30 de janeiro de 2011

AS CRIANÇAS DE OUTRAS GERAÇÕES



- Tais Luso de Carvalho

Dizem por aí que ser criança é uma maravilha!  Peraí: estão falando dos filhos e netos da Rainha-mãe, lá da Inglaterra, de filhos de magnatas e coisa do gênero? Ah sim... 

Fui uma criança normal, amada, cuidada mas tive meus medos, minhas dúvidas e minhas inseguranças. Toda criança tem medo de perder os pais, e eu tinha, também.  É óbvio que ser criança hoje é mais complicado, há muito mais liberdade, começando pela Internet. Educar é difícil. Os pais precisam uma mente de agente investigador.

O que a minha geração  tinha de bom era uma infância real: brincadeiras no rio, na chuva, nas árvores, bonecas, bambolês, carrinhos, pé no chão, pulávamos corda e brincávamos de amarelinha - riscando as calçadas. Usávamos batom e salto alto (da mãe) para passarmos por uma linda mulher... Mas não havia uma obsessão pela sensualidade e sim a vontade de sermos adultos.

Porém, o fato de ser criança - de qualquer geração - nunca foi e nunca será um mundo encantado. Criança sofre: criança tem mil medos e uma montanha de inseguranças. Criança não vive num eterno paraíso; se assim fosse, não haveriam psicólogos e psiquiatras infantis.

A minha geração é aquela que dormia embalada por historinhas que falavam no bicho-papão, no boi-da-cara-preta, na rosa que morreu despedaçada, no 'cretino' que atirou o pau no gato, no lobo mau que comeu a 'véia'...  E bota medo nisso! E ainda levávamos uns 'para-te-quieto' pra ficarmos mais tranquilos na casa dos outros. 

Mas, crescemos, deixamos a criança adormecida,  e estamos  aqui, de vento em popa, alguns com filhos já criados, contando histórias nos  blogs, trabalhando, administrando nossos problemas e tentando melhorar alguma coisa. Ou talvez coisa nenhuma. Falando a verdade eu encerrei a minha 'cota'. Meus filhos estão bem crescidos, educados e realizados. Agora é tudo com eles.

Hoje, a criança vive  grudada na saia da mãe. Rapidamente desgruda, fica rebelde e começam os atritos. Verdadeiros rolos. Principalmente nos shoppings. Sim, porque quando a criança de hoje quer... QUER!!  Aí entra uma conversinha  na base do papo-cabeça. 

As crianças de hoje também vivem às turras com os irmãos, primos, colegas de escola... tudo igual, mas com um agravante: são crianças criadas dentro de apartamentos em frente a uma tela de computador - conversando sabe-se lá com quem - e dependuradas num celular. Conectadas 24 horas.

É difícil este processo atual de educar, o mundo mudou completamente. Não reconheço minha infância nos dias de hoje; com 13 anos todos querem ser emancipados!

As crianças de hoje dormem ao som de noticiosos  ou embaladas ao som de novelas - com personagens  psicopatas. É um embalo e tanto. Almoçam e jantam assistindo  a programas de atrocidades, com medo de saírem à rua e com medo de ficarem em casa sozinhas. E a Internet facilitando o jogo. É aquele negócio: se ficar o bicho come, se correr o bicho pega.

A 'turminha' de hoje só conhece o mundo informatizado: os principais brinquedos são o  computador e o celular, cheio de joguinhos de guerra e coisas inúteis, sem relevância para suas mentes em desenvolvimento.

Estou convicta de que saí no lucro: mesmo com os medos de criança, uns para-te- quieto e alguns rolos que eu mesma armava. Eu não tinha Internet, mas fazia lindos bolos de barro, com cobertura de chocolate e salpicado de granulado. E oferecia a quem quisesse dar uma provadinha... Só lembro que alguns adoravam e repetiam. O bolo acabava em dois toques com algumas xícaras de café. E depois dizem por aí que criança não tem maldade!  

Acredito que hoje  não se faz mais bolos como antigamente. 

