misericórdia. Sei que estou sendo utópica, mas se assim fosse, amenizaria um pouco nosso sofrimento.
Ver e sentir tal dor de perto e achá-la natural não existe, o que existe é um conformismo. E surgem as perguntas, algumas já conhecidas. E, na verdade, nenhuma resposta que nos satisfaça.
O ser humano sempre precisou acreditar na perpetuação da vida através do espírito, não importando o caminho. Ter fé é como ter um coringa; é sorte e um privilégio.
O ser humano sempre foi em busca de um Deus, seja em Cristo ou venerando o Sol, a Lua... como no princípio da vida, ainda nas cavernas. Enfim, o homem sempre acreditou em vários elementos onde um ser superior pudesse ser representado com grandeza e perfeição para atenuar nosso morrer ou nossa "passagem".
Porém, se ao ter lido aquele trecho de Cícero fiquei com uma sensação desconfortável, mais tarde recuperei-me com a paz e a doçura de Gilberto Freyre quando diz:
"Venha doce morte... Não, a morte não é doce, mas peço a amarga morte que ela venha docemente..."
Seria um sonho se assim fosse: tanto para os que têm fé como para outros que ainda buscam encontrar a sua paz.
Espero, no entanto, quando meu dia chegar, quando meu olhar tiver o brilho opaco da despedida, que eu tenha a doce ilusão de que a morte não me venha tão amarga, que me toque docemente e, sobretudo, com compaixão.
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Oi Taís, gostei de sua explanação sobre o assunto, mesmo pq você discorre pausadamnte e com um certo ar do desconhecido (inerente a todos), sobre esse assunto.
ResponderExcluirCreio que envelhecer traz mesmo uma certa noção do fim da estrada, mas não podemos tomar isso como uma regra, posto que jovens também se vão antes mesmo da chamada meia idade.
Em minha concepção existe um Deus que tudo formou e que tu vê. Tenho minha fé Nele e me seu Filho Jesus Cristo.
Enterrar nossos mortos é tarefa penosa demais. Mas não há outra opção. E quando ao fim chegarmos, que nos seja doce e breve a partida e quando abrirmos novamente nossos olhos, a vida ainda existirá em espírito. Mas será (espero), bem diferente e melhor que aqui.
Grande beijo amiga linda e parabéns pela blogada.
Boa semana
Lu Cavichioli
Tais querida este teu texto me fez refletir muito sobre o assunto.È um assunto que evitamos porque nos deparamos com uma realidade que escondemos de nós mesmas.É amiga... que ela venha docemente e com compaixão.
ResponderExcluirBom domingo.Um forte abraço Eloah
Ao longo da existência, digamos no processo de adquirir maturidade, nos tornamos conscientes da morte, do fato que as pessoas que conhecemos e amamos morrem; e do fato que algum dia nós também morreremos. Contudo, nossa cultura judaico-cristã não nos facilita essa tomada de consciência, para todos os efeitos somos imortais, a morte é evento fortuito que atinge apenas os outros. Enquanto isso, de modo que entendemos apenas escassamente, se é que entendemos alguma coisa, abraçamos identidades e a ilusão de auto-suficiência. Chamamos de busca da felicidade os caminhos que adotamos e os rumos que seguimos e que preenchem nossos sonhos, metas e anseios. Buscamos atividades, tanto construtivas como negativas, com as quais esperamos nos elevar acima dos fatos da vida comum e que talvez permaneçam depois que nos tivermos extinguido. Fazemos isso num esforço desesperado contra a certeza de que a morte é nosso destino final. Muitos buscam o poder e a riqueza, outros, o amor romântico, a fama, o prazer, o sexo, ou as conquistas esportivas: sou o mais forte, o mais rápido, o mais sábio, o melhor. Para quase todos, suas obras e feitos durante a vida lhes garantem reconhecimento e boas lembranças depois de mortos. Quer sejamos bem-sucedidos ou fracassemos, de qualquer modo vamos morrer, todos teremos o mesmo fim. O único consolo, certamente, é acreditar que, já que somos criaturas, deve haver um criador que gosta de nós e o qual nos receberá quando morrermos. Abraços, fraternos, JAIR.
ResponderExcluirEu estou aqui pensando, pensando, pensando... você me fez pensar.
ResponderExcluirUm abraço
Estamos vivendo em família um momento triste com a minha mãe em seus 85 ans. A cada dia, nesse último ano, mais longe ela fica da vida. Me pego pensando , pensando e peço que não fique como ela, PENDURADA, fazendo de conta viver, enquanto apenas vegeta. Tomara eu tenha essa graça! Linda crônica que faz pensar! beijos,chica
ResponderExcluirOlá, gostei de ler esse texto.
