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Taís Luso de Carvalho
Apesar de termos vários
reloginhos espalhados pela casa, hoje um deles me tocou de uma forma
sentimental. Eu não sabia que um relógio despertaria em mim tamanho carinho - logo um relógio que marca tempo, que deixa
nossa vida mais louca. Mas comigo essas coisas são possíveis.
E hoje, após o café da
manhã, finquei meus olhos num relógio em cima de um baú na sala - ele fazia tudo: badalava, cantava, rebolava e
marcava o tempo...
Lembro que esse reloginho
sempre gostou de trabalhar. De badalar! E, por ser assim, tão
'cheguei' e tão intrometido, resolvemos desativá-lo. E assim
ficou por anos. Ficou apenas como enfeite, sem obrigações, pois
badalava de hora em hora, um tanto irritante.
Olhei, pensei e resolvi lhe colocar umas pilhas para que voltasse à vida. Tão
bonito! No começo rateou, não queria nada com o trabalho, os
ponteiros se mexiam e paravam, acostumou-se ao abandono, a uma vida discreta, apenas observando os seus companheiros neuróticos, espalhados por outros cantos da sala. Essa obsessão por relógios é do Pedro, o
meu ilustre.
Bem, já arrumadinho para
começar o dia, o relógio deu sua primeira saudação com 10 badaladas -
eram 10 horas - parecia um sino de igreja medieval. Eu estava no
computador, ouvi as badaladas e corri à sala.
– Pedro!!! Olha o reloginho
badalando, coitadinho…
Pedro foi à sala, pegamos o
relógio como se fosse um bichinho de estimação. Ficamos com ele
até a última badalada. Voltou à vida!
Voltei emocionada para o
computador e com um nó na garganta, abri a folha branca... Ué…o que teria acontecido
comigo? Por que esse sentimentalismo com um relógio? Será alguma
culpa por tê-lo deixado solitário e não termos curtido suas badaladas? Pode ser... culpa pelo abandono, talvez seja
isso.
Busquei o coitadinho e o
coloquei aqui na minha estante do gabinete, assim terá a companhia
de livros, CDs, terá música, televisão e santinhos barrocos para
protegê-lo… Não ficará mais sozinho, a solidão deve tê-lo
machucado um pouco.
Pois é, meu dia começou
assim, muito sentimental, coisa surreal. Talvez um reloginho faça a
gente pensar mais na vida. Pensar nos "abandonados".
Agora está aqui, rodeado de
coisas - na vidinha dele. E feliz, talvez. Está naquele seu tic-tac
enlouquecido. Não o tirarei mais de sua função.
Nunca imaginei fazer uma
crônica para um relógio. Por pouco não saiu uma carta de amor, à
moda antiga.
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Taís,
ResponderExcluirEu acho que entendo a relogiomania do Pedro Luso. Sou fissurado por relógioss. Além de ter uma variada coleção de uns duzentos relógios de pulso, os quais não ficam apenas guardados nos estojos, pois eu os uso, tenho vários relógios de parede. Alguns curiosos como um que anda para trás, outro com marcador de 24 hora ao invés de 12 e dois que marcam as horas e as fração com som de pios de pássaros. Ainda tenho em mente um com marcador de 10 horas, como os relojoeiros da França os fizeram depois da revolução de 1789 quando o dia foi dividido em vinte horas. Tenho também um cuco muito antigo que, como o teu querido relojinho, já não funciona há muitos anos, mas um dia voltará à vida.
Acróstico
Ao relógio, com amor
O que se faz para marcar a hora
Regular o que fazemos todo dia
E saber bem antes e sem demora
Lembrar a lida que nos caberia?
Ótimo, certamente igual outrora
Gozar duma agradável companhia
Isenta, de relógio que não chora
Opção pra consultar cronometria.
Querida Taisamiga
ResponderExcluirUm relógio é sempre um traidor Toca quando não se quer... que toque
======================== ATENÇÃO =======================
NA NOSSA TRAVESSA
UM FUNERAL Á MANEIRA
Publico hoje mais um artigo – o quarto – da SAGA DA ALZIRA com o título acima. Convido todas/os à sua leitura e comentários. Obrigado.
