19 de janeiro de 2014

SABER DIZER 'NÃO'



            - Tais Luso de Carvalho
  
Durante um bom tempo minha filha tentou me empurrar alface: seria bom pra mim, segundo seu ponto de vista,  que eu comesse a tal alface  várias vezes na semana. E levei tempo lhe falando que alface não fazia a minha cabeça; levei aquele tempo todo argumentando contra, e rindo das alfaces.  Nunca descobri a razão de sua preferência por essa coisa sem gosto, mas graças a sua persistência, hoje tenho doutorado em alface. É maravilhoso ter doutorado em alfaces,  uma coisa que não tem gosto de nada, é pior do que chuchu. Filha querida, não me leve a mal, mas detestava aquelas alfaces, apesar de sua indicação e de seus cuidados comigo.  Não gosto de chuchu, de couve verde e nem de abóbora. Mas adoro rúcula – você sabe. Também tentei lhe convencer das propriedades da rúcula, lembra? Mea culpa... Era rúcula x alface!
Com isso, vejo o tanto que podemos nos gastar para dizer um NÃO nas coisas mais simples, como numa alface, por exemplo. Hoje vejo que também empurrei alguns alimentos em meus filhos, e eles detestavam. Mas tudo em nome do bom e do melhor. Do saudável. E minha mãe fez o mesmo com seus filhos. O comportamento dos pais pouco diverge quanto à alimentação. E todo o papo é por uma  alimentação saudável. Supostamente saudável, pois o conceito do bom e ruim muda muito.
Algumas pessoas gostam de trabalhar em silêncio, enquanto outras preferem trabalhar ouvindo  Chopin, Beethoven, Jazz ou Piazzolla. E mais outras, no entanto, adoram música funk, sertaneja e rock pauleira. É gosto, tudo bem... pra mim está ótimo, embora não seja a minha praia . Mas fico pensando qual é o motivo que nos leva a defender tese quando se gosta de algo e achincalhar os que diferem do nosso gosto? É inexplicável o tanto que temos de explicar. Explicar é cansativo.  
A palavra NÃO, deveria fazer parte do Compêndio Médico como um santo remédio: cura várias doenças, indo da enxaqueca a outras doenças psicossomáticas. Sabe-se que o uso do SIM, indiscriminadamente, faz mal à saúde, além de  irritar um monte. Concordar por concordar não dá. 
A insistência e intromissão é coisa bem dos latinos. Temos receitas para tudo; especialistas para tudo. É aí onde muitas  mães, avós, tias e curiosas se encontram e ensinam como educar, para onde viajar, como ser mais espiritualizado, a roupa ideal, o livro super
Mas o bom é viver segundo nossos conceitos, gostos, vontades, loucuras, enfim. É ótimo exercitar a palavra NÃO: não quero, não vou, não gosto, não faço. E FUI!  

Mas já notei que dizer NÃO, para certas pessoas, não funciona, gera mão de obra; grandes atritos. Vale a pena? Acho que não, então vai um SIM,  algumas vezes disfarçados por um silêncio. E fecho a discussão. Adeus. 


A maior descoberta não é convencer ou impor ideias, e sim evitar atritos, doenças, raivas e mágoas. Embora a gente leve tempo para agir assim, sem dúvida é a melhor maneira para vivermos  em paz.


Impor ideias é uma ação extremamente irritante. Quantas vezes  enfrentamos alguém ou forjamos uma desculpa pra cair fora? Quantas vezes ouvimos coisas  esdrúxulas como se fossem certas? Quantas pessoas –  por influência de terceiros – vendem suas casas, fazem a faculdade errada, acabam com seus relacionamentos, compram o carro errado, mudam de cidade, comem o que não podem, bebem o que não devem…  e no final, se dão mal? 


Usar mais o NÃO, pode evitar dissabores. To nessa. E às vezes bem disfarçado, cuidando mais de mim,  mas é  um NÃO.



39 comentários:

  1. Sobre o "nao", esta concordado. Nao so isso, como todos precisamos, antes de mais nada, saber do que NAO gostamos, NAO queremos e NAO toleramos. Isso pode ser definido atraves do oposto paralelo de saber o que SIM gostamos e o que SIM queremos e o que SIM toleramos. Ate ai, estamos.

