Obra de Francisco Stockinger e Eloisa Tregnago - 2001 / Drummond e Mário Quintana - Praça da Alfândega, Porto Alegre - Brasil |
- para Pedro Luso
- Taís Luso de Carvalho
Existem dias que não fazem a mínima diferença para nós: se o sol brilha intensamente lá fora, se os shoppings comemoram o maior Natal do mundo, se as ruas estão repletas de gente feliz, não faz diferença alguma se dentro de nós as coisas estiverem desalinhadas.
De repente, culpas e mágoas de acontecimentos passados tumultuam nosso equilíbrio. Uma injustiça pesada que corre de boca em boca ou um drama horroroso em alguma parte do planeta nos deixam chocados. As mais variadas emoções, as agonias e mazelas do mundo, ao saírem da mente de um poeta para uma tela branca, o poema se revela! Pronto, é isso! A desgraça revelada com mais leveza! E tudo fica dentro de nós. Logo vamos partilhar nossas emoções ou nos recolhemos, nossa introspecção.
Escrevo escutando Serenade de Schubert, a ideia era outra, mas mudei o texto, porque no meio do caminho tinha uma pedra. E assim tem de ser, mudar para encontrar o sentido das coisas. Mudei porque não era um texto alegre que pensei em compartilhar.
As alegrias darão ótimos sambas e lindas marchinhas de carnaval, mas não escuto música com o objetivo de me alegrar, não sou triste, mas meu espírito pede melodias que me sensibilize. Que eu possa pensar.
Ando mais concentrada na vida, no mundo, não em mim. Mais uma variante do vírus covid chegou, o ômicron, descoberto na África do Sul, há poucos dias. E por que não falar? Não quero esconder nada de mim. Mas não demorou para chegar um daqueles conselheiros, que não pedi, e que me irritam muito:
"Pense coisas alegres, Taís, viva a vida!"
Como assim? Não estou vivendo? Será que morri e não senti? Como me alegrar, fora do compasso, uma vez que os cientistas e governos do mundo inteiro estão preocupados e trabalhando para minimizar tantas mortes? Não respondi. Resolvi me poupar. Está tudo sempre bom para esse tipo de gente. Aprendi que, se não aceitarmos as preocupações e as tristezas, fica mais difícil entender a felicidade.
E, com isso, com toda a minha fragilidade, com meu tempo que não é infinito, não posso gastar minhas energias com esse tipo de discussão. Eu sei onde esse tipo de gente quer chegar. Vejo famílias e amizades destruídas com discussões ideológicas, amigos antigos se afastando, porque têm de defender seu ponto de vista até a morte!
Não; esse desgaste não abraço mais.
' Serenade de Schubert '
_________________________//________________________
Tais, esse tipo de desgaste ao qual te referes, não braço, nem nunca abracei!
ResponderExcluirNão vale realmente a pena!
E nossos dias são um misto de alegrias, mas isso não significa que não tenhamos pedras no caminho que podem chegar em forma de doenças na família, dores, tantas coisas e por isso, por vezes, muito melhor calar do que discutir...
E não apenas tu, mas todos preocupados com esse novo vírus e curiosos pelos resultados dos estudos sobre ele.
O mundo novamente vivendo esse danado e se fechando em tantos lugares! Triste!Preocupante! E pior é que não cancelam o que deveriam cancelar...
beijos, linda semana! chica
Boa tarde de domingo, querida amiga Taís!
ResponderExcluirEscutando e me deliciando com Schubert...
Que gosto musical incrível, Taís!
Em unissono com você pelos seus sensatos questionamos, aqui estou.
Desde o ano passado que escrevi um texto sobre a tal virose da Positividade Tóxica...
Especialistas sabem do que falam.
É um tal de nos mandarem pensar o tal do positivo, especialmente quem não viveu o luto na Pandemia. Para quem esteve até agora acompanhado, sem enfrentar um isolamento sozinho. Falar é fácil.
Eu também ajo com "indiferença" a tais disparates dos insensíveis.
