- Taís Luso de Carvalho
Aproveito
para dizer que não é trauma de infância, não é frescura e nem
transtorno obsessivo-compulsivo: o meu problema é hereditário.
Trago
comigo uma difícil herança que recebi de minha mãe: a mania de
programar qualquer almoço ou jantar com organização e horário britânico.
Será defeito? Sim. Minha
mãe era muito exagerada no capricho e nos horários, o que não
deixou de ser um pesadelo para mim. Tentei imitá-la,
mas não consegui. Ela conseguiu; eu enlouqueci. E agora, que o negócio está
crônico, não resta outra coisa a não ser cortar essa coisa estressante, sem
piedade. É matar ou morrer!
Lembro que meus
pais davam seus jantares com todo
esmero. Mas era outra época. Minha mãe conseguia ficar feliz. Tudo era perfeito. A empregada – dona Clara –
era uma cozinheira de origem alemã. Minuciosa e um autêntico
sargentão, cumpria todas as ordens de minha mãe. E assim fui vendo
as coisas acontecerem em perfeita sintonia. Ninguém surgia como
fantasma na porta de nossa casa.
Mas
hoje a coisa é diferente: as pessoas aparecem sem avisar. De repente
batem na minha porta com um Oiii,
estava passando e vim ver como você está!
Caramba...
Isso
acontece de vez em quando, lá pelas 9 horas, quando estou
desguedelhada, ou então perto do meio-dia... Por
que não perguntam a que horas estarei em casa? Não gosto de surpresas.
Mas nessa era da informática parece que falta comunicação, todos
estão offline da vida real.
Mas
continuando, o meu
ilustre
acha
que me estresso demais quando me proponho a fazer um jantar ou
almoço. É mais um problema para administrar: o marido! Tenho de
provar, em plena loucura, que estou ótima! E o tempo passando... Mas
os homens são todos iguais, não notam o desenrolar do nosso
processo
criativo.
Mas
até entendo; eles são direcionados para coisas mais práticas.
Na
verdade, eles estão cobertos de razão. As mulheres se desgastam
muito, são detalhistas nesses raios
de
festerês
da
vida.
Lembro
de um dos nossos almoços: um inesquecível sábado.
Eram 14 pessoas e inventei de fazer um fricassé e outras gororobas
afrescalhadas, pois davam um toque chique nos pratos.
Um
dia antes, a empregada deixou tudo cortadinho, adiantado. Mas quem
disse que ela apareceu no sábado para ajudar? A mulher sumiu. Arregacei as
mangas e fui à luta com as armas que Deus me deu, ou seja, com uma
alta dose de neurose.
Lembro
que Pedro ficou penteando nosso cachorro; minha filha não sabia que
a empregada faltara e foi fazer as unhas; meu filho tinha um
campeonato de tênis. Os banheiros já estavam brilhando, mas isso
até meu filho chegar com seus tênis cheios de saibro vermelho. E o nosso
cachorro
resolveu endoidar, corria se sacudindo de faceiro. Ele adorava
visita,
era carente.
Fui
com bastante tempo à cozinha terminar os pratos. E o tempo
passando...
Quando
faltavam 50 minutos para o batalhão
chegar,
entrei em crise: o desgraçado do frango não cozinhou. Uma espuma
enorme se fez presente deslizando pelo fogão. Resolvi dividi-lo em mais
panelas;
removi a espuma e recomecei. Só lembro que suava e tentava me
acalmar. Apelei
para
a filosofia budista! Altos papos com Buda.
Aos
10 minutos do combinado terminei de lavar a pilha de louça
e
soquei toda a louça molhada dentro do armário.
A
mesa estava decorada com flores, a cozinha limpa e eu com cara de
defunto fui tomar banho. Entrei no chuveiro e os convidados tocaram a
campainha! Não sei porque lembrei da Clínica Pinel – para doentes
mentais. Só
lembro que saí arrumadinha, perfumada e com cara de que tudo estava
tranquilo demais. Tudo muito ajustado na minha cabeça. Tão ajustado que me deu medo.
