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Tais
Luso
Nunca
gostei de despedidas.
E muito menos de retrospectivas
do ano agonizante. Não
me cai bem. Naturalmente nunca
mudei minha
opinião,
nunca tive sonhos na passagem
do Ano-Novo. Também
jamais
tracei metas. Sei que não faço
parte do pelotão dos animados, mas isso não me incomoda.
Nesses
anos todos, vim
observando
e consolidando
minhas
ideias
a
respeito dessa
festividade e do
comportamento
humano. Da
mesmice,
da continuidade
de
nossas atitudes
após a festa. Se
isso
adiantasse
o mundo seria outro, porque passagens e oportunidades tivemos aos
milhões.
Temos
nossos
defeitos e virtudes. Dos defeitos, somos perdoados com sinceridade.
As virtudes, segundo Nietzsche, são difíceis de serem reconhecidas. E como
poderia eu discordar do filósofo se observo que a virtude incomoda grande número de pessoas? Certas atitudes nunca se ajustam nessa
passagem de ano. É muita festa... Muito oba-oba.
Também
me
interrogo:
por que comemorar
um momento - meia-noite -,
se
dezembro
e
janeiro
são
separados por horas?
Não
seremos
as mesmas pessoas no ano que se finda
e no outro
que se inicia? Poderia eu
mudar minhas atitudes, consolidadas, em minutos?
Foi
pensando
na importância das
metas traçadas,
nos
relacionamentos entre humanos que
me
lembrei
da
história das ostras,
que
quando são feridas é que produzem
pérolas.
Pérolas
que
nascem do sofrimento.
Ao
contrário das ostras, o ser
humano
nada
produz
quando
despeja
seu ódio em cima de alguém,
destruindo
o
físico, o
espírito e
a
moral de
seu opositor.
Deixa
feridas que
não cicatrizam, como
resultado de preconceitos,
de mentiras,
de inveja.
Difícil
lidar
com esses
sentimentos
devastadores.
Difícil
acreditar em mudanças de fim de ano, em gente que nada tem a ver
conosco nem em afetos, nem em afinidades.
Acumulamos
sonhos
de consumo que não
são para o nosso bico, sonhamos
com
castelos
de futilidades
como se tivéssemos 'tempo'
de usufruir de tudo. Gosto
da
rotina, da simplicidade do cotidiano.
Alegro-me
com as coisas que estão ao meu
alcance.
E
assim sou eu, mesmo com as toneladas de fogos saudando
os céus, nada
modifica.
E
nada é mais fantástico do que a vida em si, imaginar o Universo e
seus mistérios que nos oferecem uma natureza exuberante. Mas
respeito a alegria coletiva, embora saiba que, no
mundo dos sentimentos e das
comemorações, o amanhã
será igual ao hoje, salvo
se cada um de nós se propuser à
mudanças interiores, independente de data. Aí sim, acredito.
(2015-2016)
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Linda amiga Taís, assino embaixo desse texto que me diz tudo, eu também não me empolgo com nada que venha de fora de mim mesma, assim como você, acredito que é bom ser alegre, festejar, sonhar, mas pé no chão é tudo de bom e eu amo a simplicidade, o calor de sentir a minha alma, o meu coração, nem caio em comilanças e exageros, pois tudo continua exatamente como foi deixado no último dia do ano.
ResponderExcluirMudança interior, isso mesmo, estar em paz conosco é tudo de bom!
Amei, como sempre, te ler, de volta ao mundo virtual!
Feliz ano novo, (de novo), só que não, é tudo continuação!
Abraços bem apertados!
TOTALMENTE DE ACUERDO CONTIGO!!!!!!!!
ResponderExcluirABRAZOS
Que tengas un buen principio de año 2016 lleno de ilusiones.
ResponderExcluirUn abrazo
Querida Tais:
ResponderExcluirTe deseo lo más importante, Salud, Amor y Prosperidad en este Nuevo Año 2016 que acabamos de estrenar.