Agradeço igualmente a divulgação desta informação.
Henrique, o Leãozão
Taís,adorei ler e agora você me fez relembrar de um relógio que havia na casa dos meus avós,era o famoso Cuco e quando o danadinho do pássaro saia para cantar,vovô ficava muito feliz.
ResponderExcluirÉ muito bom recordar,você não o deixou solitário,mas sim algo lhe dizia que voltasse a ouvir novamente as badaladas de um relógio voltando à vida.rs
Bjs e um ótimo domingo.
Carmen Lúcia.
Con tu entrada de hoy, me has hecho recordar a un reloj que tengo colgado en la pared del salón, hace tanto tiempo que lo tengo parado...
ResponderExcluirMe trae tantos recuerdos, que no me atrevo a ponerlo en marcha, es un reloj de cuerda, también daba las horas y tenía un sonido musical muy agradable.
No quiero pensar en que tal vez pueda sentirse abandonado y solo.
Antes de terminar, quiero agradecer tu visita, me ha alegrado mucho.
Con mis mejores deseos para que tengas un feliz domingo, recibe los cariños de
kasioles
Ah! Vovó tinha um carrilhão... Adorávamos dormir em sua casa para ouvirmos o som do mesmo! Era encantador... Netos de pijama correndo pelo corredor até à sala para curtirmos... Dormir era pouco... Pois, a guerra dos relógios, inclusive o famoso "cuco", mantinha-nos em total serenata relojoeira! Te entendo, Tais.
ResponderExcluirAbraço
E falando nisso... tem um na minha sala, de um um outro estilo... parado há séculos... pois o seu tic-tac... me causa ânsias...
ResponderExcluirEstou pensando em trocar a máquina, por outra que seja mais silenciosa... e quando o transplante for feito... talvez volte à vida... :-D
Como eu a entendo, Tais... às vezes gosto de dar uma renovação na decoração... e muitas vezes quando algum objecto sai de cena... dá lugar a outro... que depois de ter estado um tempo guardado, parece que regressa com alma nova... graças à minha consciência pesando, por ter estado de lado tanto tempo... :-D
Adorei a sua crónica, Tais!
Beijos! Bom domingo!
Ana
Antes de que existiesen los relojes el tiempo se media con la rotación de la tierra tras las posiciones del sol, que por cierto me encanta...
ResponderExcluirAhora lo tenemos más por adorno en las casas, de todas formas tengo que reconocer que tienen misterio, esos péndulos.
Tais Luso às besicos, cielo.
Amei ler aqui, tenho dois relógios antigos e lindos, um com madeira trabalhada a mão,meu marido e eu ganhamos de presente de um amigo artesão e isso faz mais de trinta anos, é lindo!
ResponderExcluirO outro é quase parecido com esse seu, nossa, faz uns cinquenta anos que o temos e ainda trabalha sem nunca ter enguiçado, amo essas peças lindas e antigas, parecem que sempre nos fazem lembrar que a vida é eterna,rsrs, pois até peças antigas se conservadas duram uma eternidade!
Linda postagem, amei ler, também me emocionei, pois olhe o intento atingiu-me em cheio!
Abraços linda amiga sensível, adoro essa sensibilidade!
Oi Amiga doce cronica a sua, mas em determinados trechos fez-me rir, a melancolia as vezes nos visita, mas você conseguiu lindamente transformá-la neste texto bom de ler e que me trouxe lembranças bem interessantes de relógios na minha vida.Voc~e é uma ótima escritora prende a atenção, emociona e diverte, tudo numa pequena crônica, parabéns!
ResponderExcluirBuscar algo bom do passado e aconchegá-lo é reconfortante.
Beijinhosssss.
Léah
As coisas por vezes nãos tão totalmente coisas, estão impregnadas de valor estimativo, estão vivos os objetos através de nosso afeto, nossa afeição. Estão impregnadas de passado, marcados de lembranças, viram símbolos, mimos, viram memória, historia, nossa extensão. Beijos, Tais.
ResponderExcluirBoa noite, querida Taís!
