- Taís Luso de Carvalho
Sei que o celular é uma das maiores invenções dos últimos tempos. Com o computador e celular nossa vida mudou, tudo se tornou muito fácil. O que antes era privilégio de alguns, hoje se tornou tão baratinho que todos podem ter. E isso é ótimo. Porém, muitos já acham uma praga por ser mal usado. Ninguém respeita nada quando toca um celular. E é verdade.
Às vezes odeio esta coisinha que já vem cheio de aplicativos, nos deixando também mais conectados, mandando torpedos adoidados.
Na semana passada eu estava num consultório médico esperando ser chamada. Peguei uma revista e fiquei quietinha, nas boas maneiras, lendo em silêncio. Num dado momento, toca o celular da fulana que estava ao meu lado. Até então parecia pessoa educada, discreta, sóbria , coisa e tal.
- Alouuu, faaaaala, meu!
Ops!!! Nossa Senhora... Dei uma olhadinha discreta, e fiz que não ouvi. Passei por surda, foi melhor assim. Vi a mulher se transformar: começou uma brigalhada com o filho porque ele estava saindo para jogar futebol com os colegas. Que Deus me acuda.
Levantei-me dali como se a mulher fosse fumante e estivesse me empurrando golfadas de fumaça. Fui um pouco ostensiva, mas entre ela e meus sentidos... Porém, ela continuou mostrando a que veio. Lembro que tive de me segurar, aquilo parecia provocação: tive de ouvir todo o papo educativo. Todos se olhavam naquela sala; eu já estava numa de falar sozinha. Um tanto atacada.
Num outro dia, como fui dormir de madrugada, tentei compensar o sono dormindo um pouco mais na parte da manhã. O telefone residencial tocava sem parar. Tocou, tocou... Poxa, e se alguém morreu?? Levantei correndo e fui atender. Caramba, a chamada vinha do celular de uma ex-empregada querendo me vender doce de laranja! A mulher estava na frente do meu edifício querendo subir! E eu na cama.
-Oi Tais, vais querer doce de laranja??
Gritou tão alto lá do porteiro eletrônico que estremeceu tudo aqui em cima.
Tive de descartar a mulher: tenho horror de levantar com campainha ou telefone; não consegui pensar se gostava ou não de doce de laranja. Até hoje a coitada nunca mais apareceu. Sinto muito.
Minha faxineira atual tem celular, aliás, todas têm. Fico num estresse tão grande no dia de faxina que já pensei num livro de auto-ajuda. Cada vez que chamo a mulher ela não aparece: está trancada no banheiro mandando torpedo! Torpedo do celular. Como ela está de namorado novo, eu pago o pato.
Outra situação horrorosa é numa consulta médica quando estamos no auge das queixas, tentando arrancar do médico algum esclarecimento menos básico. E seu telefone toca. Foi-se a minha pergunta, esqueci. Cortou o embalo. Alguém se intrometeu na minha consulta.
E o abuso de celulares nos cinemas, restaurantes, teatros, lotações e ônibus? O pessoal não se toca, vai falando alto como se estivesse em casa e não lembram que conversa no celular é algo estritamente pessoal e intransferível. Fica-se sabendo de tudo. Incomoda. Se fosse num momento adequado, até poderia ser visto como humor e levado na esportiva. Mas não estamos todo o tempo com essa bola.
Raramente ligo esse negócio: pra falar a verdade, tenho celular só para quando estou fora, para me comunicar com a família. Não coloquei lista na agenda, e está lá no fundo da bolsa, o improdutivo e desativado celular de modelito único, ultrapassado, pequenino, com aba e, certamente contra roubo. Não desperta interesse e não deve fazer a cabeça de ninguém, graças a Deus.
Ah, e só funciona quando eu quero. Nesse, eu mando! Não viciei, me safei. Nunca esteve nos meus planos sair de casa e levar um monte de gente junto, ligando ou torpediando a mil!
Sei que o celular é uma das maiores invenções dos últimos tempos. Com o computador e celular nossa vida mudou, tudo se tornou muito fácil. O que antes era privilégio de alguns, hoje se tornou tão baratinho que todos podem ter. E isso é ótimo. Porém, muitos já acham uma praga por ser mal usado. Ninguém respeita nada quando toca um celular. E é verdade.
Às vezes odeio esta coisinha que já vem cheio de aplicativos, nos deixando também mais conectados, mandando torpedos adoidados.
Na semana passada eu estava num consultório médico esperando ser chamada. Peguei uma revista e fiquei quietinha, nas boas maneiras, lendo em silêncio. Num dado momento, toca o celular da fulana que estava ao meu lado. Até então parecia pessoa educada, discreta, sóbria , coisa e tal.
- Alouuu, faaaaala, meu!
Ops!!! Nossa Senhora... Dei uma olhadinha discreta, e fiz que não ouvi. Passei por surda, foi melhor assim. Vi a mulher se transformar: começou uma brigalhada com o filho porque ele estava saindo para jogar futebol com os colegas. Que Deus me acuda.
Levantei-me dali como se a mulher fosse fumante e estivesse me empurrando golfadas de fumaça. Fui um pouco ostensiva, mas entre ela e meus sentidos... Porém, ela continuou mostrando a que veio. Lembro que tive de me segurar, aquilo parecia provocação: tive de ouvir todo o papo educativo. Todos se olhavam naquela sala; eu já estava numa de falar sozinha. Um tanto atacada.