Mas
foi
o último dia que recebi um batalhão pra almoçar. Naquele mesmo
dia
jurei, sobre os 7 túmulos da família, que nunca mais me reportaria
àquilo.
Nesse
dia acabou a Festa de Babette:
Independência
ou Morte!!
Foi
meu último grito de desespero.
____________________________//_________________________
Oi Tais,
ResponderExcluirMais uma ótima crônica! Também já sofri do mesmo mal, ou seja: mania de perfeição.
Grande abraço, amiga!
rss...
ResponderExcluirEssa mania de tudo ter que estar nos trinkes nos mata,rs... Mas eu resolvi> Aqui em casa NADA de frescuras. Quem vem aqui já sabe e punto e basta!rs Muito tranquilo assim, mas mesmo assim, quero fazer o meu melhor. E daí, como é sem frescuradas ,dá certo! beijos,chica
Limerique
ResponderExcluirAnfitriã enrolada como novelo
Meio arrancando os seus cabelos
Recebendo com perfeição
Quantidade de batalhão
Mergulhando em feio pesadelo.
Os "modelos" nos moldam mesmo, mas ainda bem que podemos ir ajustando, durante a vida, o que não vale a pena repetir...fiquei pensando: de onde veio essa veia de humor e esse olhar tão atento que vc tem? talvez da mesma mãe valente, que internamente rugia como a leoa que dava conta de tudo com perfeição, mas precisava não perder o controle de nada para o melhor desempenho de suas tarefas...muito embora me sopre no ouvido a ideia de um pai divertido, companheiraço dessa anfitriã maravilhosa... enquanto presumo origens, me delicio com teu fantástico talento para expressar no superlativo o tempero principal das tuas crônicas...os fantasmas na porta e vc falando sozinha apelando pra filosofia budista foram hilários, agora... a pilha de louça até o teto, socadas molhadas no armário me deu acesso de riso...kkkkkkkk
ResponderExcluirVocê Tais, é o máximo!!!
A-DO-RO te ler, como sempre!
Bjão, queridona!
E fez a Taís muito bem.....O tempo não está para
ResponderExcluir'gulosos'....hihihi.
Desculpe....,não vê....,mas estou 'partindo a rir'....
Arranja cada história....Conte mais....
Beijo
Adorei!! Estes gritos de desespero temperados por grito de independência já fizeram parte das minhas resoluções bem pensadas e pesadas, mas nem sempre me libertaram de tudo.E assim continuo.Não tenha tanta esperança querida.
ResponderExcluirBjs Eloah
Olá Tais!
ResponderExcluirComo eu a entendo!!! Já lá vai o tempo em que fazia das tripas coração para fazer tudo e ter tudo em ordem. Depois que tive uma doença grave e um tanto incapacitante, pensei...e parei com esses convívios para os outros, pois eu não tinha tempo para repousar um segundo: nem antes,nem durante nem depois da festa!!!
Agora é tudo fora de casa. E ponto final!
Um abraço deste lado do Atlântico.
M. Emília
Quem dera eu tivesse partida de tênis ou qualquer outra atividade pra fugir do fluxo da cozinha em dias assim! rsrs
ResponderExcluirO bom é que também não recebemos mais tantas pessoas. Quando vêm, são parentes ali do sul de Minas e a comida vai sendo preparada com eles já em casa. O serviço tarda, mas não falha. Todo o trabalho acaba vindo depois. Mas é uma boa sensação. Só que os jantares que precisam ser feitos com esses detalhes e que precisam estar impecavelmente prontos antes das visitas, deixam qualquer um louco. Visitinha inoportuna come pão de queijo, uma facilidade que anda vindo congelada e assa em poucos minutos... rsrs
Ri bastante imaginando a situação!
Beijo!
Taís,você é fantástica em crônicas.rsrs
ResponderExcluirLi e ri muito,pois parece que eu estava dentro dessa cena,toda atrapalhada fazendo um almoço para a minha família.
