Serra Gaúcha
- por Taís Luso de Carvalho
Sei o tanto que somos diferentes uns dos outros. Alguns gostam de criar raízes onde estão: ficam anos a fio no mesmo lugar, na mesma casa, rodeados dos mesmos vizinhos, da quitanda, da tabacaria, do sapateiro, do secular homem da farmácia... E estão bem. Gostam deste amparo; conhecem tudo e todos.
Porém, não temos como fugir do estresse da cidade grande e precisamos de um tempo para nossa cabeça. Com milhões de pessoas se babando de raiva, com a mídia nos apavorando com o excesso de informações, com mil problemas de família, com outros tantos no trabalho... Não tem como escapar; não tem como relaxar.
Mas existe gente que num fechar de olhos já está noutra: são as pessoas que se mexem com mais facilidade: gostam das novidades, gostam do desconhecido, gostam de inovar. Gostam das mudanças e de estarem com a multidão. Levam a vida numa boa. Brigou com a sogra? A fulana despeja tudo em cima? O vizinho tá com um problemão? Tchauzinho... Fui! Esquecem e não ficam curtindo, remoendo e revivendo o problema. Chegou a hora do basta e o negócio é se mandar. O corpo e a mente estão clamando por descanso. Seja na praia torrando-se ao sol, ou no campo sonhando ao luar. Isso vai do temperamento de cada um.
Levem-me à praia e voltarei estressada, cansada, atacada e com sintomas de hidrofobia; levem-me para a serra... voltarei uma santa! Vou atrás de silêncio e do sossego: o silêncio me acalma e o sossego me impulsiona; é nele que penso e que crio; é nele que sonho e que vôo. Lá, esqueço os horários rígidos, as regras impostas, a vida preestabelecida. Sou um produto do meio e sei o momento que minha mente clama por uma parada.
Não quero mais desperdiçar meu tempo com o que não gosto; o tempo que me resta é pra sonhar, mesmo que esses sonhos sejam ilusões de criança; não me acordem: despertarei sozinha quando estiver pronta pra voltar para este mundo louco... Deixe-me sonhar, mesmo que por pouco tempo.
Mesmo que seja por um verão!
Sei o tanto que somos diferentes uns dos outros. Alguns gostam de criar raízes onde estão: ficam anos a fio no mesmo lugar, na mesma casa, rodeados dos mesmos vizinhos, da quitanda, da tabacaria, do sapateiro, do secular homem da farmácia... E estão bem. Gostam deste amparo; conhecem tudo e todos.
Porém, não temos como fugir do estresse da cidade grande e precisamos de um tempo para nossa cabeça. Com milhões de pessoas se babando de raiva, com a mídia nos apavorando com o excesso de informações, com mil problemas de família, com outros tantos no trabalho... Não tem como escapar; não tem como relaxar.
Mas existe gente que num fechar de olhos já está noutra: são as pessoas que se mexem com mais facilidade: gostam das novidades, gostam do desconhecido, gostam de inovar. Gostam das mudanças e de estarem com a multidão. Levam a vida numa boa. Brigou com a sogra? A fulana despeja tudo em cima? O vizinho tá com um problemão? Tchauzinho... Fui! Esquecem e não ficam curtindo, remoendo e revivendo o problema. Chegou a hora do basta e o negócio é se mandar. O corpo e a mente estão clamando por descanso. Seja na praia torrando-se ao sol, ou no campo sonhando ao luar. Isso vai do temperamento de cada um.
Levem-me à praia e voltarei estressada, cansada, atacada e com sintomas de hidrofobia; levem-me para a serra... voltarei uma santa! Vou atrás de silêncio e do sossego: o silêncio me acalma e o sossego me impulsiona; é nele que penso e que crio; é nele que sonho e que vôo. Lá, esqueço os horários rígidos, as regras impostas, a vida preestabelecida. Sou um produto do meio e sei o momento que minha mente clama por uma parada.
Não quero mais desperdiçar meu tempo com o que não gosto; o tempo que me resta é pra sonhar, mesmo que esses sonhos sejam ilusões de criança; não me acordem: despertarei sozinha quando estiver pronta pra voltar para este mundo louco... Deixe-me sonhar, mesmo que por pouco tempo.
Mesmo que seja por um verão!
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