- Tais Luso de Carvalho
Minha amizade com celular não é das melhores; adoro vê-lo inativo. Os celulares hoje oferecem de tudo; estão cada vez mais sofisticados, mas for para ficar ligada, prefiro o computador e na hora em que bem entender.
Minha última experiência com celular me deixou estarrecida: estava eu lá - num hospital - fazendo um exame de rotina, quando lá pelas tantas a médica atendeu seu celular: falava e teclava o computador... Eu ali, desconfiada, na espera que a infeliz acabasse o papo. Fiquei preocupada com a interferência que o celular dela poderia causar na máquina, como também com a distração da tal senhora, afinal, não era hora de recreio.
Naquele momento eu pensei...
Ih, essa mulher vai fazer uma lambança e esse negócio vai sobrar pra mim...
Pois não é que a desajustada, fazendo uma ecografia abdominal, ainda conseguiu combinar um programinha com uma amiga para o final da tarde?
Chegamos num patamar de total dependência da comunicação. Ninguém pode perder uma chamada telefônica; ninguém pode esperar. Aquele tec-tec à procura da última ligação é irritante.
Sei que faço parte do mundo das máquinas, do mundo plugado 24 horas e que vive de e-mails, Blogs, Messenger, Facebook, Chats, Twitter... Não tenho nada disso. Ou melhor, apenas dois blogs.
As últimas ofertas do mercado são fantásticas, deixa muita gente alienada. Aqueles aparelhos de última geração - os tabletes - fazem de tudo. Umas gracinhas. Mas tô fora.
Tenho recebido uns torpedinhos da minha operadora com uns convites para me ligar 24 horas pagando uns pilas, apenas. Também tô fora, apesar de saber que minha operadora só quer o meu bem: fique online por 24 horas e seja feliz!
Tá bom.
Você pode ir ao banheiro conectado, tomar banho conectado, almoçar conectado, andar na rua conectado e entrar num restaurante e ter a cara de pau de servir seu prato falando ao celular, cuspindo nas comidas, como vi ontem.
É fantástico esse entrosamento; é a paz que se pediu a Deus. Minha diarista faz a faxina ouvindo música Ghost! Tirar o celular dela? Perder a diarista? E se a outra trouxer o laptop? Desculpem a ironia.
Ninguém respeita mais ninguém com um celular à mão: é um barraco sem fronteiras; celular entra nas salas de médicos, dentistas, nos hospitais, nos Bancos, nos cemitérios e em qualquer lugar onde exista um ser humano. Um mundo histérico. E nada de ser discreto, é um berreiro! Zero de privacidade e obrigando todos a participar da zorra. Hajam bocas e ouvidos.
Será que nos hospícios permitem celulares? Pergunto porque esse comportamento compulsivo me parece coisa de louco.
Minha última experiência com celular me deixou estarrecida: estava eu lá - num hospital - fazendo um exame de rotina, quando lá pelas tantas a médica atendeu seu celular: falava e teclava o computador... Eu ali, desconfiada, na espera que a infeliz acabasse o papo. Fiquei preocupada com a interferência que o celular dela poderia causar na máquina, como também com a distração da tal senhora, afinal, não era hora de recreio.
Naquele momento eu pensei...
Ih, essa mulher vai fazer uma lambança e esse negócio vai sobrar pra mim...
Pois não é que a desajustada, fazendo uma ecografia abdominal, ainda conseguiu combinar um programinha com uma amiga para o final da tarde?
Chegamos num patamar de total dependência da comunicação. Ninguém pode perder uma chamada telefônica; ninguém pode esperar. Aquele tec-tec à procura da última ligação é irritante.
Sei que faço parte do mundo das máquinas, do mundo plugado 24 horas e que vive de e-mails, Blogs, Messenger, Facebook, Chats, Twitter... Não tenho nada disso. Ou melhor, apenas dois blogs.
As últimas ofertas do mercado são fantásticas, deixa muita gente alienada. Aqueles aparelhos de última geração - os tabletes - fazem de tudo. Umas gracinhas. Mas tô fora.
Tenho recebido uns torpedinhos da minha operadora com uns convites para me ligar 24 horas pagando uns pilas, apenas. Também tô fora, apesar de saber que minha operadora só quer o meu bem: fique online por 24 horas e seja feliz!
Tá bom.
Você pode ir ao banheiro conectado, tomar banho conectado, almoçar conectado, andar na rua conectado e entrar num restaurante e ter a cara de pau de servir seu prato falando ao celular, cuspindo nas comidas, como vi ontem.