Parabéns pela sua criatividade em escolher esse tema que deve ser verídico.
Bjs,obrigada pela visita e um lindo final de semana.
Carmen Lúcia.
Rsrsrsrsrsrs!...
ResponderExcluirPor aqui a gente também já não vai em nada de frescuras!
Sempre se arranja um menu bem simples e prático... convidados chegam... e vão ajudando a confeccionar o almoço e vão pondo a mesa... e sempre trazem mais qualquer coisa para o almoço... um doce... um pudim... um bolo... Ah pois é!...
E no fim do almoço... sempre tem umas almas caridosas que ajudam a limpar a loiça... só então ficam liberados para ir embora!... :-D :-D ou para ficar para o lanche ou jantar... e repetir o mesmo ritual!... :-D
Adorei sua crónica, super bem humorada, Tais!
Beijo! Bom fim de semana!
Ana
Tais achei muita graça à sua crónica e olhe, eu tambe sou assim. Não gosto de surpresas e tenho que saber com muita antecedência para não stressar, Quando tenho muita gente opto sempre por partos praticos, por exemplo assados no forno; costumo dizer que são comidads que se fazem sozinhas: não precisamos de andar a vigiar as panelas. O meu irmão esteve cá e no dia anterio uns amigos vinham despedir-se, em principio numa pizzaria; eu disse para a minga cunhada" não...vai ser aqui na minha casa " e assim foi; pus a mesa boniinha, fiz uma salada com capricho, um arrozinho e o meu marido foi buscar frango assado na brasa e costelinha num restaurante aqui perto. Depois a fruta e uns docinhos comprados numa pastelaria aqui junto do meu ap e saiu tudo uma beleza. Estivemos juntos, conversamos, bebemos um bom vinho, a lareira acesa pois tem estado muito frio e eu também pude participar da confraternização. Aqui na minha cidade todos os restaurántes preparam comda take away, então, por que não deve a dona da casaestar tranquila, convivendo com os amigos que convida? Importa a comida mais do que o convívio? Se calhar algumas pessoas criticam, mas, como a minha casa só vêm AMIGOS, não tenho medo das criticas. Sabes Tais, temos que ser práticas e começar a dar valor ao que realmenta importa. Aqui em Portugal não tenho empregada, como tinha no Brasil e sem ela torna-se tudo mais complicado; tenho só diarista que vem 4 horas à Segunda feira e três à Quarta. Amiga, adorei o teu senso de humor e agradeço- te por isso. Aqui o dia está cinzento, o frio é muito e faz-nos bem rir. Beijinho e espero que tão cedo não te apareça outro jantar desses!!! Até
ResponderExcluirEmilia
Poxa que suplício! O que era pra ser uma coisa prazerosa. E só quem repara essas coisas e dono da festa, com sujas neuras, quem vem não tá nem ai. E quando tem de falar não adianta, rs.
ResponderExcluirTais, eu tenho uma mesa que veio da Itália nos áureos tempos do ricos italianos de São Paulo para um deles. A vida foi se modificando e a família quis se desfazer dela. Eu a comprei de um marchand que era amigo da família. É uma mesa muitíssimo prática e sem igual, creio por palavras do marchand, pois diferentemente das mesas elásticas convencionais, esta para aumentar mais um ou dois tabuleiros, basta puxar novo tampo que fica escamoteado sob o tampo principal, que tudo se acomoda automaticamente sem nenhum embaraço. Mas apenas umas três vezes puxamos apenas um dos tablados daqueles. Sempre nossas reuniões são de mais um ou dois casais e são bastante esporádicas e sempre com um só prato simples - bacalhau a Gomes de Sá - mais arroz e salada. Risoto de camarão - mais salada e deu. Arroz carreteiro...
ResponderExcluirNão vale a pena se estressar - reuniões maiores, procura-se um bom restaurante e divide-se a conta. Não dá para seguir tradição, infelizmente - temos um faqueiro que usamos duas vezes... Grande abraço. Laerte.
