- Para amiga Emília Pinto
- Taís Luso de Carvalho
Há dias, numa conversa com uma querida amiga de Portugal, Emília Pinto, eu lhe disse que estava com saco cheio de ser adulta, que essa pandemia estava mexendo muito com minha cabeça, vendo e temendo as mazelas do mundo chegando cada vez mais perto. E conversamos como se estivéssemos num sofá. Então ofereço a ela algumas memórias dessa criança que lembro com carinho.
Costumamos dizer que ainda guardamos em nós um pouco da criança que fomos. Acredito nisso, mas lembro muito bem da pressa que eu tinha para crescer, para ser "gente grande" como minha mãe e minhas tias.
Lembro dos sapatos de minha mãe. Eram altos e me acrescentavam alguns anos quando me via no espelho. Tudo imaginação. Quando ela saía de casa, eu corria para colocar em mim, um pouco dela, vestia algumas coisas e saia arrastando as roupas pela casa. Mas esquecia de guardar tudo e a bronca era certa!
Eu queria crescer, tomar decisões, ir ao Banco, pagar contas, mandar e desmandar em todos e em tudo. Enfim, me cobrir de problemas e ser um general da ativa! Minha vó tinha o apelido de “General”. Centralizava tudo. A coisa ali não era fácil. Seus pais vieram de Portugal, há uma rua com seus nomes aqui, Rua Comendador Tavares e Rua Dona Margarida. Ficaram na história da cidade.
Mas havia uma coisa que me confundia: eu queria crescer mas não queria largar o meu posto de criança cuidada e protegida naqueles meus 7 e 8 anos. Os sábados eram sagrados, eu e meu pai saíamos para um tour nas livrarias, ele comprava os livros dele e eu escolhia os meus. Aqueles que tinham dezenas de bichinhos, rainhas e castelos.
Nos dias de semana, à tarde, saia com minha mãe para ela comprar suas roupas, maquiagem, coisas de casa etc, era um pouco cansativo, mas naquelas maratonas eu aprendi muito com ela. Aprendi a comprar, e a dizer “não” com mais simpatia.
Com isso, entendo a falta de paciência dos homens, mas ser mulher, ficar bonitinha, dá um trabalho de cão! Caminhávamos quilômetros, pra lá e pra cá. Mas eu esperava a hora de irmos à confeitaria, na Rua da Praia – que não tinha praia.
Mais tarde, já “adolescente”, a coisa mudou. Chegava do colégio e começava a olhar a decoração da nossa casa, louca para colocar em prática as minhas ideias de vanguarda, minha mania de decoradora. Minha obsessão por mudanças. Mas eu tinha uma fã, minha mãe! Ela adorava mudar a decoração, mexer na casa. Mas confesso que meu pai ficava com medo das minhas ideias. Mas não era autoritário, era homem da paz, sabia falar, sabia escutar, marido e pai maravilhoso. Contudo, ficava horrorizado com meus chás de alho quando ele gripava e ficava febril. Tomou uma vez e nunca mais! Tomou o chá para me agradar. Era médico, e eu era muito metida, queria convencê-lo que o meu “chá de alho” era melhor do que seus remédios. Mas no fundo eu queria vê-lo bem de saúde e acreditava no meu chá de alho. Hoje não faria mais aquilo.
Pois é... tantas loucuras, tanta inquietação! Anos mais tarde, demos muitas risadas de nossas vidas. E daquela alegria e despreocupação é que eu tenho saudades. Às vezes é duro ser gente grande. A minha noção das coisas é exata, e tudo muito real.
Não consigo esconder nada de mim.
Que linda viagem ao passado,Taís! Adorei! Essa vontade de crescer que tinhamos, ficar grandes, mas sem perde nosso posto de crianças... Lembrei desse chá de alho.Meu pai tinha essa mania... E a confeitaria da Rua da Praia, ainda existe, é a Princesa? Gostei muito de te ler..beijos, tudo de bom,chica
ResponderExcluirÉramos felizes e não sabíamos...rs
ResponderExcluirOntem sai para tomar um café com uma amiga.
Colocamos o papo em dia e falamos justamente de como, antigamente, a nossa vida era bem mais descomplicada.
Passamos uma tarde bem legal e quando cheguei em casa estava me sentindo bem mais leve.
