14 de janeiro de 2020

AS PESSOAS NÃO MUDAM

                                                                                                         Foto da Web

                   ___Taís Luso___

   

No começo de Janeiro desse ano - 2020 - lembrei do nosso grande escritor, jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues e de sua famosa coluna A VIDA COMO ELA É - um jornal do Rio de Janeiro - Última Hora - fundado pelo jornalista Samuel Wainer, em 1951. Essa coluna também virou o título de um de seus inúmeros livros, com 100 contos selecionados pelo próprio autor em 1961. Absoluto sucesso.

Nelson Rodrigues desnudava as atitudes das pessoas e sua maneira de ver a vida. Relatava os fatos sem fantasia, sem complacência. Relatos pesados, mas abordados sobre o ângulo da verdade.

Pois bem, há uns dez dias, peguei um carro de aplicativo cujo motorista era uma mulher. E andando, sem muito papo, num certo momento ela diminuiu a marcha,  pois na frente seguia um homem, já idoso, puxando seu carrinho cheio de lixo reciclável: latas, garrafas, papelões... esse tipo de coisa. Em muitos lugares da cidade existem pontos de entrega de recicláveis onde eles entregam o material. 

Sobem lomba, descem lomba sem descanso e sentindo pelo caminho muito preconceito e ouvindo buzinadas dos apressados e insensíveis. Sofrem humilhações  e por mais que escutem,  dói muito. Sempre.  


O que terá por trás desses homens? Uma família para sustentar, desilusões  e muito sofrimento, sem dúvida. Mas a vida seguirá assim. Ao ver aquilo, fiquei com muita pena do pobre homem e comentei:

- Olha, pobrezinho, trabalhando na dureza com essa idade!
Pois o que escutei dela me surpreendeu:
- Eu não tenho pena dessa gente, se estão assim é porque querem, nada fazem para saírem dessa vida.

Que insensível! Que horror. Pensei e resolvi não retrucar. Senti que de nada adiantaria uma só palavrinha e tampouco me estressar com uma mulher que provavelmente eu jamais encontraria novamente.

Quando nos defrontamos com esse tipo de gente, cujos sentimentos não se alteram diante da miséria e da infelicidade dos outros, não vale a pena o desgaste. Claro, custou-me um pouco ficar calada, mas acho que fiz o certo, evitei um estresse. Com todas as nuances de sensibilidade e de compaixão que somos tocados durante a vida, para muitos nada significa. As pessoas serão o que sempre foram. Não mudarão.
Mas e o coração? Ora... o mesmo de sempre:  um coração frio e solitário.


________________//_______________




51 comentários:

  1. Quem é que escolhe uma vida assim?
    O comentário dessa pessoa, que não é nada original, é absolutamente estúpido.
    Bjs

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  2. Minha querida Taís,
    Vamos começar assim:

    "Invejo a burrice, porque é eterna.!"
    ____________________
    Nelson Rodrigues

    Algumas pessoas são mais que burras... São pobres de espírito, pobres de caráter... Totalmente sem honra.
    Observando estas pessoas que sentem-se superiores, notamos como elas sempre estão em pior situação, que aqueles que elas humilham.
    Será que esta mulher ao volante do carro de aplicativo, já quitou o automóvel, ou o mesmo está alienado? Será que ela não tem o nome "sujo no SPC?"
    O único merecimento que temos nesta vida é o nosso bom nome, o resto são conquistas menores... E o que sobra, se for fruto dos insucessos, das fraquezas de cada um, dos infortúnios que a vida propicia, isto não torna ninguém pior.
    Infelizes, são estes que praguejam a labuta honesta de quem não está pedindo nada, pois, quem recicla, está ajudando o meio ambiente e ainda, retirando a sujeira que a sociedade descarta em vias públicas.
    O pior, foi tu ter de escutar com autarcia (sem apelar nas palavras), não respondendo nada e, ainda (no final da corrida), ter de pagar alguém, que não vê valor no ganho honesto daqueles, que lutam pelo pão de cada dia de maneira proba.
    Beijos!!!