Amiga Tais, nossa, me reportei ao passado, pois é, hoje não me estresso, não faço mais almoços ou jantares para muita gente.
ResponderExcluirQuando acontece de ter muitos para almoço ou jantar são os meus familiares, filhos, os agregados, netos,enfim... Todos que não me dão tanto trabalho, tanta preocupação!
Mas gostei muito de sua crônica, hilariante!
Abraços apertados!
Amiga Tais, nós as mulheres temos a mania da perfeição, mas tudo quanto é demais enjoa. Adorei a crónica hilariante sem dúvida, mas com uma boa dose de razão. Uma boa semana e beijos com carinho
ResponderExcluirOi Taís
ResponderExcluirUm espetáculo essa sua crônica
E não contive o riso ao imaginar a cena da espuma escorrendo pelo fogão
Almoços ou jantares só para família e mesmo assim sobra estresse
Sensacional minha amiga
Beijos
Taís...pessoalmente não gosto de "almoçaradas" com muita gente a não ser que seja apenas a família mais íntima!
ResponderExcluirÉ sempre um gosto ler seus textos...bj
É Um prazer para ler a suas crónicas
ResponderExcluirabraço
Vivemos outro tempo. Na minha casa quase todo domingo tinha um batalhão de gente para almoçar e minha avó dava conta de tudo na cozinha e minha mãe da arrumação. Eu tenho esporadicamente esta pretensão, mas me cerco de pessoas para ajudar. não sou boa de cozinha,rsrs, Ótima sua crônica
ResponderExcluirEu como você detesto cozinhar, digo sempre que se eu jogasse na Mega Sena e ganhasse, faria uma casa sem cozinha...Como não jogo, a cozinha é meu pesadelo. Nas festas de final de ano a comilança é aqui mas cada uma das mulheres convidadas(amigas e parentes), trazem um prato previamente combinado, para que não seja um festival do prato mais fácil, e eu me encarrego de arrumar o ambiente, (esperta eu né :-D). Mas todos comparecem ano opós ano...
ResponderExcluirAgora se aparecerem sem avisar vai rolar um vinhozinho, ou um cafezinho.
Ri muito com sua divertida e bem escrita crônica querida amiga, amei.
beijinhos, Léah
Olá,Tais,boa noite...sofri muito com o Toc, mas nada relacionado à perfeição,e sim à limpeza...fez muito bem em declarar que acabou a Festa de Babette. Às vezes, a mania de perfeição nos rende muitos elogios, o problema é que ele nos sobrecarrega emocionalmente e nada do batalhão que irá chegar reconhecer que fizemos o melhor do nosso melhor...agradeço pelo carinho,bom final de semana,belos dias,beijos!
ResponderExcluirPois é Taís, como antigamente as pessoas gostavam destes encontros.
ResponderExcluirLembro bem de minha infância, meu pai que mais gostava de receber as parentalha, aos domingos e a gente sempre se perguntava porque sempre em nossa casa.
Um belo grito de guerra amiga. Adios Babete!
Muito boa cronica com humor.
Um bom domingo de paz e alegria.
Bjs de paz.
Tais, que delícia de crônica. Fazer das dificuldades com humor e sutileza é para poucos e você o fez com maestria. Aqui em Minas usamos um ditado que vai te ajudar: Aceita que dói menos! rsrs e siga em frente amiga. Onde é que está escrito que temos que saber tudo? Que temos que ser boas em tudo? Relaxa e segue com as suas competências..
ResponderExcluirGrande abraço
Leila Rodrigues
Amiga Táis, como a compreendo :)
ResponderExcluirMas chega uma hora em que temos que dar um grito de libertação, chega!:)
Os seus textos captam-nos sempre a atenção, pelo esmero da narrativa e pelo seu humor hilariante e único.