Fique bem, querida Taís.
Feliz Dia dos Namorados.
Um beijinho carinhoso
Verena.
Uma texto adorável, que nos remete para a nossa meninice...
ResponderExcluirconfesso que a minha não foi muito leve e despreocupada... pelo que talvez só a tenha saboreado, já um pouco pela adolescência... e tentando depois preservar o meu espírito juvenil... até hoje... se bem que também muito abalado, por este clima de pandemia...
O meu pai faleceu, quando eu tinha 12 anos... e sua doença, ainda foi um longo processo de 7 anos... pelo que cresci cedo demais... e depois... retomei um estado de espirito mais leve... até ao dia da pandemia... espero retornar a ele, quando a mesma acabar... já que quando as circunstâncias exigem cuidados e preocupações... abuso nelas, até demais da conta... quando tudo normaliza... rapidamente volto ao "normal"... pois é impossível contrariar-se a nossa essência... :-))
Beijinhos para mabas! Bom fim de semana!
Ana
Texto leve, tão real, que posso vê-la por meio da infância das minhas filhas. Até no médico em casa, que não era meu pai, mas era o avô delas por parte de mãe, qualquer semelhança não é mera coincidência, é apenas mudança de endereço. Tão próxima que recomendei a leitura a ambas. Belíssimo texto, minha amiga!
ResponderExcluirCuide-se!
Beijo,
Gostei de ler. Mas a minha infância foi tão diferente como se eu estivesse noutro planeta. Na minha casa , se é que se podia chamar casa, ao velho barracão à beira do rio, havia apenas um livro. Uma Bíblia de capa preta que meu pai ganhara de presente e que guardava religiosamente dentro duma caixinha de madeira. Minha mãe não sabia ler nem escrever, o meu pai sabia um pouco embora nunca tivesse frequentado uma escola. Rádio não havia, sapatos também não, usávamos uns tamancos de madeira que meu próprio pai fazia. Fome? não se pode dizer que passávamos fome, pois sempre havia uma sopa e um pedaço de pão. De resto faltava tudo. É compreensível que não tenha grandes saudades da minha infância.
ResponderExcluirAbraço, saúde e bom fim de semana
Cierto que cuando somos niños deseamos ser mayores, pero al crecer e ir amontonándose los problemas deseamos volver a la niñez y que alguien nos les resuelva.
ResponderExcluirSaludos.
Boa noite de sábado, querida amiga Taís!
ResponderExcluirUma conversa de divã vocês tiveram e só com amigos podemos ficar assim.
Aliás, seu blog tem sido um divã para muitos de nós.
Uma imagem linda e convidativa você encabeçou sua crônica.
Eu queimei etapas, cresci cedo demais.
Só na infância brinquei um pouco, mas o estudo me foi cobrado como um general... Correspondi, mas custou minha leveza na adolescência. Era o único que me era permitido...
Fiquei jovem e logo veio trabalho... Filhos...
Enfim, eu não quis crescer, eu tive que crescer na marra.
Agora, gosto muito da idade que vivo, não quero retomar a que passou, pois não me traz boas lembranças, amiga
Adorei vir aqui e refletir sobre a vida, tomando com você e a querida Emília um cházinho vespertino gostoso.
Tenha um final de semana abençoado!