    Mas, ao contrario do ditado popular que "gosto nao se discute", como seres pensantes podemos, de fato, nos dar ao luxo do trabalho intelectual para concordar ou discordar do proximo, mesmo que isso seja esforcoso, intenso e ate irritante. Portanto, a imposicao de ideias alheias pode ser "chato", mas eh mais emocionante que o conformismo as mesmas, portanto, discordo de dizer "sim" para ficar mais facil. Particularmente, eh raro que eu concorde para nao brigar.

    Mas no que diz respeito a alfaces, coves e outros vegetais ou alimentos, realmente, nao ha razao que me convenca que devo comer jilo, ou quiabo, ou tomar suco de caju. Ai o intelecto ja nao se basta, o que sentimos fisicamente eh o que mais vale. Sao duas coisas distintas. E por ai vai :-)

    bjx

    RF

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    1. Olá, RC, o meu SIM não significa concordar, significa 'me poupar'. Há momentos desagradáveis, seria como dar soco em ponta de faca. Não digo a certas pessoas que elas estão certas, apenas não discuto mais quando percebo que não adianta. O silêncio, muitas vezes, dá seu recado.

      Beijos.

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  2. Tem razão.Saber dizer NÃO é uma arte difícil e como tal não é para todos.Leva tempo para apender e precisa ser exercitado ainda mais em uma educação que ensina a não fazer ninguém infeliz.

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    1. Exatamente, faz parte de nossa cultura o 'não magoar'. Mas isso está acabando. Lidar com gente é difícil. É arte!
      Beijo.

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  3. Temos umas coisas ótimas em comum. Minha filha também insiste no tal do alface. E não é só isso: é rúcula, agrião, espinafre... Tudo bem, são saudáveis. Mas sem maiores excitações. E, além desta semelhança, achei uma citação sua que me soa familiar: adoro escrever ao som do "Libertango" do Piazzola. Adorei o seu blog, os seus escritos, as suas escolhas para as postagens. Bjs!

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  4. Simples, verdadeiro. Um texto maravilhoso. Dizer Não. Adorei.

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  5. como sempre, firme e certeira...
    gostei muito, eu teria uma listinha de pessoas que eu adoraria que lessem, mas não...
    também cansei de mostrar a volta do caminho para a mediocridade...

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    1. Muito cansativo, Suzane, há coisa na vida bem melhor para se fazer do que tentar convencer, argumentar... Credo.
      Beijos.

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  6. Passei por todos os momentos citados em seu texto. A vida me ensinou a duras penas o NÃO como o melhor dos princípios ativos, se eu quisesse permanecer por esse mundo tão tresloucado! Aos filhos, permito que eles digam SIM... que façam suas escolhas... eu apenas observo. Até porque meus pitacos quase nunca são ouvidos. Cansei. Depois, retornam dizendo: - deveria ter ouvido você! Ainda dá tempo, é minha resposta. Agora, do Não, em meu benefício, não abro mão mesmo. É filosofia de vida.
    Abraço.

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    1. Oi, Célia, o tal do SIM, entra quando não tem mais remédio, e a criatura que se vire em fazer o que quiser, é nesse sentido que dou o SIM: para me livrar das intermináveis discussões que nos tiram do equilíbrio. Não me enfartarei por causa de terceiros.
      Uso o SIM para meu benefício. No fundo digo 'me larga!' Existem pessoas que a gente se arrebenta em explicações e não adianta!

      Abraços!

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  7. Tais, dizer sim a tudo nas nossas relações pessoais, poderá ser mais simples mas se no nosso íntimo é não. Tenho para mim, ser errado. Então para não mentirmos a nós mesmos, devemos dizer o que pensamos, explicando os nossos porquês. Assim, quantas vezes o não, mais tarde faz de nós pessoas credíveis!
    Beijos

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    1. Oi, Daniel, tem verdades relevantes que não devemos nos distanciar, mas tem pequenas coisas que podemos silenciar para não trazer dissabores. Discussões bobas não acrescentam nada, muitas vezes o silêncio cai bem, é de ouro.
      E discutir 'baixo', sustentar pontos de vistas muitas vezes sem nenhuma relevância, provar o quê, pra quem? Valerá a pena?