Num outro dia, como fui dormir de madrugada, tentei compensar o sono dormindo um pouco mais na parte da manhã. O telefone residencial tocava sem parar. Tocou, tocou... Poxa, e se alguém morreu?? Levantei correndo e fui atender. Caramba, a chamada vinha do celular de uma ex-empregada querendo me vender doce de laranja! A mulher estava na frente do meu edifício querendo subir! E eu na cama.
-Oi Tais, vais querer doce de laranja??
Gritou tão alto lá do porteiro eletrônico que estremeceu tudo aqui em cima.
Tive de descartar a mulher: tenho horror de levantar com campainha ou telefone; não consegui pensar se gostava ou não de doce de laranja. Até hoje a coitada nunca mais apareceu. Sinto muito.
Minha faxineira atual tem celular, aliás, todas têm. Fico num estresse tão grande no dia de faxina que já pensei num livro de auto-ajuda. Cada vez que chamo a mulher ela não aparece: está trancada no banheiro mandando torpedo! Torpedo do celular. Como ela está de namorado novo, eu pago o pato.
Outra situação horrorosa é numa consulta médica quando estamos no auge das queixas, tentando arrancar do médico algum esclarecimento menos básico. E seu telefone toca. Foi-se a minha pergunta, esqueci. Cortou o embalo. Alguém se intrometeu na minha consulta.
E o abuso de celulares nos cinemas, restaurantes, teatros, lotações e ônibus? O pessoal não se toca, vai falando alto como se estivesse em casa e não lembram que conversa no celular é algo estritamente pessoal e intransferível. Fica-se sabendo de tudo. Incomoda. Se fosse num momento adequado, até poderia ser visto como humor e levado na esportiva. Mas não estamos todo o tempo com essa bola.
Raramente ligo esse negócio: pra falar a verdade, tenho celular só para quando estou fora, para me comunicar com a família. Não coloquei lista na agenda, e está lá no fundo da bolsa, o improdutivo e desativado celular de modelito único, ultrapassado, pequenino, com aba e, certamente contra roubo. Não desperta interesse e não deve fazer a cabeça de ninguém, graças a Deus.
Ah, e só funciona quando eu quero. Nesse, eu mando! Não viciei, me safei. Nunca esteve nos meus planos sair de casa e levar um monte de gente junto, ligando ou torpediando a mil!
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Bom Dia, Taís! Adorei teu desabafo! Concordo plenamente, este "bichinho" é inconveniente. O pior é que o usuário não se toca. Bjs Patrícia
ResponderExcluirTais, concordo totalmente com você. Faz muito tempo que tenho celular e sempre reparo nisso. Como as pessoas perdem as boas maneiras ao celular e como é inconveniente este aparelho.
ResponderExcluirBoa noite, querida amiga Tais.
ResponderExcluirAcho que ainda está longe das pessoas saberem usar o celular.
Recentemente o ortopedista estava me atendendo e começou conversando no celular. Eu me deitei e fechei os olhos, enquanto ele repetia para a possível amante, que ela havia lhe dado bolo.
Ficou quase cinco minutos nessa lenga lenga, e depois me pediu desculpas.
Beijos.
rsrsrs Bah.. crucial né Tais rsrs
ResponderExcluirnão sai nada do que esta ao nosso redor..
é tudo bem assim.. virou doença..
eu só sei que ficava puto da cara quando meu mano tinha a ex namorada dele..
tu acredita que ela ligava 5 minutos depois que ele saia da casa dela para ver se ele tava em casa já.. bahhh ficava de cara.. 11 e 30 da noite e o louco abria a janela e ficava mais 15 minutos enchendo a paciencia e falando alto claro rsrs
hj esta com outra pessoa a achei que as coisas seriam diferentes.. me ferrei srs tá pior srrs
vive ligando querendo saber onde ele tá.. por isso que relacionamentos não duram tá uma piada... não existe confiança..
e as vezes por causa disso se sofre um acidente.. dois domingos atrás em aprte por causa dela.. estavamos voltando de flores da cunha e ele sempre apressado né.. tanta mulher no mundo e as vezes parecem uns cachorrinhos.. se se esta no transito tem que chutar o celular pra trás e fim de papo né.. enfim.. estavamos vindo e um cara que tinha tomado todas cortou da direita pra esquerda e quase nos joga na outra pista.. sabe.. tanta energia ruim que vem desses aparelhos..
eu sempre lembro da piada do paulinho gogo rsrs
eu só tive uma pessoa até hj e não suportei os 3 celulares dela.. srrs
by by.. acho que ela amava mais os aparelhos que eu.. nada como estar consigo mesmo...
aqui moramos numa casa, nem o residencial eu atendo rsrs
campainha ainda bem que estragou da´não nos enchem a paciencia..
e tem outra.. sempre que alguem liga é sempre pra falar de doença rsrs
já falei tanto a minha mãe.. mas o que ouço é sempre.. hj me dói aqui amanha me dói ali.. tudo é bom, mas tem de se saber usar né..
bjs e um lindo dia