BEIJOS MORTOS
Amemos a mulher
que não ilude,
e que, ao saber
que a temos enganado,
perdoa por amor
e por virtude,
pelo respeito
ao menos do passado.
Muitas vezes,
na minha juventude,
evocando o
romance de um noivado,
sinto que amei
outrora quanto pude,
porém mais
deveria ter amado.
Choro. O
remorso os nervos me sacode.
E, ao relembrar
o mal que então fazia,
meu desespero
inconsolado explode.
E a causa desta
horrível agonia,
é ter amado,
quando amar se pode,
sem ter amado
quanto amar devia.
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Martins Fontes (1884 / 1937 - Santos)
Livro dos
sonetos: 1500-1900; organização de Sérgio Faraco.
Porto Alegre
L&PM 2010
Lindo poema, amiga Taís. Um abraço. Tenhas uma boa noite.
ResponderExcluirOlá, Dilmar, muito obrigada pela presença!
ExcluirAbraços.
Excelente pensar no ato de amar!
ResponderExcluirAbraço.
Oi, Célia, gosto imensamente desse poema.
ExcluirObrigada, abraços!
Que lindo! Não se economiza amor, mas o sentimento, quando olhamos para trás, nos parece poder ter sido ainda maior. Bjs.
ResponderExcluirÉ verdade, economia de sentimentos...
ExcluirObrigada, Marilene,
Um beijo!
OLÁ Tais
ResponderExcluirPassando para conhecer um pouco do seu e tbm de vc. Adorei a poesia, Se perdoarmos por amor tudo vale a pena. Lindo demais. Gosto de fazer amigos na blogosfera. Parabéns. Aguardo sua visita. Quando vc puder fique bem a vontade. Um feliz fim de semana.
Ana
Olá, Ana, concordo, só o amor perdoa...
ExcluirIrei sim, conhecer seu blog.
Muito obrigada por sua presença e bem-vinda ao blog!
Beijos.
Olá Tais,
ResponderExcluirLindo demais! Tocante!
À vezes se ama tanto a tanta gente e dá-se menos amor a quem mais devia e merecia. E, com certeza, é uma lembrança doída.
Ótimo final de semana.
Beijo.
De acordo!!
ExcluirUm beijo, Verinha, obrigada.
Um ótimo fim de semana.
O ruim é isso, passar pela vida é sentir que faltou alguma coisa de um tempo sem volta. Deixar alguma pendência, ter apenas existido.
ResponderExcluirEssas pendências... pura verdade, Fábio! Pior quando chegamos na reta final (rsss), e caímos na real do que não fizemos! Ou erramos o caminho.
ExcluirBeijos.
Olá Taís,
ResponderExcluiresse arrependimento do não feito é um remorso no vazio, na inexistência!
Viver é bom. Errar não é bom, mas, só existe existência nas tentativas. Certo ou errado? Sei lá, viver é preciso...
Um grande abraço. Loyde manda um beijo.
Sim, Antonio, viver é preciso, remar é preciso.
ExcluirLembrei da sua última amostra do Estaleiro, do qual acabo de ir.
Abraços a vocês, um beijo especial na Loyde.
It is a very beautiful poem.
ResponderExcluirI wish you a nice weekend.
Greetings.
Beijos, querida Pantherka!
ExcluirObrigada, bom fim de semana.
Boa tarde, Taís. Belíssimo!
ResponderExcluirO arrependimento sempre vem depois quando a mente é consciente, mas na maioria das vezes, já não podemos mais transformar uma situação geradora de tal fato.
Tenha um domingo de paz.
Beijos na alma!
Oi, Patrícia, infelizmente é isso mesmo. Adoro esse poema, tão verdadeiro!
ExcluirUma ótima semana pra você.
Beijinho!