ResponderExcluirNão é uma simples crônica é sim um esbanjar de sentimento lindo em relação a um objeto inanimado que se tornou vivo para nós todos que a lemos...
Parabéns!
Passou-me uma mensagem de que tudo, em nossa casa, tem um por quê...
Bjm muito fraternal
Taís, que emocionante a sua crónica sobre o relógio!
ResponderExcluirE sobre o amor... uma carta à moda antiga... fico a aguardar! Tenho muitas que os meus pais trocavam no namoro e só lhe digo que são deliciosas!
Beijinhos
Seu relógio é lindo e valeu dar-lhe vida novamente.
ResponderExcluirGostei de conhecer seu cantinho.
Boa semana. Bjs
Linda crônica Thais, meus aplausos. Bom domingo.
ResponderExcluirSabe talvez o tempo nos deixe assim ...
ResponderExcluirforte abraço elisa
Siempre hay que intentar hacer revivir las antigüedades y más tratándose de un reloj el cual te produce buenos ratos de compañía al toque de sus horas.
ResponderExcluirUn feliz domingo
Ás vezes são estas pequenas coisas que nos dão animo para o dia a dia, gostei bastante do texto.
ResponderExcluirUm abraço e bom Domingo.
Andarilhar
He disfrutado mucho con la lectura y el tema que nos propones hoy. Es curioso pensar cómo nuestra mente puede llegar a interpretar lo que acontece a nuestro alrededor. Le das una interpretación mágica y lo es si lo creemos, todo puede caber en nuestra mente. Celebro que el reloj esté realizando la labor para la que fue creado, eso le humaniza. También nosotros deseamos realizarnos porque es lo que le da sentido a nuestra vida.
ResponderExcluirLas manos del artesano que lo creó ¿no le habrán infundido algún tipo de vida?
Un afectuoso saludo, Franziska
Oi Amiga, Taís Luso, boa noite !
ExcluirCreio que consigo entender essa mudança
de atitude, com o reloginho.
Por saudade das suas manifestações laboriosas,
quem sabe por desintoxicação dos ruídos que
causava e até por remorso, por haver condenado
o "pobrezinho" ao silêncio, por tantos anos.
Gostei muito desta crônica, querida.
Muito grato, uma feliz semana e um fraterno abraço.
Sinval.
Olá Taís, esta cronica cronometrada me lembrou um relógio que tinha na casa do meu pai. O som era deste dino medieval tão bem lembrado com som de uma canção, que meu cantava.O triste era à meia noite quando ele tocava e depois a badaladas.
ResponderExcluirDizem lá pelas Gerais que relogio parado dá azar assim como espelho quebrado,kkk
Melhor deixar o mocinho trabalhando.
Meu terno abraço e boa semana com belas inspirações.
Bjs de paz amiga.
Como ficou interessante esta crónica, Taís!
ResponderExcluirRealmente, até criamos afeto pelos objetos que nos fazem companhia
e pelos que recebemos por herança de familiares queridos.
Não sei se conseguiria suportar um 'tic-tac' no meu espaço,
por maior que fosse a saudade e a ternura...
Adorei o sentido de humor, querida amiga.
Uma semana deliciosamente agradável.
Grande abraço.
~~~~~~~~~
Como é que eu poderia imaginar que depois de termos feito o relógio funcionar, ia sair uma crônica como esta. Então fico a pensar no que escreverias se trabalhasse numa fábrica de relógios na Suíça. No mínimo sairia um romance, narrando o teu "convívio" com tantos relógios fabricados, de todos os tipos e tamanhos. Mas o que não posso negar é que eu também tenho esse "apreço" pelos relógios. Essa fascinação nasceu quando, aos cinco anos de idade fui dormir uma noite na casa de minha avó, e estranhando não estar no meu quarto, em casa, não conseguia dormir; então ouvia as fortes badaladas a cada hora. Gostei muito da tua crônica, Taisinha.
ResponderExcluirBeijinhos daqui do escritório. Pedro.
Muchos relojes, apreciada Tais, parecen latir al compás de nuestro corazón.
ResponderExcluirQue sensacional é a arte da escrita. ♥ Beijos, amiga.