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  3. Taís, fico impressionada com a frieza, indiferença com a dor alheia que vemos e nos deparamos nos nossos dias e cidades... Pena! Mas fizeste bem: discutir com certas pessoas, nem pensar! Não vale a saliva gasta!!! beijos, chica

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  4. Infelizmente a vida não dá a mesma oportunidade a toda a gente. Um idoso carregando lixo ou fazendo outros trabalhos que ninguém quer fazer é certamente uma necessidade e não uma opção. Mas há realmente pessoas muito insensíveis ao sofrimento alheio…
    Uma crónica cheia de humanidade, minha Amiga Tais.
    Um beijo.

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  5. Bom dia. Sua crônica me faz pensar na questão da insensibilidade. Não sei qual a história desta motorista, quais são suas crenças e preconceitos e vc fez muito bem em se calar. Por vezes não vale a pena, pois nem sempre as trocas de ideias são possíveis.
    Eu me questiono quando em algumas situações, por ex: mulheres jovens com crianças bebes, sentadas nas calçadas, querendo despertar a compaixão e me provocam sentimento contrário. Na questão do senhor citado está trabalhando, buscando seu sustento e a crítica da motorista causa realmente o sentimento que lhe trouxe. bjs

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  6. Olá, Taís
    Tem razão:uma vez insensível, sempre insensível. É de lamentar que, perante certas situações, o coração «humano» consiga ficar tão empedernido!
    Bela crónica!
    Um beijinho
    Beatriz

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  7. Uma cena que me entristeceu. É pena que existam pessoas tão insensíveis. Fizeste bem em calar, pois certamente nada a faria mudar de pensamento.
    Um abraço.
    Élys

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  8. Boa noite de paz, querida amiga Taís!
    Muito bom você ressaltar a questão da empatia.
    Estamos vivendo o mundo das 'anti-patias', da 'des-compaixão...
    Com desculpas esfarrapadas de toda sorte.
    Hoje vi mais pessoas dormindo na calçada em plena cidade aqui, turística e sem esse problema como nas cidades grandes (capitais).
    Há quem só falte pisar em cima...
    Muito compassivo seu post, como gosto.
    Há prosas desnecessárias, pessoas de cabeça de camarão não entendem diálogo.
    Tenha dias abençoados e felizes!
    Bjm carinhoso e fraterno

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  9. Son sentimientos de supuesta superioridad, amiga Tais, pero incuestionablemente el pobre hombre con su esfuerzo y sacrificio, está por sobre los inexistentes valores de esa "dama".

    Abrazo.

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  10. Oi Taís, que belo texto, a insensibilidade anda a passos largos ultimamente. Muitos nem sequer se envergonham de pensar assim como a motorista citada, estão ganhando voz e pondo abaixo o politicamente, ética e moralmente correto. Ainda vemos muita gente boa de coração, mas anda dando medo desse crescimento de insensibilidade e suas consequências na sociedade para todos. Eu já falei muito, hoje tenho me calado, tenho medo de gente que desdenha a dor do seu semelhante.
    Parabéns pelo texto, abraço!

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  11. Por cá, eu teria intervido, não ficaria calado.
    Uma motorista da Uber tem fraco salário
    Entre ela e esse coitado não há grande diferença
    Lhe diria
    Salários comparados,
    são parecidos os saldos
    A escolha sua,
    só é apenas menos suja

    Mas... se ele ao fim do dia se lavar,
    qual a diferença, afinal?

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  12. Boa tarde Taís
    Cada vez mais lhe admiro. Pela sua forma de ser e pela evolução espiritual. Essa motorista é daqueles tipos de pessoas que não tem nada e se acham superiores. Imagine dirigindo um carro sendo urber e se achando superior ao um senhor lutando honestamente pela própria sobrevivência. Imagine se está mulher fosse rica. Passaria por cima das pessoas. Pessoas assim não adianta mesmo diálogo, são seres que precisam evoluir e a vida sempre dá um jeitinho dela aprender da pior forma possível. Graças a Deus eu sou humana e sentiria da mesma forma que você sentiu. Só não teria a sua maturidade. Eu iria colocá-la do devido lugar. Perguntaria a ela como era dirigir para os outros kkk. Quando não nos tira gargalhada amiga nos tira lágrimas. Você tem um dom da escrita, escreve com o coração. Lembrança ao Pedro. Um carinhoso abraço para vocês.

