- Mario Quintana
- De Baú de Espantos.Era um caminho tão pequeninoQue nem sabia onde ia,Por entre uns morros se perdiaQue ele pensava que eram montanhas...Enquanto a tarde, lenta, caía,Aflitamente o procuramos.Sozinho assim, aonde iria?Porém, deixamos para um outro dia...Perdido e só, nós o deixamos!E quando, enfim, ali voltamosJá nada havia, só ervas más...Tão vasto e triste sentiste o mundoQue te achegaste, desamparada...E foi bem juntos que regressamos,Ombro com ombro, a mão na mão,Enquanto lenta, caía a tardeE nos espiava a bruxa negra...E nos seguia a bruxa negraQue hoje se chama Solidão!___________________________________Caderno de Literatura Brasileira / Instituto Moreira Salles
Da imaginação da infância à realidade adulta... mesmo com "mão na mão" há sempre um "bruxa" a nos espionar...
ResponderExcluirTudo o que se falar de QUINTANA, tornar-se-á redundante!
Abraço.
El traductor de tu pagina ha desparecido, si lo vuelves a poner te podré leer mejor, gracias.
ResponderExcluirOlá, Mari, vou colocá-lo!
ExcluirBeijos pra você, amiga.
Os caminhos da infância, tão belos, não se apresentam da mesma forma diante do olhar adulto. O retorno mostra uma realidade que não era observada. Não é a paisagem que muda, mas o sentir. A bruxa negra não era mais perigosa que a solidão. Uma bela escolha, Tais! Bjs.
ResponderExcluirEra um poeta em crise existencial
ResponderExcluirQue se vê como pássaros no quintal
E renega o que sua mente encana.
Como ser nobre sem ser Quintana?
Colorar em palavras de aquarela
Sem parecer a fabulosa Florbela?
Escrever sem nunca se locupletar
Como sempre o fez Ferreira Gullar?
E lhe vêm os passarinhos então
Que estes tantos outros imitarão
Mesmo que estejam em revoada
Não lhes acode imitar ninguém
Porque canto natural lhes vem
E pelo canto não cobram nada.
Recuerdos, saudades, quintanares, cara amiga Tais; e quem não os têm, se fã do nosso querido poeta?
ResponderExcluirUm abraço. Tenhas uma linda semana.
Oi Tais, esta bruxa sempre está a rondar... Tomara fossem sempre lindas e floridas, as paisagens!
ResponderExcluirUm grande abraço com carinho, amiga!
Mariangela
A infância nos traz saudades, mas na idade adulta, com outra sensibilidade enxergamos coisas que nem imaginávamos.
ResponderExcluirTenha uma linda semana.
Querida Taís ótima escolha, a imaginação infantil e a realidade adulta se encontrando, mas sempre o medo da solidão;
ResponderExcluirbeijinhos, Léah.
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Taisinha, é sempre muito bom ler Mario Quintana, esse poeta gaúcho que mais e mais aumenta o seu número de leitores, começando pelas crianças, como se vê anualmente na Praça da Alfândega durante a Feira do Livro. Quintana também é lido por adolescentes, em bancos escolares, sem falar nos adultos que com ele "convivem" em harmonia.
ResponderExcluirO poeta continua muito vivo nas suas obras. A poesia de Quintana tem, pois, o seu lugar reservado na Poesia, embora a Academia Brasileira de Letras tenha virado as costas para ele, por três vezes, não permitindo o seu convívio entre os seus Imortais.
Mas o fato inegável é que Mario Quintana é imortal para nós, que admiramos sua poesia. Poesia que está sempre se renovando, como é o caso desse poema por ti postado: "Estranhas Aventuras da Infância".
Beijinho daqui do escritório.
O Tais,
ResponderExcluirLinda poesia de Mario Quintana, já havia lido, mas o que é bom tem que ser repetido muitas vezes até nos exaurir.
Adorei o carinho deixado lá
Beijos no coração
Lua Singular
Vim ler os comentário que fazem do
ResponderExcluirseu trabalho e deixar um beijo, tão
somente.
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Lleno de encanto y de misterio ¿fué una presencia perdida para siempre? Nunca volvió pero dejó la soledad. Es toda una experiencia leer poesía en tu idioma y tratar de profundizar en su significado, así es que...puede que no lo haya entendido bien.
ResponderExcluirUn abrazo. Franziska
Oi Tais
ResponderExcluirObrigada pelo carinho
Beijos no coração
Minicontista2
Boa tarde, querida Tais, obrigada pela visita e comentário. Voltarei para ler e deixar meu comentário. Beijos!
ResponderExcluirTais, não sei o motivo, mas a poesia me lembrou a antiga música de roda "Se esta rua, se esta rua fosse minha..."
ResponderExcluirAbraço
Saudades da infância numa conotação adulta que busca no íntimo do ser as suas vivências infantis
ResponderExcluirUma escolha maravilhosa Taís
Um super beijo querida
Que lindo... Gosto muito do Mario Quintana.
ResponderExcluirBeijão, Taís!
Oi querida Taís,
ResponderExcluirUma bela tarde e um ótimo pôr do sol.
Abç
Minicontista2
Vá de retro......Não deixemos a solidão entrar.....
ResponderExcluirVou conhecendo Mário Quintana , e o comentário
do Escritório ao Lado...também ajuda..
Beijo.
Olá Tais,
ResponderExcluirNão conhecia este belo poema de Quintana.
Já ia dar minha interpretação a ele quando me lembrei de uma frase do próprio Quintana a respeito da interpretação de um poema e, então, desisti, ficando apenas na sua apreciação. Segundo ele "“Não tem porque interpretar um poema. O poema já é uma interpretação.” Se ele disse, então não vou macular o seu poema com minha interpretação-rsrs.
Gostei da tela. A magia da infância persiste, não obstante a visão adulta da realidade.
Beijo.
UN GRAN POEMA. GRACIAS POR COMPARTIR.
ResponderExcluirABRAZOS
OI TAÍS!
ResponderExcluirLINDO O NOSSO "QUINTANA".
O COMENTÁRIO QUE A VERA FAZ, ME REPORTOU TAMBÉM A ESTA FRASE DO MESTRE, QUE SABIA TUDO DA ALMA DE QUEM ESCREVE, NOS DANDO CONTA DE QUE NÃO HÁ COMO INTERPRETAR UM POEMA SENDO QUE ELE É A PRÓPRIA INTERPRETAÇÃO.
ABRÇS
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http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Gosto muito de Mario Quintana:)
ResponderExcluirCoisas do Quintana, o passarinho ousado das letras.
ResponderExcluirLinda partilha.
Abraços amiga.
Minha querida amiga Tais, sempre maravilhoso viajar nas palavras de Mario Quintana...sempre uma doçura, uma inocência, como na infância...os caminhos que ora estão sob nossos pés, ora somem com num passe de mágica. Estou lento e sentindo o peso do ano, ando um tanto cansado, mas sempre lendo tuas postagens, não consegui abrir o filminho da crônica Super Adrenalina, mas é uma leitura ótima. O Guga é muito lindo, é da cor caramelo, como o meu Teimoso.
ResponderExcluirps. Carinho respeito e abraço.