O que muito nos consola é a poesia. Seja lendo ou escrevendo versinhos simples. Desafoga o 💙. É álibi e você foi muito feliz ao correlacionar o tema aqui. Perfeito!
"Meu espírito pede melodias que me sensibilizem."
Maravilha gostarmos do que nos sensibilize.
O segundo parágrafo é de uma veracidade impressionante. Parabéns!
Tentar camuflar o que existe, aquilo que é real, dores sobretudo, com desculpas para esconder egoísmos de só querer 'oba oba', é cruel.
Somos HUMANOS, por sorte e, portanto, empáticos, mesmo que tenhamos que arregaçar as mangas e sair da nossa zona de conforto.
A vida requer coragem e sensibilidade. Fortaleza e ternura concomitantemente.
Há muito para se debater em sua crônica, amiga, mas outros apontarão outras ressonâncias...
Seja muito feliz e abençoada!
Beijinhos carinhosos e fraternos
😘🕊️💙💐
*questionamentos, quis dizer. Desculpe-me.
ExcluirSei que entendeu, mas...
Tal como no relatas cuando parecía que salíamos un poco a flote no sale esta nueva variante del virus y así nos bajan las ganas de celebrar como siempre estas fechas.
ResponderExcluirSaludos.
Não acredito que exista a felicidade/alegria completa. Existe sempre um pequena pedrinha a emperrar a máquina.Gostei muito do texto.
ResponderExcluir.
.Cumprimentos poéticos
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
Foi ao som da bela composição "Serenade" que fui lendo devagarinho a sua Crónica, amiga Taís. Este é um desabafo que pede leitura respeitosa, introspectiva, cuidadosa.
ResponderExcluirNão lhe vou dizer que comigo é desta ou daquela maneira, querida Taís.
Concentrei toda a minha atenção em "ouvir" a sua alma a transbordar.
O meu comentário vai resumir-se a poucas palavras. Só quero dizer-lhe do meu profundo respeito pelo ser humano bem formado e especial que é.
Bem-haja, Amiga!
Um grande e apertado abraço.
Tenha uma semana tranquila e em paz consigo mesma, querida Taís.
Isso é o que conta verdadeiramente.
Beijinho.
Janita querida, fico comovida com tuas palavras, mas há coisas que transbordam, é verdade, e aqui, esse pouco caso que houve no começo da pandemia, virou uma frustração enorme, um desencanto, uma maior vulnerabilidade. É isso que milhões devem estar sentido.
ExcluirObrigada pelo teu carinho, querida amiga.
Um beijinho
A vida anda realmente muito complicada, amiga Taís. Por uma coincidência, postamos assuntos quase idênticos! Mas no meu não tem o Serenade de Schubert...
ResponderExcluirBeijos
Buena reflexión y bella música . Yo creo que uno es feliz por momentos como cuando escuchas esa bella música o miras a alguien que amas. Te mando un beso
ResponderExcluirÉ verdade Tais, quando pensávamos que tudo estava caminhando para melhor, então aparece mais uma variante e toda preocupação volta.
ResponderExcluirMe preocupo muito, e quero proteger toda minha família, me preocupo muito mesmo,e aqui o povo não gostam de tomar a D2, isso é uma preocupação a mais.
Tais,tenha uma boa noite e excelente semana.
Beijinhos
E' sempre un gran piacere soffermarsi sulle tue belle pagine.
ResponderExcluirMolto apprezzato il video.
Buona settimana, e un saluto,silvia
Ser feliz não é ser cego, surdo e mudo.
ResponderExcluirQuem não perceber isso não é feliz.
Finge que é.
Beijos, boa semana
Que complicação que andam estes dias que estamos a viver. Quando pensamos que tudo está a melhorar, vem mais alguma variante para nos atormentar a vida.
ResponderExcluirContinue a proteger-se minha Amiga Taís.
Uma boa semana.
Um beijo.
Es mejor no engañarnos, la vida no es la misma ni los será hasta no erradicar por completo este maldito virus. Tenemos que ser todos conscientes y tomar las precauciones oportunas, el mundo continua, pero ya nada es igual y tardará mucho a serlo por desgracia como lo conocimos. Seamos todos respetuosos y adoptemos las medidas más adecuadas.