Beijinhos fraternos de paz e bem
Querida Amiga, sinceramente, a minha sorte foi estar de chinelinhos quando comecei a ler esta belissima crónica; sim, se por acaso estivesse nessa nossa " mania " de criança, de calçar os sapatos da mãe, aqueles altos de salto " agulha ", teria dado um valente trambolhão, de espanto; é verdade, receber um " miminho " destes, assim, sem esperar, e, sem merecer, é de se " cair para trás; não aconteceu! Calmamente, sentei no sofá e li , voltei a ler, emocionada, lembrando a boa conversinha que tivemos há dias sobre a " leveza "que queremos para a nossa vida. Esta pandemia e também a maturidade, têm-nos dado a noção da brevidade da vida e é mais que tempo de pensarmos que não vale a pena " encher a cabeça " com futilidades. Graças às novas tecnologias, temos tido oportunidade de conversar bastante, com calma, como se estivessemos sentadas num sofá, frente a frente, conversando como duas amigas de infância que se encontram e recordam as brincadeiras que tiveram juntas. Costuma-se dizer que " os amigos a gente escolhe" e é uma grande verdade; foram as palavras, a troca de idéias e experiências que fizeram de nós grandes Amigas e talvez também a grande ligação que tenho com o Brasil e o seu povo maravilhoso. Não sei explicar, mas tenho a certeza que dos blogues nasceu uma Amizade sincera e duradoura e a prova disso é este mimo que acabas de me fazer. O " Zap zap", como é chamado, com algum humor, deu uma grande ajuda e continuaremos a usá-lo com toda a certeza para assim fortalecermos ainda mais a nossa Amizade. Eu sei o que gostarias que eu fizesse para retribhir este mimo, querida Amiga e, quem sabe um dia ? Estás sempre a pedir para que eu escreva crónicas, em vez de usar textos de outros para transmitir as minhas mensagens, pois achas que tenho jeito para isso. Não creio que tenha, mas, sendo tu a cronista mor da blogosfera, fazeres esse pedido só mostra o Grande Coração que tens! Outra qualquer ficaria com receio de perder o " estatuto " e não daria sequer a ideia. Não vou alongar-me mais, apesar de ainda ter muito a dizer, mas, os nossos amigos ficarão cansados de tanto " palavreado "; ficará para a próxima conversinha cujo assunto será, como sempre, interessante e de boa disposição; damos sempre umas boas risadas e isso faz-nos esquecer um pouco o momento terrivel que estamos a viver. Amiga querida, sei que só com Grande Amizade se retribuem gestos desses, mas, sei que não tens dúvida nenhuma do carinho e Amizade que dedico a esses dois grandes Amigos que o Começar de novo me deu a oportunidade de conhecer. Um beijinho aos dois e muito, muito obrigada!
ResponderExcluirEmilia 🙏 🌻 🌻
rssss, e eu agradeço esse texto maravilhoso de amizade. Como te disse, falamos tantas coisas que preciso sentar a cabeça para escrever coisa com coisa. Isso é a tecnologia que temos, querida, e graças a ela ontem me socorri de ti quanto às palavras que são usadas no Brasil e em Portugal, não posso trocar as coisas, mas que é engraçado, ah é!! Tenho de ter cuidado para não ficar mal com os irmãos portugueses, aqui o significado é um, aí...muitas vezes é outro!
ExcluirObrigada pelo carinho, querida!
Beijinho!
Claro que não " ficas mal," Amiga! Usais uns termos e nós outros, mas todos constam do dicionário da lingua portuguesa. Isso é prova de que temos uma lingua riquissima e devemos respeitá-la, evitando os estrangeirimos. Mais um vez, muito obrigada por tanto carinho e deixo aqui, aos dois, um abraço do tamanho do mundo e um montão de beijinhos. Durmam bem!
ExcluirTais, direi apenas isso, do fundo do coração:
ResponderExcluirAdoro suas crônicas!!!
Saudades, beijos!
Que surpresa, Shirley!!
ExcluirMaravilha, amiga, bem vinda de volta à blogosfera!
Beijinhos, saudades, também.
Agradeço a acolhida, Tais. Estou voltando, meio devagar, mas estou aqui agora...
ExcluirAbraço carinhoso!!!
Importante para toda vida levar a criança que se foi, que tenha vivido como criança na feliz idade e saber que ela nos acalma, quando a gente grande nos decepciona, quando o momento pede seriedade e o sou adulto vem nos assombrar Taís.
ResponderExcluirBelas lembranças e reflexões sobre a vida que viveu e vive.
Gostei de ver esta menina irrequieta.
Um bom domingo de alegria para vocês e que a semana seja leve.
Beijo amiga.
Buenos días Tais, una bonita reunión con tu amiga Pinto conversando y recordando aquellos años de niñez. Todos de alguna forma hemos querido crecer rápido y ser mayores antes de hora e incluso colocándonos ropas o accesorios de nuestros padres, ¡qué gran error! Pero así fue y creo que todos pasamos por la misma situación. La época de niñez que es la más bonita todos, de alguna forma u otra siempre queremos ser mayores antes de hora.
ResponderExcluirHermosa vídeo de acompañamiento.