É fantástico esse entrosamento; é a paz que se pediu a Deus. Minha diarista faz a faxina ouvindo música Ghost! Tirar o celular dela? Perder a diarista? E se a outra trouxer o laptop? Desculpem a ironia.
Ninguém respeita mais ninguém com um celular à mão: é um barraco sem fronteiras; celular entra nas salas de médicos, dentistas, nos hospitais, nos Bancos, nos cemitérios e em qualquer lugar onde exista um ser humano. Um mundo histérico. E nada de ser discreto, é um berreiro! Zero de privacidade e obrigando todos a participar da zorra. Hajam bocas e ouvidos.
Será que nos hospícios permitem celulares? Pergunto porque esse comportamento compulsivo me parece coisa de louco.
"Pegamos o telefone que o menino fez com duas caixas de papelão e pedimos uma ligação com a infância."
ResponderExcluirBeijo.
Adorei os teus "celu", gente sera que estão namorando?kkkk
ResponderExcluirAmiga adorei a crônica, sinceramente eu tenho três aparelhos dois de operadoras diferentes e um com o código 51 para me comunicar mais economicamente com a parentalha.
Thá! mas não sou maluca,kkkkkkkkkk.
Não levo para faculdade,igreja, hopitais(sempre no silencioso), lembra do que te comentei sobre o hospital de Gramado? Pois é em hospitais é complicado em determinados locais.
Agora quanto a sua indagação a hospicio não sei te responder; mas já vi gente internada em casa de "recuperação mental pedindo para parentalha levar o celu".
Bjs querida!
PS: Quantos a teus selinhos... vão ficar lá a menos que tenha problema de configuração do blog. Lembra da propaganda da Skol "Capaz! O que é daqui não saí daqui"
A impressão que dá é que algumas pessoas nasceram com o celular acoplado, pois não o largam por nada desse mundo. Aff!
ResponderExcluirVisitar você é uma alegria para mim!
Tenha uma linda semana!!!
_*_*_*_*________*_*_*_*_
___*_________*___*__________*
__*____________*_____________*
__*______ ___VOCÊ____________*
___*___________É____________*
____*_______MUITO_______*
______*____ESPECIAL__________*
________*_ PARA MIM________*
__________*__________*
____________*_____*
______________*--*
_________________
Beijocas, muitas!
Sônia Silvino's Blogs
Vários temas & um só coração!
Bem, Tais. Você já sabe o que eu penso sobre o famigerado aparelhinho.. rsrsr E sabe também que eu acabei me rendendo.
ResponderExcluirMas ainda tenho um pouco de dignidades. Nada de jogos. Alô? Fala quem pagou. Assunto e tchau.
Beijo grande.
A sua crônica, além de hilária, está corretíssima: estes tempos de informatização nos fazem passar por cada uma. Desde o dia em que eu comprei o meu primeiro aparelho celular, vivo procurando meios de perdê-lo definitivamente.
ResponderExcluirOi Tais
ResponderExcluirNão sou viciado em celular, a maioria das vezes que saio, o esqueço em casa. Nunca comprei um, o que tenho foi presente. O que mais me irrita nessa paranóia, é a pessoa dirigir falando ao celular,isso é a mais completa prova de irresponsabilidade.
Bjux
Também não gosto de telefones apesar de adorar me comunicar. Pena que a tão útil tecnologia acaba afastando as pessoas pela comunicação.
ResponderExcluirAbraços!
Kenny Rosa (http://cronicandocomvoce.blogspot.com)
Oi, Taís! Meu comentário é bíblico: "atire a primeira pedra" quem nunca se irritou com estas geringonças adoráveis e detestáveis. Levei minha filha ano passado ao neurologista, coisa séria, suspeita de disritmia e o cara falando sobre casa e apartamentos que ele estava construindo, nos deixando esperando e ouvindo sem querer sobre seus negócios particulares. Minha filha (com 12 anos) me disse que se tivesse autonomia ela não voltaria naquele médico. E olhe que ela é uma possuidora de um! Eu também não tenho uma relação muito amistosa com certas tecnologias que nada acrescentam à gente. Abraços. Paz e bem.
ResponderExcluirTaís, com certeza, o mundo conectado tem lá suas vantagens e desvagens. Antes só queríamos um celular para falar; hoje os aparelhos é capaz de tudo, menos uma comunicação como gostaríamos sem cair a conexão.
ResponderExcluirE o pior de tudo, é aqueles que resolve falar naqueles viva voz que todo mundo tem que escutar sem qurer. Quem faz isso, pra mim são pessoas que querem aparecer. Como sempre seus posts são excelentes.