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  13. Infelizmente minha amiga, existem muitas pessoas por esse mundo fora, com um coração "de pedra" e nada consegue tocar esses corações frios e insensíveis.
    Desejo-lhe um ano 2020 pleno de tudo de bom.
    Beijinhos

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  14. Um dia... essa pessoa insensível... será tratada, com o mesmo grau de carinho, que dispensa aos outros... sempre se colhe aquilo que se semeia... e se ela ensina tal atitude, aos dela... um dia, será a vez deles de colocarem em prática, os ensinamentos, que viram sendo repetidos ou defendidos... a desumanidade...
    É sempre tão fácil, julgar-se os outros... quando não fazemos a menor ideia, das circunstâncias que levaram a tais situações limite...
    Acho que fez bem, Tais, em não se desgastar com uma pessoa de uma insensibilidade e incompreensão atroz... e se um dia ela ficar sem o carrinho que lhe dá sustento... ou sem capacidades para dirigir... talvez seja a próxima da fila a catar reciclados... as circunstâncias mudam, do dia para a noite... por quaisquer motivos... mas a grande maioria das pessoas, não se lembra disso... a inconsciência, e o egocentrismo são também características muito humanas... neste caso, de um apurado sentido de desumanidade...
    Beijinhos, Tais! Continuação de uma feliz semana!
    Ana

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  15. Há muitos que faltam a capacidade de simpatizar com as pessoas que vivem na pobreza.
    abraços

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  16. Muitas vezes é melhor calar mesmo, como diz aquele antigo ditado: "Cabeça de gente é lugar onde não se passeia". Cada um tem seu jeito próprio, ou impróprio de enxergar "a vida como ela é". Ante os infortúnios ocultos ou explícitos, não percamos nós a sensibilidade. Os outros...

    Um abraço. Tudo de bom.
    A ARTE DA VIDA. APON HP 💗 Textos para sentir e pensar.

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  17. Infelizmente há muita gente assim. E por muito que nos revolte nada podemos fazer.
    Abraço

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  18. Conhecendo-me, sei que eu não teria conseguido ficar calada. Ainda que não entrasse em discussão, como é óbvio, teria feito notar a essa motorista de táxi que todo o trabalho, que garanta o sustento e seja honesto, é digno e meritório.
    Não gosto de fazer juízos de valor, até porque não sabemos o quanto essa mulher, de aparente coração gelado, sofreu na vida para ter ficado indiferente à vida difícil e dura dos demais.
    Lamento é muito, quem perdeu a capacidade de se apiedar do seu semelhante.

    Um beijinho, Tais, e obrigada por mais esta Crónica da vida real.

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  19. Sempre ouvi dizer. Quem tem a barriga cheia. Não se lembra de quem tem fome. Ninguém devia rir da miséria dos outros. Mas é infelizmente que muita gente vive com tudo do bom e do melhor à contra dessa a miséria.

    Gostei amiga Tais Luso de ler o que muito bem relatou nesse texto. Bom fim de semana. Beijinhos.

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  20. Olá Taís,
    se não vemos a dificuldade dos outros, então como podemos ajudar a mudar dando o nosso voto a pessoas que no seu programa eleitoral por exemplo, incluem melhores ajudas sociais e soluções com reforços para a redução da pobreza ?!
    claro que isso é inaceitável e desumano
    beijinhos, boa semana
    Angela

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  21. Querida Taís!
    Há muita gente cheia de empáfia perante a desgraça alheia. É revoltante viver num mundo tão cruel.
    Boa crónica, querida Taís.

    Terno abraço.

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  22. Olá, querida amiga!
    Imagino o que sentiste e o que te custou não retrucar mas só te irias desgastar; gente que tem uma pedra no lugar do coração desconhece o significado da palavra «compaixão».
    Assistimos todos os dias a atitudes de insensibilidade egoísta face aos necessitados e marginalizados. Mundo cão, este!
    "Qualquer indivíduo é mais importante do que toda a Via Láctea." (Nelson Rodrigues)
    Beijo, bom fim-de-semana.