Geração atual


26 comentários:

  1. É o modo como as pessoas consideram o roubo da maçã que faz da criança o que ela é ...

    Abraço.

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  2. Sabe, é simplesmente um crescimento acelarado que botamos em nossa criança, pois quantas desta tiveram aulas de inglês, de judo e dança na escolinha?

    Fique com Deus, menina Tais Luso.
    Um abraço.

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  3. Bem, digamos que é tudo uma questão de quantidade de estímulos e influências difíceis de serem filtrados e controlados. Há tempos atrás falava-se à criança numa conversa em particular, hoje temos que tratar com elas em meio ao burburinho público de um parque de diversões, ou da Avenida Paulista. Rs.
    A visão da infância como um paraíso é sempre regressiva, contrastada pelas exigências e lutas da vida adulta. Enquanto a vivemos, não reconhecemos esse Éden, só mais tarde é que o consideramos um lúdico paraíso perdido, embora para muitos adultos com infância infeliz se dê o contrário.

    Abraço.

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  4. Nossa é exatamente isso,nada como voltar aos velhos tempos,se bem que hoje em dia,as pessoas só querem o que está na modo o que é novo e esquece do velho,e diz: _Quem vive de passado é museu.
    Devemos ser um museu sempre!
    Parabéns...Gostei muito.

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  5. Parabéns! Que blog mais chique que esta este de cara nova??

    Crianças - não; não é um mar de rosas ser nem ter. Por isso planejei namora, noiva,contruir casa, casa, voltar a faculdade e agora ao terminar vamos ao prosseguimento dos planos maternos (aos 37a); sem traumas sem neuras.

    Fui uma destas crianças antigas que vc descreveu, tenho sobrinhos hoje que são crianças modernas , com valores antigos (no blog tem post do niver de 15 dos gêmeos); tenho enteado que estará completando 18, esta indo para o terceiro semestre da faculdade (Federal); educamos com liberdade; não com libertinagem - às vezes umas "modinhas"; modismos não, conversas "psicológicas" até quando elas resolvem para explicar após isto medidas preventivas e eficazes.
    Bem minha familia é "careta" "quadrada", todo mundo em escola pública e conquistando espaço em cursos federais; ninguém se atreve a bater pé no shoping - levantar a voz na sala de aula; esculachar os pais; Glória a Deus e a caretice, mas temos a graça de formarmos pessoas não uma nova leva de malfeitores.
    Bem meu baby vai chegar e é bom ele(a) se aconstumar desde a concepção, rs,rs,rs que não vai vir a passeio num parque de diversões, que nós pais vamos transforma-los em "gente" já que na forma humana ja nascemos.

    Bjão amiga e parabéns pelo post. adorei!

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  6. Oi Tais
    Concordo plenamente com você. Hoje as crianças parecem adultos em miniaturas, sem cultivarem a inocência tão característica da minha época. Não é saldosismo, mas sim a constatação de uma triste realidade.
    Beijos

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  7. Quando eu comecei a ficar adulto era muito comum dizer "ah, que vontade de voltar a ser criança..." Hoje, só despertaria para esse sonho novamente se fosse possível voltar a ser criança, nos tempos em que fui criança. Essa infância de hoje não me atrai mais nem um pouquinho. Ótima a reflexão, Taís. Tenha uma bela semana. Paz e bem.

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  8. É, eu tbm acho que saí no lucro!Fiz muitos bolos, tinha fazendinhas cheias de bois/mangas, meus pés sentiam as consequencias de correr o dia todo no asfalto quente, e meus medos e inseguranças eu resolvia tudo rapidinho, pra dar tempo de procurar um lugar bem legal pra me esconder, pra correr até um montinho de areia pra não ser pega. Meus filhos serão criados a moda antiga, pelo menos é o que eu pretendo...Adorei o post! Beijos amiga

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  9. Saudades da minha infância, Taís! Sim, vc tem razão: hoje as crianças já nascem nesse mundo conectado, cheio de computadores, máquinas falantes, IPod, Ipeds e o escambau...