ResponderExcluirÉ para refletir sobre algo que não gostamos de falar...
A morte, eu não temo, apenas peço a Deus uma morte suave, sem muito sofrimento, como meu pai que morreu dormindo, só Deus sabe, ainda sou nova, tenho problemas de depressão, e muitas vezes já senti vontade de morrer.
Acredito que a vida não acaba aqui, existe outra vida, sei não, é o espírito. Beijos da Mery. Te sigo.
Tais.. parabéns pela sua postagem abordando este tema nem sempre agradável.
ResponderExcluirEu morro de medo de perder meus pais. As vezes eu penso.. deve ser masoquismo..esta coisa de sofrer só de pensar..
Mas quando vemos um ente querido começar a já não ter aquela qualidade de vida de antes, começamos a pensar nesta realidade.
Prefiro pensar que a morte não é o final. Que a gente vai de encontro ao Pai Supremo..
Bj e boa semana a vc!!
Ma
Taís, a morte será sempre um assunto difícil de ser pensado. Confesso que não me preocupo com a minha, passei aquela fase em que toda mãe tem medo de morrer e deixar os filhos ainda crianças.
ResponderExcluirAinda bem que Deus não nos concedeu o poder de saber quando chegará a nossa hora. Agora é viver e não focar muito nisso não senão a gente acaba pirando.
Beijos
Cada hora,de cada dia,a gente aprende uma qualidade nova de medo!
ResponderExcluirJOÃO GUIMARÃES ROSA
Pois é, agora na envelhescência, esse medo vai nos pegando...medo do fim...em como ele será...
Ah! esses ocultos caminhos.
Fiquei desconfortante ao ler estas considerações, pois é tema que me não é simpático....diria que me é incomodativo.Eu não quero ficar para semente....mas quero muito viver...Tantos planos para concretizar...
ResponderExcluirUm Beijo...
Quanta transparência há em seus textos! Gosto de suas crônicas, sempre tão inclinadas à filosofia, à reflexão. Não há tema mais apropriado, para isso, do que a morte! Na minha opinião a melhor maneira de lidar com a morte é vivendo, vivendo intensamente, gastando o gás. E aí quando a inexorável morte vier, estaremos vividos e até cansados, saciados e prontos para partir! Sim, partir, partir para o desconhecido com uma única certeza: se nada houvesse jamais saberíamos; se outra experiência nos aguarda vamos partir para cima, aproveitar e viver, de novo, intensamente gastando todo o gás...
ResponderExcluirOlá Tais..
ResponderExcluirsomente conformismo... apenas nos conformamos com a ausência.. não aceitamos.. nos conformamos.
Boa semana
Oi Tais,
ResponderExcluirO que eu mais gosto nos seus textos é a filosofia implícita. Eles sempre ns fazem pensar.
A morte. Eu chamaria de "a ida". Para um outro estágio, para um outro mundo, para uma outra vida, para junto do criador... Depende de cada um.
Mas o fato é que ele é amarga para quem fica, amarga para quem luta pela vida, amarga....
Que esse amargo chegue docemente.
Abraços
Em um comentário no meu blog, vc falou sobre a morte, a dificuldade em lidar com distanciamento de algo tão intimamente ligado a nós - seja pela partida dos que amamos, seja pela nossa própria.
ResponderExcluirTua reflexão tem todos os elementos que considero importantes ao tema, e no desfecho, encontrei um alento que gostei...
Obrigada pela oportunidade de me fazer pensar...vivo um tempo em que vejo meus pais envelhecendo, perdendo tantas habilidades, diminuindo as reservas da energia que me acostumaram a admirar. Meu pai, especialmente, portador de Alzheimer, muitas vezes me faz olhar para um futuro obrigatório de despedida...e temer esse dia...pelo que vou sentir, e nem imagino o que seja...
É difícil...
Mas a semana que começa pode ser muito boa, vamos a ela, com sede de vida e alegria - para dar o tom à vida!
Um beijo com afeto!
Taís,sempre cronicas interessantes e sua abordagem está perfeita!Seria mesmo muito bom se a morte viesse com compaixão para todas as pessoas!Chegar a velhice deveria ser geral, a unica forma de morrer...rsss...acho que voei demais agora!Adorei sua cronica!Bjs,
ResponderExcluirOlá Tais
ResponderExcluirMesmo acreditando que existe outra vida, como eu acredito, a morte é uma realidade com a qual nunca vamos nos conformar. Perde alguém dói muito, e pensar na nossa própria mote, dói mais ainda.