ResponderExcluirTaís, que lindo relógio! Como ele conseguiu inspirá-la para escrever um texto que também é de amor com certeza. Uma crónica cheia de elegância. E quase consegui ouvir aqui as badaladas do relógio...
ResponderExcluirUma boa semana.
Beijos.
Una crônica de muita beleza. É um relógio, mas toca a sensibilidade de quem tem um coração pleno de ternura. Gostei muito!...
ResponderExcluirTenha uma linda semana.
Belíssima crônica Tais. Lembrou-me um velho relógio que meu pai tinha, e que trabalhava na base da corda.
ResponderExcluirBeijos e uma ótima semana para ti e para os teus.
Furtado
Furtado
Cara amiga Tais, tenho dito aqui, que encontro em ti similaridade com as cronicas do saudoso Rubem Braga, pois, vasculhando a Internet, encontrei uma cronica do mesmo "Sons de antigamente", a qual entre outras coisas, também fala de relógio, e tomei a liberdade de colá-la aqui, mas, ao mesmo tempo peço perdão pelo abuso da invasão, enfim, ei-la:
ResponderExcluirOs sons de antigamente – crônica de Rubem Braga
By admin | July 22, 2013
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Conta-se na família que, quando meu pai comprou a nossa casa de Cachoeiro esse relógio já estava na parede da sala; e que o vendedor o deixou lá, porque naquele tempo não ficava bem levar.
(Hoje, meu Deus, carregam até a lâmpada de sessenta velas, até o bocal da lâmpada, deixam aquele fio solto no ar.)
Há poucos anos trouxe o relógio para minha casa de Ipanema. Mais velho do que eu, não é de admirar que ele tresande em pouco. Há uma corda para fazer andar os ponteiros, outra para fazer bater as horas. A primeira é forte, e faz o relógio se adiantar: de vez em quando alguém me chama a atenção, dizendo que o relógio está adiantado quinze ou vinte minutos, e eu digo que é a hora de Cachoeiro. Em matéria de som, vamos muito mais adiante. É comum o relógio marcar, digamos, duas e meia, e bater solenemente nove horas. “Esse relógio não diz coisa com coisa” – comenta um amigo severo. Explico que é uma pequena disfunção audiovisual.
Na verdade essa defasagem não me aborrece nada; há muito desanimei de querer as coisas deste mundo todas certinhas, e prefiro deixar que o velho relógio badale a seu bel-prazer. Sua batida é suave, como costumam ser as desses Ansonias antigos; e esse som me carrega para as noites mais antigas da infância. Às vezes tenho a ilusão de ouvir, no fundo, o murmúrio distante e querido do Itapemirim.
Que outros sons me chegam da infância? Um cacarejar sonolento de galinhas numa tarde de verão; um canto de cambaxirra, o ranger e o baque de uma porteira na fazenda, um tropel de cavalos que vinha vindo e depois ia indo no fundo da noite. E o som distante dos bailes do Centro Operário, com um trombone de vara u um pistom perdidos na madrugada.
Sim, sou um amante da música, ainda que desprezado e infeliz. Sou desafinado, desentoado, um amigo diz que tenho orelha de pau. Outro dia fiquei perplexo ouvindo uma discussão de jovens sobre um som que eu achava perfeito e eles acusavam de flutter, wow, rumble, hiss e outros males estranhos.
Meu amigo Mario Cabral dizia que queria morrer ouvindo Jesus, alegria dos homens; nunca soube se lhe fizeram a vontade. A mim, um lento ranger de porteira e seu baque final, como na Fazenda do Frade, já me bastam. Ou então a batida desse velho relógio, que marcou a morte de meu pai e, vinte anos depois, a de minha mãe; e que eu morra às quatro e quarenta da manhã, com ele marcando cinco e batendo onze, não faz mal; até é capaz de me cair bem.
Ah, pois na minha vida, tal como aconteceu com o Pedro, também havia a noite dormida na avó, porém com o incômodo das badaladas nos meus ouvidos antes de pegar no sono, enquanto folheava as páginas da revista "O Cruzeiro", no deleite quase voyeuristico de observar as imagens da época. Velhos tempos, belos dias.