Tenho família pequena nunca passei por esse aperto, mas sou rigorosa (obcecada mesmo) com a pontualidade, resultado passo a vida a esperar pelas outras pessoas. :D
Um beijinho
saborosa crónica, Tais.
ResponderExcluir"apimentada" com a irónica evocação da Festa de Babette
beijo
Aqui já passamos por isso. A solução foi simplificar ao máximo o cardápio, mas acaba sempre enrolando um pouco. A solução da musa é a seguinte: o horário do almoço é quando ficar pronto. A minha proposta complementa a dela: quem não gostar do horário ou do cardápio pode se dirigir a um restaurante ou trazer quentinha. É claro que não anunciamos isso, mas é assim. Um grande abraço Taís, suas visitas são sempre muitíssimo bem vindas! Loyde manda beijos.
ResponderExcluir0 que eu me ri!
ResponderExcluirTambém não gosto de receber muita gente e, mesmo com pouca, stresso...
Vale-me a minha filha que é muito segura de si e descontraída.
Almoço para 14 pessoas, sem ajuda! Foi uma heroína, Taís!
Para amigos, o processo da Léah é o melhor, sem dúvida.
Com os menos íntimos, que sejam poucos de cada vez.
Acho que fez muito bem proclamar a sua independencia da cozinha.
Mais uma crónica de excelente qualidade narrativa, aligeirada com fina ironia.
Uma leitura muito interessante, querida amiga.
~~~ Beijos ~~~
Eu não gosto de almoçar com muita gente, no máximo alguma amiga ou meus pais.
ResponderExcluirBeijos
Compreendo tão bem, Taís... Você conta isto de uma forma muito interessante, mas acredito que sofra de stress com muita gente para almoçar. A mim acontece-me o mesmo. E nem gosto de ajuda na cozinha. O que vale é que é muito de vez em quando...
ResponderExcluirUma boa semana, minha amiga.
Um beijo.
Nestes casos, quando há muita gente convidada para almoçar ou jantar, a minha opinião é que se deve simplificar o mais possível. Nada de pratos complicados e, se a qualidade for razoável, o melhor mesmo é comprar comida feita num restaurante perto.
ResponderExcluirPesadelos... nunca...
Boa semana, querida amiga Taís.
Beijo.
Genial este escrito, el almuerzo entre amigos o familia es hermoso, pero mejor simplificar un poco, más recogimiento.
ResponderExcluirUn placer siempre leerte.
Besos amiga .
"A festa de Babette". Excelente filme sobre a mais nobre cozinha, vinhos, queijos e pães. Se seus almoços eram assim, querida Taís, os antigos convidados devem estar 'na bronca'.
ResponderExcluirGrande abraço, bela amiga!
Oi, Amiga querida, Taís Luso !
ResponderExcluirSó me resta, do fundo das minhas emoções,
dizer: COITADINHA DE TI.
Deus me livre passar por idêntica situação,
em minha casa.
Um fraterno abraço.
Sinval.
Taisinha, parei três ou quatro vezes, quando lia esta tua brilhante crônica, pois ao me lembrar daquele dia, morria de rir. Conseguiste trazer para o presente tudo aquilo que se passou na cozinha, com aquele franco esquisito que virou espuma e se espalhou sobre o fogão, descendo até o chão. Mas por incrível que pareça, tu não foste para o hospício, e os convidados comeram e beberam sem saber o drama que viveste.
ResponderExcluirBeijinho daqui do escritório.
Como entendo você, querida amiga Taís.
ResponderExcluirMeus pais eram idênticos e fiquei desse jeito também por muitos anos.
Porém,quando notei que estava prejudicando meu sistema nervoso,parei de vez.
Que venham as visitas,serão bem recebidas,mas com simplicidade e calma.
Importa que elas se sintam bem,à vontade e eu também.
Ufa! Consegui abrir seu blog pelo celular!
Agora clique no link abaixo de meu nome e não chegará ao Google+ e sim ao meu blog.