    Eu, como vc, me lembro das minhas brincadeiras... mãe da rua, pega-ladrão, esconde-esconde, futebol na rua (no meio da rua!). Dia de chuva a gente fazia um dique na sarjeta, para represar a água: tijolos, madeiras, areia da alguma obra ali perto... que saudades!

    bjão
    Cesar

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  10. Taís,
    Eu também vivi aspectos da infância que vc viveu. Essa vivência da infância naquilo que tem de essencial, ou seja, próprio à fase, contribuiu para a formação de um adulto que assume sua condição de adulto sem deixar de ser criança quando as circunstâncias pedem. Assim, consigo balancear a vida e levá-la com muito mais leveza. Não pulei etapas nem efetuei cortes. Hoje sinto-me bem sendo a criança que um dia fui sem deixar de ser o adulto que o momento exige. Excelente texto. Bjo.

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  11. Fantástico Tais. Toda vez que venho aqui e leio suas crônicas me deparo com o cotidiano vivo dos dias de hoje.
    Concordo integralmente. Mais uma vez. Esses dias eu estava comentando com uns amigos que, na minha infância inteira eu tive bolas. Furava uma e eu ganhava outra. Nunca de couro. Sempre de plástico. E quando demoravam a repor aq ue havia furado eu mesmo improvisava com bolas de meia. Também tinha um jogo de botão em que os goleiros eram caixas de fósforo vazias e os jogares eram fichas destas do tipo que usa em casino. Os números eram recortados de meses acabados do calendário e colados nas fichas com cola tenaz. E também lembro de um tratorzinho de plástico, desses que hoje se encontra nas lojas de 1,99. Esses foram os meus brinquedos. Mas para concordar contigo, só a minha filha entre bonecos de plástico, de pelúcia e bonecas tem mais de trinta.
    É bem como tu disse.
    As crianças de hoje são muito precoces. E isso tem um lado muito ruim.

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  12. Prezada Tais, por falar em criança, deixo a minha contribuição.

    AO LEITOR ADULTO

    Vocês dizem:
    - Cansa-nos ter de privar com crianças.
    Têm razão.
    Vocês dizem ainda:
    - Cansa-nos, porque precisamos descer ao seu nível de compreensão.
    Descer, rebaixar-se, inclinar-se, ficar curvado.
    Estão equivocados.
    - Não é isto o que nos cansa, e sim, o fato de termos de elevar-nos até alcançar o nível dos sentimentos das crianças.
    Elevar-nos, subir, ficar na ponta dos pés, estender a mão.
    Para não machucá-las.

    ( Introdução do livro de Janusz Korczak, “Quando eu voltar a ser criança”)

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  13. Ser criança - já começa pela idade que hj determina onde acaba a infância e começa a pré-adolescência.
    *a nossa puberdade sumiu.
    O ciclo vital mudou!!

    Eu vejo na infância a capacidade criadora da criança, o mundo fantasioso em que pode mergulhar, embora os jogos atuais envolvam e estimulem a violência, a truculência nas ações - mas existe medo, sentimento de desamparo, carências profundas. Tua reflexão - sempre muito lúcida - mostra a outra face da moeda, e como avó desta geração, me inquieta o que vejo (e o que enxergo lá adiante), vinda dessa infância com as brincadeiras que vc relembra. Outro mundo - alguns dizem precário - que deixou histórias para contarmos aos pequenos - e saudade para sentir!

    Um grande beijo, com meu carinho!

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  14. Taís, nós ainda temos aquela criança que se pode chamar de criança dentro de nós. As crianças, hoje, já nascem obrigadas a absorver conceitos adultos.

    O que eu ouço mais é: ah, não dá para manter as crianças longe do computador. Seriam como ETs em meio aos colegas de escola. É só nisso que as crianças de hoje pensam e falam!

    Aqui em casa há regras: é preciso boas notas na escola, bom comportamento, - e ler -, para ter acesso ao computador uma hora por dia. No fim de semana, minha neta, que tem 10 anos, ganha meia horinha a mais. A exceção só existe quando há um trabalho de escola que exige o computador. E ponto.