Bjux
Olá Taís, em 1° lugar quero parabenizá-la pelo maravilhoso texto, muito bem escrito do começo ao fim!
ResponderExcluirEu já escrevi uma monografia sobre o idoso, e nela há um momento em que digo que nas escolas deveriam ensinar para as crianças todo o processo da vida, onde se poderia ter uma noção e até "aceitação" da morte como algo normal, até porque não há como ser diferente, e talvez não sofressemos tanto com as perdas. Mas como nada disso acontece, vamos nos deparando com a realidade nua e crua.
Acho que o mistério da vida, é simplesmente viver cada dia, e não ficar criando minhocas.
Bjocas pra vc.
Waleria Lima.
Taís, querida!
ResponderExcluirComo você mesma mencionou em um comentário em meu blog, possuo esse coringa: a fé. Para mim, a fé é um dom concedido àqueles que começam com o desejo sincero de acreditar em algo... esse desejo funciona como uma semente, que aos poucos vai crescendo e se transforma em uma árvore, que dá frutos: paz, alegria, conforto nos momentos difíceis.
Tenho fé em Deus e em Jesus Cristo. Creio Neles firmemente. Acredito que não estamos aqui nesta terra por acaso, mas que temos os nossos propósitos... Vejo a morte como uma passagem, que nos levará de volta àquele que nos criou. Ou seja, a vida continua, mas num outro estágio. Isso não diminui minha dor diante das perdas, pois sofro com a saudade, com a ausência das pessoas queridas... Mas creio firmemente que as famílias existem para ser eternas, e que voltarei a ver e conviver com meus entes queridos. Isso me conforta, me fortalece para viver - e também para acreditar que a morte amarga virá docemente... para mim e meus amados. Acredito sinceramente em algo melhor do outro lado deste 'véu', que nos separa daqueles que já partiram.
Lindo tema mas delicado, importante que seja abordado. E que troquemos nossas opiniões, na esperança de encontrarmos mais luz e sabedoria a esse respeito.
Beijos!
Suzy
Tais,
ResponderExcluirAgora você entende por que seu amigo aqui escreve tanto sobre a Morte... Só assim destilo este sentimento, aperto este furúnculo, com força.
Aproveito para lembrar a você e a todos as palavras do filósofo Chicó:
"Cumpriu sua sentença e encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca de nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo morre."
bjo
Cesar
A morte é mais bem aceita quando vem no decurso de prazo. É do ciclo natural nascer, ter a perspectiva da digna existência e ir-se. Eis o decurso. Vindo antes é intromissão, enxerimento, é descombinado.
ResponderExcluirN dia seguinte ( em junho) em que perdi meu irmão escrevi isto aí acima. Ele tinha apenas 52 anos e eu fiquei pensando nessa interrução do ciclo. Acho mesmo uma intromissão dessa "amarga" e concordo com você que deveria ser uma premiação no seu devido tempo e de forma que pudéssemos nos depedir docemente.
Ótimo, Tais. Abraços. Paz e bem.
Oi Taís! Depois da leitura da leitura de tantos comentários já não encontro mais o que dizer, mas como creio num SER superior e sei que um dia vou ter que partir, resta-me tão somente pedir para que "ELE" me mande uma morte rápida e com sabor de mel. Rsrs.
ResponderExcluirBeijos e muita paz pra ti e para os teus.
Furtado.
Taís... estava lendo com atenção o teu post. Tão sincero e profundo quanto a tua própria inquietação que para mim é evidente.
ResponderExcluirMe chamou atenção quando eu vim aqui deixar o meu comentário e notei o quanto alguns eram extensos. Como o tema é realmente inquietante eu comecei a ler os comentários e me deparei com o que disse a Sueli. Concordo com o que ela disse.
Deus não apenas existe como abomina a morte, a doença, a dor e o sofrimento. Acredito nisso sinceramente e tenho absoluta certeza de que não é mera credulidade.
Eu não quero pensar que escrever aqui agora um livro para te falar dessas razões que me levam a acreditar é apropriado. Mas aprendi que Deus tem um nome. As pessoas repetem exaustivamente em suas orações a expressão "santificado seja o vosso nome". Na mesma oração, na frase seguinte pedem: "venha a nós o vosso reino". E ao mesmo tempo parecem não refletir no que dizem. Nunca param para refletir que se dizem isso vez após vez, então Deus deve ter sim um nome e em breve haverá de governar para que, enfim, a vontade dele seja feita "aqui na terra" como no céu. Se pedem para que venha o Reino de Deus e que a vontade dele seja feita deve ser por que muitíssimas coisas que acontecem hoje na terra não são da vontade dele; como a velhice, a dor, a doença e a consequente morte.