Um abraço. Tenhas uma linda semana.
Pois é, meu amigo Dilmar, você deixou aqui um dos nossos melhores cronistas, e como aprendi com esses professores que tanto li! Quando resolvi, quando encasquetei em escrever, comecei a participar de concursos literários e depois criei meus blogs - um de crônicas. Meu foco sempre foram as crônicas, foi com elas que me identifiquei. Que criei um estilo sem perceber. E hoje tenho o maior prazer em ser lida por amigos como você que sempre me incentivaram com seus comentários generosos, o que só tenho a agradecer.
ExcluirGrande abraço, meu amigo.
Boa noite querida Tais.
ResponderExcluirVoce é demais rsrs. As suas cronicas são sempre bem criativas. Amiga fez bem em deixar o relogio fazer a sua funçao, dizem que coisas paradas fazem a nossa vida estagnar. Dizem mesmo,mas eu não acredito rsrs. Uma linda semana a voce e ao Pedro. Enorme abraço.
Mas valeu a pena essa crônica. bem interessante.
ResponderExcluirNunca deixem os relógios parar, o encanto não é o mesmo, é como se estivessem sem vida!
Abraço aos dois!
Boa tarde, querida Tais,
ResponderExcluircom certeza com um pouco mais de carinho sairia um romance maravilhoso sobre o seu relógio, personagem principal de sua crônica.A sensibilidade da qual é possuidora é que levam você a escrever com muita emoção fatos de objetos, assim como de pessoas, pois você é uma cronista nata, gosto de ler aqui. Realmente, você traz estilos de nossos grandes escritores. Parabéns! Beijos!
Agora.....não esquecer mais de comprar pilha....kkkk
ResponderExcluirBeijo
Oi Taís,
ResponderExcluirLindo sentimentalismo que eu não tenho.
Quando aposentei, ainda trabalhei 14 anos, seria meu último dia de trabalho, peguei meu relógio coloque de ponta cabeça dentro de um copo de cristal, tadinho tão feinho, tirei meu anéis que usava para trabalhar.Não gosto de joias, mas meu primeiro marido só me presenteava com elas. Só gosto de brincos e mais nada.
Nasci na simplicidade e quero morrer nela.
Mas você fazer uma uma crônica com um relógio? Êta competência.
Beijos
Minicontista2
Muito bom> Creio que deixamos extravasar algo que está tão bem encoberto através de associações e neste momento o belo relógio foi o impulsionador para que seu sentimentalismo nos brindasse com este belo texto. bjs
ResponderExcluirTaís,
ResponderExcluirO relógio é encantador (visto pela imagem...) e agora tudo bem com
ele, voltou a funcionar, existir como relógio na sua função e ainda
ganhou este texto encantador e cheio de afetividade...
Uma semana alto astral e inspirada, querida Taís.
Beijo.
Taís adorei a sua crónica sobre o reloginho. Por vezes deixamos certos objetos meio esquecidos até um dia em que sentimos que eles afinal são especiais.
ResponderExcluirAdoro ouvir o som dos relógios.
Beijinhos
Maria
Fiquei encantada pela vida que deu ao texto,não me surpreendeu o amor pelo reloginho,acredito que quando Jesus Cristo relatou"Ao próximo como a ti mesmo",entendemos apenas pessoas,e talvez,por nos esquecermos das coisas que nos cerceiam,nos favorecem,o mundo se encontra tão conturbado,o nosso 'Meio" de sobrevivência,se fosse mais amado e respeitado por nós,a Natureza estaria protegida.Amei! Tu és um talento nas escritas.
ResponderExcluirOlá,Tais,boa noite...devo admitir que alguns dias começa assim mesmo, sentimental e surreal , e com isso , verto lágrimas quando me deparo com um objeto antigo guardado especial, não uma qualquer e sim a mais pessoal, mas que teve de ser substituído por algum motivo alheio, pena que não mais consigo "reativá-los", tal como seu relógio e só ficam as lembranças... te entendo plenamente!Obrigado pelo carinho, belos dias, beijos!
ResponderExcluirRs... Olá, Taís! Olha, gostei de vir aqui, conhecer ser cantinho...