ResponderExcluirHermosa música para un hermoso día.
Un gran abrazo y buena semana Taís.
Lendo e refletindo como estamos mais fragilizados nos últimos tempos!
ResponderExcluirUns querendo culpar a mídia ou querendo se esconder da situação tão caótica que estamos vivenciando e outros sofrendo por antecipação ou simplesmente refletindo sobre o que mais poderá acontecer e se entristecendo .Coincidentemente, também ocorreu caso semelhante comentei sobre o medo de fechar fronteiras e embargar de novo minha viagem programada e a resposta veio de imediato: 'Pára de acreditar em tudo que ouve' Oras, como não acreditar? já me sinto alienada abessa rsrs
Solidarizo com seu desabafo,Taís mas não pense em pedras, pense em como estamos desgovernados e desalinhados e o coração se aquieta... rs
grande abraço, amiga
passando para desejar uma feliz semana tudo de bom bjs saude
ResponderExcluirObrigada, minha Amiga Taís pela honra de estrar na vossa galeria. Um gesto muito carinhoso. Bem haja.
ResponderExcluirUm beijo.
A honra é minha em divulgar meus queridos amigos escritores e poetas no Mural de meu blog, querida Graça! Sucesso sempre!
Excluirum beijo!
Qué belleza de música!!.
ResponderExcluirEstamos viviendo una etapa de una enorme preocupación.
Cuando vivíamos con un poco de esperanza, surge de nuevo otro problema.
Intentemos cuidarnos y confiar en que algún día todo termine.
Un beso, Tais. Feliz semana.
Olá, Tais!
ResponderExcluirUm texto intenso e realista. Reflexo dos tempos que vivemos. Ficamos sem dúvida mais fragilizados e vulneráveis. Esperemos que mude todo este paradigma, para bem do nosso bem estar físico e mental.
Votos de uma excelente semana, com muita saúde.
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Leer tus palabras y escuchar esa clásica composición, es un placer que no tendría palabras para expresar.
ResponderExcluirBesos
Não podemos mudar o mundo lá fora, mas podemos fazer melhor o nosso mundo interior. A alegria não é externa, ela só floresce no poético jardim íntimo, que nos inspira a versar a vida, com seus sorrisos e lágrimas. O viver é a nossa grande poesia.
ResponderExcluirUm abraço. Tudo de bom.
APON NA ARTE DA VIDA 💗 Textos para sentir e pensar & Nossos Vídeos no Youtube.
TAIS,
ResponderExcluirsua competência me irrita e morro de inveja!!!!!!!!!!!!!!!!! kkkk
dizem que está ruim pra todo mundo ,mas em nosso blogue HUMOR EM TEXTOS a realidade e contada de forma diferente.
Talvez você concorde.
Quem sabe?
Um abração carioca e lhe espero por você!
CONVITE:
Revejo-me nas suas palavras.
ResponderExcluirSempre me fez muita impressão esta maneira de agora que não permite que façamos o luto por quem morre ou mostremos preocupação e /ou tristeza.
Recentemente, uma amiga minha perdeu inesperadamente um dos filhos, um rapaz com 35 anos e pai de uma menina de três ...pois ao fim de duas ou tês semanas , havia já quem considerasse ser conveniente que saísse, viajasse , enfim...
Não, nós temos que chorar a nossa dor até ao fim!
Grata pela bela música.
Minha querida Taís, estreito abraço.
Pois é, Taís, tu sabes que tenho alguns motivos importantes que me levaram a apreciar esta tua excelente crônica. Então, passo a falar sobre esses motivos.
ResponderExcluirO primeiro motivo foi tua crônica, “A poesia e as emoções”, escrita com maestria, na forma e no conteúdo, este com pitadas tanto filosóficas como sociológicas.
O segundo motivo foi a dedicação desta belíssima crônica à minha pessoa, gesto carinhoso que me encantou, disso tu sabes bem.