Un fuerte abrazo.
TAÍS, sábias palavras...
ResponderExcluirSubscrevo.
Um abração carioca.
Taís, li com toda a atenção e acho que concordo!
ResponderExcluirNo entanto digo, por exemplo, que essa tal passagem de hora... dos segundos contados em ordem decrescente até ao dia seguinte, de 2012 para 2013 foi passada por mim no hospital, de braço sobre tala, fraturado a 29 e operado a 1 de janeiro! Essa passagem que devia ser como qualquer outra, não foi e isso aí sim, dói de veras! Dessa vez tive pena de não estar em casa a fazer a contagem decrescente dos segundos... que, no hospital, me pareceram horas!...
De resto concordo e até o natal já me enerva. É a festa da família, sim. Mas a nossa é grande e festejamos quando nos apetece, quando nos juntamos todos e não quando nos sentimos obrigados a comprar prendas. E eu gosto de dar prendas, mas só quando me apetece e não quando me querem obrigar a isso.
Sem querer irritar... ouso desejar ao lindo casal um Feliz Ano Novo, com muita saúde!!!
Beijinhos
Há muito estou longe da "ordem social" que escraviza nos hábitos e costumes. No "ter de"... Acho isso horrível. Despersonalizado. Respeito o outro, mas "celebrar", para mim, é bem diferente... A cada novo dia, sorrio e agradeço os bons momentos, assim que acontecem, e aprendo com os obstáculos que surgem com aqueles nada agradáveis. Sou bem tolerante, sei respeitar individualidades e aprecio muito quando respeitam a minha. Paz, alegria, felicidade e mais uma tonelada de bons desejos devem ser trocados diariamente.
ResponderExcluirAbraço
Oi Taís;
ResponderExcluirTout c'est la meme chose.
Sai ano entra outro se você não correr atrás morre no asfalto, pois os grandes espertos("são mais espertinhos")
Feliz Ano Novo
Beijos
Lua Singular
Como sempre, palavras bem acertadas! Feliz 2016 e tuuuuuuuuudo de bom e obrigadão pelo carinho e nosso dia da cirurgia tá chegando e a barriga ficando com aquele friozinho....Ui!! Mas vamos que vamos!Kiko ficará bem! bjs,m chica
ResponderExcluirPenso exatamente como você, Taís.
ResponderExcluirCom sua permissão, faço minhas,
todas, todas as sua palavras.
Grande abraço amiga, continuemos pois!!!
Muito verdade isso. A grande maioria das pessoas age por impulso, por modismo. Se pensar, no oba-oba, como disse maria-vai-com-as-outras. Nada muda se você não mudar e num segundo se pode mudar tudo. Beijos, Tais, Feliz Ano Novo!
ResponderExcluirTambém me identifico completamente com tudo o que escreveu. Nunca tive grande entusiasmo por este tipo de festas, por grandes celebrações que arrastam multidões, nem nada do género.
ResponderExcluirPassei a passagem de ano com família e gostei que pudéssemos estar juntos, mas se não pudéssemos, não me importava de passar a mudança de ano, sozinha ou até a dormir, como já aconteceu.
Enfim, são formas de estar.
Desejo-lhe um Feliz 2016, com saúde e muita alegria, com a família.
Um beijinho:)
Beleza de reflexão Taís, como pode uma noite definir toda uma trajetória?
ResponderExcluirComo todas as datas esta é mais uma que se rendeu ao capital, o consumo e chega ser estranho as toneladas de pólvoras dispersas no ar em uma só noite.
Boa e linda semana com muita paz.
Carinhoso abraço amiga.
percebo o que queres dizer, no entanto também entendo de que forma as pessoas tendem a fazer resoluções de ano novo, sentem que vem ai um número novo, um novo começo, e por isso tentam mudar o que acham que não tem resultado até agora.
ResponderExcluirum beijinho e desejo-te na mesma um bom ano, que seja um ano recheado de memórias boas :)