    É uma criança alegre, feliz. Uma criança. Ainda acreditamos em alguns antigos conceitos para educar.

    Eu morro de rir com um amigo que diz que, atualmente, a primeira coisa que, uma criança diz quando está aprendendo a falar é da-da gu-goo(gle).

    Bela crônica, amiga, em todos os detalhes.

    Bjs, querida. Inté!

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  15. Bem lembrado Tais,a infância agora dura tão pouco tempo,menininhas de 5 aninhos e com cabelinhos pintados,vestindo-se como mocinhas,os meninos com luzes no cabelo,já não parecem mais crianças e sim a projeção dos pais.
    A infância e seus medos é uma parte essencial da vida,ela precisa se vestir de magia,de historinhas onde os bichos são personagens,precisam rir brincarem,e chorarem descontraidamente,porque na idade adulta,nem sempre se pode...E não se tem mais como voltar aos folguedos da infância.,,
    Parabéns e um grande abraço!

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  16. Taís, hoje pela manhã eu fiz um comentário bem caprichado sobre esse post e na hora de publicar caiu a internet e perdi o texto. Fui trabalhar e agora estou tentando dizer que gostei da crônica. Quando eu li o texto imediatamente começou a passar o filme da minha infância: um longa metragem cheio de aventuras, tristezas, alegrias e expectativa sobre o futuro quando eu seria um adulto. Meu sonho maior era ser pintor, um desenhista...
    Um abraço, Loyde, a musa do atelier, manda um beijo.

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  17. Parabéns Tais pelo post bem escrito e atento às complicações de hoje. Tenho netos e vejo bem, o quão verdadeiro é, o que vc escreveu. Computador, televisão, celulares, Ipods, tudo isso mexendo negativamente com a cabecinha das crianças que são apenas vítimas disso tudo. Moro num condominio em Atibaia, repleto de lagos e muito verde, quando meus netos vem passar férias, adivinha se eles curtem isso? Não! é o computador que eles querem e eu fico numa saia justa, quero agradar e ao mesmo tempo passar alguns valores esquecidos, porém... Acabo pagando de chata se insisto para eles irem brincar, jogar bola, fazer caminhadas, soltar pipa...É complicado amiga, muito complicado. Bjs e parabéns pelo delicioso texto.

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  18. Vejo tantas crianças que nem ao menos PODEM SER CRIANÇAS. E isso é doooooooooose!!! Linda crônica!beijos,tudo e bom,chica

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  19. Oi comadre!

    Teu blog tá de cara nova!!!! Legal!
    E eu tenho um novo blog:
    http://smartviagens.blogspot.com/

    Nele você pode ficar por dentro das promoções, dar seu "pitaco", sugestão, críticas (espero que são poucas... hehehe).

    No mais, tudo certo e muito feliz!

    Beijos,

    Jane

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  20. Olá Tais!
    Vamos atravessar a fronteira do dia, conquistar o território do sábado e do domingo. Descobrir tesouros e maravilhas. Passear por praias ensolaradas e campos floridos. Colher um balaio de luar e estrelas. Deixar o coração bater com a emoção do amor. Zanzar pelo parque da gastronomia e da diversão. E lembrar que o amanhã abre os portos para quem se aventura pelos mares da vida sem medo de sorrir.

    Bom fim de semana!

    Edward de Souza

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  21. Querida amiga Tays,hoje em dia com as modernidades atuais ,as brincadeiras de criança ja não são as mesmas não sei ,se por falta de tempo por comodismo de algumas mães,ascrianças ja nem brincam para não se sujar,
    a roupa as mãos,não saem,da frente do televisor,e dos jogos eletronicos
    asbrincadeiras lindas e sádias ficaram perdidas no tempo,bjs adorei
    suas post,,Marlene

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  22. Realmente, Taís, o mundo mudou demais nas últimas décadas! Ainda estou tentando entender!
    Bjoo!!