Nenhum velho aceita a morte. Ninguém quer marcar a data para morrer por que Deus que nos criou a sua imagem e semelhança e implantou em nosso coração o desejo de viver para sempre.
Eu acredito em vida para sempre. Acredito em Deus e sei das razões, absolutamente claras, que ele tem para permitir tais coisas ainda por um tempo. Acredito que os que já morreram podem voltar a viver aqui mesmo na terra.
E a morte irá acabar e pessoas inteligentes como você, a Sueli e tantos outros haverão de ver "o que é a verdadeira vida". Não essa vidinha miserável e limitada a 70, 80 ou 90 anos e tão cheia de limitações.
Se oramos com nossos pés bem fincados em nossas casas, e pelo que consta nosso endereço é ainda aqui numa rua de uma cidade, num país, no planeta terra; se daqui fechamos os olhos e oramos: "venha a nós o vosso Reino", então não precisaremos ir para um céu ou para um inferno, ou qualquer outro lugar e dimensão espiritual. A "verdadeira vida" será aqui mesmo na terra. E sem a tristeza e as lágrimas associadas aos últimos anos de vida.
Um abraço carinhoso minha amiga!
Andava eu procurando o poema de Ghiaroni, Dia dos Pais, e me deparei com esse blog tão rico e de alta qualidade. Parabéns, Taís. Convido-a para também visitar meu blog: http://vilacamposonline.blogspot.com/
ResponderExcluirPedro Paulo Paulino
Canindé - Ceará
Parabéns pelo blog.
ResponderExcluirVamos orar pelo nosso País, o Brasil pecisa das nossas orações.
O poder da oração
-Deus é que o Todo poderoso pode fazer qualquer coisa, não há impossíveis para Ele.
“Pois nada é impossível para Deus".
Lucas 1:37
-Deus convida o seu povo a orar a Ele, a oração tem que ser feita de modo persistente e com ação de graças.
Jesus te ama.
Olá Tais, gostei de seu artigo,vai de encontro com meus pensamentos a maioria deles.
ResponderExcluirabraços
bhaysing
Sempre achei a velhice humilhante.
ResponderExcluirUm excelente texto.
Palmas!!!
Verdade, na juventude, ou idade adulta corremos o tempo todo, parece que somos eternos, depois...Os filhos crescem, tomam seus rumos,e,acreditamos serem nossa seqüência lógica,nossa perpetuação,então nos deparamos pensando de como vai ser...A morte em si, acredito ser um outro lado que não deixa de ser fascinante, portanto sempre peço a Deus que eu passe por ela acompanhada pela fé,pela esperança ,de que, se trilhamos um caminho buscando acertos,reparando erros,inconscientemente,acreditamos em um outro lado,tão misterioso,quanto fascinante.
ResponderExcluirAmei a crônica.
Beijo!
Tais, tive uma graça, uma sorte de me deparar com seu blog. Tudo muito lindo. Também sempre me pergunto: se o outro mundo é de paz, eternamente, lindo, porque ter medo da morte? Acho que é a incerteza! Ninguém tem certeza de nada. Se estou certa de que vou para uma melhor, por que temer? Eu não tenho nenhuma certeza! Abraço
ResponderExcluirMuito bom dia Tais.. tema este que merece nossa atenção..
ResponderExcluiros relógios do tempo não param..
muitas pessoas acham que..
temos que atingir a maioridade, casar, ter filhos, trabalho , bens e esquecem do principal..
devido a correria esquecem do corpo e da mente.
temos de falar com nosso corpo.. nossas células nos ouvem, mas muita gente sequer ouvir falar o que é célula..
uma coisa muito boa para manter a jovialidade do corpo é dar a ele o que esta faltando..
magnésio e bicarbonato de sódio são fundamentais..
tem um audio muito bom no youtube chamado kryon- comunicação celular..
se desejar ouça.. tem um comando para elas.. se deitas e relaxas ou busca uma meditação.. apenas diga a elas mentalmente tb se quiser...