Bj
Taís,
ResponderExcluirLi pensando em mim,
tenho três celulares, três operadoras diferentes,
e detesto atender telefone, seja fixo ou móvel...
quanto mais tecnologia, mais não gosto...rsrs
mas levo para todos os lugares onde vou...kkk
às vezes não sei com quem estou falando,se é da operadora x, ou y, ou z...
daí, preciso parar para pensar...hehehe
Desteto também estes joguinhos dos cel, e pior é ver a pessoa do meu lado jogando,
eu falando, e ela nem aí...kkkk
Agora, me dá um pc, um note na mão...rsrsrs
adoroooo...
beijos
vá me visitar sempre
Oh, admirável mundo novo!, como lembrou um leitor meu recentemente...
ResponderExcluirPois é, Taís, também ando de saco bem cheio de tanta parafernália e conexão. To como vc: Tô fora! Aliás, está crônica poderia se chamar "Conexão? Tô fora!" rs
bjo
Cesar
Tais,
ResponderExcluirdemorei mais de dois anos p/ ter um celular daqueles modelo-tijolão. Me recusava a ser monitorada 24h por dia. Sempre os considerei invasores da privacidade, deselegantes e inoportunos.Vi muitas cenas como as descritas por ti e ainda fui vítima doutras tantas iguais ocorridas em salas de aula, seminários e afins.
Claro que me rendi "ao futuro", mas relutante até hoje.Tenho um basicão e nos damos relativamente bem, mas não evoluirá disso.
Sou apreciadora de algumas novas tecnologias, com resslavas e cautela.Afinal, canja de galinha não mata ninguém, né?
Bjkas mil,
Calu
Ótimo texto... E tu estás coberta de razão! Já vi pessoas com três, quatro celulares em cima de uma mesa na hora do almoço. Já comi sozinho enquanto o coleja que jantava comigo conversava com alguém do outro lado de seu celular...
ResponderExcluirJá fui interrompido oitocentas vezes por musiquinha ridícula de celular e tenho um amigo que quando a esposa liga para ele toca o tom do plantão do jornal nacional.
Já me faltou bateria e sinal na hra em que eu mais precisava e os adolescentes passam mais tempo teclando torpedos do que se movimentando, jogando bola ou fazendo algo menos sedentário.
Um abraço! Parabéns pelo texto!
Taís, assino embaixo. Tem sido muito difícil enfrentar essa total falta de sensibilidade. Essa história de médico atender o celular durante a consulta já experimentei mais de uma vez. Bons tempos aqueles em que a secretária do médico atendia as ligações e só interrompia em caso de urgência.
ResponderExcluirPara muitas pessoas, independente de classe social, o celular parece ter se tornado uma extensão do corpo. Realmente não podem viver sem ele.
É, minha amiga... O bom senso está sempre desligado ou fora da área de cobertura.
Bjs, querida. E inté!
Putz, para mim é falta de educação atender o celular durante a consulta médica, ou assuntos mais sérios.
ResponderExcluirAté que penso que seja necessário o celular, mas não transformar a tua vida nesta tecnológia toda.
Fique com Deus, menina Tais Luso.
Um abraço.
Que texto mais inteligente e sábio entendo que a tecnologia está aí para fazer pessoas felizes,não para escravizá-las,massificá-las induzi-las a viver num mundo completamente alienado ás pessoas ou aquilo que se tem do lado.
ResponderExcluirPessoas dirigem falando no celular, brigam sozinhas nas ruas, riem, discutem, namoram, o que observo é que tudo isso
vai empurrando para um mundo muito artificial,onde olhar nos olhos,sorrir para alguém está se tornando um sonho.
Hoje ao procurar dentro de minha bolsa o número de meu celular para deixar com o chaveiro que ia consertar a porta do carro,notei que ele se assustou,não tenho vergonha de dizer que só tenho porque tem uns bons anos já que ganhei de meus filhos,
Que vivem me dando bronca porque deixo sempre descarregado, com tanta coisa para administrar, não quero me escravizar do celular também não.
Um grande abraço!
Eu segurei até não poder mais...mas a pressão era enorme ...pois todo mundo tinha e eu não...pois não achava necessário, só ia me tirar a privacidade...então tive que me render, e tenho 1 celular, que poucas pessoas tem o n°,pouco falo...não sou chegada...
ResponderExcluirBjos.
Wal.