Beijos sabor carinho e linda noite de segunda_feira
Donetzka
Blog Magia de Donetzka
Esqueci de dizer. Sua crônica é bem verdadeira e já passei tanto por isso! Mas ri muito de seu jeito de narrar.
ResponderExcluirRespondi a seus emails de hoje,5 de dezembro.
Bjinhos
Donetzka
Blog Magia de Donetzka
Pois é cara amiga Tais, a coisa é complicada mesmo ou então a gente complica. O simples é churrasco, geralmente, não há erro, ou pequenos enganos, detalhes. Mas pratos para um batalhão conforme tu relatas, às vezes dá correria e muito adrenalina no ar. Os jantares na casa de minha mãe não eram nada britânicos, os convivas eram geralmente servidos duas ou três horas após o horário previsto, mas ela não se preocupava muito com isso, desde que conseguisse o teor que havia projetado para os pratos, para ela estava tudo, ainda que um e outro falasse após evento, que não voltaria mais, porque o almoço era na era hora do lanche da tarde ou a janta na hora de dormir, ela dizia para nós, voltam sim!
ResponderExcluirJá minha esposa é mais ou menos britânica, e tem destreza na lide. Nos bons tempos raramente havia grandes atrasos ou percalços nas oportunidades em que havia festerê, aqui em casa. Mas faz tempo que não recebemos. Desde que o nosso filho partiu para o outro plano ficamos mais concentrados em nós mesmos, falta aquele clima para folia, ficamos mais espiritualizados; não beatos, nem carolas, porém, sobretudo, ela ficou mais conectada com as coisas simples, com coisas que envolvem criatividade, reflexão, desapego. etc...
Um abraço. Tenhas uma linda semana.
Também não recebemos mais, isso que narrei aconteceu há muitos anos, hoje, quanto muito essas cenas estão restringidas aos filhos, e na maioria almoçamos todos fora. Levamos uma vida nossa e acabou - o que é maravilhoso. Nada de comilanças em casa, nós mesmos almoçamos fora há muitos anos. Tudo é leve. Você está coberto de razão.
ExcluirAbraços gastronômicos! rss.
Boa tarde querida Tais.
ResponderExcluirAmo ler as suas crônicas. Me acabo de rir da sua espotaneadade Antigamente o meu marido recebia seus amigos. Mas eu me comportava como uma convidada. Chegava um pouco antes do horário marcado. E confesso que mesmo assim nunca gostei. Pessoas fútil, com raras exceções. Graças a Deus faz parte dó passado. Hoje eu recebo minha familia e raramente algumas amigas. Mas as quais eu tenho a liberdade caso seja necessário de ir até comigo na cozinha rsrs. A um tempo atrás veio meu irmão que é raro aparecer e queria ser servido com tudo nas mãos. Fui curta e grossa rsrs. Meu irmão você não é visita sabe onde fica as geladeiras da casa. Pode abrir se sinta a vontade. A da esquerda está gelando as bebidas kkk. Todos deramrisada e a nossa noite foi feliz. Sem frescura. No próximo chega ele e trouxe a esposa. E ela comentou que tinha vindo porque soube desse episódio e que gostava de pessoas verdadeira e sem frescuras. Depois disso eu ganhei uma cunhada. Antigamente as pessoas valorizaram muitas coisa é hoje muitas deixaram essas coisas para o passado. O que vale mesmo em um clima gostoso. Uma feliz dia para vocês. Enorme abraço
Precisei interromper meu irmão chegou querendo que a porta fosse aberta na hora rsrs. Enfim amiga está certíssima em da um basta. Chega o momento das nossas vidas que devemos priorizar o que fe fato nos fazem bem. Uma linda noite para vocês. Beijos.
ResponderExcluirO mais sensacional é que depois do vendaval eis que você ficou contemplada pela inspiração que nos oferece belíssimo banquete em forma de crônica deliciosa.
ResponderExcluirCadinho RoCo
OI TAÍS!