Te deseo tengas una buena entrada de semana amiga y recibe un afectuoso abrazo desde el levante español - Alicante.
Texto lindíssimo que amei ler. Elogiável talento, inspiração, criatividade na sua elaboração. Dedicatória iluminada por amor e amizade.
ResponderExcluir.
Votos de um domingo feliz
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
É bom recordar, Tais, muitas vezes relembramos coisas que nem lembrávamos mais e mesmo não sendo coisas legais, podemos fazer uma releitura diferente com os olhos da sabedoria e apagar fantasmas que muitas vezes nem existiram.
ResponderExcluirA vida no momento está realmente muito densa, tudo que está acontecendo pode deixar qualquer um com o mínimo de sensibilidade estar sensível à tudo, uma certa fragilidade, desconforto e até um certo ódio da humanidade.
Então, uma volta ao passado, regado a um chá de amigas ou bonecas, é um refrigério.
Lindo texto!
Abração, bom domingo!
Creo que lo malo de recordar los años que fueron felices es el no poder contar con aquellos que tanto quisimos. Porque sonreímos ante nuestra inocencia, ante lo fácil que era deslumbrarnos y ser felices, pero cuando nos damos cuenta de que de ninguna manera, aquellas manos podrán volver a cobijar las nuestras, la nostalgia nos machaca.
ResponderExcluirNo sé qué me ha pasado hoy al leerte, algo se ha movido por ahí...
Un beso, Tais.
Que bonito amiga Taís,
ResponderExcluirTeve uma infância maravilhosa, por isso compreendo o seu desabafo de estar com saco cheio de ser adulta :)
Também do que tenho mais saudadas, é do riso despreocupado, do dormir descansado e de um tempo sem pressa.
A escolha da Serenata de Schubert com a voz maravilhosa de Nana Mouskouri , caiu perfeita nesta sua belíssima crónica.
Um beijinho, feliz semana !
Um belo e bem escrito texto de que gostei bastante.
ResponderExcluirUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Mais uma crónica linda. Agora com memórias da infância e da adolescência que partilhou com a Amiga Emília Pinto. Uma infância maravilhosa e mágica que nunca sairá do seu coração mesmo quando sente que é duro ser adulta. Adorei ler.
ResponderExcluirUma boa semana com muita saúde, minha Amiga Taís.
Um beijo.
Que bonitos recuerdos de la infancia. Reminiscencias que de vez en cuando nos vienen al pensamientos porque realmente tenemos mucho de esos niños que fuimos.
ResponderExcluirYo tengo que confesar que nunca quise ser mayor, tenía curiosidad, sí, pero en realidad no me llamada demasiado la atención, porque vivir en esa protección era maravilloso.
Me ha encantado leerte Taís.
Un abrazo y feliz semana.
Quantas gostosuras e travessuras da infância permanecem vivas em nós remexendo lembranças caras, alimentando nossos boas emoções e até nos fazendo dar boas risadas. Como isto é nutritivo, Taís.
ResponderExcluirMeninas de todas as idades vêem a vida adulta como o ápice da perfeição e ao chegarem lá constatam os pesos que ela acarreta.
Linda e amorosa crônica. Imagino teu sorriso ao descrever estas calorosas lembranças embaladas pela maviosa música.
Uma bela semana pra ti.
Beijos,
Calu
Cuántos hermosos recuerdos dentro del corazón!!.
ResponderExcluirMe encantaría volver a mi infancia y poder revivir tan dulces momentos.
Muy lindo tu escrito.
Un beso.
Que linda crônica, Taís! Aguçou minhas lembranças. É impressionante como a infância nos acompanha pela vida. Sinto que à medida que avanço na idade (tenho 72) parece que as recordações voltam com mais nitidez. Também tenho gratas lembranças da menina que fui. Eu vivia fazendo medidas para ver quanto estava crescendo. Saudades daqueles tempos, daquelas alegrias irresponsáveis que só as crianças têm. Ser adulto não é de todo ruim, mas com certeza, é dureza (ops, até rimou, rs).
ResponderExcluirBjs
Marli
Olá, amiga Tais!
ResponderExcluirÉ sempre bom recordar memórias do passado, que nos tragam momentos de felicidade. E recordar a nossa infância, é algo de maravilhoso. Recordar brincadeiras que jamais esquecemos.