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  23. Tais,
    Tem gente que nasceu de mal
    com a vida e sem a possibilidade
    de se colocar no lugar do outro,
    que é quando temos a chance
    de nos comover.
    Você fez bem em calar,
    ela já estava predisposta
    e ser indiferente
    e hostil.
    Lendo seu texto eu me
    lembro de várias historias
    que presencio todos os dias
    pois moro perto de uma praça.
    E as pessoas são mesmo cruéis.
    Adorei ler.
    Bjins de bom fim de semana.
    CatiahoAlc./Reflexod'Alma
    entre sonhos e delírios

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  24. Bom dia Tais,
    Uma grande crónica.
    O mundo atual sofre de uma doença grave:a falta de humanidade e consequente insensibilidade por quem tem menos, por quem sofre, pelos desprotegidos da sorte.
    Como mudar as mentalidades, como acabar com esta maleita.
    Difícil e parece que avança desenfreadamente.
    Um beijinho e bom fim de semana.
    Ailime

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  25. La insensibilidad y falta de empatía tienen que ver con el egoísmo que tiene, como en este caso, tu chófer. Hiciste bien en callarte, de nada sirve tener una discusión con ella. Está cerrada.

    Besos

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  26. uma crónica comovente, amiga Tais,

    há gente assim de facto, que nunca apreende
    e sempre disponível para calcar os que estão por baixo
    e são servis e bajuladores daqueles que são por cima

    excelente. obrigado

    beijo, minha amiga

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  27. Esta bela crônica chamou minha atenção para Nelson Rodrigues, um dos escritores que mais admiro, para a triste condição de vida dessa pessoa idosa de que falas, puxando um carro carregado de lixo reciclável, certamente pesado, tendo contra o exercício de seu trabalho honrado o escárnio de muita gente, que o viam como um estorvo para os seus carros, sem contar com as ruas íngremes, tão comuns em nossa cidade. Por último fica a cruel observação da motorista. Que disse não ter pena dessa gente.
    Parabéns à minha cronista favorita!
    Um beijinho daqui do escritório.

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  28. Olá, Taís!
    Infelizmente há tantas pessoas assim, insensíveis a dor do outro. Eu tentei me colocar no seu lugar em calar o que pensou e sentiu, um exercício nem sempre fácil, mas em alguns momentos da mais acertado.

    Um abraço,
    Sônia

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  29. No me gusta como vamos dejando el mundo, echo muchos valores en falta.
    Y yo pienso que si queremos si podemos cambiar, no perdamos la esperanza, aunque la cosa pinta mal.
    Feliz domingo Tais.
    Un beso

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  30. O mundo é tão desigual... Com certeza se este senhor tivesse oportunidade de melhorar de vida ele o teria agarrado, quem não quer melhores condições de vida??? Há muitas pessoas marginalizadas que continuam assim pela atituda da mesma sociedade que o marginaliza. A cultura elitista, de querer distância dos mais desfavorecidos completa centenas de anos. Espero que as pessoas mudem esse comportamento e ideia, é deplorante. Desculpa a altivez, sinto revolta frente a essas situações.

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  31. La imagen me recordó a una mujer que hacia lo mismo en la ciudad de Palencia era conocida como "Carmen la cartones". En una ocasión unos "graciosos" decidieron quemar el carro a la señora.
    Dicen que esta señora llego a amasar una buena cantidad de dinero.

    Saludos.

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  32. Tem razão, Taís, as pessoas não mudam, não possuem capacidade de regeneração. De resto, um casal de progenitores humanos tem, apenas, uma escassa parcela do seu tempo de vida - os primeiros meses de vida dos filhos -, para saberem ser pais, levando o psiquismos dos selvagens nascituros a percorrer, nesse lapso de tempo, todos os múltiplos biliões de anos que a humanidade demorou para sair da barbárie e chegar até aos nossos (vergonhosos) dias.
    Um abraço

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  33. Não devemos temer que mudanças aconteçam, pois elas poderão abrir novos horizontes na nossa vida.

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  34. La dignidad es un componente que va unido a la calidad de la persona. No se adquiere, ni se vende, ni puede comprarse.
    El hombre que arrastraba su carrito subiendo y bajando una y otra vez las cuestas para conseguir un poco de dinero para su familia, iba elevando su categoría humana. Así mismo, la conductora demostraba una carencia de alma patética.
    Querida Tais, caer en la miseria podemos hacerlo cualquiera. Pero levantarse, no rendirse y luchar por pocos medios que tengamos, sólo está al alcance de los mejores.