O terceiro motivo, a obra de Francisco Stockinger e Eloisa Tregnago, qual seja, a escultura em bronze de Mário Quintana e Carlos Drummond de Andrade, gaúcho e mineiro, respectivamente. Quintana, conheci pessoalmente, quando eu era universitário; Drummond, conheço apenas a sua obra. Volto ao grande escultor Chico Stockinger, gaúcho por adoção. Como sabes sempre admirei a pessoa e o escultor, que granjeou admiração e respeito dos brasileiros.
Beijinho daqui do escritório.
".. Vejo famílias e amizades destruídas com discussões ideológicas, amigos antigos se afastando, porque têm de defender seu ponto de vista até a morte!
ResponderExcluirNão; esse desgaste não abraço mais."
Parabéns pelo texto muito sentido repleto de humanismo, Taís,
e que termina com muita sabedoria
Como sabes tantas discussões sobre ideologias, não foram em vão e terminaram em lutas renhidas, até entre famílias, até em horrorosas guerras civis..
Deus nos livre de quem pensa que tem toda a razão do mundo, deixemos a nossa vida aceitar o cinzento, assim teremos o coração mais aberto e mais receptivo!
beijinhos, amiga, boa semana:)
Concordo com você, Taís
ResponderExcluirTem dias que estamos tristes e temos todo direito de assim sentir.
Sempre haverá aquele que, para nos animar, vêm com frases feitas.
Parabéns, mais uma vez, pela sua excelente crônica e escolha do vídeo.
Um beijinho carinhoso
Verena.
Que sería de la poesía sin pasión ni emoción Pedro, ahí no hay ideología.
ResponderExcluirFeliz semana. Un abrazo
Gracias Tais por tu presencia amiga en mi blog.
ExcluirFeliz jueves. Un beso
Olá, Tais!
ResponderExcluirRelendo essa linda crônica e desejar-lhe um feliz mês de Dezembro com muitas realizações.
Beijinhos e boa noite.
Taís,
ResponderExcluirAcordei a pouco e nesses 1os minutos pensava exatamente nisso.
Pensava em como não concordo com tudo que acontece a meu redor
exatamente em pontos que você tão claramente expõe.
Sou grata por encontrar seres como Você nesse caminhar que tem se tornado
tão estranho.
Acordei pensei um louco, o Par trouxe minha xícara de café
e ainda na cama vim ver Vc e outros amigos
de escrita,🙏 que bom
que Você/s existem.
💖Bjins de afeto
CatiahoAlc.🧚
Também acordei agora,
Excluirobrigada pelas tuas palavras carinhosas, de manhã cedinho, Cátia!
Bjins, um lindo dia!
Aqui chove muito.
Música imortal, intemporal de Schubert com uma interpretação maravilhosa. Ouvi-a religiosamente. E a escultura com dois grandes poetas da Literatura Brasileira, com tanta expressividade que parece que ganham vida ali naquele banco de jardim.
ResponderExcluirA juntar a isso a sua bela Crónica, Taís, que diz tanto e com a qual me identifico. Exprimir emoções e sentimentos através da poesia, sim, mas também nós na vida temos as nossas dores e alegrias e há que vivê-las. Só poderemos sublimar o que tiver de ser sublimado e dar importância ao que for importante se as verbalizarmos.
A dedicatória da Crónica a Pedro Luso, amorosa. Adorei ver isso. Nos momentos de instabilidade como a que estamos a viver temos de nos apoiar nos nossos afectos.
Beijinhos
Olinda
Olinda querida, obrigada pelo carinho de tuas palavras, sim, estamos atravessando momentos de dúvidas, de muitos cuidados, de dores pelas inúmeras perdas no mundo inteiro, e todos os dias. Resta-nos a esperança de um futuro colorido, bonito, e estender nosso amor, nossos afetos, nossa sensibilidade. Essa música me toda muito, e o rostinho da artista, ao tocar, é tristeza pura. Sente a música como ninguém.
ExcluirMuito obrigada, querida amiga, pela tua sensibilidade e carinho.