As células estão ouvindo..
vais sentir arrepios pelo corpo que mostram que elas no ouviram.. e fique em paz profunda.. faço todas as noites..
a morte realmente assusta muita gente..
meu melhor amigo que hj já esta em outro plano ficou desde os 10 aos 25 numa cadeira de rodas por doença degenerativa.. eu era praticamente o unico amigo dele..
os pais dele tinham dinheiro consideravel.. choravam para comprar um som, um computador na época.. de uma hora para outra ele pegou pneumonia e se foi.. a mae dele dai se afundou em tristeza..
temos de fazer as coisas em vida.. chorar depois que parte só faz quem partiu sofrer ainda mais.. tudo é um ciclo.. nascemos num dia e hora especial.. estamos na familia que merecemos.. tudo esta certo, então que façamos o melhor que pudermos.. boas festas a vc tb.. tenha um lindo dia bjs
Samuel, gostei muito desse seu comentário. Você disse:
Excluir"muitas pessoas acham que..
temos que atingir a maioridade, casar, ter filhos, trabalho , bens e esquecem do principal." Verdade verdadeira!! E como se metem!
Outra:
"nossas células nos ouvem". Acredito nisso, e passamos a 'construir' as doenças psicossomáticas. Nós traçamos nossas doenças. Vou ver o Youtube, deve ser muito interessante.
A vida é um ciclo e embora nos doa em aceitar isso, é assim, e nada mudará. E como eu disse ao anônimo acima, a própria vida é uma busca insaciável pelo conhecimento e pela preservação. Por uma certeza. E o que eu queria e quero ter certeza de algumas coisas, o que ele não entendeu. Embora eu saiba que é impossível.
Samuel, meu novo amigo, muito obrigada, ótimas festas pra você, já vi que você é bastante espiritualizado.
bjs!
Boa noite Tais.. mas é bem verdade né.. se olharmos hj em dia..
ResponderExcluircriança não é mais criança.. pois não joga mais bola no barro, não brinca de balanço, de pega pega de esconde esconde.. mas num celular sabe tudo né..
tenho uma sobrinha de uns 4 aninhos.. faz miséria e tem quem com menos idade faz o mesmo.. acho que os pais não estão dando tempo aos seus filhos, compram os filhos com tecnologia, eu respeito quem tem e tal.. mas acho tão ridiculo o que se vê hj nas ruas, onde pessoas falam de suas vidas em alta voz, inclusive outro dia eu tive que saltar da calçada pq uma moça tava vindo com o celular na altura da cara.. um beijo é tudo de bom mas beijar o celular é o fim né rsrs não tenho celular, já me chamaram até de bicho do mato srs mas não sou eu que estou controlado né.. sim sobre as células é bem verdade.. basta a gente dar o comando.. sim. veja sim.. eu vou te mandar umas coisas por email incluindo um arquivo com workshops caso queira ver.. vejo muita coisa boa.. passo adiante.. mas poucas pessoas param para se melhorar.. bem Tais... os mesmos votos a vc.. te desejo uma linda noite bjs
Acredito Tais,que com toda coragem do mundo,você abordou um assunto delicado,porém verdadeiro,falar da morte depois de uma certa idade,ás vezes nos deixam triste,mesmo porque tudo é mistério...Porém,a fé abranda,ascende esperança e assim, vamos nos preparando.Um abraço!
ResponderExcluirTais, vou transcrever aqui o que Machado de Assis publicou em 1896. Concordo plenamente com ele:
ResponderExcluirAposentadoria da Vida.
"Qualquer um de nós teria organizado este mundo melhor do que saiu. A morte, por exemplo, bem podia ser tão-somente a aposentadoria da vida, com prazo certo. Ninguém iria por moléstia ou desastre, mas por natural invalidez; a velhice, tornando a pessoa incapaz, não poria a cargo dos seus ou dos outros. Como isto andaria assim desde o princípio das coisas, ninguém sentiria dor nem temor, nem os que se fosse, nem os que ficassem. Podia ser uma cerimônia doméstica ou pública; entraria nos costumes uma refeição de despedida, frugal, não triste, em que os que iam morrer dissessem as saudades que levavam, fizessem recomendações, dessem conselhos e, se fossem alegres, contassem anedotas alegres. Muitas flores, não perpétuas, nem dessas outras de cores carregadas, mas claras e vivas, como de núpcias. E melhor seria não haver nada, além das despedidas verbas e amigas..." Machado de Assis, Gazeta de Notícias, 6 set. 1896. Publicado em : Machado de Assis, 100 anos de uma cartografia inacabada. - Rio de Janeiro, Fundação Biblioteca Nacional, 2008.p.58/59
Olá Tais,
ResponderExcluirNão consegui deixar comentário no seu outro blog...
Acho Brecheret o máximo, e aqui em São Paulo temos a oportunidade de ver inúmeras obras espalhadas pela cidade, Cemitério da Consolação, na Pinacoteca do Estado, Jardim da Luz!
Beijos.
A morte não me amedronta; mas o morrer, sim.
ResponderExcluirBelíssimo texto, parabéns.
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=cSKLroFFEH8&t=2114s