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  35. Poderia dizer muito sobre o assunto. As pessoas não mudam, não, especialmente se não têm a oportunidade para serem diferentes. Provavelmente a taxista também não é capaz de mudar.
    A amiga Taís sempre poderia ter-lhe dito:
    - Hoje ele, amanhã eu... ou você, quem sabe?
    E nem mais uma palavra.
    Beijo.

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  36. Então, há muitas situações assim a nossa volta, às vezes o melhor mesmo é calar e refletir. Estender a mão dentro do possível, cada um que expresse amor compassivo por onde andar... Mas, existe muita insensibilidade sim!
    Boa crônica, Taís!
    Bjs

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  37. E hoje , Tais, vou começar com umas perguntinhas. Quem disse a essa mulherzinha ( não merece que a trate de senhora) que este homem nada fez para mudar de vida? Ela conhece-o? Será que, antes de catar este tipo de lixo, ele tinha dinheiro para colocar alguma comidinha em casa? Quando começou este trabalho não seria nas costas que ele carregava tanto papelão e outros produtos recicláveis? Talvez este senhor já tenha lutado muito e já tenha conseguido um carrinho de rodas para facilitar o seu trabalho; talvez este senhor já tenha pedido dinheiro nas ruas para ter comida e agora consegue-o fazendo um tabalho honesto e tão louvável como qualquer outro. E mais uma perguntinha...será que a motorista de aplicativo se dá ao trabalho de separar os lixos, colocando-os em pontos destinados à reciclagem, ou joga-os na rua, em qualquer canto, para os outros o catem? Bem... é precisamente por causa de pessoas que não se prsocupam com o ambiente que este senhor consegue algum dinheiro, mas, de certeza, arranjaria outra forma de o conseguir, tenho a certeza Todos os dias, à noite, vejo ma minha cidade, homens da câmara varrendo o lixo das ruas para um cantinho vindo logo a segiur um camiãozinho com um homem para o carregar. Quem joga esse lixo para o chão? Nós, os inteligentes, os que fizeram muito para subir na vida, os que aproveitaram todas as oportunidades que a vida lhes deu. Queria ver o que fariamos sem estes,considerados uns pobres coitados que nunca se preocuparam em melhorar a sua condição. Aqui na minha cidade há recolha de lixo todos os dias, inclusive ao sábado , pois, Amiga, mesmo assim as pessoas colocam o lixo à porta aos domingos sem se importarem com a lixeira que fica esparramada pelo chão, na a tentativa de alguns cães arranjarem comida, E são pessoas omo estas, sem civismo que se acham melhores que os outros e que quem pega lixo à noite é um escravo que tem ainda de suportar o cheiro daquele que foi colocado no domingo, Os homens não mudam, querida Tais e por isso o ano continua a ser velho, apesar de números novos. Excelente cronica, como sempre, querida Amiga e também muito pertinente: cada vez ha mais pessoas " com o rei na barriga " e que se esqueceram de onde vieram, muitos, bem de baixo. Um beijinho para os dois e boa noite
    Emilia

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    Respostas
    1. Como de costume, vamos corrigir
      Para que outros o catem
      Preocupam
      Seguir
      Do que os outros

      Há umas virgulazitas a precisarem de trabalho, mas, tu, saberás colocá-las no seu devido posto. Obrigada
      Emilia

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  38. Querida Vizinha/Escritora, Taís Luso !
    O comportamento daquela motorista de aplicativo, pode ter
    várias explicações. A que mais me parece clara, é a de que já
    esteve em situação semelhante a do catador, e saiu daquele
    sofrimento, para uma posição social melhor...
    Daí, a pitada de arrogância.
    Parabéns pelo texto, uma boa semana e um fraternal abraço!
    Sinval.

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  39. Infelizmente há muita gente insensível à dor e sofrimento do seu semelhante.
    Um abraço e continuação de uma boa semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    O prazer dos livros

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  40. Tais,
    Passando pra reler
    e deixar
    Bjins de 5a feira,
    CatiahoAlc./Reflexod'Alma
    entre sonhos e delírios

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  41. Há muitas pessoas insensíveis e sempre acham que os mais pobres são o resultado de uma opção de vida.
    Magnífica crónica, gostei imenso.
    Taís, continuação de boa semana.
    Beijo.