Beijinho.
Corrigindo: essa música me "toca" muito.
Excluirbj
Como eu a compreendo Taís. Não dá para esquecer o sofrimento, a fome, a guerra e as doenças que coabitam connosco e pensar em coisas alegres.
ResponderExcluirAbraço e saúde
Olà Tais, aquí brilha o sol mas também ha chuvia e frio porque começa o inverno, oa contrario que aí.
ResponderExcluirHa tuda a raçao no seu texto, sempre tocando os temas mais candentes que nos atingen a tudos en geral.
Eu nao sao de felicidades postizas. Preciso dum motivo real. A vida esta chea de coiss boas e menos boas. O que toque, cada vez.
O que sí me ajudou muito a sentirme bem é ista música de Schubert, que nos deijou ca para o noso prazer de a escoitar. Obrigada pela escolha.
Estou mesturando galego e portugúes porque o meu tegrado nao tem o que preciso para escriber um pouco melhor na sua lingua.
Que tenha um bo decembro e disfrute do bo tempo que fará por aí, polo sul do Brasil.
Beijinhos e "take it easy"
Estou de acordo consigo, mas é necessário fazer o devido distanciamento, a bem da nossa sanidade mental. Escrever sobre os assuntos ajuda na catarse.
ResponderExcluirÉ tão lamentável Schubert ter levado uma vida completamente oposta á letra que arranjaram para esta belíssima melodia que compôs na sua juventude!
Um Dezembro agradável num advento pleno de paz e esperança. Beijos
~~~~~~
difícil não concordar com a minha amiga nesta excelente crónica
ResponderExcluira vida é sempre tão precária, que deve ser vivida inteiramente
sem alienações, ou superficilidade.
gostei muito
beijos. minha Amigaa
Olá, Tais!
ResponderExcluirPassando por aqui, relendo este texto sublime, que muito gostei, e desejar a continuação de ótima semana, com muita saúde.
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Boa tarde Taís. Só o fato de estarmos bem e nossa família no meio dessa pandemia, temos um pouco de felicidade. Mas não podemos esquecer dos momentos tristes. Quero muito um dia conhecer Porto Alegre, Curitiba conheci em agosto.
ResponderExcluirQuerida Taís,
ResponderExcluirRegressando de minhas merecidas férias... Passando aqui em teu espaço da Web para “espreitar” teus escritos para Pedro Luso.
Beijos!!!
Adorava ser como essas pessoas que vivem num mundo paralelo... onde se carrega num botão... e vivemos a vida, abstraídos do que vai pelo mundo... mas também não consigo!
ResponderExcluirQuem tenha um pingo de sensibilidade, não consegue ficar impassível, pela actual conjuntura!
Felizes dos que têm alguém por perto que compreendem e partilham nossas alegrias e inquietudes... umas e outras fazem parte da vida... e nem sempre quando a vida nos oferece limões, estamos emocionalmente preparados fazer limonada... às vezes, ficamos também um pouco amargos... e estamos no nosso pleno direito...
A nova variante, apenas vem provar o que tanto nos tem sido avisado... enquanto houver milhões de pessoas por vacinar em qualquer parte do mundo, ninguém está verdadeiramente a salvo, porque vírus não conhecem fronteiras... para já sabe-se que é mais contagiosa que o Delta e ilude a eficácia das vacinas, propiciando reinfecções. Cá em Portugal começou por ser detectada numa equipa de futebol, em contacto com um dos seus jogadores que tinha vindo da África do Sul. Todos estavam vacinados.
Não adianta muito já sabermos a origem dos vírus... pois quando são detectados, já andam a circular há bem mais tempo... o covid teve um suposto início em Whang em Dezembro de 2019, e no entanto estudos posteriores revelaram que já circulava em Março de 2019 em Itália e Espanha, nas águas residuais de algumas cidades... nunca saberemos como começou, e começo a desconfiar senão seremos todos laboratório de experiências de alguma entidade extraterrestre... principalmente desde que foi descoberto que o historial do nosso ADN tem origens bem mais antigas do que a própria terra... em quase o dobro do tempo...