Gostei muito de ler, este regresso ao passado.
Votos de uma excelente semana, com muita saúde.
Beijinhos!
Amiga Tais.
ResponderExcluirNesta conversa com sua amiga, todos nós, seus leitores, acabamos sendo beneficiados com uma Crónica maravilhosa e ternurenta. Fez-me sorrir durante quase toda a leitura.
Que criança determinada e persuasora! Fazer Papai tomar o chá de alho, eu hein?
Também tive uma infância muito feliz e despreocupada, também fazia as minhas visitas à pequena papelaria/livraria lá da terra para comprar os livros de histórias de encantar. A pressa de crescer, em mim, começou muito mais tarde.
Gostei muito de conhecer um pouco mais de sua vida, minha Amiga, e fiquei contente com o tudo o que li.
Que seja sempre muito feliz, a Tais merece. É uma pessoa linda, por dentro e por fora.
Um beijinho com votos de excelente semana.
Crescemos e o tempo passa rapidamente, a barra da saia da mãe deixa de ser uma capa de super-herói para nos proteger do vírus papão.
ResponderExcluirNesses tempos pandêmicos, só Deus mesmo! Boa noite. Bjs.
As minhas memórias de infância são muito difusas.
ResponderExcluirGosto muito do aqui e agora.
Bjs, boa semana
"Não consigo esconder nada de mim." Ninguém consegue, embora muitos tentem e fijam que conseguem. Amei a crônica!
ResponderExcluirMihan mãe era bem sargenta com decoração: "Um dia, quando você tiver a própria casa, vai fazer o que quiser. Por enquanto, essa aqui é minha."
Através da sua crónica faz-me também voltar ao passado. Acredito que todas as meninas querem crescer rápido e ser como as mães. Era um tempo mágico, especial e sem responsabilidades, mas nessa altura não sabíamos. Ficaram as memórias para aliviar as saudades de quando éramos crianças.
ResponderExcluirBeijinhos
Taís, voltei pois tinha-me esquecido de agradecer a maravilhosa música que partilhou. Nunca me canso de a ouvir, é fabulosa.
ResponderExcluirBeijinhos
Boa tarde Taís,
ResponderExcluirMaravilhosa sua Crónica de uma infância muito feliz e denotando já uma personalidade muito vincada.
A minha infância foi muito agradável, mas os primeiros anos foram passados no campo onde eu pulei e brinquei muito ao ar livre!
Por vezes vínhamos à capital e sempre me fazia confusão tanta gente e detestava ver as montras, até de brinquedos,))!!
Todos somos diferentes, mas creio que ainda guardo em mim muito da criança que fui. Adoro a natureza!
Um grade beijinho.
Ailime
Boa tarde
ResponderExcluirInteressante, fui lendo sua crônica e me identificando em muitas situações, principalmente de usar o que era da minha mãe; eu queria crescer, mas pensava nos batons e esmaltes das minhas irmãs. Eu saía com minha mãe sempre para as visitas, adorava saracutiar, rs,rs. Mas o chá de alho não posso nem lembrar, quem fazi era minha avó e quem tinha de tomar era eu, que tinha horror e me dava ânsia de vômitos. Voltar ao passado nos conecta a fatos que ficam hilários sobre o olhar adulto. Gostei desta viagemmm. Como não ter saudades da alegria e despreocuipação!!! bjs
Uma bonita música 🎶 com um texto maravilhoso. Puxa, na verdade gostava de ser criança e não desejava muito ser adulta. Até hoje acho que todos devem aproveitar as fases da vida sem pressa. Cada tempo com as suas peripécias e desafios. Depois que crescemos, precisamos "cativar" e "acolher" nossa criança interior, às vezes ela esperneia com lembranças não tão boas, mas, também, vêm as que trazem alegrias das diversões espontâneas (essas sim precisamos cultivar).
ResponderExcluirO meu abraço carinhoso
Minha linda, Taís!
ResponderExcluirQue lindo desabafo!
Eu sinto - me tão criança, talvez por isso seja tão feliz.
Adorei conhecer um pedacito de si!
Beijinhos doces!
