27 de julho de 2025

A LIÇÃO DO PESCADOR – Tais Luso de Carvalho

 



A LIÇÃO DO PESCADOR

             


       Hoje quero dividir com vocês, uma história que escutei há tempos, todos nós escutamos coisas desse tipo.

Bem, estava um pescador a descansar numa rede defronte sua casa. Seu barco, ali ancorado, estava repleto de peixes recém-pescados no mar. Não faltava muito tempo para sua freguesia começar a chegar, e como sempre, vendia tudo o que pescava. No entanto, sempre deu tempo para um bom descanso, entre uma saída e outra para o mar. Curtia, desfrutava muito daquela praia que tanto amava. Um lugar paradisíaco, de águas claras e temperatura agradável.

Num certo momento, um homem que passava viu os peixes no barco e o pescador descansando em sua rede – feliz da vida. O homem sentiu-se incomodado e parou para falar com o pescador:

Amigo, - disse ele, vejo seu barco cheio de peixes e você aí deitado na rede! Se colocasse mais barcos no mar e empregasse mais gente, certamente ganharia muito dinheiro, em pouco tempo teria muitos barcos pesqueiros e gente trabalhando para você!! Teria tempo para descansar muito e curtir a vida, olhando o mar.

Meu caro, o que você acha que estou fazendo agora? Estou descansado sem os incômodos que teria! Não está bom assim?

Mas você não quer ficar rico?

Pra quê? Sou feliz assim!

O homem partiu um tanto irritado e sem dizer mais nada.

Pois é, muitos agem assim, aumentam o número de empregados, triplicam os negócios da empresa viajando muito, compram mansões em vários lugares etc. e tal. E pulam de cá para lá buscando as melhores aplicações financeiras, e muito mais. Formam um império. Um império, maravilhoso! Empresários de sucesso!! Mas nem todos querem isso para si. Muitos optam por um outro tipo de vida.

Penso que cada um tem suas prioridades e sabe de si. Não precisamos muito para sermos felizes, há um meio termo para tudo. Podem enriquecer, mas outros não pensam nisso, e sim pensam em viver mais tranquilos. O difícil é saber encontrar o equilíbrio entre uma dedicação excessiva e a negligência, o que não me pareceu ter acontecido com o pescador. Os extremos sempre são difíceis, sempre.

Porém, dar conselhos a quem não pediu, é complicado, não é a melhor solução, pode ser o início de um rolo, seja na família, seja com os amigos ou colegas de trabalho A não ser quando esses pedem conselhos.







4 comentários:

  1. Es mejor no meterse en asuntos de los otros. Te mando un beso.

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  2. Olá, amiga Tais.
    Esta sua crónica/história, é muito interessante para refletirmos numa coisa muito simples. Nem todos podemos ser empresários de sucesso e sermos multimilionários. Há aquelas pessoas que com dificuldade conseguem erguer um negócio pequeno e ter uma vida tranquila e desafogada. E isso as fazem sentir felizes. Sem sentir necessidade de aumentar a dimensão do negócio.
    Há outras, no entanto, que com outro poder económico conseguem criar uma, duas, dez, uma cadeia de empresas de enorme dimensão e terem o tal sucesso económico que a história fala.

    Depende sempre do negócio, da capacidade financeira, e da sua gestão para que esse sucesso seja uma realidade. Palavras atiradas para o ar sem ter em conta estes fatores, não criam riqueza nem sucesso a ninguém.
    Gostei de ler esta sua história, estimada amiga.

    Deixo os votos de uma feliz semana, com tudo de bom.
    Beijinhos, com carinho e amizade.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com
    https://soltaastuaspalavras.blogspot.com

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  3. E teve muita sorte por o pescador ser educado...
    Bjs, boa semana

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  4. Querida amiga Taís, boa noite.de domingo!
    Percebi aqui uma realidade muito humana.
    Como as pessoas gostam de palpitar sobre a vida alheia.
    Arrumam motivos se não há um exato.
    Palpitar só mesmo quando solicitação vier.
    Respeitar o momento de cada um é imprescindível.
    Uma crônica que exprime bom senso.
    tenha uma nova semana abençoada!
    Beijinhos fraternos

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Muito obrigada pelo seu comentário, é muito valioso para mim.
Meu abraço, saúde e paz a todos!
Taís