      Beijos, querido amigo.

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  8. Com o tempo aprendi a dizer NÃOI e se não estou com vontade de fazer ou ir a algum lugar, nem Cristo me leva,rs..Sou teimosa como mula!!! Gostei de te ler e digo bem alto os Nãos pra quem precisa ouvir! bjs praianos,chica

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    1. Concordo, Chica, isso é o que mais faço! O que procuro evitar hoje em dia são os atritos. O silêncio é um NÃO. É sobre isso que escrevi no texto. É outra maneira de usar o NÃO para você cair fora do inferninho. E não é fácil. Mas saudável.
      Beijos pra você, os 'praianos'! rs

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  9. SINCERIDADE
    Uma vez o homem criou a sociedade
    Onde uns e outros convivem em atrito
    Porém se houver respeito à liberdade
    Todos ganharam como outrora foi dito

    Que respostas não sejam apenas sim
    Pois estas quase nunca são verdade
    Se todo meio deve acarretar certo fim
    Devemos discordar ao sentir vontade

    Dizer sim tal vaca de presépio jamais
    Porquanto sempre existe outra opção
    Olho-no-olho de todos nossos iguais

    E sem nenhuma mágoa no coração
    Sem nunca temer uma chuva de ais
    Vamos quando preciso for, dizer não.

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  10. Perfeito, Jair, passamos bons anos de nossa vida sendo educados - como nos ensinaram -, e que pena que muitas vezes encontramos a maneira certa de agir bem mais tarde. Por isso dizemos: que bom seria minha cabeça de hoje num corpo de ontem! Nada é perfeito. Mas prefiro minha cabeça de hoje...
    Obrigada, Jair.
    Abraço.

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  11. Olá Tais, o quanto me vi no seu texto em tempos de aprendizado. Dizer esses nãos era motivo de rebeldia, no entanto ensinei meu filho e continuo lembrando meu marido a dizer alguns nãos pela vida.. e eu continuo me exercitando....rs Parabéns, querida, é sempre prazeiroso ler teus escritos!Beijos.

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    1. Olá, Vilma, pois até hoje estou aprendendo, o difícil é acertar a hora, o momento. Nas relações o que mais falta é diplomacia! Então o título: Saber dizer não...
      Beijos, querida! Muito obrigada pela presença.

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  12. Precisamente.....é uma arte saber dizer Não ...Mas eu acredito na diplomacia.....só que é difícil ser diplomata.....
    Então no que ficamos?????
    Cá para mim....depende do momento......Logo se vê.....!!
    Mas se a outra parte não entende e for preciso....ponho as mãos no chão........e.....
    Adoro como desenvolve os temas......,todos são bons para isso....
    Um abraço

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    1. Pois é, Andrade, ser diplomata requer anos de estudo!! Essa sua pergunta...
      'Então, como ficamos?'
      Pois até hoje pergunto o mesmo. Tem o 'quando, onde e com quem aplicar o Não'. E assim mesmo podemos pegar sarna pra nos coçar. Existem pessoas que se contestadas, dão trabalho.
      Sempre meu obrigada pela sua presença!
      Abraços, Andrade.

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  13. Depende. Talvez por estes motivos , querer fugir da polêmica, do contraste é a existência de uma classe inerte , omissa que deixa tudo como está. Por ex. não concordo que somente a cultura latina meta o bedelho na vida dos outros.Vide USA.

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    1. Olá, Magui, não se trata de fugir de uma polêmica saudável, de colocar nossa opinião com cabeça fria nas áreas sociais, políticas, etc. Falo de confrontos inúteis que não leva os oponentes a lugar nenhum a não ser armar barraco.
      Falo em preservar a tranquilidade quando notamos que o outro só mantém sua opinião puramente para contestar, viciado que está nessa prática.
      E sobre os latinos, é um tipo de intromissão peculiar, mas é lógico que existe o tal 'meter o bedelho' em outras 'praças', uns mais, outros menos.
      Você falou USA? Não há dúvida, mas não foi esse tipo de intromissão que falei. Falei num âmbito mais restrito, no nosso dia a dia.
      Abraços pra você.

