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pintura de Emile Munier / 1840 - 1895 Paris
PARA SEMPRE
-Carlos Drummond de Andrade
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
-mistério profundo-
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Andrade, Carlos Drummond de, 1902 – 1987
A Palavra mágica, 13ªed. – Rio de Janeiro
Record 2007
-Carlos Drummond de Andrade
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
-mistério profundo-
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Andrade, Carlos Drummond de, 1902 – 1987
A Palavra mágica, 13ªed. – Rio de Janeiro
Record 2007
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É, tais... Mãe é mãe... Por isso devemos cuidar delas e dizer o quanto as amamos, pois não sabemos quando elas partirão desta existência corpórea.
ResponderExcluirAbraços fraternos.
Cirilo Veloso