Megy Maia🍁🌼🍁
Boa noite amiga Taís
ResponderExcluirSempre bom relembrar o passado. Eu ainda acho o chá de alho bem eficiente para gripe, eu acredito quem dos alimentos buscando a nossa cura. Logicamente alimentos saudáveis. Como é bom vim aqui é matar a saudade das suas postagens. Me afastei porquê estou com dificuldade de digitar, toda doença se agrava com o tempo. Mas estou em paz espiritual, acreditado muito no poder de Deus. Lembrança ao Pedro. Carinhoso abraço.
Uma crónica de amizade e lembranças maravilhosas. E como é bom recordar tempos despreocupados! Não vamos deixar morrer esse encanto.
ResponderExcluirComo a vida é breve!
Um beijo, querida Taís.
Vizinha/Escritora, Taís Luso !
ResponderExcluirComo foram lindas, as tuas ilusões de criança.
Autêntica felicidade !
Não se pode comparar, entretanto, com a realidade
atual, pela qual passa a humanidade...
Teu texto é lindo, Cercado de amor familiar !
Parabéns !
Um fraternal abraço e um ótimo final de semana.
Sinval.
Olá, Tais!
ResponderExcluirPassando por aqui, felicitar por este excelente trabalho!
E desejar um feliz fim de semana, com muita saúde.
Beijinhos!
Let's pray for each other WE ARE STRONGEST TOGETHER for the honor and glory of Our Lord Jesus Christ 🙌🙌🙌🙌🙌🙌🙌🙌🙌🙌
ResponderExcluirPoxa, Taís, tua linda crônica me remeteu ao meu passado também, de desfiles de miss com minha irmã e amiguinhas, mexendo nas roupas e sapatos de nossa mãe, assim como minhas ideias de decoração que deixava meu pai confuso ao voltar do trabalho, tomar banho e descobrir que sua cama estava em outro ponto do quarto. kkkkkk Era assim mesmo, eu adorava mexer nos móveis e decorar, aliás até hoje.
ResponderExcluirEsta bela música de Schubert fez o transporte completo para estes nossos tempos maravilhosos, amei!
beijuxxxxxx
kkkkkkkk, muito parecidas!!!
ExcluirMuito bom voltar um pouco aos tempos...
Adorei a cama e a confusão do teu pai!
beijinhos
Olá!
ResponderExcluirA Taís é uma grande mulher, tem personalidade, sabedoria, gosto muito de a ler!
É sempre bom recordarmos os momentos da nossa infância! Temos acompanhado tanta mudança no mundo e não sabemos o que está por vir, isto dá- me saudades do tempo da minha infância quando tudo era mais simples!
Beijinhos
Quem mão se identifica com a vontade se ser senhorinha, de calçar sapatos altos da mãe, de ser uma sabichona na juventude?...
ResponderExcluirUma crónica de costumes bem apresentada e com humor na dose certa.
Gostei de ler, estimada amiga. Beijinhos.
---
Tais, li com agrado a viagem ao teu passado.
ResponderExcluirE, claro, voltei ao meu e me encontrei com tantas felizes recordações.
Somos feitas de momentos bons. Umas sortudas!
Beijo.
Pois é, Taís, dizer que me passei, que deixei de comentar logo no início da postagem, esta tua excelente crônica que, para mim, foi uma das melhores que escreveste até hoje, dando ao leitor a possibilidade de conhecer uma menina meiga, brincalhona, criativa e de grande coração. Pela crônica vê-se como foi essa menina junto aos seus pais e vivendo com eles na casa que também era tua, dando-nos a impressão de que eles, os teus pais dependiam das tuas ideias, pelo menos para a decoração. Uma menina muito travessa!
ResponderExcluirTambém senti não ter feito o comentário no dia da postagem, porque a inspiração para a crônica veio de Portugal, depois de uma das longas conversas por telefone, com nossa querida amiga Emília Pinto, a portuguesa mais brasileira que conhecemos. Emília é uma pessoa de belíssima alma, mãe e avó, que por muitos anos viveu numa cidade do interior de São Paulo, aqui no Brasil. Então, Emília fala as duas línguas do coração, de Portugal e do Brasil.
Meus parabéns à minha cronista favorita pela bela crônica e à sua inspiradora e amiga Emília.
Beijos daqui do escritório para as duas.