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  23. Delicioso texto, linguagem simples e direta,e retrata uma realidade:a infância está mudando e muito rápido.Na minha infância nunca fui muito fã dessas tecnologias todas, sempre preferi o contato com a natureza. Fui uma criança bastante zen.Hoje sou uma adolescente de 17, quase 18 anos e, por um lado, fico feliz de não ter absorvido os valores "cibernéticos" das outras crianças, até porque eu não convivia com muitas, eu era muito fechada. Mas enfim, as modernidades e a euforia capitalista não podem substituir o lado espiritual, e isso deveria ser ensinado a todos desde a infância.
    bjos, excelente texto!

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  24. Olá!

    Adorei conhecer seu blog! Estava procurando no google o assunto: nem tudo são flores e fui direcionada para cá. Acabei encontrando outros textos muito interessantes, como este por exemplo!

    Gostei muito da forma como vc escreveu. E fiquei feliz em constatar que mesmo fazendo parte de uma nova geração, meu filhote, ainda com 3 anos, vive um pouco da infância de "como era antes". Ele ainda não joga video game, nem computador, brinca muito e ainda conseguimos preservar muitas coisas boas!

    Acho que o fato de moraarmos numa cidade pequena, interiorana, numa casa, e termos hábitos mais tranquilos facilita as coisas. Mas, sinceramente, não sei até quando! Espero que consigamos seguir nesra linha de educação, para tb sairmos no lucro quando ele estiver crescido e maduro!

    Estou te seguindo agora, pois quero vir aqui com mais tempo e ler mais alguns dos seus tantos textos!

    Abraços,
    Juliana

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  25. Seu texto literalmente aborda os dias de hoje, hoje com quase 16 anos, posso dizer que não fui uma criança livre. Assistia muita tv e vivia com tecnologias,ainda sou assim. Mas graças a minha criação a literatura falou mais alto e hoje gasto todo o meu tempo lendo e escrevendo. Adorei o modo em que compara os dias atuais com as outras décadas.Espero ver mais trabalhos como o seu.
    http://aeudesempre.blogspot.com.br/

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  26. Muito bom dia querida Tais..
    um tema muito bem definido por vc..
    a observação que temos no cotidiano não deixa escapar nadinha realmente..
    lendo-te volto no tempo.. nem tanto assim.. mas como recordo de tudo ainda lembro de estar na escola jogando bolinha de gude.. brincando de jogar taco na rua aqui a frente.. indo pescar.. jogar futebol o dia todo rsrs hj não se vê mais isso.. mal se vê crianças caminhando, tipo de 15 anos.. dormem até meio dia.. viram a noite no skype e as demais frescuras que a internet tão bem sabe manipular.. ou jogando video game até de manha.. meu pai sempre lembra.. ia com a funda no meio do mato srrs não acertava um passarinho ainda bem né rsrs mas ia lá se divertir, fugia dos touros no potreiro.. hj em dia é bem isso.. muitos pais dão o celular e por dentro ainda devem dizer.. vai lá brincar no celular e não enche o saco.. por isso que está triste a coisa.. não sabem mais educar..
    eu lembro que se chegava depois da e meia em casa levava aquelas mangueiras pretas nas pernas rsrs imagina o magrinho aqui né rsrs
    meu irmão tri mais rebelde se agarrava na cerquinha e levava tb.. mas cá estamos.. não usamos as porcarias que tanto viciam os novos de hj.. e com conceitos mais definidos.. dar tudo para um filho não pe educar é querer se livrar dele.. uma amiga nossa no centro da cidade esta semana parou o pai e disse.. tá errado... o pai disse... pq... pq tá faltando os guarda costas ou seja eu e meu mano.. aos fins de semana a gente vai caminhar o pai no meio e nós ao lado e ela sempre vê de dentro da loja dela.. não se vê mais isso .. mas a gente vai levando né.. beijos e um lindo final de semana até sempre

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Muito obrigada pelo seu comentário
Abraços a todos
Taís