ResponderExcluirE devo dizer que amei esta crônica sobre o 'reloginho'
A simplicidade encanta.
Beijo, já te sigo!
Nanda
No fundo, este seu texto é uma carta de amor. Porque os humanos, para além de amarem outros humanos, amam animais e coisas, tal como o seu relógio. Quando dizemos que determinada coisa tem valor sentimental, na verdade estamos a dizer que amamos essa coisa. Por isso, o seu texto é mesmo uma carta de amor. Da qual gostei.
ResponderExcluirBom fim de semana, querida amiga Taís.
Beijo.
Que lindo,Taís. Magistral esse seu texto. Concordo com o Jaime. Uma carta de amor.
ResponderExcluirTentei seguir você também e deu o mesmo erro.Deve ser um bug passageiro do blogspot.
Tente me seguir antes de fazer o login.Costuma dar certo.
Se conseguir, avise nos comentários do meu,ok?
Obrigada pela visita e uma sexta_feira de paz profunda
Beijos sabor carinho
Donetzka
(– Pedro!!! Olha o reloginho badalando, coitadinho…), não contive o riso minha querida amiga Tais. Meio emblemático também, pois justamente o que fazia é foi retirado de cena, mas passado um tempo, ei-lo de volta, e melhor chegou para matar uma saudade ou para lembrar o tempo que passa, passa nos ponteiros dos relógios. São quase nossos senhores gritando que o tempo esta se esvaindo, precisamos correr, se quisermos chegar em algum lugar, algum objetivo, aí o tic-tac atrapalha,(minha pequena paranoia com relógios de parede), mas maravilhoso teu post, tão delicado, de uma leveza que nos faz flutuar, mas olhando para baixo, para sabermos aonde estamos indo, o que estamos fazendo por nós...Lindo texto querida amiga, lindo.
ResponderExcluirps. Carinho respeito e abraço.
Sempre magistral na pena! Perfeita! Parabéns! Dizem que: relógio que atrasa, não adianta! Imaginem um relógio parado... Porém esse, além de relógio é uma peça de arte maravilhosa - réplica fiel de relógio alemão (com precisão suíça) que para funcionar perfeitamente, evitando correntes de ar, ficava sob campânula de vidro hermeticamente fechada. Gostei, também do gosto refinado, ainda mais junto a santo barroco para dar um perfeita integração entre a cor escura e a dourada. Parabéns!
ResponderExcluirOI TAÍS!
ResponderExcluirJÁ TE FALEI MIL VEZES, MAS TENHO QUE REPETIR, ESCREVES MUITO BEM E ESTA TUA VEIA CÔMICA, TORNA TEUS TEXTOS MUITO GOSTOSOS DE SE LER.
SABE AMIGA, JÁ OUVI DIZER QUE OS RELÓGIOS INCORPORAM A ESSÊNCIA DE SEU DONO, PRINCIPALMENTE APÓS MUITOS ANOS DE CONVIVÊNCIA, ENTÃO, EXPLICA-SE ESTE TEU (RE)APEGO AO POBREZINHO, ACHO QUE É MESMO, QUASE UM BICHINHO DE ESTIMAÇÃO, RSRSRSR.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Como a chuva, que escorrega maliciosa, nas paredes dos prédios, trajetória seguida por um ponto. Como a ... e o relógio continua a taque taquear. À minha mente esta bela cronica ...
ResponderExcluirBj amiga!
Olá, Tais: vim da última postagem até aqui para verificar se havia algum comentário feito através do TM. Tenho cá para mim que, quando o faço por lá, não entram. Pelo sim, pelo não, só comentarei pelo computador.
ResponderExcluirMas, ainda bem que fiz este percurso. Revi-me. Gosto de relógios e tinha alguns pela casa. Contudo, a partir do momento em que herdei os do meu tio Zé, vítima de um estúpido acidente de viação, passei a ser uma fiel e carinhosa depositária da sua paixão: relógios; de parede , de pulso, de bolso. Muitos deles fazem-me companhia no escritório. Por isso, como te entendo!
Obrigada por esta partilha.
Bjo, amiga :)