ResponderExcluirESTOU RINDO DE TI, POIS SOU BEM PARECIDA CONTIGO, ALIÁS ACHO QUE MUITAS MULHERES O SÃO. HOJE MESMO COMBINEI UM JANTAR AQUI EM CASA COM SEIS ADULTOS E DUAS CRIANÇAS E PERGUNTARAM O QUE TERIA PARA O JANTAR E EU DISSE "LAZANHA" E AÍ VEM, SOBREMESAS E ALGUNS BELISQUETES, NA MESMA HORA, MEU MARIDO OUVIU E FALOU, -CHURRASCO, ME FIZ DE CHATEADA MAS, CONFESSO, FOI UM ALÍVIO, EMBORA NÃO FOSSEM MUITAS PESSOAS, EU JÁ COMEÇARIA A PIRAR AMANHÃ DE MANHÃ, KKKK
ADOREI TAÍS.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Hola, Thais.
ResponderExcluirFelicidades. Su relato es tan divertido como real. Doy fe porque podríamos haberlo escrito a medias. Y celebro de que se diera cuenta, de que estar tranquila después de una aventura así en lugar de intentar suicidarse mordiéndose las venas, es para preocuparse
El día que nos damos cuenta de que nos estamos pareciendo a nuestra madre, es tremendo. Hay un libro delirante de dos periodistas españolas, Carmen Rigalt y Rosa Villacastín, que se llama precisamente así: “¡Socorro! ¡Me estoy pareciendo a mi madre!
Aunque al final, como todas, reconocen que por mucha rebeldía que hubiera en el pasado, el cariño siempre triunfa. Saludos prenavideños.
rsssssssssssssss... Cadaq uma! E pior que por vezes nos esquecemos do principal: a festa é pra aproveitar.rs...O ANTES nos demooooooooooooooole! Obrigadão pelo carinho por lá e são muitos mesmos os anos..Coisa boa! bjs, tuuuuuudo de bom,chica
ResponderExcluir........e eu aqui cheio de pena, a pensar que foi ontem...!!Afinal já lá vai......Uff...ainda bem.. Hoje é tudo mais prático, pois há bons pratos semi-prontos, que desenrascam na maravilha....Quem não quiser alinhar nisso.....de certeza que telefonam a perguntar se tal dia podem ir mostrar o neto, que o avô deve querer ver.....Está a perceber....Não há cá diferenças....
ResponderExcluirAdorei a sua crónica. Sempre há algo com que me identifico...
Beijo.....Cuidado....vem aí o Natal....
Mama mia,
ResponderExcluirVocê era o meu oposto: quando criança, andava sozinha na minha pequena cidade, ia à escola de manhã e à tarde a bagunça era geral: subíamos em mangueiras,cada um por si: comíamos todos os frutos, fora que derrubávamos dos muros. Era um terror! minha mãe trabalhava até tarde da noite de cozinheira, eu e meu pai comíamos lá(comi bem também, adorava camarão, carneiro e outros que esqueci.
Tive uma infância de dar inveja a qualquer um, metia o coro nos moleques se falassem alguma bobagem pra mim.
Pronto, já estava na hora do banho, minha casa sempre foi grande e bonita, enquanto enchia a banheira peladinha,kkk, tirava o mais grosso com sabão e depois me deliciava naquela banheira quentinha. Êta vida boa. A melhor fase da minha vida, é por isso que apesar das peraltices infantis, éramos inocentes e é por isso que eles vão aos céus se morrerem crianças.
Deixei um recado no Lua Singular.
Beijo enorme e obrigada pelos comentários.
Que Deus a abençoe sempre
Minicontista2
Ah!Ah!Ah!
ResponderExcluirIsso foi uma aventura!
Receber assim tanta gente, com alguma cerimónia, não era para mim, que sou muito desorganizada!
Só costumo receber família e normalmente ajudam. Tudo descomplicado!
Beijinhos e um bom domingo:)
E realmente assustadador. Ainda bem q tudo acabou bem. Tmb detessto q cheguem de surpresas.