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  14. Cronica boa Taís, ja lemos muito sobre esta dificuldade e muito ainda vamos refletir sobre esta capacidade tão admiravel. Porque não é nada facil exercer esta determinação.
    Diria Caetano Veloso em desabafo: eu digo não ao não. É proibido proibir numa de suas canções.
    Eu bem que busco esta mas as vezes por extremo zelo da boa vizinhança eu me calo num não pelo sim.
    Uma boa semana com meu terno abraço amiga;
    Bju de paz e luz nos seus dias de alegria

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  15. É isso mesmo, Toninho, às vezes temos de trocar o NÃO pelo SIM, ou pelo silêncio.
    Isso em nosso benefício. Viver às turras ou dar soco em ponta de faca não é a medida mais inteligente. Seus comentários são sempre muito ponderados.
    Beijo. Obrigada, sempre.

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  16. Minha querida amiga Tais, você não imagina o quanto já sofri
    por não dizer NÃO. Graças a Deus aprendi que na vida agente
    precisa deixar de quer só agradar os outros.

    Excelente postagem!

    Abraços

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    1. E eu também. É um cuidado para não magoar, uma sensação de que dizer o NÃO aos outros, iremos desmontá-los. Mas na verdade, Hamilton, não temos esse poder todo. Você tocou num ponto importante: agradar os outros!

      Abraços, amigo, obrigada pela sua presença.
      Volte sempre.

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  17. Querida amiga

    Tanto o SIM,
    quanto o NÃO,
    devem ser utilizados
    com inteligência.
    Há em cada um
    responsabilidades
    e consequências.

    Cada dia, um sonho.
    É o que desejo
    aos que ocupam o meu coração.

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    1. Olá, Aluísio, certamente concordo com você: todos os nossos atos tem consequências; e neles temos perdas e ganhos. E muitas vezes temos de ver, nesses atos, o custo e benefício.
      Abraços pra você, agradeço sua presença.

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  18. Querida amiga
    Mais uma linda semana recomeçou
    Mais uma vez o sol brilhou
    Para nos abraçar com sua cor
    Sobre cada flor
    Fazendo com que tudo fique mais belo e colorido.
    Trazendo a alegria para viver a nossa vida com mais serenidade e alegria.
    Desejo a você minha paz e alegria para seu coração.
    Abraço amigo
    Maria Alice

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    1. Olá, Maria Alice, muito obrigada, querida!
      Uma linda semana pra você, agradeço seu carinho.
      Abraços, amiga.

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  19. Olá Tais! Passando para agradecer pela honrosa visita e o gentil comentário deixado com tão belas palavras no nosso Arte & Emoções. Estou retornando de um merecido descanso, e gostaria muito de continuar contando com a sua valiosa atenção e colaboração, para que possamos juntos caminhar e produzir durante todo o ano de 2014. Muito obrigado de coração pela sua amizade.

    Adorei a crônica. Realmente, dizer NÃO é muito difícil, mas às vezes se faz necessário.

    Abraços e que DEUS nos abençoe.

    Furtado.

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    1. Olá, amigo Furtado, muito obrigada pela sua presença, sempre gentil, e um grande abraço para você. Que tudo corra bem nesse 2014!
      Sucesso!

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  20. Tais, palavrinha difícil de se usar, essa. Não queremos magoar , nem discutir, e acabamos tentando sair pela tangente, o que sabemos não ser frutífero. Por outro lado, é preciso avaliar a relevância da matéria, a fim de que não criemos discórdia sobre pontos simples e que nenhuma consequência maléfica nos trará. Nesses casos, o sim, mesmo não sendo nossa primeira opção, põe fim à insistência de terceiros (rss) "bem" intencionados. Bjs.