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  42. Certas pessoas precisam aprender a calçar o sapato alheio, Taís
    Excelente crônica!
    Um carinhoso abraço de
    Verena.


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  43. Só agora me foi possível vir na blogosfera depois de algum tempo sem possibilidade por motivos profissionais.
    Mas, como diz o ditado, quem é vivo sempre aparece.
    Um excelente 2020 para vocês Taís!
    beijo
    😉
    Olhar D'Ouro - bLoG
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    Olhar D'Ouro – yOutUbE * Visitem & subscrevam

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  44. Possivelmente essa mulher já passou por algo semelhante e.....
    às vezes são as mais cruéis ; vá lá saber-se por quê.....
    Mais uma maravilha de crónica.
    2020....promete.hehehe
    Beijo

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  45. Também não entendo, mas a verdade é que há muito boa gente assim… acreditam que a miséria dos outros se deve tão só a falta de luta… quando a vida é feita de várias variáveis e o dito sonho americano é isso mesmo, um sonho, o de nascer pobre e vingar na vida... mas nem todos nascem nem com veia de artista para ter uma voz do outro mundo ou uma beleza de modelo e lutar contra as origens ou uma vida madrasta por vezes leva a que a própria mente humana deixe de ter capacidade de luta… e quanto mais se desce menos portas se abrem, porque o ser humano parece ter apenas interesse para a maioria quando está "por cima"

    Abraço e bom fim de semana, gostei muito do texto e da mensagem

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  46. Boa noite , Tais! Eu comecei a trabalhar muito cedo. Ainda me lembro dos dias de engraxate de sapatos e, com certeza ajudou muito a moldagem do caráter. Uns nascem em berço de ouro, outros precisam começar a trabalhar muito cedo e por ai vai...Hoje fui ver o estrago que a chuva causou em Santa Luzia , a cidade onde moro. Alguns podem ate criticar , como: Porque construiu às margens do rio? Se construiu foi porque não teve escolha, senão teria uma cobertura na rua Paulista, São Paulo. Não devemos criticar os mais humildes. Crônica fantástica. Muito reflexiva. Grande beijo. Feliz noite.

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  47. Sei bem o que vc fala, na editora que assinei contrato, pela editora sou muito bem tratada e incentivada, mas neste setor de psicografia sou a única mulher entre 20 atores homens que se ajudam mutuamente, um faz propaganda do outro, eventos para até 3 autores sempre os homens, eu quietinha não sou conhecida nem tenho seguidores, há 15 dias depois de um mês de lançamento do meu livro, uma publicação da editora meu livro estava em terceiro lugar de vendas no nosso segmento, chorei menina agradeci tanto a Deus, claro que os homens me parabenizaram, como a Editora falou uma grata surpresa. Vê como entendo teu texto! Mas não importa , importa que façamos sempre o MELHOR de nös! Bjos


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  48. Taís:
    bonita entrada. No todo el mundo tiene la facilidad para cambiar su vida. A veces es muy difícil salir de la pobreza.
    Abraços.

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  49. A pobreza está na mentalidade das pessoas incultas.
    Não devemos dar importância a palavras sem sentido e impróprias.
    Obrigada pelo miminho escrito na minha humilde página.
    Um beijinho repleto de luz.
    Megy Maia

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  50. Querida Taís

    O exemplo que apresenta, de pessoas arrecadando cartão (e também procurando nos caixotes do lixo, em muitos casos), é algo que podemos ver amiúde nas nossas cidades. Infelizmente quase que já entra na ordem do dia. Tem-se tendência para achar natural que situações dessas existam. É a sociedade se desumanizando e o comentário que nos trouxe mostra bem essa realidade. Uma tristeza esses sentimentos depreciativos sem um mínimo de compaixão e compreensão pelo nosso semelhante.

    Apreciei bastante o seu texto, minha amiga. Chamada de atenção de que bem precisamos.

    Beijinhos

    Olinda

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Muito obrigada pelo seu comentário
Abraços a todos
Taís