ResponderExcluirTaís,você é fantástica!!
ResponderExcluirLi e ri muito,pois parece que eu estava dentro dessa cena... Afinal Visita na hora do almoço está querendo mesmo é almoçar, não exatamente visitar!
bj em seu coração minha grande e querida amiga... Que vc viva por longuras de anos e continue a nos proporcionar muitos banquetes como estes, descrito nesta bela cronica...
Sorri imaginando-te nessas andanças. Mesmo que tenha muita gente em casa, asseguro-me que tenho ajuda e/ou providencio comida de fora. Mas vai rareando ter tanta gente ao mesmo tempo.
ResponderExcluirSempre uma delícia saborear as tuas peripécias :)
BJO
Tais, a tua escrita é mágica!
ResponderExcluirConsegui ouvir-te e ver-te na cozinha, stressada a tratar “do desgraçado frango”.
Também já passei por situações hilariantes relacionadas com “festins” cá em casa. Davam para muitas crónicas…
Optei sempre por jantares, para poder preparar tudo com mais calma. Calma que agora começo a não ter.
Como sabes, no domingo passado sentei à mesa 11 familiares. Foi um jantar simples, tranquilo, mas eu, que parecia uma barata tonta da cozinha para sala e da sala para a cozinha, fiquei arrasada.
Basta!
A partir de hoje na minha mesa só vão caber 2 pratos.
Tais, a tua escrita é mágica, mesmo!
Obrigada pela força!
É verdade, todos os maridos são iguais. O meu me acha exagerada com a casa, com as refeições e etc e tal. Igualzinho!
ResponderExcluirFaz dois anos que não recebo muitas pessoas em casa. Até porque, acho muito mais gostoso e proveitoso receber... tipo até 6 pessoas. Para falar a verdade, nem sei cozinhar em grande quantidade e quando o número de convidados era grande, sempre era o marido na churrasqueira e ponto! Mas mesmo assim, dá trabalho.
Temos uma festa de final de ano, festa da família, para lembrar dos natais dos nossos pais e nonnos. Eram festas que duravam 3 dias. Sim, 3 dias. Claro, outros tempos. Hoje em dia, é coisa até cafona, embora os familiares gostam de lembrar daqueles dias com saudades. Mas ninguém oferece a casinha para repetir e matar as saudades daqueles tempos.
A festa acontece anualmente ou em um salão de festas de algum familiar e cada um leva 1 ou 2 pratos (aqueles feitos nos incríveis natais da família) com tudo descartável ou então, em alguma cantina italiana. Esta última, não faz a preferência, porque não tem cara de festa, não lembra dos nossos antepassados. Precisa ter um sofá pra gente se esparramar, sentar no cão, encostar nas penas de uma tia muito idosa e ouvir histórias antigas. No salão de festas sempre tem um belo sofá e um tapete para sentar. Salão de festas de um prédio, eu digo.
Sabe, tenho pensado com os meus botões sobre almoçar em um restaurante diariamente e você foi a minha inspiração. Tenho pensado muito... os botões bem sabem...
Eu gosto de cozinhar, mas para poucas pessoas. Nunca fui fã de encarar uma panela tamanho família. E nem minha mãe fazia, nas festas naquela época antiga, mãe, tias, cunhadas, nonnas e até os maridos e nonnos, também entravam no samba da cozinha e com gosto, porque em família de italiano, todo mundo cozinha. Macarrão feito em casa mais parece uma pastifício ahahaha, todos participam.
E viva a independência! Mais beijocas minha querida amiga.
"sentar no cHão, encostar nas peRnas" - ops*
ExcluirTais,
ResponderExcluirMeu Deus, "que loucura!". Muito bom! hahaha... O pior é que é um desgaste total e absoluto mesmo! Por isso que as pessoas evitam receber!
De vez em quando estou retribuindo recebendo poucos convidados.
Beijos minha querida,
Deus abençoe.