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    1. É difícil. Chegar ao ponto certo não é tarefa fácil, mesmo porque tenho medo de cometer uma injustiça que pode se 'espraiar'. E para não cometer injustiça, é preciso ouvir (sempre), todas as partes envolvidas numa discussão, seja ela qual for for. Então decido se é o 'sim ou o não'. Mas se não for relevante, saio fora.

      Bjs, Marilene.

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  21. Viva o Não!
    Eu apredi a dizer não baixinho, quase inaudível, em tom seco, curto. Funciona bem e evita confrontos aos berros ( muito desagradáveis ). O melhor é dizer Sim em alto e bom tom. Principalmente quando estamos concordando com passeios e gastos extras. Isso faz o maior sucesso!
    Beijos do atelier

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    1. rs, Antonio, falar baixo está entre minhas preferências, odeio berros, fico fora da casinha...Talvez seja porque meu pai era ponderado e falava sempre baixo, pausado, discreto. Acho que dele veio essa preferência. Da discrição.
      Beijos ao atelier.

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  22. Boa noite Tais..outro assunto que me encaixo..
    bem, acho que tu aborda o cotidiano todo com uma visão bem ampla..
    os tais não..
    eu era o cara do não.. era não para tudo..
    me chamavam para ir numa festa era um baita Não...
    a mãe mandava fazer algo que eu não tinha lá muita voia srrs era não..
    meu professor e grande amigo sofria em só dizer sim..
    não deixavam ele dizer não..
    as pessoas motivadas por algum interesse são assim.. meu professor fez muitos cursos que não queria pq era quase que obrigado a dizer o sim..
    já eu que era o do som.. disse 3 sim num mesmo mes..
    sim para um curso que não me deu retorno.. nota... tinha dito não por email .. mas a professora não largou o osso.. e torrou minha paciencia tanto que lá foi o sim e uns pares de mil reais para o bolso dela né..
    se tivesse ido viajar pra chapada diamantina tinha aproveitado melhor lá no meio do mato e das cachoeiras rsrs
    o outro sim foi depois de muitos não para um livro que estou até hj aguardando.. não sei qual dos dois é uma piada.. o livro ou minha vida.. mais de 800 dias esperando por um livro.. me arrependo e muito .. mas vamos ver no que vai dar.. e outro sim foi emprestar dinheiro para uma pessoa que eu confiava e era meu padrinho e lá se foi meu dim dim rsrs e que bom que a tal pessoa tb se foi rsrs tem gente que é melhor que vá mesmo para que a nossa vida volte ao rumo que é para ela estar..
    sobre os alfaces eu achei bem legal srsr
    é como aqui em casa eu tenho meus vicios sabe.. minha agua é sagrada.. coloco minha jarra no sol das manhas a uns 10 anos já.. minha saude esta ali.. passei a muitas pessoas.. a minha mãe qu tem lá suas dores.. mas nunca faz.. reclamar ela tá sempre reclamando srrs porreto dos chuchu srrs quando li... já lembrei dos mesmos pois comi no almoço.. temos aqueles pequenos tipo conserva.. é bom demais.. acho que já colhemos mais de 300.. toda semana é duas chuchuzasadas srsr eu gosto.. gosto de tudo .. alface, radicci.. não recuso coisas boas..
    mas tá bem certa.. as vezes temos de relevar pq tem pessoas que se magoam e como.. e magoam a nós mesmos quando metem o fico nos nossos não quereres né.. tenha uma linda noite.. beijos e até sempre querida amiga

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    1. Acredito que o 'não' temos de exercitar até o final da vida. Não sei o porquê, mas tem gente que precisa mandar sempre, tipo sargentão, não dá folga. Acredite, estou sempre tentando me fortalecer para dar um NÃO! Não é fácil, você sabe. Em cima de cada pessoa tem uns 10 mandões batendo a tecla para nos convencer que o jeito melhor não é o nosso e sim o delas. Isso é tão desagradável que é uma das poucas coisas que me tira da casinha... Fico um pouco 'áspera'. Mas acabo fazendo o que penso e ponto final. Tem de ser assim.
      Beijo!

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Muito obrigada pelo seu comentário
Abraços a todos
Taís