Enfim... vamos indo um dia de cada vez!... Também tenho andado meio angustiada, com a perda de mais uma pessoa aqui no sítio, para o Covid... tinha uma pequena casa comercial... e quem contacta com muita gente, está sujeito a acumular carga viral... tenha ou não vacinas. Erradamente fala-se de imunização em relação a esta doença... mas não há qualquer imunidade para a mesma, apesar das vacinas, que retiram alguma perigosidade dos sintomas...
Gostei imenso da sua crónica reflexiva, Tais, que não espelha a superficialidade, com que tantos sentem a vida... supostamente, vivendo-a bem... dizem eles... mas como se costuma dizer... só quem está no convento, é que sabe o que lá vai dentro...
Um beijinho! Bom fim de semana! E mantenhamo-nos com os cuidados de sempre, para nos irmos protegendo a nós e aos nossos...
Ana
É verdade, Ana, enquanto o mundo todo não estiver vacinado, o vírus não vai parar de circular, vai desenvolvendo novas cepas. Os países ricos deveriam ajudar os países pobres, há países com 5% de vacinados, outros com um pouco mais, escutei ontem num noticioso, isso não é nada.
ExcluirObrigada pelo carinho e ótimo comentário, Ana.
Um bom fim de semana, na medida do possível.
Beijinho.
És o que tu és, uma antena da raça. Sobretudo neste gratificante texto em que se deve ler contrito, envolto em silêncio. Em qualquer nova manhã se plantará uma nova semente, Taís, para que floresça em outras manhãs, quem sabe, e, deste modo, reinventemos a vida como um dia sugeriu Cecília Meireles, para deixar o fulgor o feminino entre o mineiro e o gaúcho, risos!
ResponderExcluirCuide-se, minha amiga!
Um bom final de semana, um beijo, minha amiga Taís!
Tais, desde que aparesceu Omicron fiquei triste, e sinto muito desgastada... estou preparando um viagem para janeiro , tirar ferias en Santa Catarina, mais nao consigo disfrutar e planejar, porque na verdade nao sei o que pode acontescer.
ResponderExcluirMinha cabeca nao para de pensar, que nao e justo, que nao acredito ainda a maneira que nossas vidas mudaram para sempre com o covid.
Escuto musicas tambem que levan a refletir, porque nao posso estar completamente feliz. Con o tempo aprendi que as emocoes sao boas, que ha que aceitar, nao lutar contra elas. Nao e facil, ne.
Beijao, bom final de semana
Minha querida amiga Taís,
ResponderExcluirA Serenade de Schubert, diz mais, do que qualquer palavra ou emoção que possa compartilhar consigo.
Também não posso fingir que estou bem, que estamos todos bem, quando a realidade, aperta o coração até sangrar.
Despeço-me minha amiga, com esta apropriada frase de Schubert:
“Por vezes me parece que não pertenço a este mundo.”
Um beijinho com enorme estima e admiração.
Parabéns Taís,
ResponderExcluirEscreve tão bem. Gosto muito de a ler. Quem me dera escrever assim.
Nem sempre podemos fingir que está tudo bem e o melhor mesmo é encarar a vida de frente, com os seus problemas, desafios, vitórias e alegrias!
Tudo de bom,
Beijinho.
Sua crônica me trouxe à lembrança de uma conversa com uma amiga, que passava por situações dificieis e sentia-se assim como nos relata. Lembro que me referi às "picuinhas", não vale a pena entrarmos nesta esfera. Mas, em relação a tudo que nos rodeia , busco encontrar em mim o que pode me revigorar e nutrir para seguir em frente com um certo equilíbrio para a saúde não definhar. Tempos difícíeis que temos que enfrentar e nos proteger. Bom dia
ResponderExcluirTaís:
ResponderExcluirantes tantas noticias desagradables y tristes, también hay que alejarse un poco y buscar la calma, para nuestro bienestar físico.
Bella música la que nos propones.
Abraços.