Este comentário é apenas para dizer que compartilho da mesma angústia e preocupação. Saber usar o "dito cujo"; ser educado para o uso adequado da tecnologia: isso já seria um bom começo. Bjo
ResponderExcluirMeu celular, coitado, ficou desligado na virada de ano. Recebi mensagens, algumas importantes e nem me toquei de olhar para o bichinho. Sou muito esquecida, nunca carrego a bateria. Bem, ouvi dizer sobre um celular movido a energia solar. Não é má idéia não.
ResponderExcluirGosto de tecnologia. Mas aí a ser escrava dela já é outra coisa.
Só não vivo sem msn. Converso mais com meus amigos virtualmente do que pessoalmente. Algo ruim que esses novos tempos trouxeram, admito. Perde-se o contato pessoal. Não é a mesma coisa.
Ah... hehe... Curti sua crônica no facebook... haha
Facebook, mais uma coisa indispensável que faria falta nenhuma se não existisse.
Beijos
Deva
Oi, DEVA, não tenho post nenhum no facebook! Não tenho nada a não ser dois blogs! Não faço parte de outras redes.
ResponderExcluirNão entendi se isso você disse pra mim ou contou o que aconteceu com você!
beijos, amiga.
Obrigada!
Em tempo....
ResponderExcluirQuis dizer que exibi uma crônica sua no meu facebook. Não perde nada em não ter uma conta lá. Sabe, não é ruim nem bom, depende para que a gente usa. Às vezes, a gente gasta muito tempo com isso.
Bjos
Infelizmente....se não podes viver sem eles...junta-te a eles....Que fazer...só
ResponderExcluirpedindo racionalidade aos 'doentes'...
Será possível???..
Beijo
Parabéns pela crônica. Quando li o título associei logo a "sala de aula",imagine a dificuldade que nós professores estamos enfrentando para disputar espaço com ele. Vou levá-la para meus alunos para levantar o questionamento em sala de aula, já fico pensando os argumentos que levantarão favorável a ele...
ResponderExcluirGosto muito de suas crônicas, abraço!
Tais,
ResponderExcluirSou suspeito para falar de celulares, não os uso. Mas, como aviador, tenho que lavrar meu protesto. A proibição do uso desses gadgets dentro de aeronaves tem a ver com SEGURANÇA, portanto, vidas podem ser perdidas em decorrência da desatenção dos usuários. Outro dia indo para Brasília como passageiro, vi uma senhora dentro do avião com as portas fechadas fazendo uma ligação extremamente urgente para uma amiga. Tratava-se de uma simples fofoca. E nós, passageiros, sujeitos ao que poderia advir dessa irresponsabilidade. Gostei do texto, JAIR.
Olá Tais.. perfeita tua abordagem..
ResponderExcluiré como vejo todo este sistema..
pessoas que deveriam estar mais centradas estão mais perdidas que cego em tiroteio..
lembro-me lá por 2005 quando começou a sair os tais celulares com camera..
era uma facada.. um amigo meu comprou na epoca pagou 1500 reais.. e eu lá de boa rsrs nem ligando sabe.. pois achava o fim no tempo de escola ver pessoas com bolsas, bolsos tantos pelas roupas e sempre com a besteirinha na mão.. e lá não era o que se vê hj.. deprimente ver as pessoas indo caminhar que seria um tempo do teu lazer com o celular na mão esperando receber algo ao invés de aproveitar, observar a beleza do todo que as cerca.. meu próprio irmão.. sempre aos domingos vamos caminhar com meu pai.. e seguido ele se distrai do que estamos falando para pegar e ver facebook e as outras coisas.. ouvi de um professor que vi muitos videos no youtube que os maiores empresários.. os que fazem isso, os filhos deles não tem pq sabem do controle.. quem tem o controle nas mãos não seria burro de ficar controlado tb.. mais ridiculo é ver como a gente vê pessoas com dois ou 3 celulares e atendendo dois ao mesmo tempo.. por isso que vemos tantas mortes sem sentido para pessoas simplesmente desligadas de sua espiritualidade, só voltadas ao material.. tudo é uma ilusão e a maior de todas as ilusões é o ser humano que não quer acordar.. eu tenho blog, google+ e o face mas o face é praticamente descartavel.. entro vez que outra e são poucos contatos.. não gosto de numeros.. gosto de quem nos faz crescer passando coisas boas não é..
http://lapidandoversos.blogspot.com.br/2014/06/zumbis.html
http://lapidandoversos.blogspot.com.br/2013/11/soneto-ao-celular.html
http://lapidandoversos.blogspot.com.br/2014/03/humanos-controlados_31.html
aqui são alguns dos poemas..
tenha um lindo dia bjs amiga querida